Porto Alegre abalada por forte temporal: falta energia e ruas estão obstruídas
Ventos fortes, chuva e trovoadas atingem a Capital na noite desta sexta-feira, após uma tarde de intenso calor. O temporal provocou falha no abastecimento de energia elétrica em pelo menos seis bairros: Bom Fim, Partenon, Santana, Cidade Baixa, Santa Tereza e Azenha. Ainda não há informações sobre o número total de clientes afetados, mas conforme a CEEE, há outros bairros com o mesmo problema e o temporal afeta cidades da Região Metropolitana, deixando milhares de clientes sem luz.
A tempestade também provocou a queda do sistema da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) da Capital. O Sistema de Vigilância Meteorológica de Porto Alegre, coordenado pelo Centro Integrado de Comando (CEIC – Metroclima), registrou ventos de 87 km/h no Aeporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte. Entretanto, o Metroclima informou ter convicção de que os ventos passaram dos 100 km/h dentro da cidade. Também conforme o Metroclima, Porto Alegre foi atingida por tempestade severa incomum pela intensidade e longa duração, que seria um dos piores temporais da história recente.
No shopping Praia de Belas, na Capital, parte do telhado cedeu e pelo menos uma pessoa ficou ferida, conforme a Rádio Gaúcha. Além disso, uma porta do centro de compras também ficou danificada. Também há relatos de vidros quebrados no Barra Shopping, alagamentos em vários pontos e árvores caídas na Rua Gonçalo de Carvalho e também na esquina das avenidas Getúlio Vargas e Ipiranga, entre outros pontos. Em frente ao Gasômetro, uma estrutura de sinalização de trânsito caiu sobre veículos. Problemas também foram registrados nos hospitais Mãe de Deus, Ernesto Dornelles e Clínicas.
De acordo com a Infraero, o Aeroporto Salgado Filho opera por instrumentos desde as 22h20min e há atrasos de 15 minutos nas chegadas, o que é considerado dentro da normalidade. Nas partidas, até as 22h40min não havia registro de atrasos. Pelo menos seis voos tiveram suas rotas desviadas.
De acordo com a Somar Meteorologia, o fenômeno que assustou os porto-alegrenses é resultado do calor e do desenvolvimento de instabilidades no alto da atmosfera a partir de um corredor de umidade da Amazônia, em conjunto com a formação de uma área de baixa pressão atmosférica no Uruguai, que favoreceram as pancadas de chuva e trovoadas. Do Clic RBS e Zero Hora. Clique no link para acompanhar novas notícias.