O perigo da mesquinhez no processo eleitoral

 

bem amadoA campanha eleitoral para as eleições municipais deste ano começa oficialmente no dia 16 de agosto, enquanto as disputas por espaços políticos já movimentam as cidades brasileiras há meses. Em muitos lugares a composição das chapas que participarão do pleito ainda está por se formar, mas os ânimos dos pretensos aspirantes a uma vaga no legislativo e nos executivo já estão visivelmente acirrados.

Como se o ataque ao oponente credencie o atacante o direito da disputa, ou que corrobore para a sua escolha como representante pela população, pré-candidatos a vereadores e a prefeitos se acham no direito de, sem nenhum compromisso e responsabilidade, denegrir a imagem dos seus prováveis concorrentes, numa clara demonstração de desespero e medo de suas verdadeiras vítimas. Não sabendo estes que, comprovadamente, o ataque traz dividendos ao candidato que opta pelo “jogo sujo”. É fato que a campanha negativa prejudica o candidato que ataca, causando o chamado “efeito bumerangue”.

Um político que fala mal de um adversário age assim porque não tem proposta e os que tiveram a oportunidade de mostrar que a tinha decepcionaram.

Pega mal adotar a chamada ‘campanha negativa’, aquela que ressalta apenas os eventuais erros e defeitos do oponente. A mesquinhez no comportamento dos envolvidos numa campanha política torna o processo eleitoral um ato insólito e perigoso. Ataques raivosos com o propósito único de atingir a integridade moral de outrem nada contribuem para a prática saudável e salutar da convivência democrática.

É sabido que manifestações negativas refletem diretamente no comportamento do eleitor, impactando assim, de forma não positiva, nos resultados finais de uma eleição. Inevitavelmente o ‘tiro sairá pela culatra’, onde todos se voltam contra aqueles que têm o objetivo exclusivo de prejudicar.

O bom combate é aquele em prol dos princípios, das ideias e das aspirações. O processo eleitoral é, e dever ser, o instrumento de realização da democracia, prevalecendo os principais fundamentos de cidadania, participação popular e pluralismo, com a dignidade da pessoa humana incondicionalmente sendo preservada em primeiro lugar. Todos possuem o direito de pôr e expor as suas ações, suas vocações suas intenções política e social, respeitando sempre os que possuem os mesmos direitos.

O mau político tem prazo de validade vencida, cabeça atrasada, maldade e não pensa no coletivo e no bem para a população. Ao abominar as práticas negativas, o jogo rasteiro dos que torcem no quanto pior melhor, o eleitor valorizará seu voto e, consequentemente, contribuirá para que aconteçam renovações com responsabilidades. Não é preciso aventurar, basta apenas ratificar o que está dando certo e retificar os erros.

O primeiro turno das eleições municipais de 2016, que elegerá em todo o país prefeitos e  vereadores, será realizado em 2 de outubro, primeiro domingo do mês. Para os maldosos, fica uma certeza: se tiver que sofrer, que seja na prorrogação e não quando o juiz apitar o início da partida.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

3 comentários em “O perigo da mesquinhez no processo eleitoral”

  1. Quando estamos no ataque tudo é lindo e maravilhoso, falamos e fazemos de tudo para atingirmos o nosso adversário com tudo que temos direito, mas quando a corda quebra para o nosso lado e somos atingidos com a mesma moeda, nessa hora devemos lembrar que ninguém está acima dos desígnios de deus, hoje estamos no céu, mas amanha poderemos estar no inferno. Quem ataca, deve se preparar para um contra-ataque, e certificar de que não poderá ser atingido pelos próprios erros, chorar o leite derramado não adianta. É muito fácil chegar e dizer que está sendo prejudicado, principalmente quando se tem todo um aparato de blogs a seu favor e à custa do erário público, onde podemos ver diariamente ataques mais do que covardes aos adversários e por outro lado a promoção e a defesa do seu pupilo. Cada guerreiro deve usar a sua melhor arma, tanto para atacar como para se defender, um erro poderá levá-lo a derrota, e uma boa estratégia na hora do ataque poderá levá-lo a vitória. E essa história de mostrar somente as suas qualidades sem atacar o lado fraco do adversário nunca levou ou levará ninguém ao triunfo.

  2. Politica sem guerra não é politica, querer fazer politica limpa num país sujo, agora tem candidato ficha suja que tem que assumir pro povo, sou ficha suja, cometi crime eleitoral, tenho diversos processos na justiça, aí sim falaria a verdade, agora ir mentir na radio dizer ao contrário , que é o bom samaritano, assim não dá. Cabe ao eleitor escolher os candidatos limpos pra votar.

    1. Sr. Roberto você é uma pessoa limpa ou suja?? Você vai dizer sou limpo, e se você fosse sujo ia falar?? Já ouviu algum ser humano dizendo por vontade própria que ele é uma má pessoa, que ele já fez muitas coisas ruis e por isso merece ser castigado? Qual é o candidato que vai falar de seus defeitos para a população? Me perdoe Roberto, mas ai você foi longe demais. Você diz conhecer um candidato sujo, e os outros são realmente limpos??? Então cabe realmente ao eleitor avaliar cada um dos pretensos postulantes ao cargo de Prefeito, e votar naquele que melhor atenda os seus interesses individuais, porque o povo ta pouco lixando para a coletividade, e tudo isso é questão de opinião, pois ninguém tem o verdade sobre cada uma dessas pessoas, e quando você é agente público isso aparece com mais facilidade, é o caso do candidato do Prefeito, antes ninguém sabia nada dele, mas agora como agente público já sabemos que ele é vai ser ficha suja mesmo sem nunca ter assumido um cargo executivo e assim por diante, basta averiguar que no final vamos ver ninguém é santo, então o trabalho do candidato é dizer que ele é a melhor opção para assumir o cargo de Prefeito, e cabe ao eleitor analisar e buscar a verdade sobre cada um deles, e n o final confiar o voto ao seu preterido.

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