Lewandowski será o relator do caso Demóstenes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski foi sorteado na manhã desta quarta-feira como relator do inquérito para investigar o ex-líder do DEM no Senado Demóstenes Torres (DEM-GO), suspeito de ligação com o empresário do ramo de jogos de azar Carlinhos Cachoeira. O pedido de investigação ao STF foi feito ontem à noite pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Impressionante como andam rápidas as coisas quando se trata de Oposição neste País. Arruda foi para a cadeia em menos de 3 meses de crise. Demóstenes já tem até os julgadores escolhidos. Enquanto isso o Mensalão, aquele dos 40 ladrões, ainda procura o Ali Babá.

Compra de baby doll condena secretária de Ilhéus por improbidade

Quarenta e seis reais. Esse foi o custo do baby doll que levou a ex-secretária municipal Luciana Barletta Reis a protagonizar a primeira condenação por ato de improbidade em Ilhéus. Custo baixo? Talvez, caso a verba não fosse pública. Mas, público que era, o dinheiro não poderia ser utilizado para fins particulares. Ele compunha verba de adiantamento para material de consumo e administração no valor de R$ 8 mil, que não teve todos os processos de prestação de contas apresentados. “Fica difícil, senão impossível, sustentar a existência de interesse público neste episódio de descaso com a aplicação da verba pública”, assinalou a promotora de Justiça Karina Cherubini, informando que a ex-secretária foi condenada a devolver R$ 460,00 aos cofres públicos, tendo ainda os direitos políticos suspensos por dois anos.

Autora da ação civil pública ajuizada contra Luciana Reis em 2006, Karina Cherubini definiu a condenação como “exemplar, pois mostra o cuidado que todo agente público deve ter com as verbas públicas, sejam elas de pequena monta, como é o caso da compra do baby doll, ou mais vultuosas, como ocorrem em licitações”. De acordo com a promotora de Justiça, em 2003, a ex-secretária solicitou ao então prefeito (seu pai Valderico Reis) verba de adiantamento no valor de R$ 8 mil. A prestação de contas desse dinheiro, admitiu Luciana, era feita pelos servidores diretamente à Secretaria de Finanças. Somente quando eram emitidos cheques, as prestações eram vistadas e devidamente conferidas, o que, conforme a promotora, não ocorria quando a prestação era oriunda de compra realizada em dinheiro. Isso, justificou a ex-secretária, porque “acreditava na idoneidade, honestidade e honradez das pessoas que com ela trabalhavam”.

Foi dessa forma que os R$ 8 mil foram gastos, lembrou Karina Cherubini, destacando que “estranhas compras foram realizadas, a exemplo de vaso de flores, porta-retrato, balões, refeições e buquê de flores”. Além disso, acrescentou ela, compras sem qualquer discriminação foram realizadas com a verba. Segundo a promotora de Justiça, o próprio Município chegou a instaurar sindicância para apurar os fatos relacionados à compra das peças íntimas, recomendando a Luciana Reis que restituísse os cofres públicos. Isso foi feito, mas, como concluiu a juíza Carine Nassri da Silva, “não faz desaparecer o rastro do mau exemplo e malversação dos valores percebidos para gastos municipais”. Do MP-Bahia.

O Ministério Público da Bahia que nos desculpe, mas estamos convencidos que o interesse público, no caso da Secretária, estava um pouco mais abaixo, nas franjas do baby doll. Ou melhor dizendo: no Equador, junto à zona tórrida.

Malandragem explícita.

Deu na página do jornalista Cláudio Humberto:

A Justiça condenou o prefeito de Jitaúna (BA), Edísio Alves (PMDB), a devolver R$ 500 mil e juros por contratar laboratório sediado de graça em imóvel dele e administrado por sua ex-doméstica.

A Bahia sempre nos dando régua e compasso.

Vergonha: contas do Distrito Federal não são julgadas pela Câmara Legislativa desde 2003.

Desde 2003, nenhuma das contas do governo do Distrito Federal (GDF) foi julgada pela Câmara Legislativa, o que deixou sem conclusão as denúncias de irregularidades apontadas nos pareceres entregues pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) ao Legislativo –  poder encarregado de aprovar essas contas.

Pivô de diversos escândalos nos últimos anos, o governo da capital federal teve seis governadores entre 2003 e 2010 – Joaquim Roriz, Maria de Lourdes Abadia, José Roberto Arruda, Paulo Octávio, Wilson Lima e Rogério Rosso. O parecer de 2011 não está entre eles porque ainda não foi finalizado pelo TCDF.

Entre as ressalvas do tribunal referentes aos sete anos (2003-2010), há várias relativas a reduções indevidas da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no setor atacadista, o que, de acordo com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), deveriam ser caracterizadas como “renúncia fiscal”. Da Agência BR

Vergonha da corrupção nos hospitais passa hoje pela Polícia Federal

A PF começa a ouvir hoje 17 pessoas das empresas Locanty, Toesa, Ruffolo e Bella Vista, que ofereceram propina a um repórter do “Fantástico” que se passava por gestor de hospital. A Câmara do Rio desistiu de renovar contrato com a Locanty. Estado e prefeitura estudam a melhor forma de cancelar os serviços. De O Globo.

Especialista da FGV cobra punição dos servidores públicos que ajudam a fraudar licitações

As licitações para aquisição de bens e serviços pelo Poder Público são fundamentais para garantir a isonomia do processo, oferecendo direitos iguais a todas as empresas participantes. Alguns ajustes no modo como essas concorrências são feitas, no entanto, precisam ser feitos para evitar fraudes e combinações prévias de preços. A avaliação é do professor de direito administrativo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Sérgio Guerra, que defende punições efetivas aos agentes públicos que ajudam a viabilizar esquemas fraudulentos.

Para o acadêmico, que atua há 25 anos na análise do direito público, uma medida simples que poderia ser facilmente implementada é a proibição da exigência de retirada física dos editais nos órgãos que promovem licitações por pregão eletrônico. Segundo Guerra, esse pode ser um instrumento de manobra para que servidores públicos mal-intencionados tenham acesso aos nomes das empresas concorrentes.

“O pregão eletrônico, em que o chamamento é feito pela internet, em tese, deveria evitar fraudes. O problema é que, em muitos casos, é exigido que os participantes retirem os editais no local da licitação. Com isso, tem-se o nome dos participantes, possibilitando que eles se organizem e cometam fraudes. A vedação dessa prática, que deveria ser prevista na estruturação dos próprios órgãos, ajudaria a evitar as fraudes porque as pessoas não saberiam quem está participando [do certame], o que garantiria um processo mais transparente e mais democrático”.

O especialista em direito administrativo destacou, ainda, que a falta de punições efetivas ou a demora para aplicação de sanções acabam colaborando para que os esquemas criminosos de corrupção se mantenham ativos. “Não vemos tantos casos de atribuição de sanções a servidores que participam desses esquemas. São, em geral, processos demorados, o que facilita a permanência de pessoas assim no serviço público”, lamentou Guerra. Da Agência Brasil. Informações de Thais Leitão com texto final de Vinicius Doria.

Viu o Fantástico da Globo? Veja os vídeos da corrupção.

Em uma reportagem especial feita por Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo, o programa Fantástico, da Globo, mostrou, hoje,  como funciona um esquema para fraudar licitações de saúde pública, feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos.

Com o conhecimento do diretor e do vice-diretor do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o repórter Eduardo Faustini fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Todos os outros funcionários acreditavam que ele era mesmo o responsável pelo setor de compras, onde pôde acompanhar livremente todas as negociações e contratações de serviços.

“Todo comprador de hospital, a princípio, é visto como desonesto. Acaba que essa associação do fornecedor desonesto com o comprador desonesto acaba lesando os cofres públicos. E a gente quer mostrar que isso não é assim, em alguns hospitais não é assim que funciona”, disse Edmilson Migowski, diretor do hospital.

As negociações foram todas filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento. Nenhum negócio foi concretizado, nenhum centavo do dinheiro do contribuinte foi gasto.

O delegado Victor Poubel, titular da delegacia de repressão a crimes financeiros da Polícia Federal do Rio de Janeiro, informou que vai abrir um inquérito para investigar a denúncia do Fantástico. Segundo ele, todas as pessoas que aparecem na reportagem serão intimadas a prestar depoimento e todos os contratos serão investigados.

A  fraude
A lei brasileira prevê que toda empresa que vá fazer um serviço para um hospital público dispute uma licitação, com outras que oferecem o mesmo serviço. É uma maneira de tentar garantir que o dinheiro público não vai ser desperdiçado.

No esquema flagrado pelo Fantástico, no entanto, as empresas fornecedoras se unem para fraudar a disputa. A que quer ganhar paga uma porcentagem do total do contrato para as demais — que entram na concorrência com orçamentos mais altos. Ou seja, entram para perder.

“Eu faço isso direto. Tem concorrência que eu nem sei que estou participando,” comenta a gerente de uma empresa chamada para a licitação de contratação de mão de obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que ganharia R$ 5.200.000 se a licitação tivesse existido.

Sem nenhuma interferência do hospital, o repórter escolheu quatro empresas, que estão entre os maiores fornecedores do governo federal. Três são investigadas pelo Ministério Público, por diferentes irregularidades. E, mesmo assim, receberam juntas meio bilhão de reais só em contratos feitos com verbas públicas.

Uma locadora de veículos, foi convidada para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. “Cinco. Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta de imediato o gerente. Falando em um código em que a palavra “camisas” se refere à porcentagem desviada, ele aumenta a propina. “Dez camisa [sic], então? Dez camisa?”.

O presidente do conselho da locadora garante que o golpe é seguro e o pagamento é realizado em dinheiro ou até mesmo em caixas de uísque e vinho. A empresa ganharia R$ 1.680 milhão pelo contrato. “Eu vou colocar o meu custo, você vai falar assim: ‘Bota tantos por cento’. A margem, hoje em dia, fica entre 15% e 20%”, explicam o diretor e o gerente de uma empresa convidada para a licitação de coleta de lixo hospitalar. “Nós temos hoje, aproximadamente, três mil clientes nessa área de coleta”, afirmam.

Para esconder a fraude da fiscalização, o dinheiro do suborno é espalhado por vários itens da proposta vencedora. O dono da empresa de jardinagem e vigilância diz à reportagem que está acostumado a fraudar licitações, e a gerente comenta que o fraude é “ética de mercado”. “No mercado, a gente vive nisso. Eu falo contigo que eu trago as pessoas corretas. Eu não quero vigarista, não quero nunca”.Do G1.

O Brasil tem jeito. O que não têm são os brasileiros.

Esta é inédita: seis dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) recebem, anualmente, um total de R$ 4 milhões, sem justificativa ou fiscalização. A verba é distribuída entre os funcionários de seus gabinetes, segundo reportagem publicada pela revista “Época” ontem, e não há qualquer informação no Diário Oficial ou no boletim interno do tribunal que explique o destino do dinheiro.
Os beneficiados pela “verba secreta” são o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior; o vice-presidente Aluisio Gama de Souza; e os conselheiros José Gomes Graciosa, Marco Antonio Alencar, Julio Lambertson Rabello e Aloísio Neves Guedes. O conselheiro José Mauricio de Lima Nolasco já usou a verba, mas não a recebe atualmente. A revelação surgiu durante investigação da Procuradoria da República sobre irregularidades no TCE-RJ, como recebimento de propina para aprovação de contas de municípios do estado.
O benefício de R$ 48.374,88 é pago desde junho de 1992 e seria inspirado numa lei aprovada durante o governo Moreira Franco, que previa gratificações para funcionários da Casa Civil que se destacassem no desempenho de suas funções. Cada gabinete envia à presidência do órgão uma lista dos servidores contemplados. Informações do O Globo.

Uma lei perdida num passado distante, um grupo de conselheiros que se acreditam acima de qualquer suspeita, um bando de assessores corruptos. Está aí a policromia deste Brasil tão próximo das bandalheiras do império e dos primeiros anos da República. O Brasil tem jeito. O que não têm são os brasileiros.

Uma ponte cara demais.

O governo da China  inaugurou a ponte da baía de Jiaodhou, que  liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao. Construído em quatro anos, o colosso sobre o mar tem 42 quilômetros de extensão e custou o equivalente a R$2,4 bilhões.
Há uma semana, o DNIT escolheu o projeto da nova ponte do Guaíba, em Ponte Alegre , uma das mais vistosas promessas da candidata Dilma Rousseff. Confiado ao Ministério dos Transportes, o colosso sobre o rio deverá ficar pronto em quatro anos. Com 2,9 quilômetros de extensão, vai engolir R$ 1,16 bilhões.
Intrigado, o matemático gaúcho Gilberto Flach resolveu estabelecer algumas comparações entre a ponte do Guaíba e a chinesa. Na edição desta segunda-feira, o jornal Zero Hora publicou o espantoso confronto númerico resumido no quadro abaixo:

Os números informam que, se o Guaíba ficasse na China, a obra seria concluída em 102 dias, ao preço de R$ 170 milhões. Se a baía de Jiadhou ficasse no Brasil, a ponte não teria prazo para terminar e seria calculada em trilhões. Como o Ministério dos Transportes está arrendado ao PR, financiado por propinas, barganhas e permutas ilegais, o País do Carnaval abrigaria o partido mais rico do mundo.

O email com o material acima está circulando na internet e nos foi enviado pelo leitor Marco Antonio Sampaio.

Dona Dilma corta na saúde, mas não corta nas festas.

Senador Mário Couto (PSDB-PA) hoje, na tribuna do Senado:

“Dona Dilma não hesitou em cortar 7,5 bilhões de reais da Saúde, nem 1 bilhão de reais da segurança pública, com o objetivo de conter a inflação. Mas nada cortou nas festas do Palácio do Planalto, onde gastou 54 milhões em uísque e salgadinhos. Nada cortou também nas diárias e nos cartões de créditos corporativos, a roubalheira mais hipócrita que já se viu neste País”.

Cem mil apaniguados, solidamente instalados em cargos de confiança, detentores de todas as mordomias, fazem, deste governo dacroniano, um capítulo negro na história do País. E agora, o que as representações populares do País vão fazer: clamar pela ditadura de direita?

Esta semana criaram mais uma diretoria na Petrobrás. Sabe quanto o novo diretor vai ganhar: R$70 mil por mês, mais as vantagens inerentes ao cargo.

Pior: o exemplo de uma gestão pouco austera se replica, insidiosamente, em todos os níveis da gestão pública, desde a Esplanada dos Mistérios (sic), até as acanhadas prefeituras dos sertões mais isolados de estados pobres como Bahia, Piauí e Maranhão, só para citar os mais próximos.

A corrupção está engastada na alma do gestor e do povo.

O naturalista SAINT-HILAIRE viajou pelo Brasil no século 19 e cunhou a frase: “Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil”. O Brasil acabou com a formiga muito tempo depois, lá por meados do século 20. Menino, acompanhava meu pai na lavoura de trigo à procura das “panelas”, os grandes formigueiros, para aplicar Blemco, um formicida gaseificado, importado, a base do pavoroso DDT, depois banido do País.

Agora nos deparamos com outra luta hercúlea pela frente: ou o Brasil encara de frente a corrupção e acaba com ela ou a corrupção vai congelar o País no século 20, sem jamais alcançarmos o futuro. A corrupção é insidiosa. Está de tal maneira encravada nos três níveis da administração pública, no judiciário e no legislativo, que aos olhos do cidadão comum perderam-se os limites do que é gestão pública e o que é corrupção. Mais: a corrupção está engastada na alma do povo, ao ponto de que, quando um varredor devolve uma carteira cheia de dinheiro ao dono, ganha espaço nos jornais e na televisão como herói nacional. Não seria o normal?

A corrupção está tirando do povo a saúde, a educação, a qualificação profissional e a segurança, obrigações precípuas e vitais do Estado. O operário, o cidadão de vergonha na cara, aquele que trabalha de sol a sol, não deveria aceitar as migalhas do poder público. Deveria exigir, em praça pública, o que é seu de direito. E ponto final.

Escândalo de Goiás pode ter consequências graves.

Marconi Perillo, na tribuna do Senado, antes da eleição para o Governo de Goiás.

Não se sabe que interesses estão por trás das graves denúncias que atingem o governo de Marconi Pirillo (PSDB), em Goiás, e suas ligações com a empreiteira Delta Engenharia, o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mais uma dúzia de políticos de nomes conhecidos. O mais esclarecedor que encontramos sobre o caso é o site Brasil247, onde se declina o enunciado de um teorema mortal: uma única empreiteira, a Delta, supostamente assessorada por Carlinhos Cachoeira, fez crescer seu faturamento com o Governo do Estado de R$5,5 milhões para R$276 milhões em apenas um ano. A empresa foi alvo de busca e apreensões da Operação Monte Carlo, deflagrada na semana passada e promovida pelo Ministério Público Federal, que apura o jogo ilegal em Goiás e outros quatro Estados. Clique no link (letras vermelhas) para ler toda a matéria do Brasil247.

Cavendish e Cachoeira, protagonistas do escândalo.

WikiLeaks divulga telegrama sobre suborno em compra de armas pelo Brasil

O jornal Folha de São Paulo revela, hoje, que um relato da agência de inteligência da Stratfor Global Intelligence, divulgado na semana passada pelo site WikiLeaks, lança suspeitas sobre a negociação para compra de equipamentos militares franceses pelo governo do Brasil.

Trata-se de um e-mail enviado pelo analista Marko Papic, no qual ele relata conversa por telefone com uma “boa fonte” do Rio (um diplomata americano que pede para não ser identificado) sobre a compra do submarino nuclear e a intenção de adquirir novos caças.

De acordo com Papic, sua fonte teria dito acreditar que “muito suborno está acontecendo”.

“O Brasil é um país incrivelmente corrupto”, teria acrescentado.

O e-mail, divulgado pela revista “Veja” desta semana, também relata que o diplomata teria afirmado não ter como provar suas suspeitas, mas que “a compra do submarino é particularmente tão estúpida que só pode fazer parte de algum esquema de suborno”.

A essa altura, a fonte do analista da Stratfor teria dito que “Lula está provavelmente de olho em dinheiro para sua aposentadoria. E veja, a compra aconteceu curiosamente perto do fim de seu mandato”.

Vejam só como o Brasil está evoluindo, gente: antes as propinas eram sobre merenda escolar e ambulâncias. Agora é sobre aviões a jato e submarinos nucleares.

Médico condenado a 10 anos de prisão por cobrar consulta em hospital do SUS

A Justiça Federal de Uberlândia condenou o médico Rimmel Amador Gusman Heredia a 10 anos, 1 mês e 10 dias de prisão pelo crime de corrupção passiva (art. 317, do CP).
A sentença foi proferida na Ação Penal nº 2009.38.03.003118-0, em que o Ministério Público Federal (MPF) acusou Rimmel Heredia de solicitar e receber vantagens indevidas no exercício da função pública de médico do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), instituição que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a denúncia, o médico teria feito do hospital público federal “seu ambiente particular de trabalho, realizando consultas e fazendo exames de pacientes particulares que lhe pagavam diretamente quantias em dinheiro para não terem que esperar meses ou anos na fila”.
O caso foi descoberto quando um dos pacientes denunciou o médico ao Ministério Público em 2006. Dois anos depois, já com o inquérito policial em andamento, o programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, flagrou o médico cometendo as mesmas irregularidades. A matéria foi ao ar no dia 21 de setembro de 2008.
Durante as investigações, foram encontradas provas de cobranças efetuadas a pelo menos sete pacientes. A prática reiterada do crime também foi confirmada em juízo por servidores do hospital. O diretor clínico do HC/UFU afirmou inclusive que a função do médico não envolvia a realização de consultas, já que ele era lotado no Setor de Eletrocardiografia e Ecocardigrafia, cabendo-lhe apenas redigir os laudos dos exames realizados no local. Do MPF-MG.

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O escândalo da advogada bonita que conviveu com os lados obscuros do Poder.

Christiane: uma linda mulher, encontros em apartamento com caixas cheias de dinheiro, um ex-delegado que tinha mais de 250 imóveis em Brasília, a proximidade com o núcleo duro do poder. São os ingredientes desta história apimentada que demonstra os subterrâneos mais infectos do Poder.

Quer ver a íntegra da reportagem da Veja sobre o escândalo das relações da Máfia do Distrito Federal, com próceres do Governo do PT? O pivô do caso são as relações incestuosas da advogada Christiane Araújo de Oliveira com o poder e com a máfia que roubou R$ 1 bilhão do Governo do DF, segundo cálculo conservador do Ministério Público Federal. Acesse no site Prosa e Política de Adriana Vandoni. A conclusão a que se chega é de que nada disso poderia passar despercebido para o ex-presidente Lula da Silva, nem à então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Veja o trecho:

” Com Dilma eleita, a advogada foi nomeada para integrar a equipe de transição de governo. Foi exonerada depois da descoberta de que ela fora processada por participação na máfia dos sanguessugas, que desviava verba do Ministério da Saúde destinada à compra de ambulâncias. Coube a um compungido Gilberto Carvalho demiti-la. “Sinto muito”, disse Carvalho à amiga em lágrimas.”

A matéria é de autoria de Rodrigo Rangel e Hugo Marques.

Veja o que foi comentado aqui, quando dizíamos, em dezembro de 2009, que “rouba-se como nunca em Brasília”. Na época, fonte do Governo do DF nos avisou que faltavam imóveis em Brasília que, comprados na planta, por preço bem menor, geravam um lucro de mais de 100% quando os prédios estavam prontos. Era a maneira como os ladrões do DF lavavam parte do dinheiro roubado, através do financiamento de novos empreendimentos e a posterior venda com lucro “fictício”.

Augusto Nunes, apocalíptico: Veja vai denunciar poder, sexo e corrupção.

O jornalista Augusto Nunes afirma em seu blog, pendurado no portal da Veja, que a reportagem de capa da revista que circula amanhã vai estragar o carnaval dos pecadores do Planalto. Leia o texto e espere até amanhã pelas denúncias:

Forçado pelos fatos a desfilar por oito páginas da edição de VEJA, um animado bloco de pecadores vai reafirmar, uma semana antes do Carnaval, que é sábado é o mais cruel dos dias para figurões com culpa no cartório. O título da reportagem de capa ─ PODER, SEXO E CORRUPÇÃO ─ reúne os três ingredientes de outro escândalo federal. “As revelações explosivas da advogada que a máfia infiltrou no governo”, avisa o subtítulo. Um juiz do Supremo Tribunal Federal será instalado a falar fora dos autos. E um ministro acampado no Planalto há nove anos terá de buscar desculpas menos bisonhas para recusar-se a explicar a mais recente enrascada em que se meteu.

Os brasileiros decentes vão gostar do fim de semana.


Concurso vai eleger político corrupto mais impune do País.

De Dyelle Menezes, do portal  Contas Abertas.
No final de 2011, para lidar de maneira divertida com a impunidade no cenário político brasileiro, o Movimento 31 de Julho, que já levou milhares de cariocas às ruas em protestos contra a corrupção, lançou o concurso “Algemas de Ouro 2011”. Segundo a organização, “como os malfeitos do poder continuam acontecendo e os corruptos não são presos nem devolvem o dinheiro acumulado com fraudes, desvios e consultorias heterodoxas, este prêmio é mais uma homenagem aos campeões da impunidade no Brasil”.

A integrante do Movimento, Ana Luiza Archer, afirma que a ideia surgiu por causa do frisson que se instala no final do ano e que deixa questões importantes esquecidas. “O concurso lembra os fatos políticos que mais marcaram o ano passado. Na base do deboche e com o espírito de brincadeira, nós não queremos deixar passar nenhum ato da política de 2011”, afirma.

A premiação será entregue no dia 19 de janeiro, em meio ao baile de carnaval com o sugestivo nome de Pega Ladrão. A trilha sonora foi escolhida a dedo: marchinhas e sambas inspirados na corrupção e na impunidade da política brasileira, como “Se gritar pega ladão!”, de Bezerra da Silva; ‘Lama’, de Mauro Duarte; ‘Homenagem ao malandro’, de Chico Buarque; e ‘Onde está a honestidade?’, de Noel Rosa, entre outras

Na oportunidade também serão entregues os “prêmios” Algemas de Prata e de Bronze, ao segundo e terceiro colocados na eleição. Cerca de seis mil pessoas já participaram. A votação deve acontecer até o próximo dia 15 e cada usuário pode votar apenas uma vez.

Por enquanto, quem lidera a competição que acontece na página do concurso no Facebook é o presidente do Senado Federal, José Sarney. Ao todo são nove candidatos, entre eles seis ministros que deixaram o governo da presidente Dilma Rousseff sob suspeitas de irregularidades.

Dividem a “eleição” com Sarney, Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi. Completam a lista a deputada federal Jaqueline Roriz (absolvida pela Câmara, depois de flagrada em vídeo recebendo dinheiro) e José Dirceu (ex-ministro e réu no processo do mensalão).

Para Ana Luiza, além de deixar o assunto em evidência, o concurso tem intuito de gerar reflexão e consciência sobre o tema na população. “Nós sabemos que corrupção não é uma característica só do cenário brasileiro, mas a impunidade, infelizmente, é marca registrada do nosso País”.

2011 bateu recorde na corrupção, segundo a Polícia Federal.

ção

Operações da Polícia Federal flagraram o desvio de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos em 2011, dinheiro que teria alimentado, por exemplo, o pagamentos de propina a funcionários públicos, empresários e políticos.

O valor é mais do que o dobro do apurado pela polícia em 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 15 vezes o apontado em 2009 (R$ 219 milhões). Os números inéditos estão em um relatório produzido a partir apenas das operações. Segundo a Polícia Federal, trata-se do valor provado nas investigações, que são repassadas para o Ministério Público mover ações na Justiça e tentar reaver o dinheiro. (Folha).

De algo podemos ter certeza: esse dinheiro todo não foi para a compra de casinhas com alpendres floridos nos arrabaldes; como também não teve destino a aquisição de modestos anéis de brilhantes solitários para a namorada normalista ou ainda para a aquisição de carros populares de motor 1.0. O que enoja na corrupção é que ela é destinada para ostentação e coisas fúteis. Os corruptos não conseguem comprar o Paraíso.

A privatização, necessária, foi usada para enriquecer uma quadrilha?

O portal Observatório da Imprensa publica extensa entrevista com o jornalista Amaury Ribeiro Jr.,autor do best-seller “A Privataria Tucana”. Vale a pena ler toda a matéria, mas a conclusão é a mesma do redator do artigo: não existem santos no processo.

Se 10% do que ali está escrito for verdade, pode-se concluir que troca o cocô da gestão brasileira, mas as moscas continuam as mesmas. 

Locupleta-se a camarilha com o dinheiro do povão.

A cada R$ 100 que o consumidor paga na conta de luz, R$ 45,08 são impostos e encargos. O dado é da 4ª edição do estudo Tributos e Encargos do Setor Elétrico Brasileiro, do Instituto Acende Brasil em parceria com a consultoria Pricewaterhouse Coopers. Da parte que vai para o governo, 13,9% referem-se a impostos federais; 20,8% a impostos estaduais; 0,02% impostos municipais; 1,6% encargos trabalhistas e 8,8% a encargos setoriais.

Isso tudo para sustentar a camarilha que se instalou em todas as instâncias do poder e sangra o povo brasileiro em 40% do que ele produz. A desigualdade existe no seio do povo, mas ela mais se acentua quando se compara governantes e governados.

O perfeito entendimento do milagre.

O jornalista Augusto Nunes, de Veja, entende, em todos os ângulos do perfeito entendimento, o milagre operado pelo ministro Fernando Pimentel:

Diz o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em visita a Genebra, avisando que já explicou como se faz para virar consultor de uma fábrica de tubaína pernambucana e, em troca de conselhos que levaram o cliente à falência, embolsar R$ 150 mil, quantia superior ao lucro anual da empresa:

“Sobre esse assunto, eu já falei tudo no Brasil. Dei todas as explicações. O assunto está explicado. Eu já falei sobre isso.”

Está explicado e pronto! O povo entende, os jornalistas compreendem!

Autofagia das oposições brasileiras: PSDB vive seus dias de PT.

O beijo de Judas: Aécio Neves e José Serra. A briga intestina do PSDB revelou que os dois podem parecer, por fora, belas violas, mas por dentro são paus bolorentos.

Agora veio à luz a informação básica: o livro “A Privataria Tucana” nasceu do pedido de Aécio Neves para que o jornal Estado de Minas investigasse o rival José Serra. Escrito pelo jornalista investigativo Amaury Ribeiro Júnior, o livro revela como o ex-governador paulista, seus operadores, seu genro e até sua própria filha enriqueceram com a venda de estatais. É uma resposta aos dossiês montados por Serra, sobre o então governador Aécio Neves, durante a pré-campanha à Presidência, acusando-o inclusive como consumidor de cocaína e de hábitos sexuais pouco frugais.

As principais revelações do livro, às quais este Editor ainda não teve acesso, são, segundo a imprensa nanica:

• Carlos Jereissati, dono da Oi, usou sua empresa Infinity Trading, sediada em paraísos fiscais, para pagar propina a Ricardo Sérgio de Oliveira, na empresa Franton Enterprises.

• A propina pela compra da Oi, segundo o autor do livro, seria próxima a R$ 90 milhões. Jereissati e seus parceiros chegaram ao leilão sem recursos e foram socorridos por fundos de pensão, comandados por Ricardo Sérgio de Oliveira e seu braço direito João Bosco Madeiro.

“Homem do caixa” de campanhas do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira, é apontado como “artesão” dos consórcios da privatização das telecomunicações no país, promovida em 1998.

• Ricardo Sérgio de Oliveira, que era chamado de “Mr. Big” e se tornou amigo de Serra por intermédio de Clóvis Carvalho, comprou prédios inteiros em Belo Horizonte, que depois foram também vendidos a fundos de pensão estatais. O livro traz documentos e procurações usadas por Ricardo Sérgio e seus laranjas.

• Na privatização da Vale, vencida por Benjamin Steinbruch com recursos dos fundos de pensão, num consórcio organizado por Miguel Ethel e José Brafman, a propina teria sido de R$ 15 milhões.

• Gregório Marin Preciado, “primo” de Serra, organizou o consórcio Guaraniana, que, também com dinheiro dos fundos de pensão, comprou várias distribuidoras de energia no Nordeste, hoje pertencentes ao grupo espanhol Iberdrola, controlador da nossa conhecida baiana COELBA – Companhia de Eletricidade da Bahia.

• Preciado e Ricardo Sérgio jogavam juntos. Boa parte dos depósitos recebeidos pela Franton Enterprises, de Ricardo Sérgio, eram feitos pelo “primo” de Serra. As movimentações da dupla, documentadas no livro de Amaury, somam mais de US$ 20 milhões. Preciado e Serra também aparecem como sócios num terreno em São Paulo. Também na era Serra, o Banco do Brasil teria reduzido uma dívida de R$ 448 milhões de Preciado para míseros R$ 4,1 milhões.

• O livro também aborda a sociedade entre a empresa Decidir.com, de Verônica Serra, filha do ex-governador tucano, com o grupo Opportunity, de Daniel Dantas. A Decidir.com, voltada para leilões na internet, recebeu cerca de R$ 10 milhões em investimentos, mas nunca apresentou resultados. Em abril de 2002, a empresa foi dissolvida.

José Serra e sua pontaria perfeita: com seus métodos duros, já liquidou Roseana Sarney, Ciro Gomes, Alckmin e Aécio Neves. Agora prova de seu próprio veneno com o dossiê de “A Privataria Tucana”.

• Tanto Verônica Serra como Ricardo Sérgio de Oliveira utilizaram a mesma empresa, a Citco, para abrir suas contas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

Além disso, o livro também revela como Serra teria usado o governo de São Paulo para contratar a empresa Fence e espionar adversários políticos – era essa, aliás, uma das encomendas iniciais do Estado de Minas: descobrir por quem Aécio vinha sendo seguido em suas constantes noitadas cariocas. 

O que talvez comprove que PT e PSDB têm muito mais semelhanças do que diferenças. Uma boa sugestão para o repórter seria um livro sobre a “privataria” petista, com recursos do BNDES, dos fundos de pensão e até do FGTS. E sobre as brigas internas do PT, como aquelas comandadas por Antonio Palocci, Fernando Pimentel e José Dirceu. Por essas e outras é que o “Reich” do PT deve durar no mínimo um século. As oposições do País são da pior qualidade.

Com informações do site Bahia247 e de diversos outros veículos da imprensa alternativa do País.

Privatização, corrupção, espionagem: o livro que vai mudar a história recente do País.

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O livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr, intitulado A Privataria Tucana, publicado pela Geração Editorial na coleção “História Agora”, está produzindo um estranho fenômeno na imprensa brasileira: provoca um dos mais intensos debates nas redes sociais, mobilizando um número espantoso de jornalistas, e não parece sensibilizar a chamada grande imprensa.

O autor promete, na capa, entregar os documentos sobre o que chama de “o maior assalto ao patrimônio público brasileiro”. Anuncia ainda relatar “a fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas”. E promete revelar a história “de como o PT sabotou o PT na campanha de Dilma Rousseff”.

Ex-repórter do Globo, originalmente dedicado ao tema dos direitos humanos, Ribeiro Jr. ganhou notoriedade no ano passado ao ser acusado de violar o sigilo da comunicação de personagens da política ao investigar as fonte de um suposto esquema de espionagem que teria como alvo o então governador mineiro Aécio Neves. Trabalhava, então, no jornal Estado de Minas, que apoiava claramente as pretensões de Neves de vir a disputar a candidatura do PSDB à Presidência da República em 2010.

Os bastidores dessa história apontam para o ex-governador paulista José Serra como suposto mandante da espionagem contra Aécio Neves, seu adversário até o último momento na disputa interna para decidir quem enfrentaria Dilma Rousseff nas urnas.

“Outro ninho”

Informações que transitaram pelas redes sociais no domingo (11/12) dão conta de que Serra tentou comprar todo o estoque de A privataria tucana colocado à venda na Livraria Cultura, em São Paulo, e que teria disparado telefonemas para as redações das principais empresas de comunicação do país.

Intervindo em um grupo de conversações formado basicamente por jornalistas, o editor Luiz Fernando Emediato, sócio da Geração Editorial, afirmou que foram vendidos 15 mil exemplares em apenas um dia, no lançamento ocorrido na sexta-feira (9). Outros 15 mil exemplares estavam a caminho, impressos em plantão especial para serem entregues às livrarias na segunda, dia 12, juntamente com o lançamento da versão digital.

Aos seus amigos do PSDB, Emediato recomendou cautela e a leitura cuidadosa da obra, afirmando que o trabalho de Amaury Ribeiro Jr. não é “dossiê de aloprado, não é vingança, não é denúncia vazia, não é sensacionalismo. É jornalismo”.

O editor indicou ainda aos leitores que procurassem informações no blog do deputado Brizola Neto (PDT-RJ), no qual, segundo ele, estariam as pistas de “outro ninho offshore na rua Bernardino de Campos, no bairro do Paraíso, em São Paulo. A investigação agora chega na família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Vamos ver onde isso vai parar”, concluiu.

O Titanic da política

A julgar pelo volume e a densidade das denúncias, pode-se afirmar que, sendo verdadeira a história contada por Amaury Ribeiro Jr, trata-se do mais espetacular trabalho de investigação jornalística produzido no Brasil nas últimas décadas. Foram doze anos de apuração e depurações. A se confirmar a autenticidade dos documentos apresentados, pode-se apostar nessa como a obra de uma vida. A hipótese de completa insanidade do autor e do editor seria a única possibilidade de se tratar de uma falsificação.

Confirmado seu conteúdo, o livro representa o epitáfio na carreira política do ex-governador José Serra e um desafio para o futuro de seus aliados até agora incondicionais na chamada grande imprensa.

O editor garante que são 334 páginas de teor explosivo, escancarando o que teria sido a articulação de uma quadrilha altamente especializada em torno do processo das privatizações levadas a efeito durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Os documentos envolvem o banqueiro Daniel Dantas, a família de José Serra e alguns personagens de sua confiança.

Não apenas pelo que contém, mas também pelos movimentos iniciais que lhe deram origem, o livro representa uma fratura sem remédio na cúpula do PSDB e deve causar mudanças profundas no jogo político-partidário.

“Privataria”, a expressão tomada emprestada do termo que o colunista Elio Gaspari costuma aplicar para os chamados malfeitos nas operações de venda do patrimônio público, ganha agora um sentido muito mais claro – e chocante.

Os sites dos principais jornais do país praticamente ignoraram o assunto. Mas portais importantes como o Terra Magazine entrevistaram o autor. O tema é capa da revista Carta Capital, e não há como os jornais considerados de circulação nacional deixarem a história na gaveta. Mesmo que seus editores demonstrem eventuais falhas na apuração de Amaury Ribeiro Jr., o fenômeno da mobilização nas redes sociais exige um posicionamento das principais redações.

Se a carreira de Serra parece ter se chocado contra o iceberg do jornalismo investigativo, a imprensa precisa correr imediatamente para um bote salva-vidas. Ou vai afundar junto com ele. Por Luciano Martins Costa, Observatório da Imprensa.

 

Marcos Valério se arruma para viajar e chegar à tarde em Salvador.

(Charles Silva Duarte/Folhapress)

Após ter sido preso na manhã desta sexta-feira (2/12), em Belo Horizonte, por acusação de grilagem de terras, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza respondeu “ah tá, já sei” e pediu para que a Polícia entrasse em sua casa enquanto ele tomava um banho e se arrumava para ser levado. A Operação Terra do Nunca começou na segunda-feira (28/11), com uma campana dos policiais, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo.

O delegado Denilson dos Reis Gomes, da Polícia Civil de Minas Gerais, explicou que uma equipe ficou observando a movimentação de Marcos Valério durante a semana. Ele é pivô do escândalo do mensalão. Ao todo, 15 pessoas foram presas na Bahia, em São Paulo e em Minas Gerais. Valério e seus sócios da DNA Propaganda foram detidos em Minas, segundo o delegado Carlos Ferro, responsável pela investigação.

Também foram presos, junto com ele, três ex-sócios das agências de publicidade envolvidas no esquema do mensalão: Margareth Freitas e Francisco Castilho (ex-sócios na DNA) e Ramon Hollerbach (ex-DNA). O objetivo da operação era prender empresários e funcionários de cartórios envolvidos em falsificação de documentos para grilar terras.

As investigações sobre a conduta de Marcos Valério começaram em 2010, depois de a Procuradoria da Fazenda Nacional de Minas Gerais requisitar informações sobre cinco fazendas apresentadas por ele em garantia em um recurso contra a execução de uma dívida de R$ 158 mil com o fisco.

As fazendas Cristal 1, 2, 3, 4, 5 somavam 17.100 hectares. “Era só no papel. A matrícula que originou o registro das cinco fazendas que o Marcos Valério apresentou como garantia era um terreno de 360 metros quadrados”, contou o delegado.

Às 16 horas, avião trouxe Marcos Valério

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus três sócios presos no início da manhã desta sexta-feira, em Belo Horizonte, chegaram ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, por volta das 16 horas. Apontado como operador do mensalão, Marcos Valério agora é suspeito de integrar um esquema de grilagem de terras no interior baiano. De acordo com a Polícia Civil da Bahia, Marcos Valério será ouvido pela promotoria da Bahia no prédio da Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), que fica no aeroporto onde ele desembarcou. Em seguida, ele será levado para o Instituto Médico Legal (IML), passará por exames e depois seguirá para a carceragem da Polinter, no Complexo dos Barris, em Salvador, onde ficará a disposição da Justiça baiana. 

Saiba mais quem é Marcos Valério de Souza Fernandes lendo a página da Wikipédia.

Ninguém escreve às mães que perdem seus filhos nesta selva de pedra.

Roberto DaMatta escreve, no Estadão, sob o título “Sobrevivências”, um artigo em que deixa transparecer que, se para o IBGE, viramos números, aquilo que chamamos de sociedade brasileira, virou uma Saigon, uma Bagdá, as montanhas do Afeganistão. A Rocinha. Morre-se muito nesta economia dita “emergente”. Morremos e não vamos para o céu. Vamos parar nos arquivos implacáveis do IBGE. Vale a pena ler o instigante artigo, escrito com primor e garimpado por nosso assessor de boas leituras, João Paulo N. Sabino de Freitas, do qual reproduzimos um trecho:

“Os novos dados populacionais radiografam um certo Brasil: o Brasil dos números e índices. Alguns falam em mudança – essa nossa obsessão -, outros observam os dramas. Um deles chama minha atenção. Estamos ficando mais velhos e morrem muitos jovens por morte matada. Por uma violência absurda com a qual pacífica e passivamente convivemos. Uma jovem mãe em Pernambuco, diz o Globo, perdeu cinco filhos no espaço de um mês!

Outro dia, reprisei para o meu neto Jerônimo o filme O Resgate do Soldado Ryan. Meu jovem neto achou “irado” a cabeça de praia que reproduz o desembarque na famigerada “Omaha Beach” em 6 de junho de 1944. Eu sempre fico com os olhos molhados quando vejo a mãe dos jovens Ryan recebendo a notícia oficial da morte de mais um dos seus filhos e ao ouvir a carta formal escrita por Abraham Lincoln a uma senhora que na Guerra Civil Americana perdeu quatro filhos. Generais escrevem belas cartas quando perdem soldados. Mães perdem as pernas quando perdem filhos. Eis dois papéis capitais. O do soldado herói sacrificado pela pátria (ou por alguma utopia) e o do mesmo jovem que, primeiro e antes de tudo, é um esteio quebrado como filho de alguma família.

Ninguém, que eu saiba, escreveu sequer uma carta para essa mulher menina que, mais do que a mãe do soldado Ryan, perdeu não três, mas cinco dos seus filhos para a violência urbana moldada a drogas, soldada a corrupção policial e cimentada pela nossa miserável capacidade de apenas reagir ao que somos.”

Em 5 anos, Lula repassou R$ 12,6 bilhões para ONGs. Dinheiro para amigos, mal fiscalizado.

O livro “O Chefe”, de Ivo Patarra, foi recusado por duas editoras. A emenda saiu pior que o soneto. Está publicado na internet e já ganhou centenas de milhares de leitores. No capítulo 13 é possível concluir que o financiamento das ONGs e OSSIPs de amigos foi um grande negócio. Ou negociata. E continua sendo pelo visto. Veja trecho e leia o livro na íntegra, clicando no linck acima.

“A administração Lula repassou R$ 12,6 bilhões a 7.700 ONGs (Organizações Não-Governamentais) por meio de 20 mil convênios entre 2003 e 2007. Apesar dos valores expressivos, não havia mecanismos para selecionar adequadamente as entidades escolhidas como prestadoras de serviço.

Quase não existiu controle na aplicação dos recursos federais, nem rigor na hora de acertar as contas. Suspeitou-se de desvios. Parte do dinheiro poderia ter sido embolsada por gente amiga.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) encarregada de apurar irregularidades quase não avançou. Os governistas travaram as investigações. Não houve quebra de sigilos bancários e fiscais para identificar responsáveis pela eventual roubalheira.

A proposta para criar a CPI surgiu após a identificação de Jorge Lorenzetti, o amigo e churrasqueiro de Lula, como protagonista do escândalo do dossiê, no final de 2006. Na época Jorge Lorenzetti fora apontado pela Polícia Federal como o responsável pela articulação da compra do tal dossiê. Ele também era colaborador de uma ONG, a rede Unitrabalho, suspeita de desvios. A Unitrabalho recebeu R$ 5,4 milhões da Fundação Banco do Brasil.”

CNJ vai investigar 62 juízes com sinais de enriquecimento ilícito.

O principal órgão encarregado de fiscalizar o Poder Judiciário decidiu examinar com mais atenção o patrimônio pessoal de juízes acusados de vender sentenças e enriquecer ilicitamente. A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão ligado ao Conselho Nacional de Justiça, está fazendo um levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob investigação.
O trabalho amplia de forma significativa o alcance das investigações conduzidas pelos corregedores do CNJ, cuja atuação se tornou objeto de grande controvérsia nos últimos meses. Associações de juízes acusaram o CNJ de abusar dos seus poderes e recorreram ao Supremo Tribunal Federal para impor limites à sua atuação. O Supremo ainda não decidiu a questão. Informações são da Folha.

O crime compensa: TJ-DF manda desbloquear bens de José Arruda.

Os bens do ex-governador José Roberto Arruda, réu em uma ação de improbidade administrativa, não estão mais bloqueados. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu reformar decisão do juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, e liberar os bens.

A ação da qual o político faz parte tem como base denúncia de recebimento de vantagem no escândalo de repasse de dinheiro supostamente ilegal, em 2006, para Jaqueline Roriz. A decisão ainda não foi publicada. O caso ficou conhecido como mensalão do DEM.

STF e CNJ divulgam números sobre corrupção e improbidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgaram, nos respectivos portais na internet, os números relacionados à atuação do Judiciário em crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e improbidade administrativa nos primeiros oito meses deste ano. As informações serviram de subsídio para a apresentação feita pela delegação brasileira ao Grupo de Revisão da Implementação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (UNCAC), em agosto, durante reunião em Brasília.

Nos primeiros oito meses deste ano, o STF julgou 108 processos (ações penais e recursos) relacionados a crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e improbidade administrativa. O número supera em 20% o total de julgamentos realizados pela Suprema Corte sobre essas matérias durante todo o ano de 2010 (88 no total).

Do total das ações julgadas pelo STF até agosto de 2011, 94 tratavam sobre improbidade administrativa, 8 sobre crimes de corrupção e 6 sobre lavagem de dinheiro. Nesse mesmo período, 129 processos desse tipo ingressaram na Corte, contra 178 propostos durante todo o ano passado. Nos oito primeiros meses deste ano, 99 ações dessa natureza transitaram em julgado no STF, não cabendo mais recurso para contestar a decisão. O número supera em cerca de 40% o total de processos concluídos em 2010 em relação aos mesmos temas (71 no total).

Além das informações sobre o STF, o levantamento inclui dados sobre o julgamento e a tramitação de ações penais e recursos relativos aos crimes de colarinho branco, corrupção e lavagem de dinheiro nos Tribunais Estaduais, Federais e Superiores de todo o país. Essas informações podem ser acessadas também pelo portal do CNJ (clique aqui).

As palavras probidade e probo ainda serão eliminadas da língua portuguesa por desuso.

15 autoridades vão para a cadeia em Rondônia por corrupção.

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (18), o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Valter Araújo (PTB), e mais 14 pessoas acusadas de participar de um esquema de desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), que chega a R$ 15 milhões. O deputado é apontado como o líder da quadrilha.

Além dele, foram detidos empresários, pessoas ligadas ao governo e o secretário-adjunto de Saúde do Estado, João Batista. As pessoas envolvidas serão indiciadas, de acordo com a participação, por formação de quadrilha, extorsão, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, advocacia administrava, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e corrupção ativa, além de crimes previstos na Lei de Licitações e na Lei de Lavagem de Dinheiro.

Um pouco de justiça é interessante para não perdermos totalmente a referência do que é certo e errado. Quando um corrupto vai para a cadeia, mesmo que por poucos dias, outros ficam no mínimo mais discretos.

 

O avião da discórdia.

O ministro Carlos Lupi desce do avião avião King Air, de prefixo PT-ONJ, no Maranhão. Ele viajou em companhia do  gaúcho Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com a pasta. Adair providenciou o avião turbo-hélice King Air para que Lupi cumprisse uma agenda oficial em sete municípios do Maranhão, em dezembro de 2009. Lupi não é só um mero corrupto dado a palhaçadas. É um mentiroso também.

Hoje o Ministro interrompeu seu feriadão na Bahia. Amanhã tem uma entrevista com Dilma Rousseff. Deve receber seu bilhete azul e veranear por tempo indeterminado em alguma praia deserta.

 

Com vocês, o campeão da desfaçatez: “Palavra de governador é prova”.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), negou-se a apresentar provas de que o depósito de R$ 5.000 feito por um lobista em sua conta bancária era apenas o pagamento de um empréstimo feito em caráter pessoal.

Ao ser questionado sobre o tema, o petista afirmou, via assessoria, que a “palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova”.

Agnelo era diretor da Anvisa quando, no dia 25 de janeiro de 2008, recebeu em sua conta pessoal um depósito de R$ 5.000 feito por Daniel Tavares, que trabalhava como lobista para a farmacêutica União Química. Conforme a Folha revelou, Agnelo liberou no mesmo dia certificado para que a empresa pudesse participar de licitações. A Anvisa abriu investigação sobre o caso. A farmacêutica nega irregularidades. Informações da Folha.

Atualíssima!

Frase pronunciada em 1920 e que parece que foi dita hoje para os brasileiros de bem:

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa: 

 “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

ACM Neto: oposição fará plantão pela saída de Lupi.

“A operação-abafa do governo, que tentou blindar o ministro em seu depoimento aos deputados, na quinta-feira, não deu certo porque ele não saiu do foco”, disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), hoje, 12, ao jornal Estadão,  ao anunciar um plantão da oposição a partir do feriado desta terça-feira em Brasília, para pedir a saída de Lupi. “Ninguém pode se manter no ministério à custa de uma declaração de amor à presidente Dilma, porque o governo é dela e ela será cobrada”, emenda ACM.

 Na Comissão de Fiscalização, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) perguntou a Lupi se ele havia recebido algum alerta da Casa Civil sobre problemas com a prestação de contas de ONGs. Ele também quis saber se o ministro havia usado um jatinho pertencente a um dos dirigentes da Fundação Pró-Cerrado, Adair Meira – o que o parlamentar considerou um fato grave.

 Lupi informou aos deputados que desconhece o dirigente da entidade e que nunca usou o jatinho dele. “Não tenho relação pessoal com o seu Adair. Não sei onde ele mora e nunca andei em avião dele. Já andei em aviões que o PDT alugou para eventos da legenda. Todos são contabilizados e prestados conta.”

Se a moda de fazer plantão pela saída de corruptos do Governo, a Oposição ficará reunida permanentemente até o final da gestão de Dilma Rousseff. Sabe-se que Lupi furou a fila e que no mínimo mais dois ministros estão prontos para a catapulta. Ou para a guilhotina, já que depois da saída forçada vão virar mulas sem cabeça.

Honra maculada, terno impecável.

Ministro Carlos Lupi, do Trabalho, afirmando hoje que suas afirmações de que só cairia à bala não pretendem afrontar a Presidenta. Diz Lupi que só quer enfrentar a onda de denuncismo que macula a honra das pessoas. 

O terno de Carlos Lupi estava impecável para a foto. Sem máculas. Já a honra…

Ministérios de dona Dilma repetem a lenda de Ali Babá.

O que existe em comum entre Agnelo Queiroz, Carlos Lupi e Orlando Silva? Só uma certeza: por maior que seja o tombo, dificilmente passarão do nível do chão. Agnelo leva vantagem por ser puro-sangue (PT). Orlando já era. E Carlos Lupi faz bravata, dizendo que só cai na bala. Entre eles, um propinoduto de proporções.

A corrupção corre solta nesse governo de 40 ministérios. Ou Dona Dilma fecha alguns, com a certeza de perder base parlamentar, ou vai passar para a história com o apelido de Ali Babá, como seu antecessor.

TCU identifica 500 contratos sem fiscalização no Ministério do Trabalho

Um relatório aprovado pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) em 19 de outubro diz que “a situação é crítica” no Ministério do Trabalho: mais de 500 relatórios de prestação de contas apresentados por ONGs e outras entidades que receberam verbas públicas estão engavetados no ministério, sem fiscalização. Metade deles corre o risco de completar cinco anos no fundo dos armários.

. A falta de fiscalização facilita o trabalho dos fraudadores. Só em Sergipe a Policia Federal abriu 20 inquéritos para apurar desvios de verbas cometidos por ONGs. O ministro Carlos Lupi negou envolvimento com as irregularidades e disse que vai lutar para não ter o mesmo destino de outros cinco ministros exonerados após denúncias de irregularidades. 

Até parlamentares do PDT já cobram investigações no Ministério do Trabalho. Do jornalista Políbio Braga.

A corrupção, inaceitável e revoltante.

Sob o título “Não basta sair às ruas e protestar”, o jornal Valor Econômico publica hoje artigo de Alberto Carlos de Almeida, para assinantes, onde disseca, com precisão, o fenômeno da corrupção. Veja parte do artigo:

“Segundo o Barão de Itararé, uma negociata é um bom negócio para o qual você não foi convidado. Ou seja, todo mundo é contra a corrupção, somente seu beneficiário direto não é.

Isso significa que todas as marchas contra a corrupção que vêm ocorrendo no Brasil têm o apoio de, pelo menos, 99% da população. O que temos visto é a manifestação direta e organizada de um desejo sempre captado pelas pesquisas de opinião. A corrupção é inaceitável porque é roubo, roubo de recursos retirados do bolso de cada brasileiro que paga impostos.

Mais do que isso, esse recurso não é aplicado em serviços públicos importantes e que salvam vidas.

Cada real que sai de nossos bolsos e vai para o bolso de um corrupto deixa de ser utilizado para atender pessoas em hospitais públicos, em emergências, em postos de saúde, medicamentos deixam de ser comprados para serem distribuídos à população, crianças não têm acesso a um ensino de qualidade, e um sem número de serviços que deixam de ser providos pelo governo, com impacto muito negativo na vida de todos nós.

A corrupção é inaceitável e revoltante.

A grande questão é como combater e reduzir um fenômeno dessa natureza. É preciso ter em mente que corrupção é como crime violento: é possível combater e reduzir, mas jamais viveremos em um mundo sem crime ou sem corrupção. Mesmo os países menos corruptos acabam convivendo com algum grau de desvio de dinheiro público. O problema brasileiro é nossa percepção de que a corrupção nunca foi tão grande, ou mesmo de que é muito maior no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo.”

Garimpado por João Paulo N. Sabino de Freitas, nosso gestor de boas leituras.