
Foi difícil, mas afinal a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, se convenceu, diante da enorme repercussão de seu pedido, de acumular os salários do executivo com a aposentadoria do Tribunal de Justiça da Bahia.
Na condição atual, Luislinda recebe R$ 30,4 mil pela aposentadoria do TJ-BA e R$ 33,3 mil pelo cargo no Palácio do Planalto.
Com a justificativa de que sua situação “se assemelha ao trabalho escravo”, a ministra então solicitou que lhe fosse pago o salário mensal de R$ 61,4 mil – valor que ultrapassa o teto do funcionalismo público, atualmente em R$ 33,7 mil.
“Como vestir, como calçar, como comer com este salário?”, argumentou a Ministra, desconhecendo o fato de que milhões de brasileiros sobrevivem com algo em torno de 1% do salário proposto.
Ela já havia pleiteado ao Ministério da Casa Civil, que negou o acúmulo, então encaminhou o documento de 207 páginas ao Ministério do Planejamento, que não chegou a dar um parecer final.
Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, “usar o passado nefasto da escravidão para obter um privilégio ilegal é mais um deboche contra a sociedade”.
“A lei é clara e deve valer para todos, independentemente da função ou profissão exercida. O teto constitucional hoje é uma ficção. Isso precisa mudar. A comparação com a escravidão foi feita indevidamente. A ministra tenta deslocar para essa situação um argumento que não se aplica ao caso”.
De acordo com o Código Penal, trabalho escravo é aquele que é forçado, degradante e exaustivo. Enquanto ministra, Luislinda tem direito a carro, motoristas e viagens de avião para compromissos da pasta ministerial.

Essa aí não tem vergonha na cara!!!
Proponho não só sua demissão como a extinção do Ministério dos Direitos Humanos…