Por que caiu o Airbus da Air France?

O cockpit do A330/340

O que as autoridades francesas não revelam, nem mesmo os especialistas brasileiros presentes na investigação do vôo 447 da Air France, é porque a aeronave entrou em ângulo de arremeter (16º) até estolar e cair. O que leigos entendem é que os motores do avião estariam com baixa potência, ou marcha lenta ou, ainda, completamente apagados. A culpa parece ser das dezenas de computadores que limitam a reação dos pilotos, principalmente usando o sistema fly-by-wire (através de joysticks), que a Airbus teima – e por via de consequência, as autoridades francesas – em defender. Depois que o manche convencional, ligado por cabos aos controles de profundidade e leme  foi abandonado, os pilotos não conseguem mais intuir a velocidade do avião. Todo piloto amador sabe que a hora que o manche começa a tremer, está na hora de acelerar e melhorar a atitude de vôo, baixando o nariz para aproveitar a velocidade inercial. Joysticks são muito bons para vídeos-game, mas para aviões ainda são um aporte de tecnologia em desenvolvimento.

A tragédia brasileira da TAM, cujo Airbus 320 matou 200 pessoas em Congonhas, parece estar ligada ao mesmo assunto. O experiente piloto sabia, momentos antes de tocar o solo, que deveria arremeter, mas não conseguiu, por isso bateu ainda acima da velocidade de pouso.  A tentativa de reverso e, outra, de quebrar o avião, num cavalo-de-pau, foram apenas desesperados recursos.

Sondas pitot congeladas derrubaram airbus da Air France, diz Der Spiegel.

O voo da Air France Rio-Paris, que desapareceu no Atlântico no dia 1º de junho de 2009 com 228 pessoas a bordo, teria sofrido uma súbita parada provocada pelo gelo acumulado nas sondas Pitot, segundo o semanário alemão Der Spiegel, que cita um investigador do acidente.
Der Spiegel, citando um especialista que pediu o anonimato, garante que as causas exatas do acidente não são conhecidas, mas que a informação das caixas-pretas sugere que as sondas de velocidade da aeronave, conhecidas como sondas Pitot, congelaram, o que provocou uma falha na velocidade do Airbus.
O acidente ocorreu em um lapso de quatro minutos, segundo as informações reveladas pelas caixas-pretas recuperadas no mês passado, a quase 4 mil metros de profundidade.
Segundo a gravação, o piloto chefe do voo, Marc Dubois, não estava na cabine quando os alarmes soaram.
— Pode-se ouvir ele chegando correndo à cabine e “gritando instruções aos seus dois copilotos”— afirma o especialista ao semanário.
O avião parecia que havia evitado uma área de fortes turbulências, mas suas sondas Pitot tinham partículas de gelo.
— A informação gravada indica uma queda abrupta do avião pouco depois que os indicadores de velocidade falharam, como resultado de uma parada do avião — disse o especialista.
Não está claro se isto foi consequência de um erro do piloto ou se os computadores da aeronave saltaram automaticamente para compensar o que parecia ser uma súbita perda de potência, disse a revista.
O caso é seguido de perto na Alemanha, já que 28 passageiros do voo eram alemães.
especialistas afirmaram na sexta-feira passada que no fim da próxima semana divulgarão oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas recentemente do fundo do oceano. Texto de Zero Hora em Clicrbs.

A operação que busca os motivos da tragédia do vôo 447.

O portal G1 reproduz hoje matéria jornalística de Wil S. Hylton, do New York Times, explicando como foi a descoberta dos destroços do vôo 447 da Air France, dos custos astronômicos da operação e de como está sendo feito o resgate dos corpos. Clique no link para acessar.

Imagens impressionantes. Corpos foram encontrados entre os destroços.

A operação de resgate dos restos mortais de passageiros e de parte da fuselagem do Airbus A330, submersos no Oceano Atlântico e localizados domingo, deve começar entre três semanas e um mês, afirmou nesta segunda o responsável por investigar as causas do acidente, Alain Bouillard. O voo 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris. O avião transportava 228 pessoas e caiu no oceano em 31 de maio de 2009.

Bouillard confirmou que “vários corpos” foram encontrados durante a quarta operação de busca da fuselagem e das caixas-pretas do avião, iniciada em 25 de março, em uma área de 10 mil quilômetros quadrados que não havia sido vasculhada até então. Esta quarta fase de buscas era considerada a “operação da última chance” para encontrar as caixas-pretas do avião.

Em uma coletiva de imprensa ocorrida ontem, na sede do Escritório de Investigação e Análises (BEA, na sigla em francês) em Le Bourget, nos arredores de Paris, a ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, disse que a descoberta de parte do avião “é um momento muito importante para o luto das famílias e para permitir maior segurança no setor aeronáutico”.

De acordo com Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, já foi iniciado o processo de licitação para definir o navio e os equipamentos que serão utilizados para resgatar os destroços do avião da Air France. A ministra e Troadec não fizeram qualquer comentário sobre a localização e o resgate dos corpos, afirmando que as famílias das vítimas deverão ser informadas primeiro.

Para Alain Bouillard, “é fundamental localizar as caixas-pretas do avião para determinar as causas do acidente”. Porém, mesmo que os equipamentos sejam resgatados, os técnicos do BEA ainda não sabem se os dados técnicos sobre o voo e as conversas dos pilotos foram conservados e se poderão ser analisados.

Até o momento, o BEA afirma que um problema com os sensores de velocidade do avião, os chamados tubos pitot, teriam contribuído para o acidente.

Veja as imagens originais do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França, que encontrou grandes peças (turbinas e trem de aterrisagem) do Airbus A330 da Air France, dentro de uma planície abissal no meio do Atlântico.

Segundo notícias da BBC de Londres, corpos de passageiros do voo 447 da Air France, que caiu sobre o Atlântico há quase dois anos, após decolar do Rio de Janeiro, foram encontrados dentro de uma grande parte da fuselagem localizada no mar no domingo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet.

De acordo com Nathalie, alguns corpos no interior do avião poderiam vir a ser identificados. “É uma parte importante do avião, cercada por destroços. É uma parte que permaneceu praticamente intacta, em uma única peça”, disse a ministra. Segundo ela, essa descoberta “dá aos investigadores esperanças de localizar rapidamente as caixas-pretas do avião”.

Ao ser indagada por um jornalista se tratavam-se de “vestígios” dos restos mortais dos passageiros da aeronave, a ministra francesa afirmou: “Mais do que vestígios, há corpos”.

O voo AF 447 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris, desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro) com 228 pessoas a bordo. Somente cerca de 50 corpos foram encontrados, pouco após a catástrofe.