Dilma inspeciona obras no Nordeste, visitando 7 municípios.

A presidenta Dilma Rousseff começa hoje (8) uma viagem de dois dias pelo Nordeste para vistoriar o andamento das obras do projeto de integração do Rio São Francisco e da Ferrovia Transnordestina. A presidenta deverá passar por pelo menos sete municípios de Pernambuco e do Ceará. Além de visitar as obras, Dilma deverá se reunir com técnicos e representantes das construtoras envolvidas nos projetos.

A presidenta deve desembarcar por volta das 10h em Paulo Afonso (BA), de onde seguirá para Floresta (PE), primeiro ponto do roteiro de vistoria das obras. O Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional tem como objetivo assegurar a oferta de água a cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do agreste e do sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Marketing político na sua mais pura acepção.

Cadê o trem?

O Brasil encontra sérios obstáculos para desenvolvimento na infraestrutura. Faltam estradas, ferrovias, portos e garantia de fornecimento de energia elétrica. Principalmente de ferrovias: hoje existe uma quilometragem menor de vias férreas, no País, do que em 1960. Um levantamento realizado pelo jornal Valor Econômico, que engloba sete projetos em andamento de grupos de minério de ferro, conclui que barreiras logísticas estariam dificultando o investimento de até US$ 12 bilhões nos próximos cinco anos. Grupos como ArcelorMittal, Ferrous, MMX, Mhag e Usiminas enfrentam dificuldades de transporte por ferrovias ou embarque em portos. Segundo a reportagem, o negócio de minério de ferro, por exigir produção em alta escala, baseia-se no tripé mina-ferrovia-porto para ser competitivo. Há projetos que correm o risco de não sair do papel se não forem encontradas soluções como porto público e direito de uso de ferrovias. Outros aguardam que ferrovias como a Oeste-Leste e a Transnordestina se concretizem para escoar a produção. Para amenizar o problema, o governo federal acaba de exigir do consórcio construtor da ferrovia Nova Transnordestina, a partir de janeiro, relatórios mensais sobre o andamento das obras. A ferrovia, de R$ 5,4 bilhões, controlada pela CSN, deveria iniciar as operações neste ano. A nova previsão ficou para 2012 ou 2013.