Mais de 1,5 milhão de baianos não sabem ler ou escrever

Montagem ibahia.

Na Bahia, 1.538.293 pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever. Ou seja, esse número representa 13% da população baiana com essa faixa etária, maior que a média nacional, que é de 7,2%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o analfabetismo é mais alto entre negros e pardos com mais de 60 anos (41,1%), sendo que 82% da população baiana é composta por essa etnia. Entre mulheres acima de 60 anos, 39,5% não sabem ler e escrever.

Esses resultados são consequência do tempo de escolaridade da população. O grupo das pessoas negras e pardas acima de 60 anos estudou por 3 anos. Enquanto, entre brancos de 18 a 39 anos, esse período sobe para 10 anos.

Além da idade e etnia, a região onde o brasileiro mora também influencia na taxa de analfabetismo. Segundo o IBGE, o Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (14,8%), índice quase quatro vezes maior do que as taxas estimadas para o Sudeste (3,8%) e o Sul (3,6%).  Do jornal A Tarde.

Pior ainda: a taxa de analfabetos funcionais, aqueles que leem com certa dificuldade uma frase, mas não entendem o seu significado, já alcançou 57% da população baiana. Hoje o percentual é bem menor.

Na terra de Ruy Barbosa, Gregório de Matos, João Ubaldo Ribeiro, Jorge Amado, Castro Alves e tantos outros, isso não deixa de ser um absurdo.

Para quem vive do ofício de escrever, isso não deixa de ser um desalento.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

2 comentários em “Mais de 1,5 milhão de baianos não sabem ler ou escrever”

  1. Olha que contraste ! Uma das unidades federativa que viu nascer um elenco de literatas ilustres conforme ilustrações acima, é o Estado membro que determ o maior índice de analfabetismo. Se levarmos em consideração o fato de que escolaridade e educação nunca foi prioridade para a maioria absoluta dos sucessivos governantes do Brasil desde 1.500 e se levarmos em consideração ainda que a Bahia foi a primeira capital do Brasil, talvez seja este o fator negativo preponderante desse triste enredo.

  2. Mas a política de compra de votos se baseia na falta de educação das pessoas; quanto mais analfabeta a população mais fácil pagar R$ 50 pra votar …. Educação pra quê? LEM que tem a maioria da sua populaçao jovem tem 40% dos eleitores que não completaram o ensino fundamental …. Apenas 5% tem ensino superior ….

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