No dia da Criança, baianos tem pouco o que comemorar

São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são os estados com o maior número de denúncias de abandono, maus-tratos, violência física e psicológica contra crianças e adolescentes. As três regiões concentram 36% das ligações nacionais. 

De janeiro a julho deste ano, as três unidades federativas somaram 8.141 ligações pelo Disk 100, canal que recebe denúncias relacionadas ao problema. O campeão em ligações é o Rio de Janeiro. com 8.836; seguido de São Paulo, com 8.141; e Bahia, com 7.849 denúncias. O estado brasileiro com menos chamadas para o número é Rondônia, com 91 casos. Informações do R7.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

3 comentários em “No dia da Criança, baianos tem pouco o que comemorar”

  1. A violência sexual contra meninos e meninas é constante em todo o país, só em LEM conheço cinco adultos que foram violentados, quando ainda crianças, e essas pessoas carregam consigo: mágoas, tristezas, desconfianças, raiva, entre outros sentimentos negativos.
    Questionados sobre seus algozes, verifiquei que as crianças foram vítimas: do cunhado, do pastor, do pai, do primo, do padrasto, as pessoas que deveriam zelar pela segurança das crianças foram as primeiras a molestá-las.
    Ao relatar o fato, algumas dessas crianças passaram por mentirosas, pelo fato de seus algozes serem pessoas do “bem”, ninguém acreditou nas crianças. Portanto caros leitores, se uma criança te revelar algo escute-a, dê atenção. Denuncie.

    Art. 18. É dever de todos, velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. (Estatuto da Criança e do Adolescente – LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.)

    Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno
    A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.

    Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.

    Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.

    Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.

    A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.

  2. Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual conta crianças.

    1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso sexual.

    2.Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.

    3.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.

    4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares complicadas.

    5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado.

    6.Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.

    7.Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.

  3. A Apologia da Pedofilia

    A Interpol possui um arquivo de 520 mil imagens de crianças sendo sexualmente
    abusadas e já identificou e resgatou até agora cerca de 600 vítimas de 31 países.

    A notícia mostra como é complexo a captura de um pedófilo, mas ela é possível.
    Contudo a prevenção é a melhor e talvez a única saída para países como o Brasil, onde
    os crimes sexuais contra crianças são raramente punidos e, quando são, a liberdade do
    pedófilo para atacar outras crianças é rapidamente obtida, através de regime de
    progressão de pena. Soma-se à impunidade, a constante movimentação de pedófilos do
    mundo inteiro para que a pedofilia seja aceita como uma opção sexual.

    O pedófilo é uma pessoa doente, de forma compulsiva e obsessiva com predileção
    sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo é considerado em psiquiatria como um
    pervertido sexual. Mas o pedófilo existe em todas as sociedades e aparenta, na maioria
    das vezes, ser uma pessoa normal. Muitos deles só não atacam crianças e adolescentes
    porque não existiu ainda a oportunidade ou porque tiveram muito medo que a lei os
    alcançasse. A oportunidade surge quando eles encontram a possibilidade de conviverem
    junto às suas vítimas potenciais, em escolas, clubes, educandários, condomínios,
    agremiações as mais diversas, consultórios, igrejas.

    O medo desaparece se a punição severa não ocorrer ou se a sociedade não reagir
    para impedir o sorrateiro trabalho (especialmente através da Internet onde chegam a
    formar grupos e associações) de pedófilos, muitas vezes não assumidos, apenas
    contidos, trabalho esse de convencimento da normalidade da relação sexual de um
    adulto com uma criança ou adolescente.
    Fonte: Observatório da Infância

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