Depois da pandemia chega agora a maior recessão dos últimos 100 anos

Populares se amontoam nas filas da Caixa para receber seus trocadinhos. A esmola envergonha e humilha o cidadão.

Talvez só o desemprego no campo, depois da grande recessão de 1929, quando o café, era queimado nas fazendas e armazéns do Governo, por nada valer no mercado internacional, seja maior que a recessão que está começando agora.

Com medida drástica, Getúlio visava conter queda dos preços no exterior.  O governo provisório mandou queimar os estoques de café, pois o preço do produto e as exportações não param de cair desde a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Resultado: milhões de sacas começam a virar fumaça e perfumar o ar das cidades.

A taxa oficial de desemprego no Brasil aumentou para 13,3% no trimestre encerrado em junho, ao atingir 12,8 milhões de pessoas. No período foram fechados 8,9 milhões postos de trabalho na comparação com o trimestre anterior. A população ocupada chegou a 83,3 milhões de pessoas, o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2017, quando também ficou em 13,3%.

O auxílio emergencial deve injetar 300 bilhões na economia. Já beneficiou 66,2 milhões de brasileiros, multiplicando a renda dos atendidos em mais de 120%.

O impacto na aprovação do governo federal é visível. A oposição previu que aconteceria, mas se agarrou na ideia de que o apoio, assim como o benefício, é passageiro.

E quando acabar o auxílio? A aprovação do Governo cai, novamente, para 30% ou chegará ao extremo de 14%, como na pré-campanha de 2018.

Bolsonaro vai precisar quebrar, em definitivo, as contas públicas do País para se reeleger.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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