Explosões em minas próximas podem ser o motivo do colapso da barragem de Brumadinho

O momento em que a tragédia começou

Contrariando uma recomendação do relatório da Tüv Süd, empresa que fazia inspeções de segurança na barragem do Córrego do Feijão, a Vale continuou realizando detonações nas minas Córrego do Feijão e Jangada.

Elas estão localizadas no complexo minerário de Brumadinho, onde houve o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro em 25 de janeiro.

Indagada por Veja, a empresa respondeu que realizava, em média, 23 explosões por mês, sendo cinco em Córrego do Feijão e 18 em Jangada. Após a tragédia, a mineradora paralisou as atividades nas duas minas.

No relatório que atestou a estabilidade da Barragem 1 da mina Córrego do Feijão, em setembro de 2018, a certificadora Tüv Süd recomenda a “proibição” de detonações nas proximidades do reservatório.

A mina de Feijão fica a cerca de um quilômetro da barragem que ruiu, enquanto a de Jangada, fica a aproximadamente cinco quilômetros.

A Vale não respondeu se houve alguma explosão no dia do desastre, nem quando ocorreram as últimas detonações no complexo.

Hoje subiu para 157 o número de mortos pelo rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Há ainda 182 desaparecidos, segundo informou nesta quinta-feira, 7, a Defesa Civil de Minas Gerais.