Brasil descobre a roda fazendo álcool de milho.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (2), o senador Blairo Maggi (PR-MT) comemorou experiência realizada no estado de Mato Grosso para adaptar uma usina de cana de açúcar à fabricação de etanol a partir de milho. A ideia é usar o cereal, principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos, para fabricar combustível nos períodos de entressafra da cana.
 
– Gostaria de comunicar a todos que nos assistem e aos senadores e até fazer um convite para uma visita a essa usina que se denominou de usina flex.
 
Para o senador, o milho produzido nas regiões Norte e Centro-Oeste não tem competitividade para exportação, a não ser quando os mercados estão muitos favoráveis, motivo pelo qual se justificaria o uso para a produção de etanol.
 
Blairo explicou que serão feitos mais testes para conhecer a eficiência real da adaptação das usinas antes de expandir a experiência ao restante do estado e do Brasil.
Pontos a ponderar:
1) Os norte-americanos gastam mais de 100 milhões de toneladas de milho para fazer álcool automotivo, há muito tempo, com resultados positivos.
2) O milho é importante na cadeia produtiva da soja, promovendo a recuperação do solo e a rotação, formando palhadas para o plantio direto, evitando pragas de solo como os nematóides. Sem o milho, o monocultivo da soja não tem futuro.
3) Em 2011, o país importou 1 bilhão e 100 milhões de litros de etanol de milho dos EUA, um aumento de 1.384,8% em relação a 2010.
4) O País precisa de álcool para manter a bicicleta da flexibilidade em combustíveis andando. E precisa também de no mínimo mais 100 usinas de álcool, o que significaria mais 5 milhões de hectares de cana. Não tendo cana, nem usinas, é interessante utilizar a capacidade ociosa.