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Madame Almerinda diz que “Ozié” foi longe ver solução para pandemia.

06/08/2020

Afastada das lides espirituais, vivendo do auxílio do Governo, abandonada por seu militar de baixa patente, decepcionada com “bolsonário” e “ozié”, madame Almerinda entrou na mais profunda depressão. Saiu do ar.

Por isso, fico surpreso quando vejo seu carão amarfanhado na chamada via zap do meu celular.

-Salve, salve, meu querido periodista! Que prazer vê-lo mocozado na redação de O Expresso.

-Diga, Madame, em que posso ajudá-la.

-Maior bafão, jornalista! Estão falando nas redes sociais que Ozié viajou para Santa Catarina na sua nave monomotora.

-Sim, Madame. O que será que foi fazer tão longe?

-Pois comentam que foi a Itajaí, ver como o prefeito daquela cidade portuária está fazendo a aplicação de Ozônio.

-Verdade, Madame? Mas aquilo não tem comprovação científica.

-É o desespero, meu caro periodista. Se ele conseguir segurar o crescimento do número de infectados, vai invadir o fiofó alheio, de varões e varoas, com o tal frescor que vem de baixo. Estou ansiosa para ver se funciona.

-Esquece, Madame! O que funciona é isolamento. Se esconder do caminhão cata-véio.

-Mas com 10 aplicações geladinhas de ôzonio, vai ter muito cidadão eduardense se revelando, não vai?

-Não entendo disso, Madame.

-Vai ser uma esbórnia, jornalista, podes crer. Senhoras pouco frequentadas e senhores de inclinação duvidosa vão voltar, tenho certeza, para mais uma série de 10 aplicações.

-A sua imaginação é muito fértil, cara Madame.

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