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Volt, o híbrido da GM, mostra que o futuro chegou.

23/09/2011

Os veículos híbridos e elétricos já são uma realidade, sobretudo em países desenvolvidos, e serão ainda mais comuns no mundo todo em um futuro breve. Recentemente, tive a chance de experimentar, pela primeira vez, um veículo com essas tecnologias avançadas.

A oportunidade veio com a VoltXpedition, iniciativa da General Motors do Brasil para discutir novas formas de mobilidade sustentável nas principais universidades do País. E a “estrela” do projeto é justamente o Volt, modelo elétrico/híbrido da Chevrolet.

A colocação dos termos elétrico e híbrido divididos pela barra tem razão de ser. A GM convencionou chamar o Volt de “carro elétrico de autonomia estendida”. Porém, como há um motor a combustão que participa da propulsão, conceitualmente ele é um híbrido.

A verdade é que o Volt “transita” entre as duas tecnologias. Caso o usuário rode pouco, cerca de 60 quilômetros por dia, o funcionamento do Volt será 100% elétrico, através da energia fornecida por suas baterias de íon-lítio, que precisam de oito horas para serem carregadas em uma tomada de 110V e de apenas três horas em 220V. No primeiro caso, mais ou menos o tempo que um veículo fica na garagem à noite até o dia seguinte; no segundo, com sobras.

Depois de esgotada a energia das baterias, entra em ação o motor a combustão do Volt. Com um detalhe: ele não traciona diretamente as rodas e, sim, alimenta o propulsor elétrico, como um gerador. Desse modo, ganha-se uma autonomia bem maior – acima de 500 quilômetros – e fica-se livre da necessidade de recarregar as baterias, o que hoje ainda é fundamental, já que não há uma rede de distribuição de energia pronta para “abastecer” os elétricos em qualquer lugar e com rapidez.

Bem, vamos para o que interessa, que são as impressões ao dirigir o Volt. Em modo elétrico, de cara chamam a atenção o silêncio interno e o torque instantâneo, duas características típicas da propulsão elétrica.

Não demora acostumar com isso e, então, começa a ficar evidente que o Volt se comporta como um carro normal – mas um excelente carro normal. Quem pensa que dirigir um veículo elétrico possa ser desinteressante está enganado: o Volt oferece uma ótima dirigibilidade, com suspensão macia, direção leve e comportamento dinâmico ágil.

Para ficar ainda melhor, o modelo da Chevrolet é muito bonito. No exterior, o estilo é esportivo e arrojado, com destaque para os faróis e lanternas afilados. Já o layout interno é futurista, em especial o console central “flutuante”, ressaltado pela cor branca perolizada.

Além disso, duas telas de LCD promovem um show à parte na cabine. Uma delas está no painel do Volt e exibe, entre outras informações, o modo de propulsão e um gráfico que orienta o motorista a utilizar o carro da forma mais eficiente energeticamente. A outra tela fica no topo de console central e permite acompanhar a gestão de energia do Volt ou operar o ar-condicionado e rádio.

No Brasil, já é possível adquirir dois veículos híbridos, o Ford Fusion Hybrid e o Mercedes-Benz S400 Hybrid. O Chevrolet Volt é descartado pela própria General Motors, já que importado custaria muito caro e sua produção local não se justifica pelo alto custo e demanda incipiente. Uma pena. Por Vinicius Ferlauto, do Jornal do Comércio – Porto Alegre.

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