Tsunami já chega à costa norte do Chile.

Foto do jornal El Comercio, do tsunami de 2011
Foto do jornal El Comercio, do tsunami de 2011

A Marinha do Chile afirmou que um tsunami já atingiu algumas áreas no norte do país após um forte terremoto no litoral.

O terremoto, de magnitude 8,0, atingiu a costa do Chile nesta terça-feira, provocando um alerta de tsunami para toda a costa do Pacífico do Sul e da América Central, informou o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico.

Emitido alerta de tsunami na Indonésia.

Um terremoto de 7,3 graus de magnitude foi registrado nesta terça-feira no sudoeste da Indonésia, a 420 km da localidade de Banda Aceh, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Um alerta de tsunami foi emitido devido ao tremor, que ocorreu a uma profundidade de 29 km.

Bolsas caem em todo o mundo. Na Bovespa, desastre é de proporções.

Charge do *Frank

O jornal Brasil Econômico, analisa com propriedade, o desastre anunciado, que ocorreu no dia de hoje na Bovespa, bem em como todas as outras bolsas de valores do mundo. Pior, amanhã tem mais: os analistas debatem, agora, não a recuperação das bolsas, mas onde estará o fundo do poço, isto é, o momento em que as bolsas vão parar de cair, com base no valor real das empresas. Veja a matéria do BE:

“Em queda desde a abertura dos negócios, a bolsa brasileira chegou a cair mais de 9% no pregão desta segunda-feira (8/8), prejudicada pelo corte no rating dos Estados Unidos e o pronunciamento de Obama.

O Ibovespa encerrou o pregão de hoje com baixa de 8,08%, aos 48.668 pontos. Foi a maior queda percentual desde 22 de outubro de 2008 (-10,18%).

É o menor patamar do índice paulista desde o final de abril de 2009.

A forte saída de investidores resultou em um volume financeiro de R$ 9,595 bilhões e 1,044 milhão de negócios realizados. 

“O mercado já vinha caminhando para um processo de deterioração por conta da contaminação da Itália e da Espanha. Depois veio o jogo político para prejudicar Barack Obama, que conseguiu aprovar o aumento do teto da dívida aos 46 do segundo tempo. E na sexta a S&P decidiu retirar o AAA dos Estados Unidos. Os investidores nem dormiram nesse final de semana”, afirma Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.

Em queda desde o início das negociações dessa sessão – a primeira após o corte do rating dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+” pela Standard and Poor’s -, o Ibovespa derreteu após pronunciamento do presidente americano, que não trouxe novidades e, por isso mesmo, frustrou investidores. Ele culpou o impasse político em Washington pelo corte da nota do país.

Por lá, as bolsas também registraram fortes quedas. Dow Jones recuou 5,55%, S&P 500 teve queda de 6,66% e Nasdaq caiu 6,90%.

Durante à tarde, após Obama afirmar que seu país sempre será um “triplo A”, o Ibovespa foi derrubado para 47.846 pontos, com perdas 9,64%. Com essa baixa, o índice ficou muito perto de sofrer um “circuit break” — quando as negociações são interrompidas por 30 minutos após queda superior a 10%. 

Por volta das 15h30, o número de acessos ao site da BM&FBovespa era tão grande que o endereço eletrônico chegou a ficar fora do ar por cerca de meia hora.

Os 48 mil pontos registrados hoje  ainda não se configura um fundo e é preciso aguardar um pouco mais. 

“Para quem pensa em investir em bolsa, principalmente pensando em longo prazo, agora é oportunidade de esperar o mercado formar um fundo e entrar comprando”, recomenda. 

Ele acredita que o Ibovespa deva abrir em baixa de aproximadamente 3% no pregão de terça-feira (9/8) e sua oscilação nos próximos dias dependerá de indicadores importantes vindos da China e dos Estados Unidos, como o nível de atividade no setor de serviços e na indústria.

“Se [o Ibovespa] continuar caindo, o fundo é de 43 mil pontos”, adianta Santos.

Repique

Segundo Tito Gusmão, analista da XP Investimentos, há espaço de queda para o Ibovespa até os 44 mil pontos. “Mais que isso o cenário já fica muito feio”, explicou o especialista em bate-papo com investidores no Pregão ao Vivo, da XP Investimentos.

Para ele, é possível que o índice comece a subir já no próximo pregão, na terça-feira, em movimento de repique. “Não é para sair comprando caso o índice suba. Até 51.300 pontos, pode ser apenas repique de alta”, explica. “Esse é o momento para ficar zerado e com operações de segurança.”

Gusmão ressalta que este momento requer hedge, ou seja, operações de segurança para proteger a carteira de possíveis quedas. “Mesmo que o índice fique em 48 mil, faça proteção em hedge”, aconselha o especialista.

Destaques

Entre as ações que compõem o Ibovespa, nenhuma conseguiu encerrar o pregão em alta.

A maior baixa do índice ficou com as ações da Marfrig (MRFG3), que amargou queda de 24,83%, para R$ 9,02.

Papéis da OGX Petróleo (OGXP) e da Brasil Ecodiesel (ECOD3) recuaram, respectivamente, 16,36% e 15%.”

O diretor da Brasoja, Antonio Sartori, alarmado com o derretimento dos mercados, disse hoje ao jornalista Políbio Braga: ” Ele, Obama,  poderia ter percebido que a crise global de 2008 foi um refresco para uma crise muito mais abrangente, não fez nada para mudar os fundamentos da economia americana e acabou sendo engolido por uma agenda extremamente conservadora e necessária, originada justamente dos seus piores adversários, o chamado Tea Party do Partido Republicano.”

* Frank Maia, o autor da charge de abertura desta matéria,  é ilustrador freelancer e chargista do jornal A Notícia, de Joinville, Santa Catarina. Veja outras charges inteligentes no seu site “Xinelão Studio”.

Terremoto em alto mar não tem consequências para Fernando de Noronha.

Um tremor de terra de 6 graus na escala Richter foi registrado a 878 quilômetros do Arquipélago de Fernando de Noronha. De acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Terremotos, nos Estados Unidos, o abalo ocorreu às 10h08 (horário de Brasília) a 415 quilômetros do arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 1.276 quilômetros de Natal (RN).

O tremor teve epicentro a 10 quilômetros (km) abaixo do fundo do mar. Apesar de a profundidade da água ser de 4 mil metros na região, o professor George Sand França, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), descarta o risco de tsunami por causa das características da área onde ocorreu o abalo e da magnitude do terremoto.

Segundo ele, um tsunami só pode ser provocado por abalos acima de 7 graus na escala Richter e em falhas geológicas, quando duas placas tectônicas se encontram e uma é empurrada para baixo da outra. “No meio do Oceano Atlântico ocorre exatamente o contrário. As placas do continente americano e da África estão se separando. Então, as chances de tsunami são remotas”, explicou.

De acordo com França, a região do abalo é marcada por dois tipos de movimentos sismológicos: a separação dos continentes e o deslocamento paralelo das placas. “O terremoto de hoje foi provocado por esse movimento paralelo. É como se uma placa tivesse raspado na outra, sem consequências mais sérias”. Da Agência Brasil.

Uma semana depois, aulas para todos.

Foto do jornal Ashai Shimbun, o de maior tiragem no mundo, publicada na revista Time.

Uma semana depois da tragédia do terremoto, seguido de tsunami, alunos japoneses estavam em sala de aula, improvisadas com divisórias. Se fosse no Brasil, estariam ainda a espera da licitação para a construção da escola. No Japão, a educação é levada a sério. Por isso o país é o primeiro em tecnologia no mundo.

Japão: 21,5 mil entre mortos e desaparecidos.

A polícia na região japonesa de Miyagi, a mais atingida pelo terremoto e o tsunami do último dia 11, estimou hoje que até 15 mil pessoas possam ter morrido só na sua jurisdição. Os números não incluem as mortes que também estão sendo contabilizadas nas áreas atingidas ao norte e ao sul da província. Por isso já se fala em 20 mil mortos, na maior tragédia a atingir o Japão desde a 2ª Guerra Mundial.

As estatísticas oficiais não param de subir. O número confirmado de mortos se aproxima de 8,5 mil e o de desaparecidos, de 13 mil. Cerca de 360 mil pessoas abandonaram suas casas e 26 mil foram resgatadas.

As autoridades deram início à construção de casas temporárias para atender parte das centenas de milhares de pessoas – incluindo 100 mil crianças – atualmente abrigadas nos centros de emergência montados pelo governo.

Os sobreviventes estão enfrentando temperaturas abaixo de zero e sofrem ainda com a falta de água, eletricidade, combustível e até alimentos. Para fazer uma ligação gratuita de um minuto para parentes, eles têm de enfrentar horas na fila, porque a rede de telefonia móvel entrou em colapso. Da BBC e Agência Brasil.

Como esta página previu há uma semana, as vítimas poderiam ficar entre 10 e 30 mil, baseado em informes de agências japonesas. Veja aqui.


8 dias depois, vida sob os escombros no Japão.

Um jovem foi encontrado com vida na manhã deste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) sob os escombros de uma casa no Japão, oito dias após o tsunami que devastou o nordeste do país, informou o canal de TV estatal NHK. Os soldados das Forças de Autodefesa (Exército) descobriram o sobrevivente em Kesennuma, na prefeitura de Miyagi, uma das cidades mais afetadas pela catástrofe, revelou a NHK.

O rapaz, Katsuharu Moriya, de 20 anos, “está em estado de choque e não consegue falar, mas não apresenta ferimentos visíveis”, declarou um oficial das Forças de Autodefesa ao canal de televisão. Moriya foi imediatamente hospitalizado após o resgate.

O terremoto de nove graus seguido por tsunami que devastou o nordeste do Japão em 11 de março passado deixou mais de 17 mil mortos ou desaparecidos.

Segundo reator da usina Fukushima entra em colapso.

A explosão do primeiro reator, em imagem Getty.

A agência japonesa de segurança nuclear reportou emergência em um segundo reator localizado na mesma usina atômica onde mais cedo ocorreu uma explosão. Segundo a Agência de Segurança Nuclear a Industrial do Japão, a unidade 3 da usina Fukushima Daiichi teve falhas em seu sistema de resfriamento. As informações foram recebidas da Tokyo Electric, que opera a usina.

De acordo com a BBC, cerca de 200 mil pessoas estão sendo retiradas das regiões próximas às duas usinas nucleares no Japão. Apesar de o governo ter afirmado que não há risco de vazamento nuclear, já que o reator principal não foi danificado, autoridades estão retirando os cerca de 170 mil moradores que vivem em um raio de 20 quilômetros da usina.

Na madrugada deste domingo em Brasília, cerca de 13 horas no Japão, as agências de notícias informavam mais de 700 mortes. Mas os desaparecidos agora passam de 1.000. Para se ter idéia de como o País é preparado para desastres desta natureza, publicamos infográfico preparado pelo jornal O Estado de São Paulo com os 10 maiores acidentes ocorridos nos últimos 50 anos.

Clique na imagem para ampliar.

O desastre do tsunami no Japão visto pelos satélites da NASA.

A imagem da esquerda é de 26 de fevereiro. A imagem do mesmo local, Sendai, à noroeste do Japão, à direita, revela as inundações profundas nas planícies costeiras e como pequenas elevações à beira mar impedem a água de voltar ao mar. Clique na imagem para ampliar e ver os pequenos detalhes.

Mortos podem ser mais de 1.000 no Japão.

Os números do desastre no Japão se alteraram profundamente no dia de ontem, sábado. Agora pela manhã no horário de Brasília, quando já é noite no Japão, ainda há incêndios, cidades parcialmente submersas e o número de mortes confirmados chega a 433, com 784 desaparecidos e ao menos 215 mil pessoas estão instaladas em abrigos de emergência no leste e no norte do País. A imprensa local, no entanto, diz que o número de mortos pode ultrapassar a casa de 1 mil. Essas informações foram veiculadas pelas agências de notícias hoje, 6 horas da manhã de Brasília.

As imagens impressionantes do tsunami no Japão.

Agora, às 15 horas de Brasília ( madrugada de sábado no Japão), já se contavam mais de 300 vítimas fatais, a maioria na província de Myagi. Incêndios, rompimentos de barragens, casas arrastadas pelo mar e um número ainda não revelado de desaparecidos. As autoridades esperam que o terremoto se reproduza por mais 3 dias, com consequentes formações de novas tsunamis.

Segundo a agência noticiosa Reuters, com informações da agência de notícias Kyodo, o violento terremoto seguido de tsunami nesta sexta-feira, no nordeste do Japão, deve ter deixado mais de mil mortes. O número de vítimas aumenta de minuto em minuto. Segundo cifras anteriores da polícia, haveria pelo menos 337 mortos, 531 desaparecidos e 627 feridos, dez horas após o abalo violento, de magnitude 8,9.

O tremor, que abalou o nordeste do país, foi o mais forte já registrado em 140 anos no Japão. O incidente foi seguido de um tsunami de vários metros de altura no litoral do Pacífico.

O abalo aconteceu às 14h46 (2h46 de Brasília) a 24,4 km de profundidade e a 100 km ao longo da prefeitura de Miyagi. Ondas de 10 m de altura quebraram no litoral da prefeitura (Estado) de Sendai enquanto vagas de sete metros atingiram a vizinha Fukushima, segundo a imprensa local.

O número de mortos está em 288, além de 349 desaparecidos. No entanto, não estão incluídos na conta os corpos encontrados na praia de Sendai, na prefeitura de Miyagi, no nordeste do país, que são entre 200 e 300, segundo a agência de notícias Jiji. Na mesma ilha, um navio com cerca de 100 pessoas a bordo foi levado pelas águas, ignorando-se o destino dos seus ocupantes.

Tremores secundários de forte potência, com magnitude superior a 6, e até 7, foram registrados em seguida e sentidos até na capital. O Japão, situado na confluência de quatro placas tectônicas, sofre anualmente cerca de 20% dos tremores mais fortes recenseados na Terra. Em 1923, a cidade de Tóquio havia sido devastada por um sismo maior, que fez 140.000 mortes. Mais recentemente, em 1995, o sismo de Kobe (oeste) fez mais de 6.400 mortos.

Após o terremoto de hoje, a maior parte dos Estados do Pacífico, da Oceania e da América Latina, emitiram alertas de tsunami, mas nenhum dano significativo foi observado até o momento fora do arquipélago nipônico. As zonas litorâneas foram evacuadas nas ilhas Marianas, assim como nas de Guam e no Havaí. A Colômbia constatou um aumento de 50 centímetros no nível do mar. No Equador, onde foi decretado estado de exceção, foi ordenada a evacuação das regiões ameaçadas.

Em Tóquio, a cerca de 380 km do epicentro, os arranha-céus, construídos sobre estruturas parassísmicas especiais, balançaram durante longos minutos. As autoridades também indicaram que também há centenas de feridos.

Um trem de passageiros, com um número desconhecido de pessoas a bordo, também desapareceu na prefeitura de Miyagi após ter sido engolido por uma onda de 10 m, segundo a agência de notícias Kyodo.

O ministério da Indústria informou que os 11 reatores nucleares da região pararam automaticamente. Um princípio de incêndio foi observado no prédio onde fica a turbina da central nuclear de Onagawa situada em Miyagi. No entanto, não foi registrado nenhum vazamento radiativo nesta instalação nem nos outros sítios nucleares atingidos, segundo as autoridades. Na região de Tóquio, uma refinaria de petróleo estava em chamas em Iichihara.

As televisões nipônicas divulgavam ao vivo imagens de casas inundadas, de navios emborcados, de viaturas submersas pelas águas. Uma onda de lama e de destroços seguiu em grande velocidade através de campos e estradas, devastando tudo a sua passagem. Em alguns lugares, a água penetrou até 5 km pelo interior.

Um teto desabou num prédio do centro de Tóquio, onde 600 estudantes participavam de uma cerimônia de diplomação, fazendo numerosos feridos, segundo os bombeiros e a mídia local. Nos edifícios, os ascensores pararam automaticamente, enquanto milhões de pessoas corriam nas ruas. Dezenas de incêndios foram observados na capital, onde há muitos feridos.

O aeroporto internacional de Narita, a cerca de 50 km a leste de Tóquio, suspendeu o tráfego por várias horas, anunciando, à noite, que as operações recomeçavam progressivamente. Os transportes ferroviários e rodoviários também foram interrompidos em grande parte do arquipélago, em particular em Tóquio e sua região, bloqueando milhões de pessoas que tomaram de assalto os hotéis da cidade, ou tentavam chegar as suas casas a pé.

Os trens expressos Shinkansen pararam em todo o nordeste e as estradas da região de Tóquio foram fechadas alguns minutos após o terremoto. Também na capital nipônica, quatro milhões de lares estavam sem eletricidade.

DESASTRE NUCLEAR

Uma pequena quantidade vapor radioativo da usina nuclear de Fukushima deve ser liberada no ambiente para aliviar a pressão no reator, informou um porta-voz do ministério da Indústria do Japão nesta sexta-feira, 11. O sistema de refrigeração parou de funcionar após o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o país provocar uma falta de energia na usina.

De acordo com a Agência de Segurança Nuclear do Japão, a pressão no reator é 1,5 vez superior ao nível considerado normal. Ainda segundo o órgão, a quantidade de vapor radioativo que será liberada não é prejudicial ao ambiente ou à saúde da população.