Os problemas de energia elétrica no País podem se agravar ao longo deste ano, mesmo que ainda chova muito até o fim do verão. Primeiro: as termoelétricas, que rodam a todo vapor, estão custando US$2,5 bilhões por mês e, como não existe almoço grátis, o consumidor doméstico e os grandes consumidores industriais vão pagar a fatura logo a seguir. O mercado livre ou spot está alcançando patamares explosivos de preço e isso tira mais da pouca competitividade da indústria brasileira. Uma constatação: se o consumidor brasileiro economizasse 5% da energia consumida atualmente, essa conta das térmicas cairia para US$700 milhões por mês.
Agora, questiona-se o futuro próximo: enfrentaremos um apagão aos moldes de 2001? As redes de distribuição vão poder transferir energia de locais, como a Amazonia, onde existe fartura, para o sudeste e nordeste onde a situação é crítica?
Para o consumidor caseiro, uma informação relevante: só o standby, aquelas luzinhas dos computadores, da TV e de outros aparelhos eletrônicos, se desligado poderia economizar 15% na conta doméstica. É importante: a energia já está cara, cerca de 25% a mais do que estamos pagando, só que ainda não soubemos. A surpresa virá junto com as contas futuras */*-/. As informações são de Paulo Pedrosa, presidente da ABRACE, e de Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel, em entrevista concedida a Miriam Leitão em programa da Globo News.


