Caminhoneiros decidem pela paralisação com início na próxima quarta

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Hoje à tarde o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães e o Sindicato Rural entregam notificação à Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Câmara de Vereadores, SAMU 192 e Guarda Municipal, sobre o início da greve na próxima quarta-feira, fechando de hora em hora a BR 242 e panfletando sobre os motivos da paralisação.

Na quinta-feira, os organizadores do movimento fecharão a rodovia para caminhões, deixando passar apenas carros pequenos, carros de serviço de emergência e ônibus.

Caminhoneiros entram em greve no Mato Grosso. Combustíveis vão aumentar.

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Motoristas autônomos e frotistas voltaram a realizar bloqueios na BR-364 em Campo Novo dos Parecis e na MT-358 em Tangará da Serra neste sábado (14). A categoria revela que não descarta ir para Brasília (DF) caso as autoridades do Estado e Federal não ouçam a realidade dos motoristas profissionais e sugestões de soluções. Em Campo Novo dos Parecis motoristas chegaram a derramar soja como forma de protesto como na foto acima.

As principais reivindicações dos motoristas é o aumento abusivo do preço do óleo diesel, que corresponde a aproximadamente 65% a 70% do valor do frete, além de melhorias como pontos de parada de descanso, incentivos para os autônomos, entre outras.

Em Tangará da Serra o manifesto chegou a ser dissolvido após alguns motoristas revoltarem-se após um caminhoneiro tentar furar o bloqueio. Na ocasião o veículo chegou a ser apedrejado. Segundo relatos do manifesto em Campo Novo dos Parecis, alguns motoristas chegaram a derramar soja em forma de protesto.

Conforme o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Tangará da Serra, Edgar Laurini, os caminhoneiros voltaram a cruzar os braços na manhã deste sábado. “Os caminhoneiros que desejarem dar meia volta e retornarem de onde vieram podem. Só não estamos permitindo que sigam viagem. Estamos parando apenas caminhões carregados com grãos”. Questionado sobre o transporte de grãos das lavouras para os armazéns Laurini relata que este tipo de movimentação está permitida. “Só não pode deixar a cidade”.

Em Tangará da Serra na quarta-feira (11) chegou-se a ter cerca de 3 mil pessoas participando da paralisação entre motoristas e empresários, relata presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do município.

“Queremos que as autoridades se sentem conosco para ver a realidade a qual vivemos. Caso não venham até nós, não descartamos ir à Brasília apresentar nossas reivindicações e sugestões”, pontuou Edgar Laurini.

Fonte: Olhar Direto

O movimento pode alcançar níveis nacionais, como aconteceu em julho de 2013. Por outro lado, o movimento pode ser reforçado por um novo aumento nos combustíveis.

As resoluções do Confaz (conselho fazendário que reúne as secretarias da fazenda dos estados) e a adição da CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico  aos combustíveis podem criar novo aumento ainda esta semana.

O Ministro da Fazenda, garantiu, no entanto, no final de janeiro, que a CIDE só viria em 90 dias e o PIS/COFINS seria reduzido então:

“Daqui a três meses [quando começar a valer o aumento da Cide], temos intenção de reduzir o PIS e a Cofins”.

Com clima de vésperas de baile da Ilha Fiscal, parece que ninguém garante nada neste Governo.

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Caminhoneiros fazem manifestações em todo o País.

Em Santo Estevão, na Bahia, Km 461 da BR 116, foi iniciada uma manifestação de caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal monitora a situação no local. Em Mucuri, na BR-101, km 942, a manifestação já foi encerrada.

Em todo o País, manifestações relâmpago estão parando transportadores nas estradas. Em São Paulo e em toda a Região Sul o movimento é forte.

O presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas) de Franca e região, Jonas Elias Ferreira, afirmou que os protestos fazem parte do Movimento União Brasil.

Ele diz que os caminhoneiros reivindicam aumento no valor do frete, redução no preço dos combustíveis, queda nos valores das tarifas de pedágios e revisão da determinação do Contran que estabelece ao trabalhador repouso diário de 11 horas.

“Se o caminhoneiro ficar esse tempo sem trabalhar, por dia, não existe renda. Não há como obter lucro”, disse Ferreira.