
Os principais jornais diários do Brasil continuaram a registrar perdas em suas tiragens impressas em 2017. A queda no ano passado foi de 146.901 exemplares na circulação média diária para 11 dos principais veículos nacionais.
A tendência vem se repetindo há 3 anos.
De 2015 a 2017, a redução na circulação média diária impressa foi de 520 mil exemplares.
A contrapartida, a assinatura digital dos sites dos jornais, também não vem compensando às editoras: Foram contabilizadas apenas 32 mil assinaturas no período.
Essa combinação de crise financeira com um crescente analfabetismo funcional das novas gerações está complicando a vida dos jornais, revistas e livros. Ontem, a Editora Abril iniciou a demissão de 500 funcionários, quase 200 deles jornalistas, e fechou a grande maioria de suas revistas de interesse específico.
A Folha de S. Paulo caiu de 211.933 para 115.232 de tiragem média.
O Globo, de 204.781 para 119.944;
O Super Notícia Minas, de 220.970 para130.075;
O Estadão, de 163.314 para 110.612;
e o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, de 164.392 para 92.174.
Zero Hora, um jornal que acompanhei desde 1967, chegou a imprimir mais de 200 páginas aos domingos, em 4 cadernos de classificados e mais 5 ou 6 cadernos de interesse geral. Suas poderosas impressoras começavam a rodar o jornal (classificados) no sábado, à velocidade de 75 mil exemplares de 68 páginas tabloide germânico por hora.
Em Cruz Alta, no Planalto Médio, outra máquina menor, imprimia ao mesmo tempo a edição dominical que seria distribuída entre todo o quadrante Noroeste do Estado.

Eu vejo isso com muita tristeza. Sou jovem, acredito que alcancei os primeiros passos da Internet e não há nada para ser comparado do que a publicação diária de um caderno do mundo, o jornal impresso.
O senhor como gaúcho, no período onde morei em POA, entre 2006 e 2014, lia ZH e Correio do Povo inteiros quando trabalhei num quiosque de turismo.
Aqui em Salvador tenho hábitos diários do A Tarde e Folha do Estado de Feira de Santana. 80% no mínimo de aproveitamento das páginas.
Quem sabe se os jornais passarem a buscar e transmitir as notícias com toda profundidade que muitas exigem e sem proteção ou medo de A ou B se recuperem, mas acho difícil, atualmente a maioria apresenta uma tendência a manipular e não informar, a atender interesses dos proprietários e grandes anunciantes e aos poucos as pessoas percebem isso e vào em busca de outras fontes, sem esquecer evidentemente daqueles que só estão atrás de veículos que reforcem suas ideias por mais imbecis que sejam.
Boa, sr. Lobo!