Ministro do STJ determina perícia em equipamento de juiz aposentado na Operação Faroeste.

Em gravação obtida pela PF, juiz preso na Bahia discute valores e  pagamentos com advogado - Jornal O Globo

O ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que a Polícia Federal realize perícia em equipamentos eletrônicos e documentos pessoais, até então ocultos, do juiz Sérgio Humberto Sampaio, aposentado compulsoriamente por envolvimento com a venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O material foi descoberto pela Corregedoria-Geral do TJ em uma sala usada pelo magistrado. A informação é da coluna Satélite, do jornal Correio.

Juiz é preso no Piauí por suspeição de venda de sentenças para desonerar imóveis

gaeco
Do g1.globo/piauí
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Piauí (Gaeco) em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) cumpriu nesta sexta-feira (26) um mandado de prisão contra um juiz aposentado na Zona Leste de Teresina. A operação chamada ‘Immóbilis’ é resultado de uma investigação encabeçada pelo Gaeco da Bahia.
Ao todo são nove mandados de prisão temporária, sendo que o do magistrado é o único cumprido no Piauí. A operação investiga fraudes na aquisição de imóveis e venda de sentenças judiciais. De acordo com as investigações, o juiz participou ativamente das fraudes imobiliárias utilizando decisões da Justiça para conseguir a propriedade de imóveis em diversas cidades.
O magistrado foi levado para sede do Gaeco em Teresina. De acordo com o promotor Luiz Antônio França, integrante do Gaeco-PI, a organização criminosa comprava imóveis com um valor muito abaixo do mercado por conter débitos hipotecários e, com a ordem judicial, conseguiam retirar a hipoteca desses imóveis e depois revendê-los como se ela não existisse.
“Indícios dão conta de que ele recebia valores para proferir essas sentenças. Essas cartas precatórias eram enviadas para outros estados e lá eram retirados os gravames hipotecários. Posteriormente a organização criminosa falsificava o registro desses imóveis”, disse.
Ainda conforme o MP, mesmo ele sendo magistrado de nível estadual, conseguia decisões porque a organização criminosa fraudava os documentos. As sentenças foram proferidas quando o juiz atuava em Canto do Buriti, no semiárido piauiense.
O G1 esteve no Gaeco na hora da chegada do juiz, mas nem ele e nem o advogado quiseram falar com a imprensa.