Carros da Câmara: apesar de quebrados, têm alto consumo de combustível.
Dos 11 veículos usados pelos vereadores de Luís Eduardo Magalhães (o Ford Fusion é exclusivo da Presidência da Casa) uma grande parte está quebrada. Alguns estão à disposição dos vereadores, mas a bateria ou alguma outra peça importante sumiu.
Isso não é suficiente no entanto para diminuir o consumo do combustível que em março bateu recordes, quase 10 mil reais, o que seria suficiente para rodar 32.000 km.
Os vereadores de Luís Eduardo Magalhães custam quase R$600 mil por ano ao contribuinte, incluindo aí a gasolina, a manutenção e o mau uso dos veículos.
Veja aqui,aqui e aqui uma longa história de abuso no uso dos carros oficiais da Câmara Municipal.
Representantes do MP-BA em Luís Eduardo, George Elias e André Bandeira de Melo
O promotor de justiça George Elias Gonçalves Pereira solicitou ao presidente da Câmara Municipal que avisasse a todos os vereadores: na próxima vez que um Vereador for flagrado dirigindo fora do expediente vai conduzi-lo até a Delegacia e lavrar o flagrante. Particularmente, nós aqui da redação de O Expresso, que denunciamos há mais de 2 anos o abuso no uso dos carros oficiais, nos sentimos honrados com a decisão do Promotor.
Apesar de que Vereador não dá bola para isso. Ontem mesmo, terminada a sessão alguns montaram nos veículos públicos e cairiam dentro da noite quente e abafada de Luís Eduardo. “Nós vamos para casa, argumentaram”.
Na verdade, isso não interessa: os carros deveriam ser recolhidos para a garagem após o término da sessão.
Aliás, o prefeito Humberto Santa Cruz também vai ter que baixar normas rígidas sobre o assunto. Primeira: todo o carro a serviço da Prefeitura tem que ter o adesivo de uso oficial. Inclusive os alugados. E todos tem que ser recolhidos ao estacionamento em frente ao Paço Municipal ou ao pátio da Infraestrutura após o expediente. Mesmo os alugados, pois usam combustível pago pelos cofres públicos. A não ser os ônibus escolares que servem os estudantes à noite. Falando nisso, os próprios ônibus terceirizados que prestam serviço à Prefeitura também devem ser adesivados. É a lei. E para mudá-la, só a Câmara Federal e o Senado, em dois turnos.