Com inflação alta, consumo de carne despenca no país

Um em cada três brasileiros que estão reduzindo o consumo de carne adotou a carne à base de vegetais como substituto (Getty Image)

Ao longo dos últimos meses, o preço da carne bovina e do frango esteve em alta nas gôndolas dos supermercados brasileiros. Com a inflação, os consumidores tiveram que optar por alimentos mais baratos.

Uma enquete realizada pelo Good Food Institute (GFI), em conjunto com a empresa de pesquisas Toluna, apontou que 67% dos brasileiros comeram menos proteína animal nos últimos 12 meses do que no ano anterior.

Nessa contexto, um em cada três brasileiros que está reduzindo o consumo de carne adotou a carne à base de vegetais como substituto, em relação aos 25% no ano anterior.

Na pesquisa, 90% dos ouvidos dizem que não querem voltar a comer carne como antes. Mesmo que a maior parte das pessoas tenha mencionado preços mais altos como o principal motivo para terem cortado o consumo, mais de um terço falou que a preocupação com a saúde é a principal motivação para uma mudança.

De acordo com o levantamento, apenas 7% dos brasileiros querem comer mais carne no ano que vem. Entre os que já compram menos proteína animal, 93% disseram que pretendem manter a dieta atual ou reduzir ainda mais a carne.

O menor índice em 30 anos

O consumo de carnes no país caiu em 2022 e chegou ao menor patamar desde 2010. Atualmente, a oferta é de, em média, 90,9 kg, em 2021, foram 95,1 kg. Em 2010, ela foi de 93,9 kg.

Já a ingestão de carne suína é o único em crescimento e atingiu o maior nível desde o início do acompanhamento, com oferta de 17,5 kg. de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário