O Internacional se prepara para repetir em 2019 o feito de 17/12/2006.

Há 11 anos, lembro-me como se fosse hoje, na segunda semana de dezembro, estávamos em Porto Alegre e ao trafegar pela avenida Borges de Medeiros, em direção ao Shopping Praia de Belas, nos chamou a atenção uma aglomeração de pessoas e carros em frente a um hotel.

Logo descobri o motivo: era o embarque da delegação do Internacional rumo a Tóquio para disputar o mundial de clubes.

Descemos do carro e fomos aplaudir os jogadores justamente na hora em que saiam do hotel. A torcida cantava com o entusiasmo o hino do time. E os jogadores cantavam, juntos, em altos brados, acolhendo a torcida inflamada como se companheiros de equipe fossem.

Mais tarde, no shopping, ainda com os olhos marejados pela emoção, eu sentenciava para minha mulher: “Esse time vai ganhar o Mundial. Nenhum jogador com o coração na mão como os dessa equipe vai admitir uma derrota.”

No dia 17 de dezembro, há 11 anos, embarquei para Luís Eduardo Magalhães. Quando o avião pousou em Brasília, o comandante livrou a pista à direita e anunciou para os passageiros: “O Inter é campeão do Mundo”.

Eu que não tivera a coragem de assistir a transmissão do jogo, embarcando justo no horário do início do jogo, apenas confirmei minhas certezas.

A vitória dramática foi merecida. O Inter foi bravo, inteligente e heróico. Segurou o Barcelona e marcou todas as suas jogadas. Soube explorar as deficiências de marcação do adversário e matou o jogo com uma bela jogada de Iarley, que Adriano, o Grande Gabiru, inesquecível para a torcida colorada, soube completar com categoria.

Gabiru era um reserva inexpressivo, mas numa arrancada explosiva venceu o goleiro do Barcelona. Ele sumiu do futebol, num périplo por vários times de pouca importância.

Precisamos de novo desse Internacional, coração na mão, lutador e guerreiro. Para quem sabe repetir o feito em 2019, cobrindo de glórias novamente a torcida gaúcha.