A história toda começa com um fato registrado superficialmente pela imprensa: o vice de Obama, Joe Biden, veio pedir à Dilma Rousseff mudança das regras do Pré-sal em 31 de maio de 2013.
Dilma, claro, disse não a Joe.
Em 17 de Junho as manifestações de 2013 tomaram Brasília. Convocações na internet, muitas em inglês, a língua mãe dos principais conspiradores.
Em 2013, a NSA/EUA espionou Petrobras e Dilma. Pesquisem no Google. Por esta época, Moro junto com outros 50 juízes e procuradores já tinham recebido um treinamento na embaixada dos EUA chamado projeto PONTES, confiram no wikileaks.org – que também tem o telegrama do Serra à Chevron/Texaco garantindo que se ganhasse a eleição em 2010 mudaria as regras de exploração do pré-sal para empresas estrangeiras.
Antes de 2013, os traidores da pátria estavam sendo preparados. A ideia era tomar o poder nas eleições de 2014, com o grande fauno dos helicópteros carregados de cocaína à frente do processo. Não deu certo. Dilma foi reeleita e logo depois vítima do maior black-out parlamentar que se tem conhecimento na história deste País, o que fez aumentar a crise de uma economia que já tinha sobrevivido à bolha imobiliária de 2008 nos Estados Unidos.
Veja trecho do jornal El País, em setembro de 2016:
“Assim, com o claro objetivo de arrancar a qualquer custo o poder das mãos da presidente Dilma Rousseff, as oposições, lideradas nas sombras pelo vice-presidente Michel Temer, passaram a articular demonstrações de força. Por trás dos protestos “espontâneos” contra o governo havia entidades como o “Movimento Brasil Livre” (MBL), financiado pelo DEM, PSDB, SD e PMDB; “Vem pra Rua”, criado em 2014 por um grupo de empresários para apoiar a candidatura do senador tucano Aécio Neves à Presidência da República; e “Revoltados On-Line”, gerenciado pelo empresário Marcello Reis, que não esconde sua simpatia pela ideia de intervenção militar e que possui ligações com o deputado fascista Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à Presidência da República.”
Os fundos abutres deixaram as bolsas e partiram para a dívida pública e para as altas taxas Selic, engendradas por economistas vendidos. Estava estabelecido o reino do rentismo, dos altos juros e de confisco monetário da grande massa da população.
Até 2016, o regime era de partilha, ou seja, não era venda nem concessão; a Petrobras continuava dona de 30% do negócio, afinal foi ela quem descobriu o Pré-sal; além de a empresa estrangeira ter de pagar royalties durante 30 anos para explorar nossas riquezas, que iriam para a Educação e a Saúde.
Dilma conseguiu fazer o critério da partilha no Campo de Libra; a Shell (da Europa) topou, entre outras. Só num campo do pré-sal, em 30 anos, os royalties somavam 1 trilhão de reais.
O PSDB com o projeto PONTE para o futuro acabou com isso após depor a presidente Dilma. Temer isentou as petrolíferas e aprovou no Congresso o fim do regime de Partilha.
Então passaram a comprar pedaços do Pré-sal onde a Petrobras não tem mais participação e o Brasil não recebe os royalties para nossa debilitada Saúde Pública e nossa Educação Pública.
Agora, até o final deste ano da graça de 2019, o doidivanas, marafona de Trump, Jair Messias, sela a Cessão Onerosa e fecha a tampa do caixão.
Os militares, que ganham armas usadas dos Estados Unidos, entre eles 96 obuseiros M109 e remuniciadores blindados (puro ferro velho), permitiram que a Embraer e o pré-sal fossem entregues quase de graça para os Estados Unidos. E parecem extasiados com o avanço de Bolsonaro sobre a Amazônia, em proveito de multinacionais na exploração das ricas reservas minerais e da biodiversidade.
Assim foi que a mídia porca e os marionetes entoaram a canção antipetista. Até hoje vimos ignorantes nas mídias sociais repetindo figurinhas com a imagem de Morra PT, tudo menos o PT. A mídia e os políticos ganharam muita grana pra se dobrarem, mas boa parte do povo votou apenas no embalo das fakenews.

E o resultado é esse que estamos vendo: o País com 50 milhões de pessoas desempregadas ou vivendo de bicos ocasionais, o aumento da desigualdade, a indústria caindo de 30% do PIB para apenas 10%(*), o agronegócio colhendo fartas safras mas recebendo cada vez menos pela sua produção, os oficiais superiores recebendo quase 100% de aumento – em detrimento de minúsculos aumentos no salários dos praças – e uma família de malucos, com graves indícios de envolvimento com organizações criminosas no Rio de Janeiro, mandando no Planalto.
No Congresso, um bando de miseráveis entreguistas aprovou a Reforma Trabalhista sob a égide do criminoso comum, Michel Temer, e a Reforma da Previdência sob a batuta do Napoleão de hospício.
Pobre Brasil e suas legiões de miseráveis, um País de incultos, sem acesso à educação e aos livros, massa de manobra de políticos de baixa extração e agora vítima dos mais perigosos candidatos ao manicômio.
(*)Nota da Redação:
Em três anos, 340.000 empresas fecharam no País. Entre elas, 13.800 indústrias.

