Pecuaristas do MT se revoltam contra suspensão das exportações à China.
24/02/2023
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirma que acordo sanitário foi mal redigido e prejudica a classe produtiva que tem que arcar com custos crescentes de produção e preços muito baixos na arroba.
Um documento “mal redigido”. É assim que a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) considera o acordo entre Brasil e China que suspende automaticamente a exportação de carne bovina para o país asiático em caso de ocorrência de caso de registro de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como mal da “vaca louca”, no Brasil.
A entidade se manifestou publicamente que vai requerer às autoridades competentes a revisão do protocolo diante da confirmação de um caso atípico da doença em um animal de uma propriedade no município de Marabá (PA), o que suspendeu as exportações automaticamente a partir desta quinta-feira, dia 23.

Segundo a entidade, o protocolo sanitário deveria prever e diferenciar a gravidade da forma atípica da doença e da forma clássica. O diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, explica que a doença atípica não causa nenhum prejuízo à saúde humana e, portanto, não oferece risco.
“Nesse acordo mal redigido em 2015, quando se identifica um caso ocorre automaticamente o embargo. Isso significa que o Brasil pára imediatamente de exportar para a China, provocando um caos econômico em toda a cadeia”, revolta-se o líder pecuarista.
Ele lembra que no último episódio, em 2021, quando ocorreu situação semelhante, o Brasil teve precisou esperar 100 dias para retomar as exportações, o que trouxe preejuízos incalculáveis para o setor.
Do Rural News.
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