Norte-americanos confirmam super safra brasileira de soja

Por Roberto Samora, da Reuters

O Brasil deverá colher uma safra recorde de soja de 125 milhões de toneladas em 2019/20, estimou nesta terça-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que elevou em 2 milhões de toneladas a estimativa na comparação mensal, à medida que a colheita brasileira ganha ritmo.

O órgão do governo dos EUA também aumentou a expectativa de exportação de soja do Brasil no ciclo 2019/20 em 1 milhão de toneladas em relação à projeção de janeiro, para 77 milhões de toneladas, ao mesmo tempo em que vê maiores importações pela China, algo avaliado com cautela por um analista no Brasil, enquanto não ficam claros os efeitos do coronavírus para a demanda.

O Brasil, maior exportador de soja há alguns anos, deverá ser também o maior produtor global da oleaginosa em 2019/20, superando os EUA, que registrou problemas climáticos na temporada atual e tem produção estimada pelo USDA em 96,84 milhões de toneladas –número estável ante janeiro.

A estimativa de exportação de soja dos EUA também foi elevada, para 49,67 milhões de toneladas, ante 48,31 milhões de toneladas em janeiro.

Os dois maiores exportadores globais da oleaginosa deverão exportar mais que o esperado com uma expectativa de maiores importações pela China, principal comprador global da oleaginosa.

“As importações de soja pela China foram elevadas em 3 milhões de toneladas, para 88 milhões de toneladas, refletindo maior processamento”, disse o USDA.

Dessa forma, as importações chinesas em 2019/20 devem superar as registradas no ciclo anterior em mais de 5 milhões de toneladas, segundo o USDA.

“Isso reflete um cenário base que contempla um controle razoavelmente rápido do coronavírus, e vem a reboque do acordo comercial Fase 1 (entre EUA e China), no qual eles (americanos) acreditam que haverá aumento das exportações dos EUA”, disse à Reuters, o gerente de consultoria de agronegócio do Itaú BBA, Guilherme Bellotti.

“É um número (previsão de importação da China) que está em xeque, que vai depender de como vai ser o controle da peste suína africana”, acrescentou ele, comentando sobre outro fator que deve ser observado. “O rebanho parou de cair (pela peste suína), parece que estamos em uma estabilidade… É um número que olhamos com muita cautela, está sujeito a inúmeras variáveis.”

O USDA ainda elevou as expectativas de estoques finais de soja na China em 2 milhões de toneladas, para 21,73 milhões de toneladas.

O USDA também prevê uma exportação do Brasil em 2019/20 maior do que a vista na temporada anterior, quando somou 74,59 milhões de toneladas.

MT É DESTAQUE

O aumento na produção de soja do Brasil, que deverá ter uma safra com volume histórico se a atual estimativa for mantida, ocorre com boas condições climáticas no Mato Grosso e uma melhora nas chuvas ao Sul e Nordeste do Brasil, disse o USDA.

Na temporada passada, quando alguns Estados sofreram com uma seca, o Brasil colheu 117 milhões de toneladas, segundo o USDA.

O número do USDA para a safra atual do país supera a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 123,25 milhões de toneladas, conforme número atualizado nesta terça-feira.

Brasil chegará a 98 milhões de toneladas de soja, diz USDA

Por Carla Mendes, do Notícias Agrícolas

O adido do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil manteve, neste início de fevereiro, sua estimativa para a safra brasileira de soja 2015/16 em 98 milhões de toneladas. A área de plantio estimada é de 33 milhões de hectares.

“Apesar das preocupações trazidas pelo tempo excessivamente quente e seco entre os meses de novembro e dezembro em algumas regiões, principalmente no estado de Mato Grosso, as boas chuvas de janeiro tem amenizado os impactos sobre a produtividade nestas áreas”, informou a nota da instituição reportada nesta terça-feira (2).

“O clima extremamente irregular no Brasil foi e continuará a ser a história principal da temporada 2015/16 de soja. E segundo previsões trazidas pelo Centro de Previsões Climáticas do Ministério da Ciência para os meses de fevereiro a abril confirmam que a forte influência do El Niño neste período deve continuar. As chuvas devem diminuir nas áreas semi-áridas do Brasil e aumentar nas regiões Sul e Sudeste”, informa o boletim.

Bunge, em Luís Eduardo Magalhães: capacidade de esmagar até 1,3 milhão de toneladas
Bunge, em Luís Eduardo Magalhães: capacidade de esmagar até 1,3 milhão de toneladas

Exportações

Sobre as exportações de soja do Brasil no ano comercial atual o adido também aposta em um volume elevado, alcançando um recorde dada a junção de uma demanda internacional ainda muito forte, principalmente por parte da China, e do dólar se mantendo ainda forte frente ao real agora em 2016. O total esperado é de 55 milhões de toneladas.

No ano passado, a moeda norte-americana se valorizou cerca de 40% sobre o real e não é esperada, pelo menos para o primeiro semestre de 2016, uma reversão deste quadro. Assim, as exportações continuam ainda bastante atrativas para os produtores brasileiros, apesar de os preços globais estarem mais baixos.

“Além disso, o expressivo volume de vendas antecipadas registrado nos últimos seis meses ainda reflete a indicação de que os sojicultores aproveitaram, e ainda pretendem aproveitar, os bons momentos do mercado de exportação”, informou o boletim do USDA.

Na temporada 2014/15, quando o Brasil exportou 54,25 milhões de toneladas, a China foi o principal destino da oleaginosa nacional, correspondendo pelas compras de 75% desse total.

E o adido destaca, ainda sobre as exportações brasileiras, algumas mudanças na logística nacional, como o crescimento das vendas externas por alguns terminais. No ano comercial anterior ao atual, cerca de 12,6 milhões de toneladas de soja do total exportado, ou 23%, deixou o país pelos portos do chamado Arco Norte – Ilhéus/BA, São Luís/MA, Itacoatiara/AM, Barcarena e Santarém,PA. “Isto reflete um aumento de 21% em relação à temporada anterior”.

Consumo Interno

Diante de uma demanda tanto interna quanto externa ainda aquecida e crescente, o adido brasileiro do USDA aumentou sua projeção para o processamento de soja da temporada 2015/16 para 40,2 milhões de toneladas e para a 2014/15 para 40 milhões.

Dessa forma, o órgão acredita ainda que a produção nacional de farelo de soja deva registrar um crescimento no atual ano comercial e também pelo consumo crescente no setor de aves e suínos. “O farelo de soja é o segundo ingrediente mais usado na fabricação de alimentação animal no Brasil”, lembra o boletim do USDA.

Além disso, as exportações brasileiras do derivado também podem registrar um incremento dado a um consumo maior em países como Indonésia, Vietnã e Tailândia.

Além disso, o report atribui ainda o aumento do processamento de soja no Brasil ao óleo de soja e seu uso maior na produção de biodiesel.

 

Norte-americanos divulgam estimativa de safra mundial da soja

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou um novo levantamento da safra de soja no mundo, com alterações positivas em relação aquele divulgado em janeiro.

Produção: O USDA, em seu 10º levantamento, elevou em 0,9 milhão de t a previsão para safra mundial de soja 2013/14 em relação ao relatório de janeiro de 2014. Confirmado esse resultado, a produção global totalizaria 287,7 milhões de t, volume 7,2% superior ao recorde de 2012/13.

Consumo/Estoque: O consumo mundial da oleaginosa deve encerrar o ciclo 2013/14 com 269,3 milhões de t, crescimento de 4,2% sobre o período anterior, porém significa uma revisão de 1,6 milhão de t para baixo em comparação ao relatório de janeiro. Os estoques globais do grão devem chegar a 73 milhões de t.

Exportações mundiais: O Departamento de Agricultura dos EUA manteve estável a previsão para as exportações mundiais da soja, em 109,3 milhões de t, o que representa um recorde nos embarques do grão.

A expectativa para a produção brasileira de soja 2013/14 foi ampliada em 1 milhão de t ante janeiro,refletindo a colheita precoce do grão no Centro-Oeste do país. Com isso, a safra poderá chegar a um recorde de 90 milhões de t, volume 9,8% acima do registrado em 2012/13.

Contrapondo esse aumento, a Argentina sofreu redução em suas estimativas, saindo de 54,5 milhões de t em janeiro para os atuais 54 milhões de t.

O USDA reduziu em 1,4 milhão de t a expectativa de consumo de soja da Argentina, totalizando 38,6 milhões de t para o final do ciclo 2013/14. Em relação à 2012/13, esse volume é 8,6% superior.

Departamento de Agricultura diz que safra de soja americana será 8,5% maior.

Nesta quinta-feira (11), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório mensal de oferta e demanda reportando um aumento de 8,5% na estimativa de produção de soja norte-americana. A projeção para a colheita dos EUA passou de 71,69 milhões para 77,84 milhões de toneladas na temporada 2012/13. 
O departamento indicou um aumento também na produtividade das lavouras de soja dos EUA, que passaram de 39,6 sacas por hectare, estimadas em setembro, para 42,87 sacas no relatório de outubro. 

Soja e cereais reagem depois do anúncio de redução de área nos EUA.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, hoje pela manhã, seu relatório sobre o plantio da safra 2012/13 e surpreendeu o mercado reportando 1% de redução na área de soja em relação ao ciclo passado. 

De acordo com o boletim, os produtores norte-americanos deverão cultivar 29,91 milhões de hectares (73,9 milhões de acres) com a oleaginosa na próxima safra. 

Os números surpreenderam o mercado, uma vez que a estimativa dos traders é de que haveria um aumento de 0,7% no espaço destinado à soja para 30,55 milhões de hectares (75,5 milhões de acres).  

Para o milho, o USDA estimou uma área de 38,79 milhões de hectares (95,864 milhões de acres) na safra 2012/13. O aumento foi de 4% em relação à safra passada, quando foram plantados 37,2 milhões de hectares (91,921 milhões de acres). 

Os números confirmaram o sentimento do mercado de um incremento na área do cereal, porém, vieram maiores do que o esperado. As projeções apontavam para uma área de 38,32 milhões de hectares (94,7 milhões de acres).

Nesta sexta-feira, os futuros dos grãos dispararam no mercado internacional após a divulgação do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre o plantio da safra 2012/13 nos EUA e mais os estoques trimestrais do país. Por volta das 14h35 (horário de Brsília), a soja operava com mais de 50 pontos de alta, o milho, nos dois primeiros vencimentos, registrava limite de alta de 40 pontos e o trigo também subia mais de 40 pontos.

Cotações do milho e da soja caem após anúncio do USDA.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta quinta-feira seu relatório mensal de oferta e demanda. O boletim, que é o primeiro de 2012, trouxe estimativas maiores para os estoques de soja dos Estados Unidos e também para a produção da oleaginosa no país. 
Para a soja, o departamento estima uma safra de 83,17 milhões de toneladas ante as 82,9 milhões de toneladas estimadas em dezembro. O aumento foi de 0,33%.
Os estoques finais foram projetados em 7,48 milhões de toneladas, volume bem acima do estimado em dezembro de 6,26 milhões de toneladas. Nesse caso, o incremento foi de 19,57%. 
O USDA também aumentou sua projeção para o rendimento das lavouras norte-americanas de soja de 46,29 para 46,51 milhões de sacas por hectare. 
Por outro lado, o departamento reportou um declínio na estimativa para a as exportações de soja de 1,92%, passando de 35,38 milhões de toneladas – estimadas em dezembro – para 34,70 milhões de toneladas. 

Milho – Para o milho, o departamento norte-americano trouxe estimativas de produção maior e estoques finais menores nos Estados Unidos. 
A projeção para a safra subiu de 312,69 milhões de toneladas para 313,91 milhões, registrando um aumento de 0,39%. 
Sobre os estoques finais do cereal, o USDA reportou as reservas em 21,54 milhões de toneladas ante as 21,49 milhões estimadas em dezembro. O declínio, neste caso, é de 0,24%. 
Sobre as exportações, porém, o relatório trouxe um aumento de 3,12%. A estimativa para as vendas passou de 40,64 milhões de toneladas, em dezembro, para 41,91 milhões de toneladas. 

Fonte: Notícias Agrícolas/ Carla Mendes.

Depois do anúncio do USDA, a soja e o milho tiveram perdas na cotação de Chicago. No mercado interno, chegaram a cair até 2%.

Cotações de ontem: soja sobe um pouquinho. Estoques baixam.

O relatório trimestral de estoques físicos divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na manhã de ontem (30) apontou números abaixo do esperado pelo mercado.  A soja totalizou, em 1º de junho, 15,54 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 16,11 milhões de toneladas. O total apresenta uma redução de 4,19% em relação ao mesmo período de 2009.
Já os estoques de milho, também em 1º de junho, somaram 109,48 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de 117,4 milhões de toneladas. No ano passado, nessa mesma época, os volume armazenado totalizada 108,23 milhões, o que apresenta um incremento de 1,15% em 2010.
Ao contrário da soja e do milho, o trigo ficou com os estoques acima do que o mercado esperava (25,53 milhões de toneladas) e a armazenagem totalizou em 26,49 milhões de toneladas.