“Nada nesta página é real”. Mas as pessoas continuam voltando ao site.

Christopher Blair, 46, senta-se em sua mesa em casa no Maine e verifica sua página no Facebook, a última linha de defesa dos EUA. Ele lançou o portal político-satírico com outros blogueiros liberais durante a campanha presidencial de 2016. (Jabin Botsford / The Washington Post)
Instigante reportagem do Washington Post sobre a comunidade criada por Christopher Blair, de 46 anos, criando notícias falsas – fake news – as mais violentas, preconceituosas e absolutamente inverossímeis. Vale a leitura – clique aqui no link – para saber um pedacinho da história que aconteceu nas últimas eleições no Brasil.
“Nada nesta página é real”, dizia uma das 14 declarações sobre o site de Blair, e ainda nos EUA de 2018 suas histórias se tornaram reais, reforçando os preconceitos das pessoas, espalhando-se por sites de notícias falsas macedônias e russas, reunindo uma audiência de muitos 6 milhões de visitantes por mês que achavam que seus posts eram factuais.”
“O que Blair concebeu inicialmente como uma piada elaborada estava começando a revelar algo mais sombrio. “Não importa o quão racista, quão intolerante, quão ofensivo, quão obviamente falso nós nos tornamos, as pessoas continuam voltando”, Blair escreveu certa vez, em sua página pessoal no Facebook. “Onde está a fronteira? Existe algum momento em que as pessoas percebem que estão sendo alimentadas com lixo e decidem retornar à realidade? ”