
Tag: Umberto Eco
O idiota da aldeia, a legião de imbecis e a morte dos brasileirinhos

Enquanto um punhados de bobalhões lamenta nas mídias sociais as mortes do cantor inglês Jorge Miguel e da atriz norte-americana Carrie Fixer, mais de 190 crianças, menores de um ano morreram no Brasil.
Morrem mais de 95 por dia: por problemas de pré-natal da mãe, por doenças congênitas, por microcefalia , por subnutrição, por falta de assistência médica, por água contaminada.
E não vejo nenhum desses bobagentos postando a sua tristeza por este verdadeiro massacre de brasileirinhos, o futuro do País do Futuro.
Como aqui não canso de repetir, a frase de Umberto Eco vem mais uma vez a calhar:
“O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.
Dizia mais, o semiólogo e escritor:
As redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.
Falece um gênio moderno, Umberto Eco.
O escritor italiano Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa, entre outros, morreu hoje (19), aos 84 anos. A informação foi confirmada pela família do escritor ao jornal italiano La Repubblica.
Semiólogo, filósofo, escritor e professor universitário, Umberto Eco nasceu em 5 de janeiro de 1932 na cidade de Alexandria, na região italiana do Piemonte.

Contrariando o desejo do pai de que se tornasse advogado, Eco estudou filosofia e literatura na Universidade de Turim, de onde se tornou professor. Também foi editor de cultura da RAI, emissora estatal italiana. Em 1956, lançou seu primeiro livro Il Problema Estetico di San Tommaso (não editado no Brasil).
Em 1988 fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino.
Sua obra de maior sucesso, O Nome da Rosa, foi publicada em 1980 e adaptada para o cinema em 1986 por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal. O livro lhe rendeu o Prémio Strega, em 1981, e foi sua estreia na ficção. Entre outras obras de destaque de Eco estão títulos como O Pêndulo de Foucault, A Ilha do Dia Antes, Baudolino, A Misteriosa Chama da Rainha Loana e O Cemitério de Praga.
Umberto Eco também é autor de importantes obras e ensaios acadêmicos, como Apocalípticos e Integrados (1964), que se tornou referência na literatura de cursos de comunicação. Seu último livro, Número Zero, foi lançado em 2015. Eco, que lecionou entre outras, nas universidades norte-americanas de Yale e Harvard, assim como no Collège de France, é autor de uma vasta bibliografia teórico e é autor, entre outros, de O Signo, Os Limites da Interpretação, Kant e o Ornitorrinco, Seis Passeios no Bosque da Ficção e Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas.
Desde 2008, Eco era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha. Em 2014, Umberto Eco Eco recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A universidade brasileira foi a 40ª a conceder o título ao intelectual italiano e a primeira instituição do país.
Ficou célebre uma frase recente de Umberto Eco: “As redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.
