Brasil cai no ranking da corrupção no mundo

Nani e a corrupção endêmica
Nani e a corrupção endêmica

De 2015 para 2016, o Brasil caiu mais três posições no índice de Transparência da Corrupção, produzido pela Transparência Internacional. É o segundo ano consecutivo que o país perde posições no ranking. A TI é uma organização da sociedade civil que trabalha mundialmente com o combate à corrupção.

Agora o Brasil ocupa a posição 79 dentre 176 países em ranking. No ano passado, o Brasil caiu sete posições no índice em relação ao ano anterior, e ocupou o 76° lugar entre 168 países analisados pela organização não governamental. O índice é produzido desde 1995.

O ranking leva em consideração a percepção que a população tem sobre a corrupção entre servidores públicos e políticos. Quanto melhor um país está situado no ranking, menor é a percepção da corrupção por seus cidadãos. A pontuação do ranking vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (menor percepção de corrupção).

A 79ª colocação do Brasil é compartilhada com outros três países. “A turma do Brasil” ainda é composta por Belarus, China e Índia. A nota do Brasil, no entanto, subiu de 38 pontos em 2015 para 40 pontos em 2016. Cabe ressaltar que mais países foram incluídos no índice do ano passado.

A pontuação brasileira está abaixo da média global do índice: de 43 pontos. Para a Transparência Internacional a baixa pontuação indica corrupção endêmica no setor público de um país. Leia todo o conteúdo no site do Contas Abertas.

64% dos brasileiros dizem que a corrupção aumentou.

“A corrupção tem aumentado nos últimos três anos”. Pelo menos essa é a opinião de seis em cada dez pessoas em todo o mundo. A informação consta no estudo Barômetro Global de Corrupção, divulgado hoje pela ONG Transparência Internacional (TI), em comemoração ao Dia Internacional contra a Corrupção. No Brasil, 64% dos entrevistados disseram acreditar que a corrupção aumentou, enquanto 27% disseram não ter visto mudanças e apenas 9% notaram uma redução na incidência de atos corruptos.

Dentre outros resultados, a sétima edição do Barômetro identificou que, para 80% dos entrevistados, inclusive brasileiros, os partidos políticos são os grupos mais “corruptos” ou “extremamente corruptos”. Em segundo lugar aparecem os funcionários públicos do Legislativo, seguidos pela polícia, o setor privado, entidades religiosas e o Judiciário. Já as organizações militares e não-governamentais (ONGs) foram consideradas as classes menos afetadas pela corrupção. Fragmento de texto de Milton Júnior, do portal Contas Abertas.