JK assassinado, diz comissão da verdade

A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo informou nesta segunda-feira (9) que o relatório a ser divulgado amanhã traz evidências de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em um acidente de carro em 1976, teria sido assassinado pela ditadura militar em 1976 durante viagem de carro, e não em um acidente de carro, como diz a história oficial.

“Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político”, afirma o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comissão Municipal da Verdade.

As circunstâncias da morte do presidente são investigadas pelo órgão municipal. O relatório, de 29 páginas, se baseia em depoimentos de testemunhas e inclui mais de 90 “indícios, evidências, provas, testemunhos, circunstâncias, contradições, controvérsias e questionamentos” de que JK foi vítima de um complô planejado por militares quando viajava pela Rodovia Presidente Dutra, próximo a Resende (RJ).

Pela versão oficial, o ônibus teria batido levemente no automóvel que, desgovernado, chocou-se com o caminhão.

Maria Lúcia, em foto atual.
Maria Lúcia, em foto atual.

Em 1964, com o golpe militar, Juscelino perdeu o mandato de senador e teve direitos políticos suspensos. Nos anos seguintes, tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart, mas não voltou mais ao poder.

A família de JK fez questão de abafar a investigação, porque o ex-presidente se dirigia à casa da amante, Maria Lúcia Pedroso, seu caso de maior duração. Ela esteve com JK por 20 anos.

Em junho deste ano, Maria Lúcia leiloou mais de 100 itens do antigo apartamento da avenida Atlântica, onde firmou fama como uma anfitriã de muita classe. O amor começou durante um jantar em Copacabana, em 1958, quando Juscelino conheceu Lúcia, então casada com o deputado José Pedroso. Os dois dançaram quase toda a noite e passaram a se encontrar depois que ele a convidou para um chá no Palácio do Catete.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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