Doze trabalhadores rurais da comunidade de Porteira de Santa Cruz, de Serra Dourada, no Oeste da Bahia, denunciaram, em visita ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Marcelino Galo (PT), nesta quinta-feira (16), que estão sofrendo ameaças de mortes e perseguições em virtude do conflito agrário com grileiros na região.
Os camponeses, que reivindicam a regularização de seu Território de Fecho de Pasto, onde vivem perto de 150 famílias, também denunciaram o que consideram “prisão arbitrária” de cinco trabalhadores do campo na terça-feira, 7 de março, feita por policiais militares, “a pedido de grileiros”.
Galo garantiu apoio do colegiado aos trabalhadores e prometeu buscar esclarecimentos da Secretaria de Segurança Pública e da Casa Militar sobre as denúncias.
“É preciso esclarecer urgentemente esse caso, assegurar a integridade das famílias dessa comunidade e imediata execução do Estado da ação discriminatória para separar as terras públicas e verificar a veracidade dos alegados documentos dos ditos proprietários. É inadmissível a criminalização de comunidades rurais e de movimentos sociais”, afirmou Marcelino Galo, ex-superintendente do INCRA na Bahia.
Os trabalhadores passaram o dia em Salvador para apresentar denuncias também à Casa Militar, ao Tribunal de Justiça, à Secretaria de Desenvolvimento Rural e à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.
Os agricultores relataram a Galo que os trabalhadores Sérgio Pereira de Jesus, Antônio de Jesus, José Pereira de Jesus, João José da Silva e Genildo dos Santos Silva entraram em luta corporal com pistoleiros, resultando no desarmamento dos mesmos, quando um poço tubular era perfurado em área de conflito agrário.
De acordo com eles, a Polícia Militar foi acionada e chegou ao local de forma “violenta e arbitrária”, e que os policiais escolheram “de forma aleatória” os trabalhadores que foram presos, sem que houvesse indícios de sua participação em qualquer pratica ilícita.
“Nem mandato judicial eles tinham”, afirmou um dos presentes, que pediu para ter sua identidade preservada temendo represálias. “Os grileiros visualizam nestas terras a possibilidade de enriquecimento fácil, rápido e ilegal, pois na maioria dos casos tratam-se de terras devolutas utilizadas tradicionalmente para solta de gado e outros animais ou prática de extrativismo”, argumenta a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais, que acompanha o caso. As informações são da assessoria de imprensa do Deputado.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia realizou, nesta quinta-feira (09), em Barreiras, a vigésima reunião com gestores municipais dos territórios baianos. O evento contou com a participação do secretário Jerônimo Rodrigues, deputados, presidentes da UPB e UMOB, prefeitos, vereadores, secretários municipais de agricultura, representes da UNEB, movimentos sociais e instituições representativas dos trabalhadores da agricultura familiar do Território de Identidade da Bacia do Rio Grande.
A SDR apresentou um pacote de serviços para a promoção do desenvolvimento rural nos 14 municípios da região e o deputado Antonio Henrique Júnior (PP) aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, defender a tese da agricultura familiar como a principal geradora de emprego no meio rural brasileiro, argumentando que a região oeste tem potencial para gerar desenvolvimento agrícola através da piscicultura, bovinocultura de leite, apicultura, caprinocultura e ovinocultura. Para isso é necessário investimento na qualificação dos pequenos produtores para que eles tenham condições de participar de programas tipo o Bahia Produtiva.
“Acredito que se nos organizarmos para um trabalho coletivo entre associações, cooperativas, sindicatos, município e Estado, estaremos dando um passo gigantesco para intensificar a articulação de políticas públicas que irão fortalecer as principais cadeias produtivas do oeste baiano, impactando positivamente na qualidade de vida de homens e mulheres que tiram seu sustento da agricultura familiar”, afirmou o deputado.
Nuvens carregadas no Oeste baiano garantem chuvas próximas. Hoje pela manhã, a inversão térmica e a alta umidade relativa do ar chegaram a causar neblina no Oeste baiano. Ontem choveu 30 mm.
Os institutos de meteorologia preveem chuva nos próximos 10 dias em todo o Nordeste e Matopiba, o que garante uma das safras mais generosas da última década.
Mais de 700 famílias têm apicultura como alternativa de renda; no lago de Sobradinho, piscicultores retiraram um milhão e 600 mil quilos de pescado em 2016
Famílias moradoras de comunidades rurais do Norte da Bahia, região afetada pela seca prolongada, consolidaram em 2016 a produção de mel e a criação de peixes como alternativas de trabalho e renda. Elas foram estruturadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio de sua 6ª Superintendência Regional sediada em Juazeiro, com maquinários, equipamentos e acessórios, além de capacitações que as habilitam a exercer as atividades.
Os investimentos somam cerca de R$ 700 mil, recursos do Orçamento Geral da União destinados à Codevasf por emendas parlamentares e de destaque orçamentário do Ministério da Integração Nacional por meio de sua Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR).
A apicultura envolve hoje mais de 700 famílias beneficiadas. Os kitsapícolas implantados pela Codevasf são compostos por colmeias, melgueiras, suporte, cera, equipamentos de proteção individual, carretilha manual, formão e fumigador. As capacitações foram ministradas para 574 pessoas nos municípios de Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado por meio de parceria com o Sindicato Rural de Remanso e da mobilização de técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural na Bahia.
“Além do treinamento para a atividade apícola, as capacitações também fortalecem a consciência ambiental, já que a apicultura necessita de áreas preservadas e de espécies vegetais que produzam flores atrativas às abelhas”, destaca o analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf em Juazeiro, Everaldo Cavalcanti.
Em 2017, as famílias beneficiadas continuarão a receber capacitações em apicultura básica e visitas da equipe de apoio técnico para acompanhamento da implantação e manejo dos apiários. De acordo com o superintendente da Codevasf em Juazeiro, Misael Aguilar Neto, a ação de inclusão produtiva deverá ter continuidade este ano com a implantação de kits remanescentes, beneficiando famílias em situação de pobreza cadastradas e inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Piscicultura artesanal e familiar
Nos municípios de Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé a Codevasf investiu na diversificação da produção rural por meio da piscicultura artesanal e familiar: além de investir cerca de R$ 500 mil em tanques-rede, ração e materiais, a Companhia realizou a soltura de 120 mil alevinos de tilápia e tambaqui em pequenas barragens e açudes, como também em projetos de piscicultura para criação de peixes em viveiros escavados e tanques-rede.
Há um ano, o feijão da variedade carioca de melhor qualidade era comercializado a R$550,00 a saca de 60 quilos em São Paulo. O gorutuba chegou a alcançar 650 reais.
As ofertas, neste janeiro, indicam preços de R$130 a R$125. É por isso que o feijão, a principal fonte de alimentação proteica da classe trabalhadora, falta por temporadas na mesa do brasileiro. O mercado é especulado, está na mão de atravessadores e a confiabilidade nos mercados é muito pequena.
No Oeste baiano, a produção está cada vez mais baixa. Além da instabilidade dos preços, doenças transmitidas pela soja – também uma leguminosa – e as dificuldades crescentes na disponibilidade de água e eletricidade na irrigação estão fazendo o cultivo a desaparecer.
Sintropia, a agricultura sem desmatamento começa a se desenvolver no Brasil.
Fundo de US$ 400 milhões foi lançado em Davos com o objetivo de deter o desmatamento tropical e impulsionar a agricultura
O governo da Noruega está criando um novo fundo para dar início aos investimentos para a agricultura sem desmatamento em países que estão trabalhando para reduzir a degradação de suas florestas e turfeiras. Ele trabalhará em parceria com o Fundo Global para o Meio Ambiente, um programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com a IDH (Iniciativa de Comércio Sustentável) e com as principais empresas de alimentos e ONGs ambientais, visando proteger mais de cinco milhões de hectares de florestas e turfeiras até 2020, proporção equivalente ao tamanho do território da Costa Rica.
O fundo será disponibilizado com um compromisso de até US$ 100 milhões do governo norueguês, baseado em uma meta de capitalização de US$ 400 milhões até 2020, a ser obtido de outros doadores bilaterais e multilaterais, bem como parceiros do setor privado. O capital será utilizado em parte para ajudar a produtividade dos pequenos agricultores.
A agricultura é um dos maiores causadores do desmatamento. Entre 2000 e 2012, foram desmatados 2,3 milhões de quilômetros quadrados de floresta. Até esse período, os investimentos no aumento da produção agrícola tendiam a favorecer a expansão das florestas tropicais, em vez de intensificar a produção agrícola nas terras aráveis existentes.
Espera-se que o fundo proporcione um incentivo para os governos com florestas tropicais por meio de investimentos em países e regiões que protegem as florestas e reduzem as emissões de gases de efeito estufa. É um exemplo dos acordos que estão sendo desenvolvidos mediante a Aliança para Florestas Tropicais 2020, uma parceria público-privada global para impulsionar ações para cadeias de suprimento sem desmatamento, organizadas no Fórum Econômico Mundial.
Erna Solberg, primeira ministra da Noruega, anunciou hoje o lançamento do fundo na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos-Klosters. “O futuro do planeta depende de nossa capacidade comum de proteger e restaurar as florestas em uma escala sem precedentes e, ao mesmo tempo, aumentar a produção agrícola para atender às crescentes necessidades globais”, disse ela. “Através deste fundo, trabalharemos com os governos, o setor privado e a sociedade civil para que isso aconteça de forma inovadora.”
Espera-se que o fundo ajude aos países com florestas a cumprir os compromissos assumidos mediante o Acordo Climático de Paris da ONU e contribua com uma série de Metas de Desenvolvimento Sustentável, tais como: redução da pobreza (1); erradicação da fome (2); trabalho decente e crescimento econômico (8); ação climática (13); gestão sustentável da água (15); e um fim à degradação da terra e perda de biodiversidade (16).
“Nós incentivamos o fundo, porque acreditamos fortemente nos governos e nas empresas que trabalham juntos para proteger o meio ambiente enquanto alimentam o mundo”, disse Everton Lucero, secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.
“Como parte do Acordo Climático de Paris, o nosso país se comprometeu a realizar a restauração florestal em 12 milhões de hectares e a intensificar a agricultura de forma sustentável em 20 milhões de hectares.”, disse RobertoJaguaribe, presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
“Chegou o momento de cumprir o objetivo de acabar com o desmatamento originado da cadeia de suprimentos das principais commodities globais. O aumento da produção agrícola não pode mais ocorrer à custa dos bens comuns globais”, disse Naoko Ishii, diretora do Fundo Global para o Meio Ambiente.
AndrewSteer, presidente e diretor executivo do Instituto de Recursos Mundiais, disse que as ações mais bem sucedidas para proteger as florestas também são boas para a economia: “Através dos melhores agentes públicos e privados e da nova compreensão das oportunidades de negócios no cenário tropical, o impacto desse fundo sobre o clima, a biodiversidade e as oportunidades econômicas poderiam ser verdadeiramente transformacionais”.
Erik Solheim, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, disse: “É extremamente importante unirmos forças para proteger as florestas e as turfeiras e, por consequência, o nosso clima. Estamos muito satisfeitos pelo fundo estar sendo lançado e, o que é essencialmente importante, por termos também o setor privado empenhado nessa causa”.
Os principais membros da indústria global de bens de consumo, como Carrefour, Marks & Spencer, Mars, Metro, Nestlé e Unilever, expressaram o seu apoio, assim como o Fórum dos Bens de Consumo e outras associações industriais. A Unilever é a primeira investidora corporativa no fundo, investindo US$ 25 milhões por um período de cinco anos.
“O fundo está no centro dos programas “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” e “Nexus Clima”. Esta parceria público-privada inigualável alavancará o compromisso das empresas do Fórum dos Bens de Consumo em cumprir o nosso objetivo comum de eliminar o desmatamento, ao mesmo tempo em que apoiará o aumento dos meios de subsistência dos agricultores em nossa cadeia de suprimentos”, disse PaulPolman, diretor executivo da Unilever e co-presidente do Comitê de Sustentabilidade do Fórum dos Bens de Consumo.
O fundo será formalmente criado e incorporado pela IDH como uma entidade jurídica independente ainda este ano.
A 47ª Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial será realizada entre os dias 17 e 20 de janeiro em Davos-Klosters, na Suíça, sob o tema Liderança Responsável e Receptiva. Mais de 3.000 participantes de quase 100 países participarão de mais de 400 sessões.
Produtores já podem apresentar nas agências da CAIXA suas propostas de custeio da Safra Verão 2017/2018
A Caixa Econômica Federal disponibiliza aos produtores rurais R$ 6 bilhões para a linha de Custeio Antecipado, que possibilita o acesso a recursos para custear as lavouras até 270 dias antes do início do plantio da Safra Verão 2017/2018. A linha está disponível para as principais culturas, como soja, milho, arroz, trigo, feijão e sorgo, e conta com análise técnica automática para propostas de até R$ 500 mil.
Segundo o vice-presidente de Produtos de Varejo da CAIXA, Fábio Lenza, ao antecipar os recursos da próxima safra, o produtor pode negociar ainda no primeiro semestre de 2017 a aquisição de insumos para o plantio. “O Custeio Antecipado proporciona as condições necessárias para que os recursos financeiros do Crédito Rural cheguem ao produtor rural de forma rápida, simples e no melhor momento, para que possa se programar e reduzir custos”, comenta.
As alterações nas regras de limite por produtor, divulgadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano safra, proporcionam um maior acesso a recursos pelo produtor, que pode contratar até R$ 3 milhões no Custeio Antecipado, deduzido deste limite o valor contratado entre julho e dezembro de 2016. Continue Lendo “Caixa já está antecipando custeio da próxima safra”
Durante visita da presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, agricultores do Salitre e do Maniçoba expõem bons resultados alcançados em 2016
Os projetos públicos de irrigação Salitre e Maniçoba, ambos implantados e geridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no semiárido da Bahia, entram em 2017 com boas novas e expectativa positiva. Enquanto o Salitre comemora produtividades acima da média nacional em pelo menos oito diferentes cultivos, os agricultores do Maniçoba esperam poder investir neste ano até R$ 2,5 milhões com recursos próprios na ampliação e melhoria da infraestrutura da área de 8,5 mil hectares irrigáveis que reúne 621 lotes agrícolas.
As informações foram passadas para a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, que nesta terça-feira (03) visitou os projetos na zona rural de Juazeiro, conversou com os irrigantes e percorreu lotes para conhecer a produção. O superintendente regional da Companhia em Juazeiro (BA), Misael Aguilar, e técnicos da empresa também participaram da vista.
No Salitre, cuja a produção agrícola total em 2016 ficou acima de 60 mil toneladas e o valor bruto em aproximadamente R$ 45 milhões, a novidade foi o bom resultado da goiaba: cultura estreante no projeto, ela alcançou produtividade de 28 toneladas por hectare, quando a média nacional, de acordo com os irrigantes, fica em 19 toneladas.
Os outros cultivos de destaque no projeto são o tomate (110 toneladas por hectare), a cebola (107 toneladas por hectare), a banana prata (48 toneladas por hectare), o mamão formosa (120 toneladas por hectare), a melancia (45 toneladas por hectare) e a abóbora (41 toneladas por hectare). O melão amarelo (65 toneladas por hectare) continua sendo o carro-chefe do Salitre: a fruta é conhecida por seu sabor diferenciado, atribuído ao tipo de solo da região do Vale do rio Salitre.
Já no projeto Maniçoba a organização exemplar dos agricultores faz com que o distrito de irrigação seja apontado como um modelo de gestão, e a autonomia financeira alcançada pelos irrigantes tem permitido investimentos com recursos próprios cada vez maiores: para 2017, eles esperam aplicar até R$ 2,5 milhões para modernizar canais de irrigação, reservatórios e acessos, entre outras estruturas.
“Eu defendo a gestão participativa. Com ela, nós temos melhores condições de ajudar vocês, e vocês de ajudarem a vocês mesmos”, elogiou a presidente da Codevasf durante a conversa com os irrigantes do Maniçoba.
O gerente-executivo do Distrito de Irrigação do Maniçoba, Valter Matias de Alencar, destacou que, em 2016, com recursos próprios do distrito, foram construídas 460 pontes de acesso a lotes e 100 reservatórios para sistema pressurizado de irrigação, além da aquisição de uma retroescavadeira e seis motocicletas.
Perfil dos projetos
O Salitre reúne atualmente 255 pequenos produtores, 28 médios empresários e uma empresa regional de grande porte instalados nos 5 mil hectares da primeira etapa do projeto. O perímetro gera cerca de seis mil empregos diretos e indiretos segundo as estimativas dos técnicos da Codevasf que atuam na área.
Já o Maniçoba possui cerca de 13 mil hectares irrigáveis e 6,2 mil hectares de área cultivada onde vivem e trabalham mais de 600 famílias instaladas em 238 lotes familiares e 80 empresariais. Os principais cultivos são manga, uva e cana-de-açúcar.
“Temos gerado milhares de empregos indiretos, propiciado a presença de um comércio local – com farmácias, mercadinhos, lojas de materiais de construção, bares, restaurantes e lanchonetes –, de postos de saúde e até o serviço alternativo de transporte, que todo dia traz muitos trabalhadores para cá”, enumerou Alencar.
A visita ao Salitre e ao Maniçoba integrou a agenda de trabalho da presidente da Codevasf no Submédio São Francisco. Na segunda (02), na cidade vizinha de Petrolina (PE), ela já havia visitado os projetos públicos de irrigação Senador Nilo Coelho, área Maria Tereza, Pontal, a barragem de Sobradinho e o sistema de esgotamento do município.
O Ministério da Agricultura está anunciando normas que, segundo seus técnicos, podem reduzir custo de produção agrícola em até 35%. A afirmação é no mínimo pretensiosa, ainda mais partindo do ministro Blairo Maggi, um agricultor experimentando. Com toda a tecnologia disponível, se os agricultores pudessem diminuir em 1/3 os seus custos certamente já o teriam feito.
Segundo o pessoal do MAPA, produtores de arroz, trigo, amendoim, feijão, gengibre e mais oito culturas agrícolas poderão aderir, a partir de agora, a normas técnicas específicas para cada uma dessas culturas e aperfeiçoar os métodos de produção. Definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com as cadeias produtivas e órgão de pesquisa e extensão, essas regras podem reduzir os custos em 35% a partir da racionalização no uso de insumos.
“Essas normas vão garantir que os nossos produtos sejam saudáveis, produzidos de forma sustentável, além da garantia de rastreabilidade. Isso é muito importante e já praticado por países como os Estados Unidos e o Canadá”, disse o secretário executivo do ministério, Eumar Novacki.
As normas técnicas assinadas para as 13 culturas ficarão disponíveis no site do Ministério da Agricultura e também serão repassadas aos produtores interessados por meio de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que darão assistência in loco.
O Ministério da Integração Nacional – chefiado por Helder Barbalho – distribuiu nota à imprensa hoje afirmando que vai privatizar através de uma PPP – Parceria Público Privada a operação dos canais da transposição do São Francisco. A Operação vai custar R$500 milhões por ano, basicamente em energia e manutenção dos sistemas de recalque já instalados.
A nota é interessante porque a Oposição à Dilma sempre negou a conclusão das obras de transposição e agora, no poder, diz que vai operar os canais em 2017 para levar água para 12 milhões de nordestinos.
A perspectiva de desenvolvimento dos canais é criar polos de desenvolvimento como acontece hoje com Petrolina, que abriga 340 mil pessoas com uma renda per capita acima de 15 mil reais, com PIB anual acima de 5,1 bilhões. Um Produto Interno Bruto maior em 30% ao de Luís Eduardo Magalhães, por exemplo, apesar da renda per capita aqui ser triplicada, perto de 46 mil reais por ano.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), celebra, neste sábado (15), com as mulheres trabalhadoras rurais o seu dia. Há 17 anos é celebrado o Dia Mundial da Mulher Trabalhadora Rural. A data foi estabelecida durante a 4ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Mulher, no ano de 1995.
A grande contribuição da mulher no trabalho rural acontece principalmente em relação à agricultura familiar. A Bahia tem mais de 1,9 milhão de mulheres residindo e produzindo no campo, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2013). Esse número demonstra a expressiva demanda por políticas públicas específicas.
Nos últimos anos, as agricultoras vêm ganhando espaço na execução de políticas públicas do Estado da Bahia. A SDR, desde a sua criação, vem discutindo e buscando construir políticas que atendam às reivindicações das mulheres trabalhadoras rurais, por meio da Assessoria Especial de Mulheres, favorecendo o protagonismo das mulheres rurais na sociedade e apoiando ações em favor da inclusão social e econômica.
Cerca de 15 funcionários da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estão reunidos desde a segunda-feira (3/10), no município de Barreiras, que faz parte da área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Bom Jesus da Lapa, formando uma força-tarefa que está visitando os perímetros irrigados implantados e geridos pela Codevasf na região, com o objetivo de um contato direto com os irrigantes, tendo acesso aos seus anseios, dificuldades, potencialidades e também para discutir a transferência de gestão de alguns perímetros para os Distritos de Irrigação, esclarecendo ao máximo qualquer dúvida.
“Essa é uma ação que nos dá a oportunidade de ouvir o pleito do irrigante, dos representantes dos distritos. Nós estamos indo a campo, conversando. Estamos com a ouvidoria aqui, dando a oportunidade para que eles se expressem. A ideia é aproximar a Codevasf, cada vez mais, do irrigante, no intuito de esclarecer que o Governo está deixando de ter alguma participação em determinadas despesas, mas não estará ausente. Pelo contrário. Estará presente de maneira diferente. Cada um fazendo seu papel. A receptividade dos produtores está muito positiva”, explica Luís Napoleão Neto, Diretor de Empreendimentos de Irrigação da Companhia.
A ação é comandada pela Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação e o Diretor de Empreendimentos de Irrigação, Luís Napoleão Neto, está presente, junto com representantes da área fundiária, meio ambiente, ouvidoria, todos da sede, além do Superintendente Regional, Harley Nascimento, e de funcionários da 2ª Superintendência Regional e do Escritório de Barreiras.
Na quarta-feira (5/10), foram visitados os perímetros de Riacho Grande e Nupeba. Na quinta-feira (6/10), foi a vez de os perímetros de Barreiras Norte e Barreiras Sul receberem a equipe. Estão sendo realizadas visitas aos lotes e reuniões nos Distritos de Irrigação. Este é um trabalho piloto da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação. A ideia é que também seja realizado nos perímetros irrigados das áreas de atuação de outras superintendências.
“Durante essas visitas e reuniões, temos a possibilidade de discutir a transferência de gestão de alguns perímetros para os distritos. Estamos fazendo isso de uma maneira gradativa, muito responsável. Isso nos permitirá dar mais apoio a outros perímetros que estão precisando mais do que estes. É uma ação da Codevasf como um todo, e estamos fazendo aqui o que podemos chamar de uma força-tarefa, em que trouxemos gerências, todas as áreas relacionadas, da Sede, da Superintendência e do Escritório Regional”, complementa o diretor Luís Napoleão.
As previsões da safra agrícola do país para este ano vem caindo mês após mês com redução tanto na produção de grãos como na área a ser colhida. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem (6) novas previsões do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) relativas ao mês de setembro.
Segundo os dados divulgados, na nona estimativa de 2016 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, a produção total deverá fechar o ano em 183,9 milhões de toneladas, resultado 12,3% inferior à safra recorde obtida em 2015, que foi de 209,6 milhões de toneladas.
Os números indicam que, em termos absolutos, a produção será 25,7 milhões de toneladas menor do que a produção obtida na safra anterior. Em relação as estimativas de agosto feitas pelo instituto também significa queda de 1,2%, uma redução de 2,2 milhões de toneladas.
A área a ser colhida, segundo o IBGE, é de 57,1 milhões de hectares, resultado 0,7% menor que os 57,5 milhões de hectares relativos à safra 2015 e também 0,4% menor em relação às estimativas relativas a agosto, o que representa 236.580 hectares a menos.
A predominância dos produtos continua sendo de arroz, milho e soja, os três principais que, juntos, representam 92,6% da estimativa da produção e 87,9% da área a ser colhida. Se por um lado há crescimento de 2,8% nas estimativas de produção para na área de soja, haverá retração de 1,3% na área do milho e de 9,7% na área de arroz.
No que se refere à produção, as avaliações foram negativas em todas as três safras. A maior queda ocorrerá na produção de milho, que será 25,2% menor do que a do ano passado; seguida da safra de arros, menor 14,9%; e pela de soja – menor 1,3%, quando comparadas a 2015.
Regiões
Os números do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro configuram mais uma vez as regiões Centro-Oeste e Sul como os grandes celeiro do país, chegando a responder juntos por 148 milhões de toneladas – o equivalente a 80,4% de toda a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2016.
No caso da região Centro-Oeste, a produção totalizará, segundo as previsões de setembro, 75,3 milhões de toneladas (40,9%) e da Sul, 72,7 milhões de toneladas (39,5%). Na região Sudeste serão produzidas 19,6 milhões de toneladas (10,7% do total); no Nordeste, 9,8 milhões de toneladas (5,3%); e na região Norte, 6,5 milhões de toneladas.
Comparativamente à safra passada, houve redução de 2,1% na região Sudeste, de 14,9% na região Norte, de 40,1% na região Nordeste, de 16,1% na região Centro-Oeste e de 4,1% na região Sul. Nessa avaliação, o Mato Grosso liderou como maior produtor de grãos, com uma participação de 24,1%, seguido pelo Paraná (19,2%) e Rio Grande do Sul (17,1%), que, somados, representaram 60,4% do total nacional previsto.
As ações da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) voltadas para a inclusão produtiva no semiárido baiano ajudaram a transformar Campo Alegre de Lourdes no município que hoje contabiliza a maior produção de mel do Norte do estado. São cerca de 260 famílias em 45 comunidades produzindo, em média, 40 kg de mel por colmeia.
Os investimentos de cerca de R$ 4,4 milhões feitos pela Codevasf na atividade da apicultura daquela região beneficiaram também produtores familiares dos municípios vizinhos de Pilão Arcado, onde 191 famílias produzem mel em 38 comunidades, e Remanso, onde 181 famílias de 27 comunidades rurais são contempladas com as ações.
No total, a região norte da Bahia registra uma produção de mais de 20 mil toneladas de mel por ano, gerando renda para centenas de famílias que antes dependiam da agricultura de subsistência e que se encontravam em situação de extrema vulnerabilidade social, sobretudo em razão da seca prolongada.
As colheitas na região deverão estender até meados de setembro e outubro.Segundo informações apontadas pelo comprador de feijão Dácio Augusto de Andrade, cerca de 60% do feijão terceira safra estimado para a região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, que abrange municípios ao redor de Patos de Minas, já foi colhido.
Conforme o comerciante, a maior parte das lavouras, que nessa época do são cultivadas em pivôs de irrigação, está em ótimas condições. “O mercado pode esperar um feijão de peneira alta, branquinho e com poucos defeitos”, salienta.
De acordo com ele, foram poucos os produtores da região que sofreram os danos da mosca branca já que, geralmente, essa praga costuma atacar as lavouras em época de calor e umidade. “O frio acaba repelindo a mosca branca”, observa.
O comprador estima que as colheitas na região deverão estender até meados de setembro e outubro. “No início dessa semana, a saca de 60 quilos, saiu a R$ 330 reais nas lavouras daqui da região. Hoje [18/08], já subiu, e teve produtor vendendo a R$ 390. Acredito que o mercado deverá continuar oscilando entre R$ 300 e R$ 400 até o final do ano, uma vez que a safra da Bahia, uma das principais safras para o mercado brasileiro nessa época do ano, teve quebra”, analisa.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), todo o estado de Minas Gerais, maior produtor de feijão terceira safra, deverá produzir cerca de 178 mil toneladas de feijão, sendo praticamente 100% carioca. O montante é 6,6% menor que a safra passada, quando foram injetados no mercado 190,5 mil toneladas de feijão mineiro. Os dados foram divulgados no 11º Levantamento de Grãos, no início de agosto. Por Jaqueline Barbosa, do Bolsinha Informativo.
Em Barreiras e Região Oeste, o feijão carioca de melhor qualidade está com cotações estacionadas em R$400,00 a saca de 60 k. Ao que parece, teremos preços sustentados até a próxima safra de verão, que tem seu auge a partir de abril.
Obra mostra famílias que tiveram vidas transformadas por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
Em comemoração ao Dia do Agricultor (28/7), a John Deere, em parceria com a Embrapa e com o Ministério da Cultura, lança o documentário Vida no Campo. O trabalho retrata histórias de transformação de cinco famílias, de diferentes regiões do Brasil, que tiram seu sustento por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema sustentável que permite ter lavoura, pecuária e plantio de floresta em uma mesma parcela de terra.
Selvino Ortiz, de Pirapó (RS), na região das Missões, é um dos personagens do documentário. Ortiz e sua família sofriam com o clima da região Missões Rio Grandenses, onde a cada cinco anos, três são de estiagem. Porém, o ILPF trouxe uma nova realidade, que amenizou os efeitos climáticos. “A renda triplicou e o custo não aumentou. Depois de absorver e botar em prática esses conhecimentos, nós conseguimos renovar nossas tecnologias”, afirma Marcos Ortiz, filho de Selvino. Mas a integração trouxe um benefício maior, permitiu que a família conseguisse permanecer junta, com condições financeiras para todos trabalharem na propriedade.
A família Reis, proprietária da Fazenda Água Limpa, no interior de Maravilhas, em Minas Gerais também conheceu os benefícios. Apesar das dificuldades financeiras, eles persistiram para aumentar sua produção de leite, feito que conseguiram por meio do ILPF, que trouxe mais árvores e sombra para os animais. “Estamos tirando 450 litros de leite por dia. Agora, dá pra gente comer, beber e pagar nossas contas”, afirma Dirceu Reis.
A sexta edição do Fórum de Secretários de Agricultura Familiar do Nordeste e de Minas Gerais ocorreu na semana passada em Teresina, Piauí, para tratar do tema do financiamento das políticas de apoio à agricultura familiar.
A plataforma de diálogo político, apoiada pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e outras organizações, tem como objetivo coordenar a troca de ideias entre os responsáveis pelas políticas agrícolas da região Nordeste do país, marcada pela presença do semiárido.
Agricultores familiares no Rio de Janeiro. Foto: GERJ/Paulo Filgueiras
O preço da saca de 60 kg do feijão Carioca de melhor qualidade, que valia R$565,00 na sexta-feira caiu R$40,00 nesta segunda, para R$525,00. A entrada da terceira safra em Minas, Goiás e Paraná aumentou a oferta na Bolsinha em São Paulo, ocasionando a pressão negativa nos preços. Cerca de 53% do feijão colhido no País é da variedade Carioca.
O feijão preto, que teve altas na onda da carência do Carioca no mercado, pode ser encontrado no interior do Rio Grande do Sul, na região produtora de Sobradinho, por menos de R$200,00.
Fretes caros e impostos estaduais têm mantido os preços em alta. Mas a chegada das colheitas sob irrigação em todo o Centro Oeste e Minas Gerais deve normalizar os preços.
O feijão de irrigação é colhido até o início das chuvas mais fortes, em novembro. A luminosidade e o calor do verão encurtam o ciclo da cultura, o que proporciona colheitas de sequeiro em março, depois de plantadas no início de janeiro.
Nesta terça-feira (17), o deputado estadual Eduardo Salles esteve em reunião com o presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins, com os vices-presidentes da FAEB (Federação da Agricultura do Estado da Bahia), Guilherme Moura e Humberto Miranda, e o chefe jurídico, Carlos Bahia, para debater ações imediatas em defesa da agropecuária baiana.
Foram diuscutidos dois assuntos considerados pelo deputado como “muito importantes à agropecuária baiana”. O primeiro é a questão da grave seca que assola o estado e prejudica lavouras e a pecuária em todas as regiões. “Em praticamente toda a Bahia só choveu no mês de janeiro e isso tem causado perdas significativas aos produtores”, explica o parlamentar.
No último dia 9 de maio, Eduardo Salles esteve em audiência com o então ministro da Integração Nacional, Josélio Moura, solicitando que os custeios da safra 2015/16, com vencimento neste ano e as parcelas de investimento que vencem em 2016/17, dos produtores do oeste da Bahia, sejam prorrogados.
“A ideia é que o custeio seja prorrogado por cinco anos e que as parcelas de investimento que vencem em 2016/17 sejam transferidas para o final dos financiamentos”, propõe Eduardo Salles. A intenção do deputado era que o assunto fosse enviado pelo ministro para ser inserido na pauta de discussões da reunião do Conselho Monetário Nacional que acontecerá no final deste mês. Foi encaminhado ao ministro, pelo secretário estadual de Agricultura, Vítor Bonfim,um ofício com este pleito.
Prorrogação em todo o Estado
Após essa ação, Eduardo Salles foi procurado por muitas lideranças da agropecuária de diversas regiões do estado, não só produtores de grãos e algodão do oeste, mas de cacau, café, pecuaristas de corte e leite, entre outras atividades do setor.
Eles alegaram que a situação em suas regiões também era dramática e solicitaram que o deputado se empenhasse também na defesa da prorrogação dos compromissos de agropecuaristas de todo o estado porque eles não teriam condições de quitar seus débitos e, caso fiquem na inadimplentes, Eduardo Salles discutiu com o presidente da CNA ações para prorrogar dívidas de produtores baianos
“Como temos observado que a seca prejudica também outras regiões da Bahia, como as que produzem cacau e café, por exemplo, vamos enviar ofício ao novo ministro da Integração Nacional Nacional, Helder Barbalho, solicitando a ampliação da prorrogação para produtores de todo o território baiano”, promete Eduardo Salles. O ofício será enviado pelo secretário estadual de Agricultura, Vitor Bonfim, após solicitação feita pelo deputado.
Na próxima segunda-feira (23), o Salles participa de audiência no Ministério da Integração Nacional, acompanhado do vice-governador da Bahia, João Leão, e do secretário Vitor Bonfim, para entregar o ofício. “O apoio da CNA é fundamental para esse pleito. Em nossa reunião, combinamos que o órgão vai reforçar a importância desse assunto ser enviado à reunião do Conselho Minetário Nacional”, diz o parlamentar.
MP 707
Outra saída para a questão do endividamento seria a inclusão de emendas na Medida Provisória 707, que será votada, ainda nesta terça-feira, no Senado. “Essa lei prevê a renegociação de todas as dívidas agropecuárias do Nordeste”, explica Salles. No entanto, como a votação acontece hoje, não há mais possibilidade de emendas. “Além disso, se pleiteássemos aos senadores que efetivassem emendas agora, a MP teria que voltar para votação da Câmara dos Deputados”, completa.Continue Lendo “Agricultores da Bahia debatem prorrogação de dívidas”
De julho de 2015 a março de 2016, valor chega a R$ 100 bilhões
Os médios e grandes produtores rurais tomaram financiamentos agrícolas de R$ 100 bilhões de julho de 2015 até março de 2016. Isto representa um aumento de 4% em relação ao período anterior. O resultado mostra que os agricultores continuam apostando no setor, contribuindo para a economia brasileira.
O volume, referente a créditos de custeio, comercialização e investimento, representa 53% dos recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2015/2016, de R$ 187,7 bilhões.
Nos nove primeiros meses da safra atual, as operações de custeio e comercialização na agricultura empresarial totalizaram R$ 82 bilhões, sendo R$ 69,5 bilhões a juros controlados (entre 8,75% e 7,75%). Os financiamentos com juros livres tiveram aumento expressivo, passando de R$ 6,7 bilhões para R$ 12,4 bilhões. Deste total, R$ 6,6 bilhões são provenientes da emissão de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Merece destaque o dispêndio a juros controlados nas operações de crédito de custeio e comercialização de R$ 69,5 bilhões, que corresponde a 72% do montante programado para a atual temporada (R$ 96,5 bilhões).
De R$ 64,1 bilhões em crédito de custeio, 80,6% foram contratados por grandes produtores e 19,4% por produtores beneficiários do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Segundo o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central, os financiamentos de custeio da safra tiveram alta de 22,4%, levando-se em conta as aplicações a juros controlados e juros livres. Esse aumento foi liderado pelos bancos públicos, que ampliaram suas aplicações em 42%, enquanto os bancos privados tiveram redução de 7%. As operações a juros livres somaram R$ 6,7 bilhões, enquanto as de juros controlados chegaram a R$ 57,4 bilhões (90% do total).
Os bancos públicos aumentaram em 42% os financiamentos de custeio destinados aos beneficiários do Pronamp, enquanto os bancos privados tiveram alta de 29%.
A procura pela linha de investimento, no acumulado do período, somou R$ 18 bilhões, contra R$ 27 bilhões da temporada passada. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a redução dos investimentos já havia sido prevista por ocasião do lançamento do PAP.
Com a incertezas no atual cenário econômico, os produtores estão mais prudentes na hora de tomar empréstimos. Os agricultores só estão pegando dinheiro para investimentos quando a falta de infraestrutura na propriedade e a necessidade de renovação de máquinas agrícolas, por exemplo, interferem nos ganhos de produtividade.
Confira aqui o balanço do Financiamento Agropecuário Safra 2015/2016. Da assessoria de comunicação do MAPA.
Por Coriolano Xavier, Vice-Presidente de Comunicação do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM.
A corrupção sistematizada pode ter atingido o agronegócio, e justo em um fundamento social de política para o campo. Por ordem do Tribunal de Contas da União a reforma agrária foi paralisada em todo o país, neste início de abril, depois da identificação de mais de 578.000 beneficiários irregulares no programa. A suspensão vale para assentamentos atuais ou futuros, desapropriações e concessões de crédito em andamento.
Coisas que se descobriu: 1.017 políticos receberam lotes do programa, fora das regras de renda que definem o acesso à terra – entre vereadores, deputados, vice-prefeitos, prefeitos e senador. Pela auditoria do TCU, aparentemente há entre eles gente de alto poder aquisitivo, até com carros de valor próximo ao meio milhão de reais. Concretamente, eles abocanharam um pedaço da esperança de vida melhor de muitas famílias da base social camponesa.
A auditagem também aponta para cerca de 27 mil beneficiários ganhando acima do teto exigido para acesso à terra – entre eles gente com renda superior a 20 salários mínimos, além de 38 mil mortos atendidos pelo instituto, sendo mais de mil falecidos antes da concessão. Segundo estimativa do Tribunal, o prejuízo histórico e acumulado dessas irregularidades, em todo o País, pode ser de R$ 159 bilhões, em valores revisados e atualizados com base em dados do IBGE. Sem contar o prejuízo social presente e futuro, pois havia uma previsão de 120 mil assentados de 2016 a 2019.
Coisas assim ainda assustam. Não só pelos valores envolvidos, mas também pela falta de cidadania, generosidade social, ética e responsabilidade que representam. É gente que não tem olhar de futuro; talvez nem mesmo pense na viabilidade da própria descendência, ao longo das gerações, pois ao fazerem esses malefícios estão socializando e projetando o impacto negativo da sua atitude.
Se alguém achar que isso é pouco, então que pense no ralo financeiro. Um dinheiro como esse dos prejuízos históricos estimados a valores atuais pelo TCU (R$ 159 bilhões), se confirmado, representaria o equivalente a 40 orçamentos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que foi de R$ 3,9 bilhões em 2015, para beneficiar 42 milhões de estudantes². Ou então teria dado para construir 28 mil quilômetros de estradas de ferro, a preços de 2014³.
São cinco milhões de propriedades rurais no Brasil, mais de 200 milhões de toneladas de grãos na safra, recorde sobre recorde ano a ano, evolução acelerada na produção animal, superávit de exportação sempre salvador. Gente que tem olhar de futuro e vai para o futuro. Enquanto isso, malfeitores agem, sorrateiramente.
Esse tipo de coisa precisa ser esmiuçado, saneado. Até para não contaminar a percepção pública do produtor, que está entre as profissões mais respeitadas pela sociedade, pois as pessoas percebem que ele assegura alimento e bioenergia de qualidade para todos. Sem lengalenga: é preciso passar a limpo muitos aspectos da vida brasileira. Buscar a sustentabilidade ética, também.
A China National Chemical Corporation (ChemChina) adquiriu, por US$ 43 bilhões a suíça Syngenta, líder global em defensivos agrícolas. A estatal chinesa fez o que a norte-americana Monsanto não conseguiu, mesmo oferecendo US$ 4 bilhões a mais.
Agora o mundo dos fornecedores do agronegócio está dividido entre Monsanto, Chem China, Dow Chemical + DuPont, Basf e Bayer. É muita concentração para um setor tão importante como o agronegócio.
O fenômeno “El Niño” que causa secas na faixa equatorial do planeta há 3 anos e chuvas torrenciais nas zonas temperadas, continua causando danos às cidades e campos de todo o mundo. Ele é maior ainda que o fenômeno de 1998. A mancha de águas aquecidas no Pacífico Central, nestas imagens da NASA, dão uma ideia do que está acontecendo.
A agricultura do Oeste baiano sofreu muito com a seca nos meses de outubro, novembro e dezembro. A soja de sequeiro em sua maioria está enchendo o grão e os agricultores que possuem equipamentos do tipo pivô já estão começando a irrigar, depois de 10 dias sem chuvas substanciais na região. As sojas precoce, plantadas sob irrigação, já estão sendo colhidas.
Neste domingo o reservatório de Sobradinho, que é mantido sob vazão mínima em suas turbinas, já alcançou 17% de sua capacidade. Mesmo que chova muito pouco no final de fevereiro e março, deveremos entrar no período de estio, em abril, com o rio São Francisco em melhores condições do que em 2015, quando estava com apenas 20% de sua capacidade.
Atualmente a maior barragem do sistema Chesf gera energia com apenas duas das seis máquinas porque a crise hídrica não permite maior produção da usina. O volume total do reservatório de Sobradinho é de 34 bilhões de metros cúbicos, sendo 28 bilhões metros cúbicos utilizados para a geração de energia, quando a situação hídrica é normal. A capacidade de geração é de 1.050 megawatt (MW) em condições de plena produção.
Prejuízos na colheita do Paraná
O excesso de chuva nos últimos três meses levou embora parte do lucro dos produtores de soja da região norte do Paraná. A previsão do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado ao escritório regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), é que as perdas com o grão cheguem a 15% até o final da colheita em relação a outras safras com clima normal. Até o momento apenas 2% dos 291 mil hectares de soja foram colhidos na região.
Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Sérgio Carlos Empinotti, apesar da queda de produção e dos prejuízos, a colheita está sendo considerada boa para os produtores. “Nos anos anteriores, a safra foi excepcional, com alguns produtores colhendo até 200 sacas por alqueire (2,42 hec), bem acima da média da região que é de 135 sacas. Porém quem colheu 180 sacas na safra passada nesse ano deve colher em média 150 sacas”, completa Empinotti.
De acordo com o 5º levantamento da safra de grãos 2015/2016, divulgado nesta quinta-feira (4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é que a produção brasileira alcance 210,3 milhões de toneladas, o que equivale a 1,3% ou 2,6 milhões de toneladas a mais em relação à safra anterior, de 207,7 milhões de toneladas. O boletim encontra-se na área de destaques do site da Conab.
A produção de soja permanece como o principal destaque e deverá atingir 100,9 milhões de toneladas, ou seja, 4,7 milhões a mais do que na safra anterior. Os ganhos de área e produtividade da cultura representam um aumento de 4,9% na produção total do país. A recuperação da produtividade de feijão reflete em aumento de 279 mil toneladas, apesar da queda na área plantada do país, chegando ao total de 3,4 milhões de toneladas na safra atual.
Área também aumentou
A área plantada de grãos em todo o país deve alcançar 58,5 milhões de hectares. Isso representa um aumento de 593,5 mil hectares frente à safra passada, que chegou a 57,9 milhões de hectares. A cultura da soja, responsável por mais de 56% da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área. A estimativa é de crescimento de 3,6% (1,1 milhão de hectares) na área cultivada com a oleaginosa.
Já o algodão apresenta redução de 1,7% (17 mil hectares), reflexo da opção pelo plantio de soja na Bahia, segundo maior produtor de algodão do país.
Para o milho primeira safra, a exemplo do que ocorreu na safra passada, a expectativa é que haja redução de 6,8% na área (418,9 mil hectares), a ser coberta com soja. Para o milho segunda safra, a expectativa é de leve aumento de área, enquanto o feijão primeira safra apresenta redução de 2,7% (28,3 mil hectares). As culturas de primeira safra tiveram o plantio estendido até meados de janeiro em algumas regiões.
Para a realização do 5º levantamento, os técnicos da Conab foram a campo entre os dias 17 a 23 de janeiro. Foram verificadas informações de área plantada, produção, produtividade, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, entre outros fatores.
Secretário Carlos Koch, equipe da secretaria de Agricultura e associadas da Caliandra
O Secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Carlos Alberto Koch, visitou na manhã desta quarta-feira, 27, a Associação Caliandra de Artesões do Cerrado e Agricultura Familiar, localizada na Vila IV do Assentamento Rio de Ondas, zona rural da cidade. O objetivo da visita foi acompanhar o andamento das ações realizadas pela secretaria no local.
A Associação Caliandra foi contemplada recentemente com uma verba do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que será destinada para a ampliação da sua cozinha industrial, responsável pelo fornecimento de biscoitos que fazem parte do cardápio de algumas escolas municipais.
“Hoje, a Caliandra é a única associação apta a fornecer alimentos para os alunos, por estar de acordo com as especificações do PNAE”, explica o secretário da pasta, Carlos Koch. “Para isso, a Secretaria de Agricultura tem realizado um trabalho constante de orientação e auxílio técnico, visto que o programa exige uma série de especificações legais”, continua Koch.
Este ano, o objetivo da secretaria é ampliar ainda mais o número de parceiros. Sendo assim, os agricultores familiares interessados em fornecer seus alimentos cultivados, devem entrar em contato e buscar mais informações na sede da Secretaria de Agricultura, localizada no Centro Administrativo, a fim de receber todas as orientações necessárias.
Um total de 150 mil toneladas de milho dos estoques públicos será disponibilizado para venda pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio de leilão eletrônico, no dia 1º de fevereiro. O produto é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.
A ação faz parte da Política de Garantia dos Preços Mínimos (PGPM), executada pela Conab, que prevê a compra do produto quando o preço de mercado está inferior ao preço mínimo, para garantir renda ao produtor, e posteriormente a venda desses estoques, quando o mercado apresenta condições de receber o produto sem prejuízo para os agricultores.
Os lotes de milho sairão de armazéns da Companhia nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O preço de venda do milho será divulgado por meio de comunicado, que deverá sair com antecedência de até dois dias da data de realização do leilão.Confira o edital com informações completas do leilão clicando aqui.
O milho já vale R$40,00 no Oeste baiano. Ontem teve alta de até 7% em diversos mercados. A soja está valendo R$72,00 no balcão. O paradoxo é que o frango e o porco estão perdendo cotação, enquanto seus principais insumos, a soja e o milho, estão subindo. Em regiões de alto consumo do milho, como Santa Catarina, as cotações crescem todo dia. O que certamente vai tirar produtores autônomos e cooperantes do mercado.
Para quem gosta de riscos, horar de botar feijão na terra. A saca do “carioca” de melhor qualidade está valendo R$200,00.
Enquanto a capital paulistana está inundada em diversos pontos, em Brasília, pancadas esparsas se mantiveram durante toda a tarde, recrudescendo, agora no início da noite, com fortes precipitações.
Esperamos que essa chuva toda acabe se dirigindo para o Oeste baiano. Na redação de O Expresso começou a chover em torno de 22 h, muito mansamente.
No deslocamento para Brasília, neste dia 31, vimos muitas lavouras mal instaladas, apesar de algumas chuvas recentes. Soja rala, com crescimento mínimo, sem o desejável “fechamento da linha”.
O site Notícias Agrícolas diz que a situação no Maranhão também é muito ruim:
Assim como em outros estados brasileiros, no Maranhão a situação das lavouras de soja se agrava a cada dia frente à falta de chuvas e as altas temperaturas. Diante desse cenário, os produtores rurais, os presidentes de sindicatos rurais e o secretário de Agricultura e Pecuária do estado, Márcio José Honaiser, se reuniram na manhã desta quarta-feira (30) para debater o assunto.
Lideranças discutem situação da agricultura no Maranhão. Envio do produtor Valério Mattei
Durante o encontro, as lideranças decidiram protocolar um pedido de prorrogação da janela de plantio da soja junto ao Ministério da Agricultura. A medida deverá ser posta em prática na próxima semana.
O estado enfrenta uma das piores secas dos últimos anos. Em algumas localidades não chove há mais de 55 dias. No sul maranhense, dos 600 mil hectares previstos para o cultivo do grão, apenas 40% da área foi semeada até o momento, mas as plantações continuam morrendo.
O produtor rural do município de Balsas, Valério Mattei, explica que a janela ideal de semeadura da oleaginosa é de 15 de outubro até 15 de dezembro. “Porém, esse ano enfrentamos uma situação inédita, uma seca nunca vista na região. Deveremos arriscar o plantio da soja até o dia 10 de janeiro, até porque precisamos cumprir alguns contratos”, afirma.
Contudo, os agricultores já estimam uma redução na produtividade das lavouras devido às intempéries climáticas. “Sabemos que depois da virada de ano, mesmo com as chuvas, o rendimento das áreas cai. Normalmente, conseguimos uma produtividade entre 50 sacas a 55 sacas do grão por hectare”, completa.
A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) comemorou o desconto na cobrança de bandeira vermelha para as atividades de irrigação e aquicultura, medida que vinha sendo pleiteada pelo setor agropecuário desde o início deste ano. A mudança consta da lei 13.203/2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada nesta quarta-feira (9) no Diário Oficial da União.
Kátia Abreu foi uma das ministras que se engajou a atender à reivindicação dos agricultores, tendo negociado o assunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com o Ministério de Minas e Energia.
A ministra recebeu os produtores de arroz do Sul diversas vezes ao longo deste ano para discutir o tema. A região é responsável por 70% da produção nacional do grão. No Rio Grande do Sul, todas as plantações têm sistema de irrigação por inundação.
“O desconto na tarifa de energia usada na irrigação para produção de alimentos foi um ato de responsabilidade e sensibilidade da presidente Dilma”, disse a ministra.
A bandeira vermelha é aplicada a todos os usuários de energia elétrica desde janeiro de 2015. A medida aumenta em R$ 4,50 o custo da energia por cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Mas com a nova lei, esse valor será reduzido.
No Oeste da Bahia, além das áreas irrigadas no Cerrado baiano, os projetos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios Parnaíba e São Francisco (Codevasf) em Barreiras, São Desidério, Riachão das Neves e Bom Jesus da Lapa, também serão beneficiados com a mudança da lei 13.203/2015. A cobrança da bandeira vermelha praticamente tinha inviabilizado a produção de commodities agrícolas nas áreas de pivôs centrais no cerrado e comprometia sensivelmente a situação de pequenos e médios produtores de frutas na região dos vales. Da ascom do Ministério da Agricultura, com edição do jornal Nova Fronteira.
Doze perímetros irrigados da Codevasf estão recebendo ações simultâneas da Companhia, em quatro estados, para que a produção agrícola seja assegurada no atual quadro de intensa escassez hídrica no Vale do São Francisco. Os investimentos somam R$ 38,2 milhões e foram assegurados pelo Ministério da Integração Nacional – os recursos encontram-se integralmente à disposição da Companhia.
A maior intervenção, no lago de Sobradinho (PE), chegou a ter nos últimos dias 200 trabalhadores e 85 equipamentos em atuação em um raio de dois quilômetros. As equipes se organizaram para permanecer até 20 horas por dia na área do projeto, que manterá a oferta de água ao perímetro irrigado Senador Nilo Coelho, situado nos municípios de Petrolina (PE) e Casa Nova (BA).
A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da Secretaria de Agricultura e em parceria com a Bahia Pesca, entregou aos piscicultores das Vilas I, II e III do Assentamento Rio de Ondas, o equivalente a 20 mil alevinos da espécie tambaqui. O objetivo da secretaria é incentivar a piscicultura como prática de complemento de renda dos agricultores familiares do município.
“Além de garantirmos a obtenção de renda, o projeto de piscicultura também oferece um produto mais saudável e com preço acessível à população. Nossa meta é ampliar cada vez mais o programa por meio de políticas públicas de atenção ao agricultor familiar”, aponta o secretário de Agricultura, Carlos Alberto Koch.
Segundo o secretário, o incentivo à piscicultura tem mudado a vida dos pequenos agricultores de LEM. “A criação de peixe em cativeiro garante uma melhor qualidade de vida para os nossos agricultores familiares. Através do Projeto Piloto de Piscicultura, implantado na Vila II do Assentamento Rio de Ondas, nós subsidiamos a compra desses alevinos e oferecemos orientações técnicas para os produtores”, resume Koch.
Durante missão na China, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma demanda inusitada de um empresário. O investidor disse ter interesse em importar 1 milhão de jumentos por ano. A história foi relatada pela própria ministra, pelo microblog Twitter.
“No seminário dos empresários chamou a atenção um investidor com um interesse que nos pareceu piada, mas não era. Ele quer importar jumentos para a China”, relatou Kátia Abreu. “Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos ano. Morro e não vejo tudo”, disse a ministra.
A mensagem da ministra gerou comentários bem humorados na rede social. Outra demanda diferente das demais foi a de uma empresa de fármacos, que quer 10 mil toneladas de casca de tangerina por ano para produzir óleos e essências.
A ministra fica até o fim desta semana na China. Do Estadão.
A Secretaria de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, em parceria com a Secretaria de Trabalho e Assistência Social, está promovendo desde o último dia 20, na Escola Municipal Henrique de Freitas Moreira e no Centro de Eventos da Vila II do Assentamento Rio de Ondas, uma série de palestras e oficinas práticas voltadas à integração da mulher no campo.
O objetivo da ação é criar o sentimento de associativismo entre as moradoras das Vilas e despertar a vontade da geração da renda dentro de casa. “Muitas vezes as pessoas que moram no assentamento não observam a variadade de alimentos produzidos aqui e que eles podem se tornar sustentáveis, usando a matéria prima cultivada aqui mesmo”, explica Claudia Xavier, engenheira agrônoma na secretaria de agricultura.
Claudia Xavier, engenheira agrônoma na Secretaria de Agricultura
As moradas assistiram palestras sobre associativismo, cooperativismo e boas práticas de manipulação de alimentos ministrada pela Secretaria de Agricultura; Meliponicultura e Experiências de Sucesso com a Apicultura ministrada pela empresa Mel & Cia; aprenderam a produzir pizza e sonho de mandioca e mandioqueijo. “A mulher exercer um papel importantíssimo na agricultura familiar. Com essa ação queremos fazer com que elas se tornem agentes dessa transformação, auxiliando para o crescimento de suas famílias”, observa o secretário Carlos Alberto Koch.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inicia a 3ª Chamada Pública para aquisição de dos produtos com origem na agricultura familiar. Serão adquiridas 638,56 t de alimentos destinados a populações que se encontram em situação de insegurança alimentar. As inscrições estão abertas até dia 25 deste mês.
Serão adquiridos farinha de mandioca, feijão comum cores ou preto e fubá de milho. A compra será realizada por meio das Superintendências Regionais da Companhia na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Rondônia.
As inscrições podem ser feitas nos dias úteis em horário comercial até o dia 24 de setembro. No último dia (25), o tempo para inscrição será reduzido, podendo ser feita até as 12h. A abertura, análise e classificação das propostas está marcada a partir das 14h do dia 25 nas superintendências contempladas.
Para participar da Chamada Pública, as representações devem enviar a documentação exigida, como cópia do CNPJ da organização, DAP Jurídica, entre outros, além das amostras do produto para avaliação prévia e o formulário com a proposta de venda. Toda documentação deve ser encaminhada à superintendência da Conab no respectivo Estado. Os produtos que não atenderem as especificações exigidas serão recusados e colocados à disposição da organização fornecedora, que terá o prazo máximo de 30 dias para retirada do produto.
O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 20 mil por ano, independente de já fornecerem a outras modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Já o limite para cooperativas ou associações é de R$ 6 milhões por DAP Jurídica.
A estimativa da safra nacional de grãos aponta para novo recorde e chega a 206,3 milhões de toneladas. O aumento é de 6,6% ou 12,7 milhões acima da obtida na safra 2013/14, quando alcançou 193,62 milhões de toneladas. Os números são do 10º levantamento, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (9).
Houve um aumento de 1,8 milhão de toneladas sobre o levantamento do mês passado, acréscimo que se deve ao ganho na produtividade do milho segunda safra que chegará a 51,5 milhões de t e ganho de 6,5% a mais que em 2013/2014. A produção de soja deve alcançar 96,2 milhões de toneladas, com 11,7% a mais que as 86,1 milhões da safra anterior.
Área – A previsão é de 57,5 milhões de hectares, com correção nas culturas de inverno e feijão terceira safra frente ao último levantamento. Para as áreas dessas culturas, cujo plantio continua em andamento, ainda não há definição do total plantado. Já a evolução do cultivo de verão de primeira e segunda safras foi toda analisada pela pesquisa.
A área de plantio das principais culturas é 0,8% maior que o da safra 2013/14, com um aumento de 457,7 mil ha. A da soja, por exemplo, tem crescimento de 5,8% ou 1,7 milhão de hectares a mais que a área anterior, assim como o milho segunda safra, com acréscimo de 3,3% (299,4 mil ha). A área total da soja é de 31,9 milhões de hectares e a do milho segunda safra, 9,5 milhões.
Os dados foram atualizados entre os dias 22 e 26 de maio, com informações de área plantada, produção e produtividade média estimadas, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis.
Não só de grandes produtores, estações temáticas, oferta e venda de máquinas pesadas e linhas de financiamento para aquisição de equipamentos é composta a Agrotins Brasil 2015. Paralelo a estes espaços, o comércio de alimentos, artesanato e demonstrativo de pequenas atividades rurais também ilustram a programação deste ano.
O Pavilhão da Agricultura Familiar, uma parceria com a Prefeitura de Palmas, possui uma área destinada ao turismo rural. No local, funcionam estandes que pretendem incentivar a geração de renda por meio do aproveitamento dos atrativos naturais e da comercialização de alimentos em pequenas propriedades rurais próximas às cidades.
Segundo a extensionista rural Amanda Oliveira, a proposta é incentivar a utilização de sítios, chácaras e fazendas no fortalecimento da economia local, como também na oferta de novos postos de trabalho. “São pequenos restaurantes e propriedades com atrativos naturais para visitação, que podem facilmente ser aproveitados como forma de geração de renda”, explicou.
Inovações
Na área da transferência de tecnologia, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) possui uma unidade demonstrativa de tomate que pretende diminuir o uso de defensivos com a utilização de um galpão coberto, protegendo a produção de fatores climáticos e pragas naturais.
De acordo com a engenheira agrônoma do Instituto, Geane Rodrigues, a proposta visa a produção de tomate das espécies cereja e santa clara, adaptáveis ao clima tocantinense. “São equipamentos que podem facilmente ser adquiridos mediante um baixo investimento financeiro ou mesmo contando com linhas simplificadas de financiamento”, afirmou.
Para o visitante Valdir Antunes, que produz diversos alimentos derivados do leite na Capital, o investimento em tomate protegido pode ser uma nova forma de renda. “Eu tenho um galpão na minha propriedade. Vendo esta unidade de tomate, achei interessante e vou pesquisar sobre como produzir”, disse.
Alimentos e bebidas
Na área de comércio de alimentos e bebidas, a vendedora de água de coco Erlene Viana da Silva confia no forte calor da região para garantir o consumo deste isotônico natural. “Todo mundo sente sede, na hora que o calor apertar, eu estarei aqui vendendo o meu produto”, afirmou. Já a empresária Irene Lopes, há 12 anos comercializa, na Agrotins, a tradicional paçoca de carne de sol com farinha de mandioca, considerada uma das principais comidas típicas da culinária tocantinense. “Tem gente que vem aqui e compra até para mandar para outros estados”, comemorou.
Quem também decidiu inovar na oferta de guloseimas regionais foi a comerciante Leidiane Souza Castro, que montou uma tapiocaria na área de alimentos da Agrotins Brasil 2015. “Estamos, pela primeira vez, aqui na Agrotins e oferecendo sete opções de recheio, entre salgados e doces. Nossa expectativa é muito boa, porque quase todo mundo gosta de comer uma tapioca recheada”, garantiu.
Artesanato
A Agrotins Brasil 2015 também oferece espaço na divulgação de artesanato regional confeccionado pelas etnias indígenas tocantinenses. Contando com um estande no Pavilhão da Agricultura Familiar, o rico artesanato produzido pelas comunidades tradicionais é apreciado e comercializado. De acordo com Siewe Xerente, líder indigenista de uma aldeia próxima da Capital, a parceria com o Ruraltins favorece a divulgação e a comercialização dos produtos oriundos das comunidades. “Podemos vender nosso artesanato e também dialogar com os visitantes sobre a importância das comunidades indígenas do Tocantins”, relatou.
Realização
A Agrotins Brasil 2015 é promovida pelo Governo do Estado do Tocantins, por meio da Seagro e vinculadas, Agência da Defesa Agropecuária (Adapec), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e apoio de instituições financeiras e entidades de classe ligadas ao setor produtivo.
O Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães realizou nesta quinta-feira a cerimônia de transmissão de cargos da nova Diretoria, com a presença de João Martins, que exerce a presidência da Confederação Nacional da Agricultura. Vanir Kölln deixou a presidência da Entidade depois de um profícuo e longo mandato. Assumiu a presidência a produtora rural Carminha Missio e, a vice-presidência, Aristeu Fernando Pellenz.
João Batista Olivi, âncora do Canal Rural e editor do site Notícias Agrícolas, foi o mestre de cerimônia da solenidade, quando fez um emocionado apelo pelo desenvolvimento e fortalecimento do setor agropecuário.
Carlos Alberto Koch, secretário de Agricultura do Município, e o vereador Márcio Rogério, representaram a Municipalidade e a Câmara Municipal.
O Rio Grande do Sul tem um plantio de 5.400.000 hectares de arroz. Dona Dilma foi lá para dar início à colheita de arroz orgânico do MST com 4.000 hectares. Se dependesse do arroz do MST, o brasileiro estaria pagando uns 150 reais por um pacotinho de um quilo de arroz. Mais ou menos o preço do bacalhau agora na Páscoa. Tomara que o Governo não invente a mandioca orgânica. Se inventar, nosso pirão desaparece.
Tem gente que gosta muito de falar contra agrotóxicos, transgênicos e irrigação de grandes áreas. Mas na hora do almoço, enche o pratão como se fosse sua última refeição, com a certeza de que a comida continua muito barata.
Na Bahia, 496 assentamentos rurais em 196 municípios tem baixa produção e menos de uma dezena são autossuficientes. Um grande número de assentados não tem titulação, como é o caso do Assentamento Rio de Ondas, o que os impede de acesso ao crédito e ao sistema produtivo. A maioria dos assentados vive de pequenas verbas governamentais, que pingam de maneira irregular e aleatória em seus lotes e são assistidos pelas prefeituras com pesado ônus aos cofres da municipalidade.
Desde que Stalin teve um grande insucesso na desapropriação de grandes áreas na Russia, mesmo com a morte de um número estimado de 30 milhões de camponeses, está provado que a agricultura só funciona com a iniciativa privada e com agricultores capacitados através de uma sólida herança cultural.
É emblemática a história da imigração de agricultores italianos e alemães no Rio Grande do Sul e São Paulo. Seguida da migração para o Paraná e daí para os estados do Centro Oeste, do Nordeste e do Norte. Feita sempre sem o auxílio oficial. E sempre com resultados positivos como podemos ver na região do Matopiba e especialmente no Oeste baiano.
A produção de grãos no Brasil na safra 2014/2015 está estimada em 198,5 milhões de toneladas, 2,6% ou 4,98 milhões de toneladas a mais do que a última safra, quando foram colhidas 193,5 milhões. Em relação ao levantamento do mês passado, houve uma correção de menos 0,8%. Os números são do 6º levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (10).
A soja é o destaque das pesquisas, com a colheita em pleno andamento. Mesmo enfrentando problemas climáticos em janeiro, que influenciaram a expectativa de produtividade no Sudeste, parte do Centro-Oeste e na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a produção ainda é superior à safra passada. O incremento deve ser de 8,3% ou o equivalente a 7,14 milhões de toneladas, levando a uma produção de 93,26 milhões de toneladas. O milho primeira safra teve uma redução de 6,1%, o que representa 1,93 milhão de toneladas a menos que a safra anterior, de 31,65 milhões de toneladas.
Área – A área destinada ao plantio de grãos deve ser praticamente a mesma que a da última safra, chegando a 57,03 milhões de hectares. Dentre os principais produtos, a soja apresenta também evolução, com um crescimento de 3,9%, passando de 30,17 para 31,33 milhões de hectares. A área destinada ao algodão deve diminuir, ficando em 976,1 mil hectares – 13% inferior à safra 2013/2014. O motivo é a redução do consumo e dos preços praticados e o excesso dos estoques interno e externo. O levantamento também faz estimativas para as culturas de segunda safra, com uma expectativa de redução de 2,2% na área de milho, passando de 9,21 para 9,01 milhões de hectares.
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 28 de fevereiro, quando foram levantadas informações de área plantada, produção estimada, produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis. O trabalho tem parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
Formado em administração pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização nessa área pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o deputado estadual licenciado Paulo Câmera será empossado nessa sexta-feira (6), às 10 horas, no comando da Secretaria Estadual da Agricultura. A solenidade será realizada no auditório da Seagri, no Centro Administrativo.
Paulo Câmera terá uma batalha insana pela frente: substituir à altura o engenheiro agrônomo Eduardo Salles, hoje deputado estadual, à frente da Seagri. Salles trabalhou com denodo e determinação, em todo o Estado, durante sua gestão pelo desenvolvimento da pequena agricultura, do agronegócio e da pecuária. Entre as ações meritórias de Salles, está a coordenação do socorro à agricultura familiar num dos períodos mais agudos da seca em todo o Estado, com a distribuição de grãos, doados por grandes produtores do Oeste, aos agricultores familiares.