Tchutchuca corta de fralda geriátrica a remédio contra hipertensão, asma e diabetes da Farmácia Popular

Existe cidadão mais vulnerável que aquele que ganha uma aposentadoria mínima (quando ganha) e está sofrendo num leito domiciliar, dependente da boa vontade de terceiros e dos remédios da Farmácia Popular. Pois bem: o Inominável da República acabou de cortar verbas de mais de 1,2 bilhão de reais da Farmácia Popular para entregar a deputados apaniguados, que certamente ficarão com um bom bocado do dinheiro para suas campanhas eleitorais.

O dinheiro para ajudar a população a ter acesso a medicamentos gratuitos caiu mais de R$ 1 bilhão no projeto de 2023 enviado ao Congresso.

O corte de 60% de recursos no Orçamento de 2023 para a gratuidade de medicamentos da Farmácia Popular diminuirá o acesso da população a 13 tipos diferentes de princípios ativos de remédios usados no tratamento da diabetes, hipertensão e asma. O dinheiro para medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto, o que representou R$ 1,2 bilhão a menos.

Seis dos remédios que estarão menos disponíveis para a população são para o controle da hipertensão: Atenolol, Captopril, Cloridrato de Propranolol, Losartana Potássica, Hidroclorotiazida e Maleato de Enalapril. Os princípios ativos são moléculas de uma substância que possuem efeito terapêutico. A informação foi divulgada pela ProGenéricos, associação que reúne os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização no País.

O dinheiro para medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto, o que representou R$ 1,2 bilhão a menos. As informações foram publicadas nesta terça-feira (13) pelo jornal O Estado de S.Paulo.

A presidente da ProGenéricos, Telma Salles, afirmou que “as pessoas vão deixar de ter o produto e utilizar o pouco recurso que têm para passar a comprar o medicamento”. “Há um desvio de finalidade do recurso de uma população que já é economicamente frágil”, disse.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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