Vazio Sanitário da soja começa no dia 26 e exige atenção dos produtores da Bahia

Plantas voluntárias precisam ser eliminadas.

Faltam poucos dias para o início do Vazio Sanitário da soja na Bahia. A partir de 26 de junho, produtores da Região I – que engloba os principais municípios produtores do oeste baiano, como Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, São Desidério, Formosa do Rio Preto, Correntina, Riachão das Neves, Cocos e Santa Maria da Vitória – deverão eliminar plantas vivas ou voluntárias de soja até o dia 7 de outubro. A medida é uma das principais estratégias para o controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), doença que pode comprometer severamente a produtividade das lavouras.

Neste ano, o calendário da soja na Bahia foi reorganizado. Por meio da Portaria SDA/MAPA nº 1.271, de 30 de abril de 2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dividiu o estado em três regiões agrícolas, cada uma com datas específicas, tanto para o vazio sanitário quanto para o início da semeadura. A Região I, que concentra a maior parte da produção de soja da Bahia, será a primeira a entrar no período de vazio sanitário.

A semeadura na Região I poderá ser realizada entre os dias 8 de outubro e 31 de dezembro. Já na Região II, o plantio será permitido de 15 de setembro a 15 de dezembro; e na Região III, entre 15 de março e 25 de junho de 2026. Com essa divisão, o objetivo é garantir um manejo mais eficaz das doenças, respeitando as especificidades climáticas e sanitárias de cada área.

A ferrugem asiática é a principal preocupação. De difícil controle, a doença se espalha rapidamente pelas lavouras e pode causar grandes perdas. Por isso, o vazio sanitário – período de pelo menos 90 dias em que não se pode plantar nem manter vivas plantas de soja – tem um papel essencial: ele interrompe o ciclo do fungo na entressafra e reduz a pressão da doença sobre a próxima safra.

Para reforçar o controle fitossanitário, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) instituiu, por meio de Portaria Estadual 043 de 29 de maio de 2025, o Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas para a cultura da soja. A medida estabelece normas sobre o cadastro obrigatório das propriedades, o acompanhamento da ocorrência de pragas durante a safra e as regras para cultivos excepcionais, entre outros pontos.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) tem orientado os produtores sobre o cumprimento das exigências legais e das boas práticas agrícolas. “Nosso foco é garantir que todos estejam cientes da legislação vigente para a cultura da soja, especialmente no que diz respeito ao manejo de pragas e doenças”, afirma Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba. “Este ano, o vazio sanitário foi regionalizado, e isso exige ainda mais atenção dos agricultores, principalmente nas áreas que passaram a ser zoneadas recentemente.”

Aloísio destaca que o vazio sanitário é uma estratégia indispensável. “É a principal forma de quebrar o ciclo da ferrugem asiática, uma das doenças mais severas que afetam a soja. Nosso trabalho é orientar o setor produtivo e buscar soluções equilibradas para garantir a sanidade da produção agrícola da Bahia”, finaliza.

Cigarrinha reduz cultivo do milho até em pivôs de Luís Eduardo Magalhães.

Ataques severos do inseto reduzem produção para perto de zero.

Reportagem do Canal Rural analisa as perdas causadas pelo enfezamento, doença virótica transmitida pela cigarrinha nos cultivos de milho em todo o País. Celito Breda, de Luís Eduardo Magalhães, afirma que este ano não se plantará milho nas áreas irrigadas do Oeste baiano. Produtores já estão pensando em vazio sanitário para evitar a “ponte verde” do inseto.

O aumento de casos de enfezamento nas lavouras de milho acende um sinal de alerta no campo. A doença pode causar perdas de produtividade superiores a 90%, principalmente quando não são usadas cultivares resistentes. Diante disso, agricultores, pesquisadores e entidades de Mato Grosso estudam medidas para conter a presença da praga responsável pela doença nas plantações, a cigarrinha.

Atualmente, a cigarrinha é considerada um dos insetos mais nocivos para a agricultura na América Latina. O inseto de cor branco-palha tem apenas meio centímetro de comprimento, alimenta-se exclusivamente de milho e coloca ovos na epiderme, preferencialmente na nervura central de folhas do cartucho da planta. O ciclo da espécie está completo em 27 dias, mas a longevidade média chega a 45 dias.

Por apresentar o hábito sugador, além de causar danos, pode transmitir patógenos para a planta. “São doenças sistêmicas que reduzem a quantidade de nutrientes absorvidos pelas plantas, e isso pode causar uma redução de produtividade”, explica a entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan.

De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a praga está presente nas lavouras do estado há aproximadamente três safras. “Porém, ela ainda não estava transmitindo o enfezamento, que é a doença que preocupa. Este ano, já vimos áreas contaminadas. O problema maior é que ela é uma doença silenciosa, o produtor só vai perceber quando já for tarde”, diz Lucer Beber, vice-presidente da entidade.

Cientes que depois de instalada, a cigarrinha é difícil de ser controlada, o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, pede cautela por parte dos produtores e empresas. “Faça suas pulverizações e faça o monitoramento. Obviamente, medidas têm que ser muito bem pensadas, e o momento agora é de estudo da praga e de planejamento para se saber de que maneira atuar com relação a essa praga”, defende.

A entomologista Lucia Vivan faz algumas recomendações que podem ajudar a reduzir a população da cigarrinha nas lavouras: verificar as áreas de milho verão para saber se há presença da praga. Caso haja, o produtor precisa realizar o controle para que o inseto não se desloque para as lavouras da segunda safra. Além disso, áreas de braquiária também merecer atenção redobrada, segundo a cientista, porque as cigarrinhas podem sobreviver nessas plantas e depois retornar ao milho.

A cigarrinha não está tirando o sono apenas do produtor de Mato Grosso

A presença da praga em lavouras da Bahia é mais antiga e mais grave, tanto que alguns produtores estão desistindo de plantar milho. É o caso do agricultor Celito Bredas. Esta é a primeira safra sem milho nas áreas de pivô da propriedade, que fica em Luís Eduardo Magalhães (BA). Segundo ele, o enfezamento inviabilizou o cultivo, que tinha potencial de mais de 200 sacas por hectare.

“Em 2016, começamos uma batalha contra a cigarrinha do milho, que é vetor dos enfezamentos e molicutes no milho. Parei de plantar devido a esse problema, porque é muito grave. Baixamos, em pouco tempo, de 180 para 100 sacas por hectare, e aí fica inviável. Em alguns pivôs com materiais tolerantes, conseguimos 140 sacas. Mesmo assim, a gente não se anima a plantar milho”, conta Celito.

Para os agricultores baianos, a solução para o problema seria a regulamentação nacional de um calendário de vazio sanitário para o milho. O pedido já foi encaminhado ao Ministério da Agricultura.

“É muito importante e fundamental para a nossa região. Nós temos que voltar a plantar milho. Eu diria até que o Brasil precisaria plantar mais milho do que soja daqui 5 ou 10 anos. É necessário para a sustentabilidade de toda a cadeia de alimentos do Brasil”, frisa Celito.

O pesquisador e fitopatologista Lucas Fantin, da Fundação Chapadão, em Mato Grosso do Sul, também apoia o vazio sanitário para o milho.

“O manejo de enfezamentos está relacionado muito à ponte verde: uma área de milho verão, plantas tigueras e o milho safrinha promovem a perpetuação dos enfezamentos”, lembra.

Nos anos 80, a proliferação da cigarrinha na brachiara decumbens provocava doenças hepáticas e fotossensibilização de bovinos e ovinos em todo o Centro Oeste do País. Identificadas as causas, a varietal dessa brachiaria deixou de ser plantada.

Vazio Sanitário da Soja iniciou no primeiro dia do mês

O Vazio Sanitário da Soja é o período de ausência total de plantas vivas de soja no campo, e tem o objetivo de reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática, que é a doença que mais tem preocupado os produtores no Brasil.

Conforme portaria 235/2017 da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, fica estabelecido o período de vazio sanitário na Bahia, de 01 de julho a 07 de outubro. Pela Instrução Normativa 06/2019 da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins – ADAPEC, o período para Tocantins é de 01 de julho a 30 de setembro.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Círculo Verde Engenharia Agronômica, Celito Breda, a preocupação com a ferrugem deve ser constante, já que pode causar um grande impacto na produtividade se não houver controle. Breda afirma que o vazio sanitário mais longo possível e período mais restrito possível de semeadura, são duas técnicas altamente impactantes e positivas no manejo da ferrugem asiática da soja.

“O fungo sobrevive principalmente em soja com folhas verdes, mas poderá resistir em folhas secas pós colheita por até 56 dias. Além disso, os grãos no solo decorrentes das perdas durante a colheita, poderão germinar com as primeiras chuvas, requerendo outro manejo. Se todos contribuírem com o vazio sanitário em 100% das áreas e estradas, os esporos teriam que vir de outras regiões pelas massas de ar, o que normalmente retardaria o aparecimento da doença”, falou Breda.

Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, Cícero Teixeira, o período do vazio é primordial para a queda na ocorrência da doença e consequentemente, acaba sendo uma economia nos custos de produção. “Contamos com a colaboração dos produtores para o cumprimento do vazio sanitário, pois só o trabalho de cada um garantirá bons resultados nas próximas lavouras”, disse.

O presidente da Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba – Aprosem, Celito Missio, ressalta a importância do cumprimento do vazio em todas as áreas do Matopiba, por ser a prática coletiva mais importante e essencial no combate à proliferação dos fungos que causam a ferrugem asiática.

Na Bahia e Tocantins o vazio sanitário começou nesta segunda-feira, 01, em seguida, os Estados do Piauí e Maranhão também iniciam o vazio sanitário da soja, que ocorre entre junho e outubro, variando de acordo com a legislação de cada Unidade da Federação.

Sojicultor fura vazio sanitário e é obrigado a destruir 68 hectares de soja no Tocantins

Foto: Adapec

Produtor havia semeado área com sementes sem origem comprovada, fora do período permitido e levou multa pelo desrespeito a lei

O vazio sanitário para a soja não acabou em nenhum estado ainda, mas em Tocantins um produtor rural resolveu semear o grão, contrariando a proibição. Para piorar a área não era cadastrada no sistema do governo e as sementes não tinham comprovação de origem. Resultado: multa de R$ 7,2 mil e destruição mecânica da lavoura.

Durante uma fiscalização de rotina, os técnicos da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) localizaram a lavoura irrigada por pivô central, em uma propriedade rural, localizada no município de Miracema (TO). No mesmo dia o dono do local foi notificado e orientado a destruir a soja clandestina em 48 horas. Na última quarta-feira, dia 29, ao retornar a região, notaram que a lavoura seguia inteira, foi então lavrada multa e nova notificação.

Só que desta vez os próprios técnicos da Adapec providenciaram a destruição dos 68 hectares de soja com grade. A ação deve durar três dias. O agricultor foi multado em R$ 7,2 mil por infrações administrativas e por risco de propagação de pragas nas lavouras da região.

“A plantação irregular poderia afetar o status de excepcionalidade do plantio da soja nas Várzeas Tropicais, destinado a pesquisa e sementes, prejudicando 60 mil hectares da cultura, além de possibilitar a disseminação de pragas nas propriedades rurais vizinhas,” avaliou o diretor de defesa, sanidade e inspeção vegetal, Alex Sandro Arruda, acrescentando que o empresário tinha conhecimento dos riscos.

Segundo a entidade, o estado mantém um controle rígido de produção de soja com o monitoramento de 100% das áreas plantadas e cadastradas, levando também informações aos sojicultores. O vazio sanitário, responsável por quebrar o ciclo da ferrugem asiática, é uma medida respeitada pelos sojicultores tocantinenses, por isso este caso foi considerado atípico. “Somos referência nacional na produção de sementes de qualidade, por isso não podemos nos descuidar de algo conquistado com muitas lutas de toda a cadeia produtiva, afinal basta a ação irregular de um para causar grandes prejuízos a todos”, destacou o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.

Em Tocantins o vazio sanitário vai do dia 1º de julho até 30 de setembro. Nesta época, fica proibido o plantio de sementes da oleaginosa em lavouras. Esta medida é fundamental para prevenir e controlar a ferrugem asiática, a principal praga que ataca a cultura da soja.

Durante o vazio sanitário só é permitido o cultivo de soja nas várzeas tropicais, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Formoso do Araguaia, Cristalândia e Guaraí. Nestas localidades, a Adapec autoriza o plantio da oleaginosa para fins de pesquisa científica e de produção de sementes, mediante um rigoroso controle e monitoramento da ocorrência da praga feito pelos inspetores da Agência. Do Projeto Soja Brasil, no Canal Rural.

Bahia cria grupo de trabalho para combater a ferrugem asiática

Com o aumento dos registros da doença nesta safra, associações e entidades se unem para levar informações de manejo e combate aos produtores

Por André Anelli, de Luis Eduardo Magalhães (BA), para o Projeto Soja Brasil

A incidência da ferrugem asiática na Bahia tem preocupado os produtores. Além de perder produtividade, os custos para controlar a doença estão pesando bastante nesta temporada. Com isso a Aprosoja Bahia criou uma iniciativa para combater o fungo causador da doença.

O tempo chuvoso, na região oeste da Bahia, tem gerado uma a expectativa de boa produção entre os produtores. Mas, a umidade também forma o ambiente ideal para o surgimento da ferrugem asiática. Na propriedade de Paulo Schimdt, no município de Luís Eduardo Magalhães (BA) já foi encontrada a doença e ele prevê aumento no custo de produção.

“O custo de produção já estava alto, porque já tínhamos cuidados contra a ferrugem. Esse custo pode aumentar de cinco a sete sacas, dependendo a época de plantio e tudo mais “, comenta Schimdt.

Até o fim de fevereiro, 22 casos de ferrugem asiática foram detectados no estado. Para tentar diminuir os casos, a Aprosoja estadual, a Fundação Bahia, a Associação dos Irrigantes do Oeste da Bahia e Sindicatos Rurais de municípios da região criaram programa “De Olho na Ferrugem”. E, já definiu pelo menos quatro ações de combate à doença.

Uma delas é a reorganização dos calendários agrícolas: o vazio sanitário irá durar quase cem dias (de 30 de junho a 7 de outubro) e o período de plantio vai ser reduzido (de 8 de outubro a 15 de janeiro).

“Temos que evitar esses plantios mais tardios. O grande problema da soja na safrinha é que a ferrugem entra mais cedo, com uma pressão de inóculo muito maior. Uma severidade maior e o número de aplicações de inseticidas consequentemente tem que ser maior, em intervalos mais curtos. Quanto mais fungicida eu aplico, mas selecionamos indivíduos resistentes”, diz o engenheiro agrônomo, Luís Henrique Carregal.

Outra medida que tem sido indicada é a rotação de defensivos, para diminuir a resistência do fungo. Prática que a pesquisadora Mônica Martins defende, em conjunto com a aplicação de fungicidas multissítios (moléculas que agem em diversos pontos do metabolismo do fungo).

“Nós temos que proteger as moléculas que temos, esses multissítios vieram para agregar. O ideal seria que o produtor usasse os protetores em todas as aplicações, para que a gente protegesse essas moléculas, mesmo porque a eficiência desses produtos tem caído”, garante Mônica.

O presidente da Aprosoja Bahia, Alan Julieni, destaca a importância do combate às plantas guaxas ou tigueras, que são aquelas que resistem fora do ciclo de plantio e servem de hospedeiras para doenças. Quando aparecem na beira das estradas, então, o controle é mais restrito.

Fizemos um trabalho voluntário em que cada um cuidou da rodovia às margens de suas propriedades. Mas ainda tem muitas beiras de asfalto que não tem propriedade em frente. Isso é um problema grave. Só que a gente tem que contar com a ajuda dos nossos políticos, porque é um custo alto. Sem falar em probleminhas legais para poder fazer isso. Se ficar para o produtor, então deixa ele usar os produtos que sejam necessários”, defende Julieni.

Algodão terá preço mínimo de R$54/arroba, diz Dilma

Depois de dez anos sem reajuste, o preço mínimo do algodão subirá para 54 reais por arroba, disse nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff. O valor pago hoje pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) do governo federal é de 44,60 reais por arroba, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

A política de preços mínimos é utilizada pelo governo federal para orientar políticas de apoio a determinadas culturas. Quando os preços caem abaixo do mínimo estabelecido, as autoridades podem implementar medidas, que incluem até a compra direta do produto. O custo de produção atual, citado pela Abrapa, é de cerca de 57,50 reais por arroba. O anúncio da presidente Dilma foi feito em discurso durante evento em Lucas do Rio Verde, importante polo produtor de Mato Grosso.

Por Gustavo Bonato, da Agência Reuters

Mesmo para aqueles que acreditam em chuvas tardias este ano, ontem foi o último dia para plantio de algodão no Oeste Baiano, em atendimento às normas do vazio sanitário.

Soja irrigada que avançou no vazio sanitário não teve ocorrência de ferrugem

A colheita da soja irrigada, cujo plantio foi antecipado em 15 dias do período do Vazio Sanitário, deverá iniciar na segunda quinzena do mês de janeiro sem a identificação da ferrugem da soja nas áreas cadastradas e fiscalizadas pela Adab.

A proposta de antecipação foi firmada durante a Bahia Farm Show 2012, em reunião ordinária do Comitê de Combate a Ferrugem da Soja na Bahia. Em oportunidade, os produtores apresentaram uma solicitação de antecipação do plantio da soja irrigada e após uma ampla discursão técnica ficou acordado que os produtores seriam autorizados a semear a cultura antecipadamente mediante a assinatura do termo de compromisso conforme portaria 71/2012.

soja

A parceria da Aiba e Adab garantiu uma fiscalização rigorosa nas áreas, com realização de coletas de amostras de folhas para análise laboratorial. Durante esse período, foram colhidas e analisadas mais de 450 amostras e até o momento não foi identificada a presença da ferrugem da soja nas áreas de produção.

Para a realização da colheita os produtores deverão fazer a dessecação da cultura o que vai assegurar a ausência da ferrugem nas áreas antecipadas. Os produtores serão também orientados a fazer o controle de plantas voluntárias que venham germinar após a colheita da soja irrigada.

Começa em agosto o período de vazio sanitário da soja na Bahia

Soqueira precisa ser completamente erradicada. Ou via gradagem ou através de dessecantes.

O vazio sanitário, período em que é proibido o cultivo da soja – e também é exigida a eliminação de soja voluntária ou tiguera (plantas originárias dos grãos caídos no solo durante a colheita) começa nesta próxima quarta-feira, 15,  nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Paraná.

Na Bahia o período de controle vai começar no dia 15 de agosto e terminar em 15 de outubro. O período ideal de plantio da soja é de 15 de novembro a 15 de dezembro.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, essa medida visa reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja evitando assim ataques precoces da doença na safra. 
Desde 2006, o vazio sanitário foi adotado no Brasil. Atualmente a medida preventiva está implantada em 12 estados (MT, GO, MS, TO, SP, MG, DF, MA, PR, BA, RO, PA). A maioria deles adotou o vazio sanitário por 90 dias. No entanto, três deles optaram pelo período de 60 dias: Bahia, Pará e Maranhão. Com informações do portal da revista Globo Rural.