Bolsonaro diz que não, mas Paulo Guedes quer taxar energia solar em até 60%.

Em consulta pública da Aneel, o Ministério da Economia deu parecer favorável à redução dos benefícios para os consumidores que geram sua própria energia solar. O órgão deu aval ao cenário de maior taxação ao setor, argumentando que as regras atuais sobrecarregam quem não usa painéis solares.

A agência vai renovar a resolução. Segundo a regra atual, toda a energia gerada pelo consumidor e injetada na rede elétrica devolve a ele créditos equivalentes. Se a sugestão do governo for escolhida, essa devolução cairá para 40%. A taxa é uma forma de compensar as distribuidoras pelo uso da infraestrutura.

De Joana Cunha, na coluna Painel S.A., da Folha de São Paulo.

O País está uivando por energia barata e limpa, principalmente aquela que não exige grandes e novos investimentos em geração, transmissão e distribuição. E aí vem o Governo e recomenda taxar em 60% da energia produzida pelos mutuários do sistema elétrico.

Bolsonaro foi ao Twitter, com aquela horrorosa camiseta do Grêmio, dizer que se dependesse dele não haveria taxação na energia remanescente produzida nas residências e empresas.

Então, responda: se o Presidente acha que não deve taxar, por que o Ministério da Economia recomenda a altíssima taxa? Paulo Guedes tomou o freio nos dentes ou Bolsonaro continua mais perdido que cachorro que caiu de mudança?

Veja, abaixo, o quadro instantâneo de geração e demanda. A energia térmica, a mais cara, proveniente do carvão, do fuel oil e do diesel, gerando quase 12 mil MW:

Veja, também, neste domingo, a geração por fonte das 0h até o presente momento:

Num dia de chuvas intensas em todo o País, a energia solar está representada por um pequeno risco no gráfico.  

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Bolsonaro diz que não, mas Paulo Guedes quer taxar energia solar em até 60%.”

  1. Claramente, Guedes e Moro não se preocupam mais em manter uma certa aparência de que são subordinados ao Bolsonaro e cumprem suas determinações. No caso do Juiz de Garantia, nitidamente Moro tentou constranger seu chefe antes e depois da sanção, e até jogar os zumbis contra o mico. Guedes está cansado de seguir sua agenda em benefício dos banqueiros, ainda que tenha que passar por cima os grupos que apoiaram o mico, e ainda o coloca para voltar atrás diversas vezes e ainda defender aquilo que antes era contrário.
    Bolsonaro vai virando marionete dos dois.

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