Fundamentos da moral, um artigo de Contardo Calligaris

Você quer uma moral laica, inspirada pela razão? Pois bem, seus fundamentos serão frágeis (e engraçados).

Num belo dia de 1760 ou por aí, Denis Diderot recebe a notícia de que Jean-Jacques Rousseau desistiu de escrever o verbete “Moral” da grande Enciclopédia, da qual Diderot é um dos editores-chefes. A impressão do décimo volume da obra está parada na espera do texto. A solução é Diderot escrevê-lo, na hora, ao longo de uma tarde durante a qual várias circunstâncias colocam à prova, justamente, a moralidade do filósofo.

Essa é a situação apresentada na peça “O Libertino”, de Eric-Emmanuel Schmitt, em cartaz até 27 de novembro no teatro Cultura Artística Itaim, em São Paulo. A peça foi adaptada e é dirigida por Jô Soares, com o brio alegre de uma farsa de Feydeau ou de uma comédia de Goldoni, e com um elenco particularmente feliz (a começar por Cassio Scapin, que é Diderot). Um provérbio latim diz que, rindo, a comédia critica os costumes. “O Libertino” nos leva não só a criticar nossos costumes, mas a examinar os frágeis fundamentos de nossas normas morais. Vamos com calma.
O evento apresentado na peça é uma ficção. O verbete “Moral”, como quase um terço da Enciclopédia de Diderot e D’Alembert, foi escrito pelo cavalheiro Jaucourt, que redigiu sozinho mais de 17.000 verbetes, até merecer o apelido de “escravo da Enciclopédia”. O cavalheiro era culto e sem brilho: o verbete “Moral” é um texto chato, com uma ou outra afirmação ousada -por exemplo, Jaucourt escreve que a moral é um investimento mais seguro do que a fé, porque um ateu virtuoso pode se salvar, enquanto não há salvação para um crente vicioso. Mas o que é virtuoso e o que é vicioso?  Continue Lendo “Fundamentos da moral, um artigo de Contardo Calligaris”

Bobagens cotidianas

Em Brasília, estudantes, índios e ambientalistas realizam protesto no Setor Noroeste, por conta da construção de imóveis no local conhecido como Santuário dos Pajés. Seis viaturas e 31 policiais da Polícia Militar estão no local para garantir a segurança. Foto de Wilson Dias, da ABr.

Impressionante como estudantes, índios e ambientalistas preocupam-se com bobagens e conseguem repercutir essas idéias absurdas até na imprensa. Santuário dos Pajés? Essa é muito boa.

Casal de São Paulo batiza o filho como “Facebookson” e causa polêmica no mundo.

Como muitos casais modernos, o motoboy Anderson Cerqueira e a auxiliar de escritório Janete dos Santos se conheceram por uma rede social. Os dois casaram-se e tiveram um bebê lindo, que nasceu saudável no último sábado.

O conto de fadas contemporâneo tinha tudo para ficar no anonimato não fosse por um detalhe: os dois batizaram o bebê com o nome de Facebookson, em homenagem à rede na qual se encontraram pela primeira vez. Anderson contou que teve que ir a dois cartórios antes de conseguir registrar a criança.

“Eu queria chamar de Facebook, mas eles disseram que não pode dar nome estrangeiro, então eu coloquei Facebookson, porque eu sou Anderson”, explicou ele. A história ganhou o mundo depois que o jornal americano Daily Bulletin (na foto, o pai com o exemplar), de Los Angeles, publicou o caso. 

Nas redes sociais, o casal foi alvo de críticas. Para muitos, o episódio reforça a popularização do Facebook no Brasil. A matéria, publicada na editoria de economia, usou o caso como exemplo de como a rede de Zuckerberg está avançando inclusive no Brasil, onde o domínio do Orkut era absoluto. Alheio a toda a polêmica, o pequeno Facebookson dormia tranquilo no colo da mãe. Resta saber se até ele ficar adulto alguém ainda lembrará do Facebook. 

Ainda bem que é um menino. Se fosse menina seria Facebokete, em homenagem ao nome da mãe, Janete!  

O Vice-Presidente não gostou.

Fernanda Tedeschi, cunhada do vice-presidente Michel Temer, deu uma prévia de seu ensaio para a revista Playboy, que sairá em alguma das próximas edições. 

A ex-comissária de bordo e estudante de direito estará na seção Happy Hour de outubro, em fotos provocantes.

“No começo meu cunhado não gostou muito. Minha mãe ficou brava e minha irmã se surpreendeu”, revelou a loira sobre a reação de sua família à notícia de que posaria nua.

Fernanda ainda revelou seus planos para o futuro: “quero me candidatar nas próximas eleições”, referindo-se à candidatura como vereadora de sua cidade, Paulínia, no interior de São Paulo. Do Jornal do Brasil.

Existe muita gente que não gosta.

Escrever corretamente não é uma opção.

O texto abaixo faz parte do apresentação do livro “Português para convencer”, de Cláudio Moreno — doutor em Letras e mestre em Língua Portuguesa — e Túlio Martins — juiz de Direito e jornalista:

“Um lingüista um tanto irônico afirmou que as pessoas se dividem em dois grupos básicos, no que se refere ao domínio de seu idioma: os despreocupados e os aflitos. Os primeiros não têm consciência da linguagem que utilizam, ao passo que os outros, numa atenção constante, jamais deixam de se preocupar com a correção e a exatidão da língua que usam, consultando o dicionário e a gramática à menor dúvida que venham a ter.

Ao escolher uma profissão dentro do mundo jurídico, a pessoa se coloca automaticamente no grupo dos aflitos. Em Direito, você sabe, a linguagem é tudo. Ela é o único instrumento de que dispõe o advogado para tentar convencer, refutar, atacar ou defender-se, e é por meio dela que se concretizam as leis, as sentenças ou as mais ínfimas cláusulas de um contrato. É com a linguagem que os atores da cena judiciária pedem, respondem, explicam, narram, opinam, decidem. E não seria exagero afirmar que, sem linguagem, não há nem justiça, nem Direito.”

Escrever corretamente não é uma opção. É uma obrigação. Principalmente para advogados, jornalistas e homens públicos. Pior se vai assinar um documento oficial ou uma ata. Que Deus se apiede dos despreocupados!

Olhe para cima, o satélite americano está caindo.

Hoje é o dia em que o satélite de 6 toneladas e quase do tamanho de um ônibus cai sobre a terra. Confesse, caro leitor. Num momento pouco cristão você chegou a pensar de que ele bem que poderia cair na cabeça de alguém que atormenta a sua vida. Não pensou? Confesso que pensei.

Jabor, um paulistano, fala sobre o gauchismo.

Este artigo é antigo. Arnaldo Jabor, paulista e paulistano, descreve o sentimento que sempre uniu e une ainda hoje os gaúchos. Nada melhor para comemorar amanhã a data magna da República do Piratini, a década gloriosa em que o Rio Grande foi uma pátria separada do Brasil. Não que o gaúcho tenha qualquer gosto pelo separatismo nos dias de hoje. Nada disso. O Rio Grande quer apenas continuar dando exemplo de igualdade, liberdade e fraternidade, o lema farroupilha. O artigo:

“O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam ‘que horror’. 
Sabem do roubo do político e falam ‘que vergonha’. Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam ‘que absurdo’. Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem ‘que baixaria’. Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram ‘que medo’. E pronto! 
Pois acho que precisamos de uma transição ‘neste país’. Do ressentimento passivo à participação ativa’. Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. 
Um regionalismo que simplesmente não existe em São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa: abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. 
Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa, 
todo mundo cantando a letra! 
‘Como a aurora precursora / 
do farol da divindade, / 
foi o vinte de setembro / 
o precursor da liberdade ‘
Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado. 
Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é ‘comunidade’. Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é…Foi então que me deu um estalo. Sabe como é que os ‘ressentimentos passivos’ se transformarão em participação ativa? 
De onde virá o grito de ‘basta’ contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será. 
Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. 
Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem ‘liga’. Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes. 
Penso que o grito – se vier – só poderá partir das comunidades que ainda têm essa ‘liga’. A mesma que eu vi em Porto Alegre. 
Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo. 
Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles.
De minha parte, eu acrescentaria, ainda: 
‘…Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra…’
Arnaldo Jabor.

Ilustração da bandeira gaúcha: Fallavena.

 

Piloto de capotamento múltiplo salva-se por milagre na BR-242.

Um jovem de 19 anos capotou na manhã deste sábado, 17, por volta de 09h10, um veículo Fiat Strada, nas proximidades do Tropical Ville. De acordo com uma testemunha, o rapaz estaria em alta velocidade, perdendo o controle do veículo, capotando diversas vezes, indo parar fora da rodovia. O jovem sofreu escoriações leves e suspeita de ter fraturado um dos braços. O rapaz só não foi arremessado para fora do veículo por que usava o cinto de segurança. O mesmo foi socorrido pela SAMU para a maternidade municipal. Do Sigi Vilares.

O agroboy é uma praga que assola Luís Eduardo: jovens, filhos de pais endinheirados, com carros novos e sensação de impunidade, fazem o que lhes der na cabeça. Ainda bem que Deus, em toda a sua generosidade, salvou este. Espera-se que o pai do dito cujo não dê um carro novo nos próximos dias. 

Bahia realiza uma das maiores paradas gay do País.

A Parada Gay de Salvador foi um sucesso. Milhares de pessoas compareceram ao evento. No entanto, um baiano radical garantiu: “É tudo alagoano”. Ao que um participante da conversa refutou: “Macho mesmo, na Bahia, só Maria Bethania e Maria Quitéria. O resto ainda precisa provar sua macheza”.

Na verdade, não é necessário medir a macheza dos baianos, nem duvidar da mesma. Com gays ou sem os mesmos, a Bahia é um País, cheio de belezas e recursos naturais, aos quais está reservado papel da destaque no cenário federativo.

Florianópolis também já está em clima de festa por causa da 6ª Parada da Diversidade, que deve reunir mais de 100 mil pessoas na Avenida Beira-Mar Norte. Quer ver o baiano dizer que todos os gays de Santa Catarina são gaúchos?

Homem morre no escritório e ninguém nota por 5 dias.

Os gerentes de uma Editora novaiorquina estão tentando descobrir, porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há cinco dias. George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários.
Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana. O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse:
‘O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.’
A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.

Será que a burrice é uma ciência?

“Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia  na  Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai,  o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:  “Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência  que  demonstrou  hoje,  deve  ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos.  O talento assusta”.

E  ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de António Alexo, poeta português:

“Há tantos burros mandando em homens de inteligência
que às vezes fico pensando que a burrice é uma ciência.”

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.  Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displiscentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por  onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.

É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência,  por medo de perder seus maridos,  também os encastelados  medíocres se  fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles  conhecem  bem  suas  limitações,  sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas,  os  medíocres  os  repudiam  para  se  defender. É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o  velho conselho de Nelson Rodrigues:  finge-te de idiota e terás o céu e a terra.

O problema é que os inteligentes gostam de brilhar. Que Deus os proteja.

Outro problema é que nem sempre o Poder é fruto da inteligência e o mundo vai de mal a pior.

Que Deus nos proteja.”

Este texto está publicado em dezenas de blogs e circula vivamente, sem que se saiba o autor, através de uma corrente de emails. 

10º Batalhão da Polícia Militar dará aulas pela prevenção às drogas.

A partir do dia 05/09 serão iniciadas, em Luís Eduardo Magalhães, as atividades do Proerd- Programa Educacional de Resistência às Drogas.

      O programa tem por objetivo principal prevenir os jovens do 5º ano (4ª série) quanto ao uso de drogas e será ministrado por policiais militares do 10º BPM, os quais passarão as lições conforme atividades contidas em cartilhas.

      Participarão do programa as escolas Amélio Gatto, Ivo Hering, Ottomar Schwengber, Vânia Aparecida e Cézer Pelissari.

       Ao final do curso(mês de dezembro), os 821 alunos participantes receberão, em evento solene, um certificado, representando o compromisso de dizer “não” às drogas.  

Prostitutas alemãs pagarão imposto.

As  prostitutas que trabalham nas ruas da cidade alemã de Bonn, no oeste do país, terão de se acostumar com uma nova regra: pagar um imposto noturno para exercer a profissão. A tarifa, estipulada pela Prefeitura em 6 euros, deve ser paga em um caixa automático das 20h15 às 6h. Segundo o jornal alemão Bild, as máquinas são semelhantes aos parquímetros utilizados para automóveis. Caso a mulher não apresente o recibo emitido pela máquina, poderá pagar multa de até 100 euros.

Com a medida, a cidade de Bonn pretende arrecadar das prostitutas que trabalham na rua os mesmos impostos pagos pelas que mulheres que atuam em bordéis controlados e legalizados, informou um porta-voz municipal.

A iniciativa, pioneira na Alemanha, é baseada na chamada “lei do imposto sexual”, que entrou em vigor neste ano. As autoridades afirmam que esse dinheiro deve trazer aos cofres municipais receita suplementar de 300 mil euros anuais.

Os fiscais municipais se encarregarão de verificar se as prostitutas compraram o ticket no caixa automático antes de começar a oferecer seus serviços. E poderão multá-las caso não tenham recibo.

O único caixa automático para pagamento do imposto fica na Immenburgstrasse, ao lado de um sex shop e de um estacionamento público, e possui seis cabines de madeira que poderão ser ocupadas pelas mulheres. Da coluna Radar, do Jornal da Tarde.

Aí está um imposto que ainda não pensaram no Brasil. Se a moda pega, a arrecadação dá um salto.

Burro, mas ativo!

O burro ativo é o pior tipo de burro, porque a sua indigência intelectual pode armar um esquema fantasmagórico, com pitadas de esquizofrenia e mania de perseguição. É emblemática aquela história que em pleno combate, um soldado raso, desse tipo, burro, mas com iniciativa, comunicou ao seu oficial comandante que, frente ao perigo da escassez de pólvora, tinha resolvido o problema: misturando-a com água, dobrou o volume do explosivo.

Hoje, aconteceu isso: de uma conversa de 15 minutos, gastando hora, um desses tipos armou uma conspiração monstro. No anseio de demonstrar sua fidelidade canina, transformou uma simples pergunta em afirmação peremptória e lá estava o estrago: conspiração, dissensão, divergência, dissídio, estado de litígio iminente, desavença, discórdia, discrepâncias.

Esse tipo de assessor é um perigo!

Mordaça, não!

A gritaria que o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu está fazendo em relação à Veja prenuncia que neste sábado teremos uma reportagem de capa recheada de novas denúncias com a eminência parda. Inclusive com registro de boletim de ocorrência e outros quetais.

É o tal do “jus esperneandis”. O mesmo (guardadas as proporções de relevância) que aquele pessoalzinho, os tais advogados que tem pouca intimidade com o vernáculo, estão fazendo com este periódico. Esta semana foram procurar um blog de notícias populares para noticiar que o Diretor-Editor de O Expresso estava sendo processado, quando na realidade não se trata de processo, mas de uma interpelação, que já foi respondida e devidamente arquivada.

Não precisavam disto. Nós mesmos divulgamos. Só estávamos calados em respeito ao fato da matéria estar sub judice e na responsabilidade do julgador.

Pergunta que não quer calar.

“Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros, por que não colocar também:

1) de gente obesa em pacotes de batata frita,

2) de animais torturados nos cosméticos,

3) de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas,

4) de gente sem teto nas contas de água e luz,

5) e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?”

A República dos Salteadores.

Referindo-se à indignação do ex-presidente Luiz Inácio e da atual presidente Rousseff, sobre as prisões dos corruptos do turismo, o jornalista Augusto Nunes, de Veja, diz que “Lula pariu um cleptocracia e Dilma a amamenta.” A capacidade de síntese do jornalista é invejável.

Namorada de Soros quer “só” 50 milhões de dólares.

George

A ex-namorada brasileira do empresário George Soros apresentou um processo em Nova York contra o multimilionário, em que reivindica 50 milhões de dólares por ele ter presenteado outra mulher com um apartamento em Manhattan, além de acusá-lo de agressão.
Adriana Ferreyr, de 28 anos e conhecida por sua participação na telenovela Marisol, disse que Soros, de 80 anos, lhe prometeu uma casa quando ainda estavam saindo juntos, mas mudou de opinião após a ruptura e presenteou outra mulher, confirmaram à Agência Efe fontes judiciais da corte de Nova York. Foto de Eric Raptosh/Wikimedia para a Veja.

Só os rendimentos das fazendas de Soros no Oeste da Bahia, durante um ano, são suficientes para pagar o cachê da moça. Se ele vier visitar seus investimentos por aqui, vamos levá-lo para uma noitada na Texana, onde os cachês são relativamente mais em conta.

Pichado o busto de Luís Eduardo Magalhães

É difícil manter uma cidade limpa e organizada. O busto de Luís Eduardo Magalhães, que chegou a ser arrancado uma vez do seu pedestal, e algum tempo depois foi novamente entronizado na praça do Centro Administrativo, foi novamente pichado por vândalos nesta madrugada. Um povo que não cultua sua história e os seus monumentos ainda não atingiu um nível de civilidade para que possa ser chamado de povo.

 

Héteros reagem e também criam o seu dia do Orgulho.

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou na terça-feira (2) o projeto de lei 294/2005, de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM), que institui o Dia do Orgulho Heterossexual no município. Vinte vereadores se posicionaram a favor, enquanto 19 foram contra a iniciativa. Não foi feito pedido de votação nominal, de forma que os parlamentares não precisaram se identificar para aprovar o projeto. De acordo com o texto, a data será comemorada em todo terceiro domingo do mês de dezembro, cabendo à prefeitura “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”. Agora, falta apenas a assinatura do prefeito Gilberto Kassab para que a data entre em vigor.

Que bobagem! Os heterossexuais deveriam incentivar os homossexuais para diminuir cada vez mais a concorrência. A cada homem que sai do armário, sobra uma mulher. Além do mais, esse vereador deve ser uma “baita de uma enrustida”. Assim como aquele “Bolsa Maluca”, que certamente inveja que tem a coragem de arrancar a máscara.  Que se arrume um serviço decente para esse vereador, tipo rachar lenha ou buscar água na cisterna!

Esta foto quase derruba a imagem do único presidente que deu certo no Brasil

Esta foto, no final do governo de Itamar Franco, mudou o humor de uma grande fatia da população em relação ao conceito de homem probo e equilibrado. O ex-presidente não teve culpa no episódio. E ficou abalado com o ocorrido. Ao ponto de aceitar a Embaixada de Portugal, meses mais tarde, para afastar-se do problema. É o que ele conta, numa grande entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto. Na entrevista conta ainda como repudiou a proposta de políticos coligados para fechar o Congresso. Vale a pena ler a íntegra da matéria. A foto é de Marcelo Carnaval, da Agência O Globo.

Intolerância e preconceito, a base do pensamento do assassino norueguês.

A política de estabelecer uma mistura de raças europeias, asiáticas e africanas em países como o Brasil se provou “catastrófica” e resultou em altos níveis de corrupção, baixa produtividade e conflitos entre as diferentes culturas. A teoria sobre o país está numa das páginas do manifesto atribuído a Andrew Behring Breivik, o norueguês de 32 anos que assumiu a autoria dos atentados que mataram ao menos 76 pessoas em Oslo, na última sexta (22).
Para o autor do documento, que tem ligações com a extrema-direita norueguesa, o “Brasil vem se estabelecendo como o segundo país do mundo com o menor nível de igualdade social”. O texto não cita qual seria o primeiro.
“Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto a miríade de ‘sub-tribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisa qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão”, diz o texto na página 1.153. Do Correio e G1.

Do pó eu vim…

Dizem que na lápide de Amy Winehouse estará escrito: “Do pó eu vim, do pó eu vivi, para o pó retornarei”. Humor negro a parte, a morte da cantora é a prova de que a estupidez humana não tem limites. Se talento fosse motivo para uma vida sem limites, a metade dos pobres do Brasil, que usam de todas as artimanhas para viver com um salário mínimo, estariam todos condenados ao crack e ao óxi.

O anúncio publicado pela agência Alcântara Machado, no jornal O Estado de São Paulo, em 1970, após as mortes de Jimmy Hendrix e Janis Joplin define que talento e arte, misturados com droga, são apenas um mau negócio.

Funcionário do Ingá faz bobagem. Da grossa.

Luiz Carlos Batista de Cerqueira, de 26 anos, tornou-se um dos nomes mais comentados no twitter na madrugada desta quarta-feira (29). Tudo porque ele salvou arquivos pessoais no site do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), órgão estatal onde trabalha, e usuários da rede de computadores tiveram acesso ao material que continha, entre outras coisas, fotos de uma jovem nua, que seria a sua namorada, além de mais imagens e vídeos que sugerem a prática de zoofilia (sexo com animais). 

Como Cerqueira não criou uma senha que impedisse o acesso à pasta, o link acabou parando na mão de usuários do twitter que divulgaram a informação para milhares de pessoas. A assessoria de comunicação do Ingá já está ciente da situação, mas ainda não se manifestou sobre o assunto. O site da empresa está fora do ar, provavelmente para impedir, ou pelo menos dificultar o acesso ao conteúdo. 

Substância usada em mamadeira é associada à feminilização de rato

O bisfenol A (BPA), substância controversa usada, entre outras coisas, no revestimento interno de garrafas de plástico e mamadeiras, está associado à feminilização de ratos, segundo estudo publicado esta segunda-feira (27).

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade do Missouri, mostram que os ratos machos, expostos enquanto fetos à BPA, se comportam mais como fêmeas, especialmente em suas capacidades para se orientar em seu entorno.
Esta observação leva os cientistas a concluir que no homem este componente químico poderia ter efeitos nefastos no desenvolvimento e nos traços cognitivos próprios de cada sexo, que são importantes para a reprodução. No estudo, ratos machos expostos ao Bisfenol tiveram maior dificuldade em encontrar parceiras sexuais.

Então está explicado aquele festão de domingo na avenida Paulista. É o “prástico” que criou todo esse “poblema”.

 

Uma notícia boa para os viciados em café.

Uma substância ainda não identificada presente no café é a responsável por tornar a bebida um importante aliado na prevenção do Alzheimer. Uma pesquisa que será publicada no periódico Journal of Alzheimer’s Disease demonstrou que a interação dessa substância com a cafeína aumentou os níveis de um fator do sangue chamado GCSF, responsável por evitar o progresso da doença, em camundongos.

Estudos observacionais em humanos já haviam relatado que a ingestão diária de café por adultos e idosos diminui os riscos da demência. Pesquisas prévias da equipe da Universidade da Flórida do Sul, nos Estados Unidos, indicavam ainda que a cafeína é o provável ingrediente do café responsável pela proteção. Isso porque a substância reduz a produção no cérebro de uma proteína anormal chamada beta-amiloide, que, acredita-se, é responsável por causar o Alzheimer.

Os frequentadores do Senadinho, que tem alternado sua sede entre o Doce Sabor, Doce Café e L’Spresso, ao menos deste problema estão livres. Já da língua ferina dos amigos e companheiros de plenário, nem todos saem incólumes.

Velhas piadas, nova realidade.

Pelo que foi visto, lido e ouvido sobre a Parada Gay, em São Paulo, o chamado terceiro sexo já ultrapassou os dois primeiros e lidera com duas voltas de vantagem. Faça a conta: subtraia da população os septuagenários, as crianças, os que estavam trabalhando, os que ainda não saem do armário em hipótese alguma e todos aqueles que não podem correr o risco de mostrar o carão nos programas populares da TV. Os três milhões são mais de 50% da população, digamos, sexualmente e politicamente ativa da grande São Paulo.

Está explicada, então, a forte frente fria que assolou o Sul do País. Era pura frescura.

Maconha sem vida é uma droga.

“Entendo que alguém, mofando num tédio mortal (e inexplicado), chegue à conclusão de que a vida sem maconha é uma droga. Mas, infelizmente, em regra, a droga aprofunda o vazio que ela é chamada a compensar ou corrigir. Ou seja, talvez a vida sem maconha seja uma droga, mas a maconha sem vida também é.”

 De Contardo Calligaris, psicanalista italiano radicado no Brasil, 63 anos. Conclusão de um artigo de Calligaris enviado por João Paulo Sabino de Freitas, garimpador dos melhores textos da internet. Não conseguimos identificar o autor da excelente foto.

Marchas trazem turistas para São Paulo.

A ‘Marcha para Jesus’ trouxe entre 1 milhão (estatística da Polícia) e 5 milhões de manifestantes (estatísticas dos organizadores) para as avenidas de São Paulo nesta quinta-feira. A manifestação das lésbicas, ocorrida hoje, e a Parada Gay, prevista para amanhã, prometem trazer 3 milhões de pessoas à avenida Paulista. O turismo em São Paulo nunca faturou tanto como agora.

Restaurante noturno

Os tempos mudaram, mas nem todos os cidadãos de Luís Eduardo estão conscientes disso. O proprietário deste trailer amanheceu em uma calçada da avenida Enedino Alves da Paixão, estendeu uma lona e colocou em funcionamento o seu estabelecimento comercial. Questionado sobre o assunto, o secretário de Planejamento, Cândido Trilha, disse que já foi notificado sobre a instalação irregular e que solicitou ao fiscal da Prefeitura a notificação do proprietário. Acontece que o “restaurante” só abre lá pelas 22 horas, quando aumenta o movimento de caminhoneiros e damas da noite. Recomendamos uma hora extra para o fiscal.

Quem gosta de peixe frito com arroz, mandioca e vinagrete, peça um prato bem cheio.

22 feridos nas batalhas de “espadas” de Cruz das Almas

Vinte e duas pessoas deram entrada na Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas, a 145 km de Salvador, na noite desta quinta-feira, vítimas de queimaduras provocadas por espadas, segundo informações da unidade de saúde. Nas ruas centrais do município o movimento estava tranquilo, mas na periferia da cidade a “guerra de espadas” continuava. Os moradores soltavam as espadas normalmente, descumprindo a decisão da Justiça que considerou crime soltar os fogos. A proibição deixou alguns moradores revoltados. “É a única coisa de diversão que nós temos. Não temos só arraiá, só essa tradição de forró não, temos a nossa queima de espadas e a queima de espadas tá no sangue”, diz o pintor Roque Gomes. A Polícia Militar, com reforço da Companhia Especializada do Litoral Norte, esteve ao bairro Baixinha da Vitória, um dos locais onde estava acontecendo a “guerra”. Os moradores imediatamente pararam de soltar espadas, mas a policia fez abordagens e revistou as pessoas. Logo depois, um dos moradores soltou de longe uma espada na direção da polícia. (G1)