Belém fica a 1.442 km por estrada de Santarém.

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Assim dá para entender porque os moradores do que seria o território de Tapajós querem a separação quase por unanimidade: por rodovia, uma grande parte em estradas de chão, uma cidade dista da outra 1.442 km. Um carro pequeno, que gaste 1 litro a cada 10 km, teria um custo de quase 500 reais. De Santarém a Belém ou se vai de barco (mais de dois dias) ou de avião. De carro, nem pensar. Seria uma aventura radical.

Mais de 2/3 votam contra a secessão no Pará. Tapajós votou com quase 100% a favor.

Redutos do separatismo, Marabá e Santarem tiveram votações superiores a 90% favoráveis à divisão do Pará, segundo informação da Folha.

O recorde foi em Santarém, que seria a possível capital do Tapajós (oeste): 98,6% disseram “sim” à criação do novo Estado. O município tem cerca de 200 mil eleitores.

Divisão do Pará é reprovada por 58%, aponta Datafolha

A divisão do Pará é rejeitada por 58% dos eleitores do Estado, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem. Ainda há, porém, uma margem para mudanças de opinião, já que apenas 19% dos entrevistados se consideram bem informados sobre o plebiscito que ocorrerá em 11 de dezembro no Estado. 

O percentual de rejeição é o mesmo tanto para a criação do Carajás (sudeste do Pará) como para a criação do Tapajós (oeste do Estado). Os favoráveis à implantação dos novos Estados são 33% para ambos os casos. 

A diferença está nos que afirmam ainda não saber seu voto. Questionados se são a favor da criação do Carajás, 8% responderam que não sabem. No caso do Tapajós, 10% disseram não saber. 

A soma dos percentuais dá 99% no caso de Carajás e 101% para Tapajós. Isso ocorre devido aos arredondamentos numéricos, porque o Datafolha não trabalha com números decimais. A pesquisa, encomendada em parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós (afiliadas da Rede Globo no Pará), ouviu 880 eleitores paraenses de 7 a 10 de novembro. Do Correio Braziliense.

Essa consulta votada recentemente no STF, que dita que todos os integrantes de um estado e não só os eleitores da região a ser emancipada votem, enterrou as aspirações dos estados do Carajás, Tapajós,  São Francisco e Extremo Sul da Bahia. Dia mais ou dia menos a luz da razão iluminará nossos legisladores e as diferenças entre populações tão díspares como aquelas do litoral e do oeste baiano serão consolidadas num projeto de desenvolvimento interessante dos pontos de vista sociológico, econômico e geopolítico de ambos os estados.

Se no século XVI a Bahia já era dividida em três capitanias hereditárias  ( Todos os Santos, Ilhéus e Porto Seguro), por que não agora?

O Carajás é uma proposta para uma nova unidade federativa do Brasil, que seria fruto do desmembramento do Pará. Se Carajás, no sudeste paraense, for criado, por meio de um plebiscito que já está marcado para o dia 11 de dezembro de 2011, onde todos os eleitores do Pará devem participar da eleição, terá uma população de aproximadamente 1,700 milhão de habitantes, e 289.799 km² de área.

Será o nono maior estado em termos territoriais, com 39 municípios e 18% dos eleitores do atual estado do Pará. Será maior do que países como Portugal, Uruguai e Equador. Somente 11,04% de sua população são paraenses, o restante da população migrou de todo o Brasil, sendo que os maranhenses, tocantinenses e mineiros juntos representam quase 55% da população total da região. A capital do novo estado seria a cidade de Marabá, que possui atualmente 233.462 habitantes IBGE/2010.

Também já está em andamento o projeto de uma nova universidade federal, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com sede na cidade de Marabá. A região proposta é marcada por graves conflitos agrários que geram muitos entraves socias para o desenvolvimento local. Carajás teria um PIB que corresponde a aproximadamente 28% do PIB do Pará. Da wikipédia.

No dia 11 de dezembro, Pará decide emancipação de Carajás e Tapajós.

O Brasil poderá passar a ser formado por mais dois estados em pouco mais de dois meses. No próximo dia 11 de dezembro, os eleitores paraenses irão às urnas para decidir se concordam em dividir o estado em três. Caso a maioria do eleitorado vote pela divisão, o Pará, hoje com área de 1.247.689 quilômetros quadrados, ficará com 17% desse território, Carajás, ao sul do estado, com 35%, e Tapajós, localizado a oeste, com 58%.

Aprovados este ano pelo Congresso Nacional, os decretos legislativos que convocam o plebiscito estabelecem que o futuro estado do Carajás poderá ser composto por 39 municípios, tendo Marabá como capital, e população estimada em 1,6 milhão de habitantes. Já o estado de Tapajós, poderá ter 27 cidades, tendo Santarém como capital, e população em cerca de 1,2 milhão de habitantes.

O Pará, que pode ficar com 17% do seu atual território, seria composto por 78 municípios, e com população de 4,6 milhões de habitantes, sendo que a cidade de Belém continuaria sendo a capital. Segundo cálculos feitos pelas frentes pró-divisão, o Novo Pará ficaria com aproximadamente 56% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, Carajás com 33% das riquezas e Tapajós com 11% do que é atualmente produzido no estado.

De acordo com as regras definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os 4.839.384 eleitores paraenses responderão a duas perguntas no dia do plebiscito. Em uma cédula na cor amarela, o eleitor terá que marcar se é a favor ou contra a divisão do estado para criação de Tapajós. Em outra cédula, de cor branca, terá as mesmas opções para a pergunta se é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Carajás.

Desde o dia 13 de setembro as frentes pró e contra a divisão do estado estão autorizadas a fazer campanha com distribuição de panfletos, santinhos e realização de comícios. A propaganda no rádio e na televisão começa a ir ao ar a partir do próximo dia 11 de novembro. O TSE limitou em R$ 10 milhões os gastos de que cada uma das quatro frentes que farão campanha pró e contra a divisão territorial do estado do Pará. As informações são da Agência Brasil.

Marabá, uma das cidades que mais cresce no País, impulsionada pela economia da mineração de Carajás, pecuária forte e serviços. Acima, Santarém, que deve ser outra capital.

Até final de agosto TSE decide regras para emancipação de Tapajós e Carajás.

Defensores e opositores do desmembramento do Pará para a criação dos estados deTapajós e Carajás participaram, nesta sexta-feira, em Brasília, de uma audiência pública no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Presidido pelo ministro Arnaldo Versiani, o encontro serviu para a apresentação de sugestões de regras que nortearão as campanhas para o plebiscito emancipatório, previsto para 11 de dezembro.

As sugestões serão submetidas ao plenário da corte até o final de agosto. “A minha perspectiva é de que até a terceira ou quarta semana de agosto a gente possa deliberar, até porque há vários prazos no calendário que dependem dessas minutas”, afirmou o ministro após a audiência.