Eletrobras já avisou acionistas sobre possibilidade de reestatização.
22/04/2023
Tucuruí, no rio Tocantins, no Pará
O governo de presidente Lula terá que pagar R$ 161,7 bilhões se quiser ter o controle da Eletrobras (ELET3) novamente, bem acima dos R$ 33,7 bilhões obtidos pelo governo Bolsonaro com a venda do controle da ex-estatal, em junho do ano passado.
O cálculo é da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) e leva em conta a pílula de veneno (poison pill) colocada na lei que permitiu a privatização da empresa, mas com previsão de regulamentação posterior pelo Conselho do Programa de Parceria de Investimento (CCPI).
Em outubro, o CCPI publicou a regulamentação da “poison pill”, estabelecendo que qualquer acionista ou grupo de acionistas que ultrapasse, direta ou indiretamente, de forma consolidada, 50% do capital votante e que não retorne a patamar inferior a tal porcentual em até 120 dias, realizasse Oferta Pública de Aquisição (OPA), por preço pelo menos 200% superior à maior cotação das ações ordinárias nos últimos quinhentos e quatro pregões, atualizada pela taxa Selic.
Desta forma, a empresa estaria protegida de uma possível reestatização, explica a Aeel. Ao preço do fechamento de ontem, o governo teria que desembolsar R$ 161,7 bilhões, enquanto a preços de mercado pagaria R$ 37,7 bilhões. Os acionistas que vendessem suas ações para a União teriam lucro de 230%, referente a oito meses de rendimento, se a operação fosse realizada a esse preço.
“Esta operação não encontra amparo em nenhum dos mercados de capitais do mundo, tamanha a forma que vilipendia os bens e direitos da União. Lembramos que França e Alemanha estão reestatizando empresas estratégicas de energia elétrica”, diz a Aeel em nota.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, avisou o planalto que a reestatização da Eletrobras tem chance mínima de aprovação no parlamento.
Tucuruí, Complexo Paulo Afonso, Itaparica, Sobradinho, Xingó, Furnas, Itumbiara, Belo Monte e a usina Megawatt Solar são alguns dos empreendimentos da Eletrobras.
Reestatizada ou não, pelo preço vil ou por preço dilatado, a venda do regime de águas e de energia de maior significado no País passará para a história como o ato mais baixo do traidor da Pátria, o Calabar, o Silvério dos Reis, que acabou com a economia, entregou o patrimônio dos brasileiros e ainda tentou golpear a democracia, a República e os mais humildes.
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