Valdemar torce pela manutenção de Bolsonaro na geladeira.

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto declara oposição do PL ao governo do presidente eleito Lula durante coletiva de imprnesa. Ele fala em microfone, gesticulando e com painel atrás nas cores verde e amarelo - Metrópoles

Valdemar Costa Neto, que há mais de 30 anos se equilibra como proprietário do Partido Liberal, não está à tona da política à toa, agora que fez 100 deputados federais. Dizem que não assume em público, mas acompanha com discreta satisfação o chão desabando sob os pés de Jair Bolsonaro.

O dono do PL está certo de que se armava, antes dos ataques golpistas de 8 de janeiro, uma tentativa de bolsonaristas de lhe tomar o partido. Agora, mantendo-se a articulação, dificilmente terá sucesso.

Para Valdemar, a inelegibilidade de Bolsonaro poderia lhe diminuir o poder político, bem como o de seus seguidos dentro da legenda. Mas, mesmo inelegível, o ex-presidente poderia ser um bom eleitor em 2024.

O que Valdemar não considera um bom negócio é a prisão de Bolsonaro. Acha que, preso, o ex-presidente ganharia força, inclusive dentro do partido, que teria de gastar recursos para defendê-lo e torná-lo um mártir. Não é o que quer o dono do PL.

Valdemar (PL) e Bolsonaro já trocam receitinhas pela internet.

Novo partido de Bolsonaro: PL esteve no centro do escândalo do mensalão no governo Lula - BBC News Brasil

– Vai tomate cru.

– Vai você.

Depois de insistir em entregar o Partido Liberal, em São Paulo, para o seu filhote 03, mais conhecido como Dudu Bananinha, Bolsonaro se desentendeu com Valdemar da Costa Neto e recebeu um sonoro “VTNC, você e seus filhos”.

Ao que foi replicado: “Vai Você”. Parece encerrada aí mais uma novela do Presidente sem Partido, desde a antológica briga com os dirigentes do PSL, no primeiro ano do seu mandato.

A “intensa troca de mensagens”, contudo, segundo o portal O Antagonista, teve troca de insultos entre Costa Neto e Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos” escrito pelo líder do PL ao presidente da República. Tudo teria começado após discussão sobre o diretório do partido em São Paulo, que o presidente da República estaria decidido a deixar sob comando do filho “03”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

A conversa teria degringolado assim que Costa Neto afirmou que a proposta de Bolsonaro não seria atendida. “Você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu”, teria escrito o presidente do partido ao qual Bolsonaro está prestes a se filiar.

O presidente então teria ficado enfurecido, atirado um dos mais comuns xingamentos ao futuro-quase-ex-correligionário e recebido de volta “gentileza” semelhante.

Dois cavalheiros, dois gentleman, de fino trato, que fazem questão de se preservar pela urbanidade e educação.

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