CNJ vota pelo afastamento de desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia

Mario_Alberto_Hirs(2)O Conselho Nacional de Justiça está finalizando neste momento, 12h23m, a votação que preconiza o afastamento do desembargador Mário Alberto Hirs, atual presidente do TJ-BA, e estabelece processo disciplinar contra Telma Brito, ex-presidenta do Tribunal de Justiça da Bahia. Dez conselheiros, dos 15 que compõem o CNJ, já votaram pelo afastamento, enquanto dois votaram contra. A votação já é suficiente para que se proceda o afastamento dos desembargadores.

Neste momento, 12h28m, já temos um placar final: 11×4 pelo afastamento.

O presidente do TJ-BA, Mario Alberto Hirs, e sua antecessora, Telma Britto, são acusados de liberar indenizações superfaturadas. O prejuízo ao erário, pelos cálculos do CNJ, esbarra nos 400 milhões de reais.

Como os processos de precatórios costumam envolver cifras exorbitantes e juros para todo lado, qualquer variação no cálculo do valor da indenização impacta absurdamente no montante final que sai do caixa do Estado. O CNJ não tem indicativos de ganho financeiro de Hirs, Telma e dos outros dois suspeitos de participar das irregularidades – Ricardo D’ Ávila, juiz em Salvador, e um servidor do TJ-BA.

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Certidão de casamento de Lula e Dilma vira em bate-boca no TJ/BA

O processo em que um servidor do Judiciário foi responsabilizado pela expedição ilegal, em cartório, da certidão de casamento do então presidente Lula com à época candidata Dilma Rousseff na campanha passada foi o pivô esta manhã de um dos embates verbais mais duros já ocorridos no Tribunal de Justiça da Bahia.

Quando debatiam a matéria, os desembargadores Clésio Rosa e Sara Brito se desentenderam e acabaram trocando ofensas pesadas em que termos como ditadura e corrupção ocuparam a cena de uma forma surpreendente, levando os colegas a corarem de vergonha.

“Magistrado corrupto deveria ser esquartejado em praça pública”, disse Sara num dos momentos mais leves da discussão. “A senhora deveria era curar seus traumas da ditadura, porque os meus eu já curei”, rebateu num momento mais light Clésio, em alusão ao passado de perseguidos políticos de ambos.

Como a presidente do Tribunal, Telma Brito, que chegou a punir o funcionário com uma suspensão, deu-se por impedida para julgá-lo, a presidência foi assumida pela colega Maria José Pereira. Aos gritos, Pereira exigiu que Sara e Clésio encerrassem a discussão, no que foi atendida a contra-gosto pelos contendores.

O funcionário acusado de expedir a certidão criminosa, dando conta de que Lula e Dilma teriam casado, foi inocentado por falta de provas. Do Política Livre.