Assassino do irmão é condenado a 9 anos de prisão

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O fratricida julgado ontem à tarde, em Luís Eduardo Magalhães, foi condenado a 9 anos de prisão, em júri presidido pelo titular da Vara Crime, Claudemir da Silva Pereira.

O réu não compareceu ao julgamento. Estava em liberdade provisória. Também a principal testemunha, a mãe da vítima e do homicida, não compareceu ao julgamento.

No curso do julgamento ficou esclarecido que o motivo da morte foi fútil, a posse de uma bateria de aparelho portátil de som.

A vítima, embriagada, desafiou o irmão que foi até a cozinha da casa, armou-se com uma pequena faca e deu 10 estocadas no irmão.

Gleubson Ramos de Jesus, julgado na terça-feira pela morte de um andarilho, foi condenado a 15 anos de prisão. Nesta quinta e sexta serão julgados mais dois homicidas, com início dos julgamentos às 12 horas.

Demora nos julgamentos aumenta impunidade, conclui Ministério da Justiça

O Brasil leva, em média, oito anos e seis meses para concluir o processo de julgamento de um homicídio, enquanto o tempo máximo não deveria passar de 316 dias para réu solto e 296 dias quando o acusado está preso. A análise consta do estudo divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Ministério da Justiça, que analisou números de assassinatos em cinco capitais das cinco regiões brasileiras. As informações são da Agência Brasil.

O levantamento, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisou dados de homicídios ocorridos em 2013, nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e do Recife (PE). O resultado mostrou que, do oferecimento da denúncia pelo Ministério Público ao julgamento da causa, o trâmite do processo pode durar mais de 2,5 mil dias.

Para o secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Flávio Crocce Caetano, a demora do Sistema de Justiça do país em solucionar crimes violentos contribui para o crescimento da criminalidade. Segundo ele, a sensação de impunidade leva ao aumento da quantidade dos crimes cometidos.

“O número de homicídios no Brasil é alarmante. São mais de 60 mil por ano, uma média de mais de 27 homicídios para cada 100 mil habitantes. A Organização das Nações Unidas (ONU) tolera, no máximo, dez homicídios para cada 100 mil. Há várias razões para termos tantos homicídios e uma delas é a impunidade”, disse o secretário.

Para Flávio Caetano, a integração das polícias Militar e Civil, o monitoramento do andamento das denúncias por parte do Ministério Público e a redução da possibilidade de recursos poderiam agilizar esses casos.

Absolvido o mototaxista julgado hoje

reu2O criminalista Eder Fior conseguiu hoje mais uma vitória na sua carreira de advogado: ele conseguiu convencer o corpo de jurados da inocência do mototaxista Carlito Antonio Carneiro, acusado de matar na noite do dia 11 de março o suposto amante da esposa, Almeida Gonçalves de Souza. Ele foi absolvido pelo Tribunal do Júri em julgamento realizado nesta quinta-feira, 13, no Fórum da Comarca de Luís Eduardo Magalhães, em sessão presidida pelo magistrado Claudemir da Silva Pereira. O Ministério Público foi representado  pelo promotor Ícaro Tavares Cardoso de Oliveira Bezerra.

 Ao repórter Sigi Vilares, Eder Fior afirmou:

“A defesa não defende o crime, a defesa defende os direitos que o acusado tem estabelecidos pela nossa legislação e o que nós fizemos hoje foi defender tudo aquilo que a lei dá ao réu como direito. Defendemos esses direitos e apresentamos duas teses ao conselho de sentença e o corpo de jurados entendeu que a tese da legítima defesa putativa deveria prevalecer e também a sua legítima defesa da honra e assim acabou absolvendo o réu por maioria de votos”

Na foto de Sigi Vilares, Eder Fior abraça seu cliente após a vitória no júri popular.