Sem dados do RS, Brasil bate recorde com quase 3 mil mortes e a tendência é piorar.
16/03/2021
Do Urbs Magna
Foram registrados 2.841 óbitos e o total, desde o início da pandemia, passa de 280 mil vítimas – informações do Rio Grande do Sul não entraram na contagem nacional por problemas técnicos. No Estado, 321 pessoas esperam uma vaga em UTIs.
O Brasil atingiu novo recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas nesta terça-feira (16). Foram 2.842 desde a tarde do dia anterior.
Os números são do levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul —os dados do estado não entraram na contagem nacional por problemas técnicos.
O maior aumento registrado em um dia, até então, fora na última quarta-feira (14), quando 2.286 óbitos entraram na contagem.
Com a atualização, o país ultrapassa 280 mil vítimas da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, foram 281.626 desde o início da pandemia.
Também foram acrescentados mais 84.362 casos à contagem, totalizando 11.603.971.
A média móvel de mortes atingiu nova máxima, pelo 21º dia consecutivo. Nos últimos sete dias, ficou em 1.894.
Também foram acrescentados mais 74.595 casos à contagem, totalizando 11.594.204.
Os números podem ser ainda maiores, já que os dados do Rio Grande do Sul não foram atualizados. De acordo com o Conass, houve problemas técnicos no acesso.
Esta é a fase mais dura da pandemia no país, mas a Fiocruz alerta que a situação pode piorar. Pesquisadores da Fundação destacaram que os estados têm apresentado grandes atrasos nas notificações de casos e mortes por Covid-19 ao Ministério da Saúde.
No Alagoas, o intervalo entre a morte e a inclusão do dado no sistema pode chegar a 47 dias.
“Os dados de mortes não são atuais e a situação deve piorar nas próximas semanas. Alguns municípios ainda estão na virada de janeiro para fevereiro. Não pegaram ainda o período do Carnaval e seus efeitos de contágio. E também não incluem o momento atual, que tem a situação de colapso da rede de saúde de vários estados com lotação superior a 80% nas UTIs para Covid-19. Esses dados podem demorar, porque, quando o sistema de saúde entra em colapso, o sistema de notificação entra junto. Infelizmente, a expectativa é que o cenário ainda piore bastante”, analisou o pesquisador Diego Xavier.
Até as 2h20 desta terça, 23 dos 26 estados e o Distrito Federal tinham mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI.
Esses são os estados com mais de 80% de ocupação na rede pública:
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Rondônia – 100%
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Rio Grande do Sul – 99,7%
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Goiás – 97,7%
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Mato Grosso – 96,6%
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Santa Catarina – 96,1%
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Paraná – 96%
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Pernambuco – 96%
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Acre – 94,3%
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Tocantins – 93%
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Amapá – 90,3%
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Espírito Santo – 89,2%
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São Paulo – 89%
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Distrito Federal – 87,2%
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Mato Grosso do Sul – 87%
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Maranhão – 87%
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Bahia – 86%
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Paraíba – 85%
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Minas Gerais – 84,9%
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Sergipe – 84,1%
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Pará – 81,2%
Esses são os estados com mais de 80% de ocupação dos leitos públicos e privados:
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Ceará – 93,7%
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Rio Grande do Norte – 92,2%
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Piauí – 91,3%
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Alagoas – 84%
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