Eder Fior lamenta rancores dos votos dos vereadores.
O vereador Eder Fior, ocupando atualmente a Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, comenta a aprovação de suas contas, relativas ao ano de 2010, quando exerceu a Presidência da Casa. A votação foi realizada ontem, em segundo turno, durante a sessão da Câmara Municipal. Éder lamentou profundamente que, nada tendo para reparar em suas contas, aprovadas previamente pelo Tribunal de Contas dos Municípios, 5 vereadores tenham feito um julgamento, mais do que político, pessoal, contra sua administração:
“Quando assisti ontem da primeira fila, a votação em segundo turno, sem que nenhum vereador fizesse um único apontamento sobre as contas e protegidos pelo voto secreto, fizeram um “julgamento” pessoal, nem mesmo político, mas totalmente pessoal, eis que sem defesa nem contraditório, me vi diante de tiranos. Mas tenho que agradecer aos vereadores Cabo Carlos, Cleidi Bosa e Janete Alves, que votaram a meu favor e também agradecer aqueles que votaram contra, pois é do contraditório que vive a verdade e a democracia.”
Éder ressalta que estranha, mas compreende a atitude dos vereadores e não esconde o motivo de tal animosidade contra sua gestão:
“Certamente, porque não me curvei, enquanto presidente aos caprichos e desejos; porque não aceitei fazer repartes de verbas e investi todo dinheiro da Câmara num prédio próprio de quase 6 milhões de reais, em prejuízo do pagamento de aluguéis caros que favoreciam apadrinhadores; porque investi no servidor público da câmara, com treinamento, qualificação e oportunidade, deixando todos eles recebendo 50% a mais em seus salários.”
O ex-presidente do Legislativo destaca também, entre suas realizações, das quais a mais relevante é certamente ter tirado a Câmara de salas acanhadas no centro da cidade, para um prédio moderno, a implantação do sistema ISO 9001 e o grande convênio assinado com o Interlegis, instituição de capacitação legislativa, além de um concurso público para acabar com as “indicações políticas” e “cabides de empregos” na Câmara.
Éder Fior não fala, mas sabe que grande parte da mágoa de alguns vereadores é ter, dentro da legalidade, efetuado descontos em folha, por adiantamentos aos edis, os quais eram necessários inclusive para atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal.