Não queremos mais vaquinhas de presépio na Seleção. Queremos a Pátria de Chuteiras.
09/12/2022

Seleção de 1958/1962: talento, seriedade, coragem e raça.
Fui pesquisar: a Croácia, um pequeno e belo país, com uma história bonita, tem 56.594 km², 10% da área do estado da Bahia. Sua população é de 4 030 358 habitantes, a 129ª em todo o mundo, menos de 1/3 da população da Bahia. Então por que o Brasil perdeu, no esporte mais importante deste País?
Talvez porque os croatas não usem brinquinhos de diamantes nas orelhas, seis como Neymar usa; talvez porque os croatas, forjados nas guerras para a manutenção de seu território, tenham mais sentimento de pátria que os meninos pobres, muito mimados, canelas de vidro, do Brasil.
Faltou o que sobrou na Argentina: raça, vontade de vencer a qualquer custo. Como diz o Galvão Bueno, ganhando de 1×0 na prorrogação, fura a bola. Faz qualquer coisa, fala mal da mãe do juiz, chuta a canela do adversário, dá voadora no banco de reserva inimigo, rabo de arraia no bandeirinha, mas não entrega o jogo.
Na próxima copa, o técnico deve prescindir das vaquinhas de presépio, dos meninos que comem bife com folhas de ouro. Tem que levar gente que sinta orgulho de usar a camisa canarinho, atacantes marrentos, meio-campistas raçudos e zagueiros valentes.
Talvez aí a seleção brasileira volte a ser a “Pátria de Chuteiras”, no dizer sábio de Nelson Rodrigues.
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O texto acima seria segundo o entendimento dos sábios honestos, a mais eficaz receita para a cura de um mal aparentemente sem solução, o problema é que não existe e nunca existirá sobre esse torrão natal ninguém que tenha o interesse em ministrar esse remédio para curar o mal, a terapêutica daquela gente é orientada por outros receituários, infelizmente.