
Óleo chega a Porto Seguro e atinge Arraial d’Ajuda e Trancoso



Original de Márcia Carini, para o site casa.com.br, editado por O Expresso
Poucos dos baianos conhecem, mas Trancoso, no litoral do Descobrimento, tem uma das maiores iniciativas culturais do País.
O Anfiteatro Mozarteum, que pode receber 2200 pessoas, tem duas salas de espetáculos idênticas – uma fechada e outra aberta
O arquiteto François Valentiny, de Luxemburgo, emagreceu oito quilos entre janeiro e março de 2014 – mesmo comendo comida brasileira e tomando bastante água de coco! Não, não é uma dieta da moda. Seu corpo só estava refletindo a dedicação empenhada na finalização do Anfiteatro Mozarteum.

“Emagrecer foi só mais um dos efeitos positivos dessa história”, brinca o arquiteto.
Esse projeto surpreendente, que tem duas salas gêmeas – uma a céu aberto, outra coberta – fica de frente para o mar azul da Bahia e tem sua inauguração no terceiro ano do Festival Música em Trancoso. Foi uma obra realizada em velocidade relâmpago (pouco mais de um ano), que tem na criatividade e no amor de François pela música seus pontos altos.

O arquiteto foi escolhido pelos idealizadores do Festival – entre eles, a mais importante é Sabine Lovatelli, presidente do Mozarteum Brasileiro.
Sabine, que se encantou com a ideia de François desde os primeiros rabiscos, compara a forma do teatro à de uma colher de macarrão – com vazados triangulares. François prefere a imagem de uma mão aberta – e sugere o som se projetando e refletindo nos – e através dos – dedos. “É um projeto muito simples, para ser acolhido pelo local em que está construído. Além disso, eu precisava pensar nas formas de ter esse espaço ao ar livre e conseguir que a acústica fosse perfeita”.

Efetivamente, os testes mostram que a o tempo de reverberação do som (da sala ao ar livre) está compatível com grandes salas de espetáculo – menos de 2 segundos. A sala coberta tem tempo de reverberação ainda menor. “Estou curioso para conhecer a opinião dos músicos sobre a acústica”, diz François.

O Centro Cultural completo tem, além dos dois auditórios – com seus 2750 m² – , um anexo com salas de ensaio, reunião e bar – com mais 790 m².
O anexo tem placas de cobre triangulares com trabalhos de Maria Bonomi – artista plástica ítalo-brasileira, também escolhida por Sabine Lovatelli. Essas placas contam um pouco da história do descobrimento do Brasil.

Depois do Festival, o Anfiteatro e os anexos continuarão a receber grandes nomes da música internacional e a orquestra local terá um espaço para chamar de seu.

Pergunto a Sabine se, a exemplo do Instituto Inhotim, centro de rara beleza em Minas Gerais, dedicado à arte contemporânea, o Centro Cultural em Trancoso também corria o risco de ser mais conhecido fora do que dentro do Brasil.
“Espero que ele seja igualmente conhecido aqui e fora, mas sem dúvida preciso que grandes nomes do cenário musical internacional saibam o que é o nosso Centro e tenham interesse em se apresentar aqui”, explica.
Para a cidade, o Teatro possibilita diminuir os períodos de baixa temporada turísticas. Mas não só isso: o apoio aos jovens talentos da música brasileira transforma o local em um novo polo de incentivo – em um papel social de disseminação da cultura que a música sabe desempenhar muito bem. Talvez esteja aí o segredo da dedicação tão empolgante de François, que já projetou outras casas de espetáculo pelo mundo:
“Para mim, a música é a continuação da arquitetura”.
Professor em uma universidade chinesa, François deixa o Brasil – temporariamente – no final de março. Mas pretende voltar. Uma das possibilidades é ter um escritório em São Paulo em parceria com a arquiteta Margot Reuter, que é brasileira, mas que já trabalhou no escritório de François, em Luxemburgo. Para além dos trabalhos que possam aparecer, François diz que volta ao Brasil para continuar a encontrar respostas de questões intrigantes que ele mesmo se coloca. Entre essas questões intrigantes está, ele diz, a fascinante capacidade dos brasileiros de sorrir logo pela manhã. Será o Sol? Ele acredita que sim. A propósito, se ele perdeu oito quilos na Bahia, está levando alguns pontos a mais de vitamina D na bagagem. O que, como ele mesmo diz, é mais um presente dessa imersão por aqui.
Canto em Trancoso realizará sua quarta edição em 2018, com seu contínuo propósito de proporcionar formação, aprimoramento e oportunidades para jovens cantores brasileiros.
Promovida pelo Mozarteum Brasileiro, em parceria com uma das mais reconhecidas organizações corais do mundo – a Chorakademie Lübeck, da Alemanha – esta academia brasileira de canto acontece anualmente, nos meses de julho, no Teatro L’Occitane de Trancoso (BA).
Sob direção do maestro Rolf Beck – expert em canto coral e fundador da Chorakademie Lübeck – Canto em Trancoso reúne bolsistas de vários estados brasileiros, que participam de aulas gratuitas de interpretação e técnica vocal com importantes professores, durante seis dias.
Os bolsistas que mais se destacam são selecionados para um período adicional de estudos na Alemanha, na Chorakademie Lübeck.
As aulas deste ano serão ministradas por Rolf Beck, Lucia Duchonová e Marcel Boone.
O concerto de encerramento da edição de 2018 – no dia 21 de julho, às 18h30, no Teatro L’Occitane – apresentará O Messias, famoso oratório de Georg Friedrich Händel, que também será o tema das aulas deste ano. Todos os bolsistas participam deste espetáculo.
O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) instaurou procedimento administrativo a fim de apurar o traslado do corpo de Mariana Noleto em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Mariana, que era namorada de Marco Antonio Cabral, filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi uma das vítimas do acidente de helicóptero em Trancoso (BA), na última sexta-feira, 17.
O inquérito, que foi instaurado ontem, 21, foi ampliado hoje com a inclusão da investigação relativa aos outros corpos também transportados pela FAB, conforme noticiado pela imprensa.
Considerando a existência de voos comerciais de Porto Seguro para o Rio de Janeiro e o fato de que as vítimas não se encontravam no exercício de função pública, o MPF requisitou ao Segundo Comando Aéreo Regional, em Recife, informações sobre o custo financeiro e o fundamento normativo para que o custeio da missão tenha sido feito pelos cofres públicos e não pela família da vítima.
O MPF também quer saber quem ordenou o traslado dos corpos.

O empresário que pilotava o helicóptero que caiu em Porto Seguro, nas proximidades da vila de Trancoso, na sexta-feira (17) estava com as habilitações para pilotar helicópteros vencidas, de acordo com a página da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na internet. Segundo uma fonte da Aeronáutica, o empresário teria usado a matrícula de outro piloto para ter sua decolagem liberada no aeroporto de Porto Seguro. Quatro pessoas morreram e os corpos de outras três não foram ainda encontrados, apesar de ter sido localizada a cabine do helicóptero, a 250 metros dos arrecifes.
Na página da Anac, a informação é que todas as habilitações de Almeida para pilotar helicópteros estavam vencidas. A última perdeu a validade em 2006. O exame médico de capacitação física era válido até 30 de agosto de 2006.
De acordo com uma fonte da Aeronáutica ouvida pelo programa Fantástico, da TV Globo, o empresário teria ligado por telefone para a torre de controle de Porto Seguro e usado a matrícula de Felipe Calvino Gomes, de 30 anos, que mora no Rio de Janeiro e está com a habilitação em dia.
Por telefone, Gomes afirmou que foi contratado por Almeida na semana passada e disse estar surpreso por ter seu nome usado pelo empresário.
A Anac informou que só vai se manifestar depois que, em Porto Seguro, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) — que está no comando das investigações — fizer um relatório parcial. O órgão tem 30 dias para concluir esse trabalho.
O acidente aconteceu no início da noite de sexta. O helicóptero do tipo Esquilo saiu do Aeroporto Internacional de Porto Seguro com destino a um hotel de luxo na praia de Trancoso. O trajeto de 15 km foi feito debaixo de forte chuva. A aeronave caiu no mar a 200 metros da praia de Itapororoca, já em Trancoso.
Sete pessoas estavam a bordo. Quatro tiveram os corpos resgatados no sábado: Fernanda Kfuri, ex-mulher de Bruno Gouveia, vocalista do grupo Biquíni Cavadão; o filho deles, Gabriel, de 2 anos; a babá Norma Batista de Assunção, de 49 anos; e Luca Kfuri de Magalhães Lins, de 4 anos, filho da empresária Jordana Kfuri Cavendish e de José Luca Magalhães Lins – que não estava no helicóptero.
Três pessoas estão desaparecidas: o piloto; Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de Marco Antônio Cabral, filho do governador do Rio Sérgio Cabral; e a empresária Jordana Kfuri Cavendish.
Na noite do acidente, uma outra viagem seria feita. Depois de deixar as seis pessoas no resort de Trancoso, o piloto voltaria para pegar um outro grupo em Porto Seguro. Entre eles, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o filho dele. Do G1.
Equipes que patrulhavam a região do acidente com um helicóptero na praia de Itapororoca, em Trancoso, sul da Bahia, localizaram o corpo de uma mulher pouco antes da meia-noite deste domingo (19). De acordo com funcionário do IML de Porto Seguro, familiares teriam reconhecido o corpo como sendo o da jovem Mariana Noleto, namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.