O decreto que impede a aplicação de multas e sanções a desmatadores foi prorrogado, pela terceira vez, por mais quatro meses, a contar de hoje (12). O novo prazo vence em 11 de abril de 2012.
O decreto prorrogando o prazo foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff na última sexta-feira (9) e publicado hoje (12) no Diário Oficial da União.
Categoria: Meio Ambiente
Cadastro ambiental já pode ser feito pela internet.
Os proprietários de cerca de cinco milhões de imóveis rurais de todo o País podem fazer o seu Cadastro Ambiental Rural (CAR) e aderir ao programa Mais Ambiente a partir desta segunda-feira (12). Basta preencher um formulário na internet.
O Cadastro Ambiental Rural é a porta de entrada para o Mais Ambiente, que apoiará a regularização ambiental com vários benefícios para os produtores rurais. O cadastro garante ao agricultor que estiver em situação irregular com a legislação ambiental novos prazos e meios para resolver suas pendências. Ele estará livre de restrições de acesso ao crédito rural e à comercialização de sua produção.
Para os agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e comunidades tradicionais, o cadastro não terá custos. O pequeno produtor terá, ainda, assistência técnica, educação ambiental, capacitação e apoio para implantar viveiros, criando as condições para recuperar áreas degradadas. Para receber esses benefícios ele indica, no cadastramento, quais os subprogramas de seu interesse.
Outro benefício do Mais Ambiente é a possibilidade de suspensão da cobrança de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com base no Decreto 7.029/2009. Elas poderão ser convertidas em recuperação do dano ambiental.
Com base nas informações prestadas no Cadastro Ambiental Rural, os órgãos ambientais vão orientar os agricultores sobre as medidas necessárias para recuperar Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal (RL), quando for o caso.
O prazo de adesão ao programa termina no dia 11 de dezembro de 2012. O produtor rural que não averbou sua reserva legal ainda e não aderir ao Mais Ambiente está sujeito a ser notificado pelo Ibama. Nesse caso, terá 180 dias para procurar o órgão ambiental e abrir o seu processo de regularização.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os produtores que não tiverem acesso à rede de computadores terão, em breve, apoio do governo federal. Será criada, em parceria com estados, municípios, sindicatos rurais, cooperativas, associações de produtores e representações dos movimentos sociais uma rede para ajudá-los a se cadastrarem. O ministério vai capacitar facilitadores para ajudarem os produtores na hora de se cadastrar.
Em sua primeira fase o cadastro é declaratório. Depois da análise e aprovação dos dados fornecidos pelos produtores, será assinado um termo de compromisso. Nele, o produtor se compromete a manter, conservar e recuperar suas áreas de preservação permanente e de reserva legal.
A expectativa é de que o Mais Ambiente promova a recomposição de 23 milhões de hectares de matas ciliares, topos e encostas de morros, além de reservas legais.
Código Florestal
Quem aderir ao programa Mais Ambiente agora não terá prejuízo com possíveis alterações no Código Florestal, em votação no Congresso Nacional. Alterações aprovadas serão processadas pelo órgão ambiental, que efetuará os ajustes. Passam a valer as regras que vierem a ser estabelecidas.Fonte: Ministério do Meio Ambiente.
Veja como o Código Florestal volta para a Câmara. Presidenta pode sancionar ainda este ano.
Textode Luciana Franco e Juliana Bacci. Gráfico de Filipe Borin para o Globo Rural
O novo Código Florestal aprovado nesta terça-feira (6/12) pelo Senado propõe algumas mudanças em relação ao texto recebido pela Câmara dos Deputados em junho deste ano. Mudanças estas que começaram a ser desenhadas com a nomeação do senador Jorge Viana (PT) como relator da Comissão de Meio Ambiente. Isso porque durante a discussão do projeto, o senador equilibrou a correlação de força entre ambientalistas e ruralistas e trabalhou em linha com orientações do governo federal. Com isso, o projeto do Código Florestal foi devolvido à Câmara com 26 emendas.
Uma das principais modificações trata da obrigatoriedade de se criar Área de Proteção Permanente (APP) nas margens dos rios. O projeto discutido na Câmara não contemplava essa questão. No Senado, ela foi imposta como uma obrigação para todos os produtores brasileiros, independe do tamanho e de todas as regiões do país. “Consideramos que este tenha sido o maior retrocesso para os agricultores, mas conseguimos salvar as benfeitorias que estão às margens dos rios, que não precisam ser removidas”, avalia Assuero Doca Veronez, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Entre os ganhos que os ruralistas podem contabilizar destaca-se a isenção da recomposição da Reserva Legal (RL)por parte dos produtores que tenham até 4 módulos fiscais – que varia de estado para estado – e que tenham desmatado até julho de 2008. “Este artigo é muito importante pois estes produtores representam a maioria dosagricultores brasileiros”, diz Veronez.
Ficou decidido ainda que os agricultores que desmataram dentro da lei vigente até 2008 serão anistiados de pagar multas, mas aqueles que excederam o permitido terão que recompor a floresta no local em que ela foi suprimida em até 2 anos. Nas encostas e topos de morros ficam permitidas as culturas lenhosas e perenes e proibidas as culturas anuais.
O senador Blairo Maggi (PR) avalia como positiva a votação do novo código. Para ele, o trabalho no senado contou com a colaboração de juristas e do Ministério Publico para tornar as regras bem claras.
“Com isso, entendemos que a forma do texto foi aprimorada e não o seu conteúdo”, diz Maggi. Ele acredita que sob a nova lei, os agricultores brasileiros terão a possibilidade de vir para a legalidade. “Sob o ponto de vista ambiental o código também é excelente e vai permitir que sejam recuperados 35 milhões de hectares sob a forma de APP e Reserva Legal”, diz.
Já na avaliação de Cesário Ramalho, presidente da Sociedade Rural Brasileira o novo Código Florestal ajudou a levantar o moral do agronegócio brasileiro, levando a polêmica em setores da sociedade que nunca haviam parado para pensar no assunto. E a maior vitória desta aprovação é ter colocado o produtor rural como protagonista da história.
“Ao contrário do que muitos achavam, o agricultor é consciente da importância de seu trabalho para o futuro da terra, do clima, da natureza. Ele sabe que é preciso tratar bem o solo porque, principalmente, é dali que vem seu ganha pão. O produtor sabe que hoje não é mais possível pensar apenas no lucro”, diz.
A expectativa é de que após a aprovação na Câmara dos Deputados, o novo Código Florestal seja sancionado ainda este ano pela Presidente Dilma Roussef.
“Ela pode vetar alguns pontos, por exemplo, que vinculem linhas de crédito agrícola para remunerar agricultores que preservem suas áreas, mas acredito que no geral ela está de acordo com o projeto votado senado”, diz Veronez.
Quatorze pessoas já foram presas em operação de combate ao carvão ilegal
Quatorze pessoas já foram presas na “Operação Cruzeiro do Sul”, que combate a produção, comercialização e transporte ilegais de carvão vegetal em Teixeira de Freitas, Mucuri, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa, municípios do extremo sul baiano, além do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Dos presos até agora, nove foram detidos na Bahia e cinco no Espírito Santo. Promovida pelo Ministério Público baiano e as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, a operação acontece desde a madrugada desta quarta-feira, dia 7, e também já resultou na destruição de 90% dos cerca de 1.500 fornos ilegais identificados na Bahia e na apreensão de diversos veículos, documentos, computadores, munição e uma motosserra. Em Salvador, foi preso o policial civil João Gonçalves da Silva, em posse de arma de uso restrito. Ele atuava extorquindo caminhoneiros e fazendo a escolta de caminhões carregados de carvão ilegal.
A “Operação Cruzeiro do Sul” combate um esquema criminoso que age na extração ilegal de matéria prima nativa da Mata Atlântica e madeira furtada ou roubada de eucalipto. A madeira é destinada a fornos ilegais, de pequeno e grande porte, que não têm licença ambiental. O carvão oriundo da atividade é comercializado por empresas “laranja” e o transporte acontece sem o Documento de Origem Florestal (DOF), com destino a siderúrgicas da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Em uma siderúrgica do Espírito Santo foi apreendido um volume de notas fiscais duvidosas, correspondentes a duas caçambas, e aplicada uma multa de R$ 800 mil.
Relação dos presos:
1. Elberton Ferreira Alves
2. Luiz Arruda (Ceará)
3. Marcos Abreu e Souza
4. Áureo Itamffer Moreira Junior (Juninho)
5. Marcleivan Moraes Cardoso
6. Ismael Spada
7. Ivone Reis de Oliveira
8. Cidney Baiense Pereira
9. Diosizi Monteiro Junior (Juninho)
10. Cely Regina Oliveira Monteiro
11. Fabricio Mauro Soprani (Bibiu)
12. Marcelino Antônio Roza
13. João Gonçalves da Silva
14. Wandreson Neres Miranda
Informações do MP/Bahia.
Sustentabilidade energética é tema de conferência em Brasília.
Começou hoje, 6, em Brasília, no auditório do Tribunal de Contas da União (TCU) a Conferência Brasileira de Energia. O evento tem como organizadores a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados e a Academia Brasileira de Filosofia, cujo tema é “Sustentabilidade Energética no Século 21”,
O deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), que é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, presidiu um dos painéis que tratou de “Sustentabilidade e Cidadania”. Oziel disse que a conferência tem como objetivo discutir fontes de energia limpa para o país. “O Oeste da Bahia já é um grande produtor de energia eólica, biomassa e oriundas de hidrelétricas e devemos explorar essas matrizes para que possamos produzir cada vez mais sem agredir o meio ambiente” enfatizou.
O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, participou da abertura da conferência e foi interpelado pelo o deputado Oziel Oliveira que o questionou sobre o vazamento de óleo na Bacia de Campos provocado pela empresa Norte-Americana, Chevron.
O evento que se estende até amanhã é voltado para parlamentares, gestores públicos, membros dos órgãos de fiscalização, engenheiros, pesquisadores, técnicos do setor elétrico, servidores públicos, setor privado, terceiro setor e estudantes e contará com a participação de representantes de todo o setor produtivo energético brasileiro: energia eólica, solar térmica e fotovoltaica, carvoeiro, petroleiro e de biomassa, além do setor hidroelétrico e nuclear.
Senado aprova texto base do Código Florestal.
Manifestantes ambientalistas acamparam em frente ao Senado para pedir alterações no texto de Jorge Viana.
O Plenário aprovou há pouco em primeiro turno, com 59 votos a favor e 7 contrários, o texto-base do novo Código Florestal (PLC 30/2011), substitutivo de autoria dos senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC) para o texto do então deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), hoje ministro do Esporte. A votação se deu logo após os discursos dos relatores. Jorge Viana pediu a rejeição de todas as emendas, sendo que prometeu anunciar, na votação em segundo turno, as emendas de Plenário que deve acolher.
O texto estabelece disposições transitórias – para contemplar as chamadas áreas com atividades consolidadas, com agrossilvopastoris desenvolvidas em Áreas de Preservação Permanente (APPs) – e disposições permanentes, com critérios a serem seguidos a partir da data de 22 de julho de 2008, data da publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. A mesma data é o marco temporal para a isenção de propriedades rurais de até quatro módulos.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu verificação de quórum, com apoio dos senadores Marinor Brito (PSOL-PA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Davim (PV-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF).Randolfe voltou a se manifestar contra o texto e defendeu a agricultura familiar e a preservação ambiental. Marinor Brito também encaminhou contrariamente ao projeto, “em nome de todos os que tombaram em defesa das florestas”.
Os demais líderes partidários – entre eles a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF), Wellington Dias (PT-PI), Ana Amélia (PP-RS), José Agripino (DEM-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) – encaminharam favoravelmente ao substitutivo, elogiando o teor do relatório, que consideraram equilibrado. Também se manifestaram pelo texto e em defesa dos produtores rurais os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS), Demóstenes Torres (DEM-GO), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Ivo Cassol (PP-RO) e Acir Gurgacz (PDT-RO).
As emendas dos senadores serão votadas em bloco pelo Plenário. Algumas delas, por acordo de líderes, serão votadas separadamente.
Curso capacita profissionais no oeste da Bahia a recuperar áreas degradadas
Ministrado pelo Instituto Socioambiental (ISA), o treinamento integra a
Campanha LEM APP 100% Legal, em Luis Eduardo Magalhães, e capacitou neste
primeiro módulo cerca de 30 profissionais, que voltam a se encontrar em
dezembro para executar projetos de recuperação de áreas degradadas no
cerrado baiano.
O Curso de Técnicas em Restauração Ecológica de Áreas Degradadas capacitou
durante três dias – entre 8 e 10 de novembro – cerca de 30 profissionais com
o objetivo de disseminar técnicas de recuperação de áreas degradadas como
forma de apoiar as ações da Campanha LEM APP 100% Legal, que tem a
realização da Prefeitura de Luis Eduardo Magalhães, do Instituto Lina
Galvani e da Conservação Internacional (CI-Brasil), com a parceria da
Monsanto.
Depois do primeiro módulo, os integrantes devem participar de outros dois –
que acontecerão ainda no início de dezembro e em maio de 2012. As aulas,
ministradas pelo Instituto Socioambiental (ISA), contou com aulas teóricas e
práticas, que iniciaram a preparação para implementar uma metodologia para
recuperar áreas degradadas para o Cerrado baiano.
O programa do treinamento prevê que os selecionados consigam manejar ao fim
do curso a recuperação de vegetação nativa nas condições de clima e solo da
região, sendo que os três módulos também representam os estágios de
diagnóstico, execução e avaliação das áreas que serão recuperadas. As áreas
que serão selecionadas representam situações ambientais nas APPs da região e
que farão parte do Programa APP 100% Legal.

Situada a 20 Km da sede de Luis Eduardo Magalhães, a Fazenda Liberdade já
está inserida na Campanha APP 100% Legal, e foi um dos locais onde ocorreu o
treinamento na prática. O proprietário da Fazenda Liberdade, Vilson Gatto,
gostou da ação. “A Campanha LEM APP 100% Legal é de extrema importância para
os agricultores se conscientizarem que têm que preservar a natureza, rios e
veredas. Achei bem interessante essa prática na nossa propriedade porque se
der certo, poderá servir para outras fazendas fazerem o reflorestamento da
APP”, afirma. Leia mais clicando em Continue Lendo “Curso capacita profissionais no oeste da Bahia a recuperar áreas degradadas”
Bahia inaugura fábrica de aerogeradores às 14 horas.
A segunda fábrica de aerogeradores da Bahia vai ser inaugurada nesta quarta-feira (30), às 13h30, no Polo Petroquímico de Camaçari (Via Parafuso, km 13-14). A inauguração da Alstom terá a presença do governador Jaques Wagner, do chairman e CEO da Alstom, Patrick Kron, e do presidente da Alstom Brasil, Philippe Delleur.
A fábrica conta com investimento inicial de R$ 50 milhões e tem capacidade de 300 MW por ano. A unidade vai gerar até 150 empregos diretos e será responsável pela montagem de equipamentos para importantes projetos do setor eólico no Brasil e na América Latina.
Até o final do ano, entra em operação o primeiro parque eólico da Bahia, instalado na cidade de Brotas de Macaúbas, na Chapada Diamantina. Cada um dos 57 cata-ventos gigantes que formam o parque tem 80 metros de altura. Eles vão aproveitar a força dos ventos e produzir eletricidade suficiente para abastecer uma cidade com mais de 200 mil habitantes. A meta estadual é que sejam implantados outros 51 parques eólicos.
A luz no fim do túnel
Se houver acordo de lideranças, Código Florestal Brasileiro poderá ser votado hoje no Senado. Depois volta para a Câmara Federal para apreciação das alterações realizadas no Senado.
Votação do Código Florestal é concluída com a aprovação de cinco destaques
Texto de Mariana Jungmann, Repórter da Agência Brasil. Foto de Antonio Cruz.
Após dois dias de discussões e protestos tímidos, a Comissão de Meio Ambiente do Senado concluiu hoje (24) a votação do substitutivo do novo Código Florestal Brasileiro. A sessão da manhã foi destinada apenas à votação dos destaques apresentados pelos membros da comissão, uma vez que o texto-base do relator Jorge Viana (PT-AC) foi aprovado ontem (23).
Foram apresentados 77 destaques, dos quais apenas cinco foram aprovados. O mais importante deles determina que não podem ser consideradas como áreas consolidadas aquelas de preservação permanente que estiverem dentro de unidades de Conservação de Proteção Integral. O destaque foi colocado porque o relator incluiu no texto que os desmatamentos feitos até julho de 2008 são considerados consolidados, e as multas aplicadas para os que fossem feitos após essa data poderiam ser convertidas para a recomposição da reserva legal. Com o destaque do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) aprovado, os imóveis inseridos nas unidades de conservação não poderão ser anistiadas e o proprietário, possuidor ou ocupante terá que recuperar as áreas de preservação permanente que tiverem desmatado.
Outros dois destaques aprovados tratam de situações que envolvem as queimadas. Com texto semelhante, eles preveem que em caso de uso irregular de fogo a responsabilidade pela infração terá que ser apurada junto com o nexo causal. Ou seja, será necessário comprovar que o dano causado ao ambiente foi realmente provocado pelo autor da queimada inicial.
O texto do código que será encaminhado para o plenário do Senado incluirá ainda um destaque que trata da criação de um sistema nacional para controle da origem de madeiras, carvão e de outros produtos e subprodutos florestais. Os estados deverão abastecer o sistema nacional e disponibilizar as informações também na internet. O mesmo destaque prevê ainda que o órgão federal que coordenar o sistema terá poder de polícia para fiscalizar os dados que constarem nele. Leia mais clicando em Continue Lendo “Votação do Código Florestal é concluída com a aprovação de cinco destaques”
Soberania nacional em perigo.
O título pode sugerir tema ultrapassado. O mesmo que em política se diz de rótulos fartamente usados, como direita e esquerda, embora até aqui ninguém tenha encontrado melhores definições.
Como falar-se em soberania nacional num mundo globalizado e tempos em que parece irrelevante conquistar o poder político, se completamente subordinado à lógica de poder do grande capital?
Afinal, não sem razão, no momento discutem-se fórmulas que impeçam a especulação financeira interferir no aumento dos preços de alimentos mais do que a boa e velha relação oferta e procura.
Nem tão recentes os sinais de reordenação das potências econômicas. Seria surpresa encontrar analistas ainda se perguntando se nas últimas crises os países emergentes se descolaram dos demais.
O certo é que enquanto a Europa se esfacela, os EUA discutem o que é melhor para gerar empregos – consumo ou equilíbrio fiscal – e o Japão cresce o pouco necessário para manter tecnologia, indústria e infraestrutura construídas após a II Guerra Mundial, a convergência está na disputa de um comércio exterior movido pelos mercados internos dos países emergentes.
Parece ser o que restou. Daí não surpreender o número de contenciosos na Organização Mundial do Comércio, indício do maior protecionismo já em vigor e, pior, o recrudescimento de antigas formas imperialistas de conquista de territórios, agora em nova embalagem.
Atenção, pois, solertes confederados da agropecuária nacional: não é apenas a produção futura de alimentos, fibras e energia que está no periscópio dos interesses econômicos mundiais. Terra, clima, água, equilíbrio ambiental e biodiversidade serão os principais motivos de disputa em futuro não muito distante.
Os atuais eventos econômicos, políticos e sociais em várias regiões do planeta ainda impedem que se fale em desglobalização. Seria não entender o mecanismo de um processo secular de mudanças, datado nas décadas 1970 e 80 de forma errada. Na época, o que houve foi a sua aceleração trazida por novas tecnologias de comunicação.
Muito menos em contar com a autodestruição do capitalismo. Seria desconhecer um sistema econômico que avança em meio a ciclos e permanentes contradições.
Já as significativas compras de terras por estrangeiros, sobretudo chineses, no Brasil, na Argentina e na África, no entanto, são claras ameaças às soberanias dessas regiões.
Por suas limitações territoriais e climáticas, consumo crescente, em menos de dez anos, a China precisará ser o maior importador mundial de produtos agropecuários.
Hoje, no Brasil, há 4,3 milhões de hectares de terras registradas por estrangeiros. O INCRA estima um número três vezes maior.
O governo brasileiro considera insuficiente o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), de 2010, que limita em 50 módulos fiscais conforme a região (máximo de 5.000 hectares) a compra de terras por empresas brasileiras controladas por capital estrangeira e, também, desequilibrada a subcomissão da Câmara que ora o aprecia.
Por uma simples razão: segundo a “Folha de São Paulo” (19/11/2011), dos 16 integrantes da subcomissão, 15 pertencem à Frente Parlamentar Agropecuária e receberam 25% das doações feitas aos mais de 500 congressistas eleitos, sobretudo de empresas do agronegócio e da indústria da celulose.
Lembremo-nos: quando se compra terras num país, de brindes vêm clima, água, recursos naturais, fauna, flora e presunção ou certeza de facilidades regulatórias.
Como grande parte das compras chinesas está sendo feita através de seu fundo soberano, que tal cuidar de não deixar nossa soberania ir para outro fundo? O do poço.
Por Rui Daher é administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agrícola, para o portal Terra.
Texto do Senado pode reacender debate sobre Código Florestal
O senador Jorge Viana (PT-AC), ao ler, ontem, durante quatro horas, o relatório sobre o Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado reacendeu a polêmica em torno da questão.
O texto aprovado tornou mais flexíveis as regras somente para pequenos e médios produtores, irritando os integrantes da bancada ruralista.
Na tentativa de construir uma proposta consensual sobre a recomposição em beira de rios, ficou definido que os Estados poderão determinar a medida da recomposição no caso de propriedades pequenas e médias (de quatro a 15 módulos rurais – medida mínima de desmembramento de uma propriedade, estabelecida pelo INCRA).
A expectativa é regularizar atividades que estejam consolidadas nas áreas de proteção. O relator defende que a recuperação mínima seja mantida em 15 metros para as demais propriedades.
Ninguém poderá afirmar que o debate em torno do novo Código Florestal deixou de ser democrático. No entanto, poucos podem ter certeza, se o novo conjunto de regras atenderá, de maneira equilibrada, o setor produtivo e os interesses do meio ambiente.
Dejetos dos limpa-fossas serão levados para estação de tratamento
Hoje o prefeito Humberto Santa Cruz conseguiu levar a bom termo as negociações para utilizar as instalações de tratamento de esgoto da CODEVASF para despejo, pelos caminhões limpa-fossas, dos dejetos recolhidos em residências e estabelecimentos comerciais da cidade.
Agora está na dependência da Justiça a liberação dos caminhões para que se reiniciem o esgotamento de fossas, até que finalmente comece a ser conectado a canalização do esgoto sanitário. A EMBASA deve assumir em poucos dias a operação do sistema.
Agricultores dizem que podem perder até 24% das áreas produtivas
Recuperar os déficits de Reserva Legal (RL) e Áreas de Proteção Permanente (APPs) ocupadas com agricultura em áreas produtivas pode custar caro para o Brasil e ser especialmente devastador para a economia de estados e municípios majoritariamente dependentes da atividade agrícola e florestal.
A conclusão é do novo estudo produzido pelo coordenador da RedeAgro e diretor geral do ICONE, André Meloni Nassar e do procurador da Fazenda Nacional e autor dos livros Código Florestal Comentado, Curso de Direito Ambiental e Multa Ambiental, Luís Carlos da Silva Moraes, no momento em que se discute o Código Florestal Brasileiro, cuja revisão tramita agora no Senado.
De acordo com a pesquisa, os 64,8 milhões de hectares a recompor com florestas equivalem a 24% da área total em produção no país. Além dos custos estimados para a execução do reflorestamento, que inclui o cultivo, plantio de mudas e cercamento das áreas, há a perda de arrecadação tributária e o encolhimento da renda agrícola em torno de 20,5%.
Segundo o texto, uma redução de 24% na área produtiva acarretará em um encolhimento de 20,5% – cerca de R$ 36,1 bilhões – na renda total gerada pelo setor agropecuário. Por indução, esta diminuição na renda seria responsável por um impacto adicional de R$ 91.9 bilhões nos demais setores da economia, totalizando uma redução de 3,4% no total produzido pelo Brasil em 2005.
“Lembrando que o PIB brasileiro cresceu, em termos nominais, 70% de 2005 a 2010, se trazida para valores de 2010, a perda seria de R$ 218 bilhões”, afirma André Nassar.
Nassar e Moraes estimam ainda uma provável redução de consumo de mais de R$67,5 bilhões, resultado direto do impacto da perda da renda em setores diversos da economia. Em arrecadação de tributo, seriam 8,5% a menos, reduzindo a carga tributária de 33,83% do PIB para 30,93%.
“Os efeitos da retirada desse nível de grandeza da economia têm reflexos inexoráveis, com redução de emprego e renda em toda a cadeia produtiva do agro e que tem a maior parte instalada nos centros urbanos”, diz o estudo.
Para estados do chamado Brasil Central, fronteiras agrícolas responsáveis por boa parte da produção de alimentos e fibras do país, como Mato Grosso, Piauí, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Acre e Roraima, os efeitos da perda de área produtiva seriam devastadores, com redução significativa do PIB.
“Uma perda de produção agropecuária nas magnitudes estimadas levaria a um atraso econômico dessas regiões, aprofundando, ainda mais, as desigualdades já existentes no Brasil”, diz Nassar, para quem a recuperação de vegetação natural sobre área produtiva puniria com maior vigor aquelas regiões com maior dependência do setor primário, emperrando de vez o processo de diversificação da economia. “Esta conta não será paga apenas no campo. Mesmo nas cidades seus efeitos serão sentidos, na indústria, no comércio e na mesa do consumidor”, conclui.
Senadores tomam conhecimento das emendas ao Código Florestal
Agora, às 10h, reunião da Comissão do Meio Ambiente (CMA) do Senado para leitura do relatório ao projeto do novo Código Florestal. A TV Senado vai transmitir ao vivo. Agricultores de todos os rincões na primeira fila.
Chevron poderia estar tentando atingir pré-sal no poço que vaza.
A possibilidade de a petroleira Chevron estar tentando indevidamente alcançar a camada pré-sal do campo de Frade começou a ser discutida internamente na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na tentativa, teria ocorrido a ruptura de alguma estrutura do poço perfurado, dando origem ao vazamento de petróleo na Bacia de Campos (RJ), que já dura 11 dias.
A Polícia Federal confirmou que investiga a informação de que a empresa teria perfurado além dos limites permitidos. O delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e responsável pelo inquérito, disse que “uma das hipóteses com as quais trabalhamos é a de que o acidente pode ter ocorrido pelo fato da empresa ter perfurado além dos limites permitidos”, disse o delegado.
Os especialistas da ANP suspeitam de que o emprego pela Chevron de uma sonda com capacidade para perfurar a até 7.600 metros, quando o petróleo em Frade aparece a menos da metade dessa profundidade, é um indicativo de que a companhia poderia estar burlando seu plano de prospecção do campo. Além de investigar a hipótese de que haveria em curso, antes do acidente, uma ação exploratória em direção ao pré-sal, a ANP pretende apurar falhas na construção do poço, o emprego de material inadequado e a falta de realização de testes de segurança antes do início da perfuração. Do Estadão.
Onde está escrito Chevron, leia-se Texaco+Standard Oil. É uma das sete irmãs petrolíferas que mandam no mundo, fazem guerras, depõem presidentes e arrasam economias. A Petrobras, que detém o monopólio da exploração, e a ANP são as responsáveis pela irresponsabilidade.
Desastre no poço da Chevron, em Campos, pode estar subestimado a 10% da magnitude real
De Bruno Calixto, da Revista Época.
O Brasil está enfrentando o que pode ser o primeiro grande derramamento de petróleo em águas profundas, com o anúncio de que um poço da Chevron, na Bacia de Campos (RJ), está vazando mais de 300 barris de petróleo por dia.
O vazamento é semelhante ao ocorrido na plataforma da BP Golfo do México em 2010, mas em uma dimensão bem menor, e não houve explosões ou mortes. Segundo a Chevron, o problema está em uma fenda, e não na plataforma. A empresa anunciou o fechamento do poço e espera controlar o vazamento nos próximos dias.
Em nota, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) estimou que o vazamento pode chegar a 330 barris por dia, o que significa mais de 50 mil litros de petróleo. Mas organizações ambientalistas como o Greenpeace estão divulgando uma estimativa que indica que o dado pode estar subestimado. O cálculo foi feito pelo blogSkyTruth, mantido pelo geógrafo John Amos, especializado em interpretação de fotos de satélite (como a que esta acima, feita pela da Nasa, a agência espacial americana, e usada por Amos), e indica que o derramamento pode ser até dez vezes maior.
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Amos disse ao jornal The Washington Post que o vazamento levanta novas questões sobre os riscos da exploração de petróleo em águas profundas. O geógrafo foi um dos primeiros a analisar o tamanho do vazamento no Golfo do México em 2010. O seu cálculo não é oficial, e pode não ser preciso, já que foi feito apenas com as fotos da Nasa, mas ele evidencia a falta de transparência de como o caso vem sendo tratado pela ANP. O derramamento aconteceu no dia 8, mas apenas na terça-feira (15) a agência fez um comunicado oficial do caso, responsabilizando a Chevron pelo vazamento. Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida.
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A Polícia Federal vai instaurar inquérito para apurar o vazamento. Segundo a delegacia do Meio Ambiente da PF, se for comprovada culpa, os operadores da plataforma poderão ser indiciados por crime de poluição, com pena prevista de até três anos de reclusão e multa.
Prefeitura veicula “nota pública” sobre o caso dos caminhões limpa-fossas.
A Prefeitura Municipal distribuiu, agora, às 16 horas, o que chamou de “nota pública”, esclarecendo alguns detalhes da ação policial que apreendeu caminhões limpa-fossas esta semana. A íntegra da nota:
“Na quarta-feira, 9, a Promotoria de Justiça da Comarca de Luís Eduardo Magalhães, representado pelo ilustríssimo Promotor de Justiça Dr. André Bandeira de Melo Queiroz, acompanhado pela guarnição da Polícia Militar local efetuou uma fiscalização no aterro controlado do município de Luís Eduardo Magalhães. A ação tinha por objetivo verificar o local do aterro bem como a possível ocorrência de crime ambiental, resultando na apreensão dos veículos da empresa de limpa-fossas e condução dos responsáveis. Até o momento a informação passada pelo advogado das partes, Dr. Rudinei Drumm, é a de que todos já foram liberados, inclusive os caminhões.
De acordo com a Secretária de Meio Ambiente, Fernanda Aguiar, o local do aterro não está inserido numa nascente de rio e sim num canal de drenagem de água da chuva. O projeto de recuperação do local prevê a urbanização da lagoa de efluente, a qual já está com barramento e impermeabilizada pelo lodo. A autodepuração do líquido já ocorre naturalmente e organismos patogênicos não sobrevivem. Equipamentos de piezômetros serão instalados no aterro controlado para monitoramento de possível contaminação.
A cidade de Luís Eduardo Magalhães convive com a dificuldade em descartar materiais recolhidos por limpa-fossas desde a sua emancipação. O local é utilizado há 15 anos para depositar todo lixo produzido pelo município. A Administração Pública tem conhecimento de sua responsabilidade com o Meio Ambiente e com a sua população, viabilizando à comunidade a melhor solução para esse problema. A estação de tratamento de esgoto, localizada no bairro Tropical Ville, teve suas obras iniciadas em 2009 e já está concluída. Neste momento, o Prefeito Humberto Santa Cruz está pleiteando a liberação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para a deposição do material na ETE.”
Assembléia baiana votará proposta de novas políticas ambientais.
Áreas de cultivo intenso, próximas a Luís Eduardo Magalhães, já no município de Barreiras: invasão das áreas de reserva permanente junto a rios e cabeceiras, reservas legais desconectadas, ausência de planejamento para o estabelecimento de corredores ecológicos. O ônus ambiental maior retorna em prejuízos aos próprios agricultores, pela perda de predadores naturais e pela vedação de zonas de reabastecimento do lençol freático.
O secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Splenger, enviou, esta semana, à Assembléia Legislativa, proposta de reestruturação das políticas estaduais ambientais. O objetivo é erradicar passivo ambiental de quase 13 mil processos entre os produtores do Oeste baiano.
A proposta visa à modernização da gestão ambiental e de recursos hídricos. Cria ainda instrumentos como a licença de Regularização (LR) e a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), esta última, emitida eletronicamente, após uma declaração do requerente, a exemplo do modelo da Receita Federal para o Imposto de Renda.
Para a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a proposta, pela primeira vez trata as ações ligadas à legislação e à política ambiental de forma estratégica. Isto evita sobreposições de processos, diminui o trâmite destes e garante que os pedidos serão analisados e julgados em um tempo adequado tanto para o empreendedor, quanto para o Estado.
A posição da AIBA
“Como estava, não havia como continuar. Chegamos a conhecer diversos casos de processos de pedido de averbação de Reserva Legal e de supressão vegetal que demoraram mais de 10 anos sem qualquer análise”, lembra o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt. Para resolver o problema, que ameaçava a sustentabilidade da atividade agrícola no Oeste da Bahia, a Aiba e o Governo do Estado, via Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Secretaria da Agricultura (Seagri) criaram o Plano de Adequação e Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais, em 2009.
Fiscalização reforçada
Se, por um lado, as mudanças propostas simplificarão os processos, por outro elas reforçam a fiscalização.
“Ai daquele que for flagrado em uma mentira ou omissão em um processo declaratório”, explica o secretário Eugênio Spengler. O secretário de Meio Ambiente reforça a importância dada ao diálogo no processo de elaboração do escopo do projeto. “Fizemos diversas audiências e encontros com a sociedade civil organizada, lideranças comunitárias e sociais para apresentar e discutir o projeto. Ele acredita que a votação na ALBA acontecerá até o fim do mês.
Para o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a alteração estabelece um novo momento na agricultura do estado. “Posso dizer que é um dos marcos mais importantes para o agronegócio baiano. Parabenizo o secretário Eugênio pela iniciativa”, disse Salles. Continue Lendo “Assembléia baiana votará proposta de novas políticas ambientais.”
CIPE-Cerrado flagra caminhões limpa-fossas em crime ambiental.
Três caminhões limpa-fossas foram apreendidos, hoje à tarde, por policiais da CIPE- Cerrado, Companhia Independente de Policiamento Especial. Também foram detidos três motoristas e um dos proprietários dos caminhões, flagrados em crime ambiental ao despejarem os resíduos coletados nas fossas domésticas da cidade nas cabeceiras do rio dos Cachorros, próximo ao lixão municipal. O delito enquadra os detidos no parágrafo 2º, inciso 5º, do artigo 54 da lei 9605 de 1998, que prevê pena de 1 a 5 anos por delito ambiental grave.
Outro problema grave é que a empresa proprietária dos caminhões estava com seu alvará de funcionamento vencido desde agosto deste ano. A Polícia Técnica deverá também fazer a perícia nos caminhões para avaliar detalhes documentais.
O auto de flagrante estava sendo lavrado no final da tarde e será encaminhado ao juiz da Vara Crime, Claudemir Pereira da Silva, pelo delegado titular, Rivaldo Luz. O Juiz poderá estabelecer fiança aos detidos, já que são primários e tem endereço e emprego fixo, o que fugiu da alçada do Delegado, que pode estabelecer fiança apenas para crimes com até 4 anos de pena máxima. Foto de Sigi Vilares.
Atriz de novela falando sobre Código Florestal? Sei não!

A atriz Cristiane Torloni acaba de falar uma série de tolices sobre a reforma do Código Florestal no domingão do Faustão. Torloni é uma dessas ativistas que lutam pela preservação ambiental lá longe enquanto caminha feliz na APP asfaltada da Lagoa Rodrigo de Freitas. Torloni simplesmente não leu o texto, não sabem do que está falando e apenas repete os clichês construídos pelas ONGs sobre a reforma do Código Florestal, todos eles mentirosos.
Quando a gente bronzeada do Leblon, às franjas da APP de topo de morro do corcovado com o Cristo Redentor trepado nela, às franjas da favela da Rocinha nas encostas do Rio de Janeiro, habituadas a correr na APP asfaltada da Lagoa Rodrigo de Freitas, se põe a falar sobre o que não entendem, quem sofre são pequenos produtores que não conhecem o Rio de Janeiro e talvez nunca venham a conhecer.
Universitários debatem Desertificação na Bahia.
O Grupo de Pesquisa Estudos Agrários e Mobilidade Humana do ICADS – UFBA promove debate sobre Desertificação na Bahia.O Evento será realizado, no dia 20 de outubro de 2011, às 19 horas, no Auditório do Padre Vieira.
A programação completa está página: http://www.icads.ufba.br/noticia.php?ch=82
LEM na Conferência Mundial do Meio Ambiente Rio + 20
Luís Eduardo Magalhães é uma das cinco cidades brasileiras que terão a honra de expor o trabalho ambiental desenvolvido pelas seus governos municipais na Conferência Mundial do Meio Ambiente Rio + 20. Os trabalhos desenvolvidos pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Luis Eduardo Magalhães integrarão o relatório do IBAMA que será divulgado durante a conferência. Essa é um reconhecimento nacional ao trabalho desenvolvido pela equipe coordenada pela secretaria Fernanda Aguiar.
Abertas inscrições de cursos para quem vai restaurar as APPs.
Estão abertas as inscrições para o Curso de Técnicas em Restauração Ecológica de Áreas Degradadas, que será realizado em três módulos, com o primeiro previsto para ser realizado nos dias 8, 9 e 10 de novembro, em Luis Eduardo Magalhães.
Os candidatos devem encaminhar o currículo resumido e a ficha de inscrição até o dia 24 de outubro para concorrer às 25 vagas disponíveis. O treinamento visa disseminar técnicas de recuperação de áreas degradadas como forma de apoiar as ações da Campanha Lem APP 100% Legal, que tem realização da Prefeitura de Luis Eduardo Magalhães, do Instituto Lina Galvani e da Conservação Internacional (CI-Brasil), com parceria da Monsanto.
O curso será ministrado pelo Instituto Socioambiental (ISA), que possui ampla experiência em recuperação de áreas degradadas na Bacia do Xingu, no Mato Grosso, onde desenvolveu a técnica do plantio mecanizado de sementes, e apoiou a restauração de 2,4 mil hectares de nascentes e beiras de rios em mais de 215 propriedades.
O treinamento será gratuito e ao final dos três módulos será expedido um certificado. O curso contará desde o primeiro módulo com atividades práticas em propriedades parceiras da Campanha Lem APP 100% Legal, que trabalha junto aos produtores rurais para recuperar a vegetação nativa à beira de rios, nascentes, veredas e topos de morro, e com isto manter 100% das APPs do município preservadas.
Além de promover a capacitação de quem já trabalha com recuperação de áreas degradadas e reflorestamento e formar agentes multiplicadores, o curso inova ao tentar viabilizar a criação de uma metodologia da restauração florestal específica para as áreas de Cerrado.
Segundo Georgina Cardinot, gerente do Programa Cerrado Pantanal da Conservação Internacional, os candidatos devem comprovar ter perfil para disseminar as técnicas de restauração florestal e mesmo contribuir para uma metodologia que possa ser aplicada para as áreas degradadas de Luis Eduardo Magalhães e do oeste baiano. “Os inscritos deverão se comprometer a participar dos três módulos, que vão acontecer em três períodos diferentes, para que possam acompanhar o processo de restauração das chuvas à seca”, explica.
Campanha APP Lem 100% Legal – Com o apoio da Associação dos Irrigantes e Agricultores da Bahia (AIBA), Sindicato Rural dos Produtores Rurais de LEM e Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), a Campanha ajudará com apoio técnico e científico os produtores rurais e as comunidades tradicionais que voluntariamente queiram restaurar suas áreas degradadas. Para reforçar a importância dessas áreas para a melhoria dos serviços ambientais, como qualidade de água e proteção dos solos, fauna e flora, a Campanha também mobilizará estudantes da rede pública de ensino com o Festival das Sementes, e formará uma rede de coletores de sementes para estimular a valorização das espécies nativas do Cerrado local.
Serviço – Os interessados em participar do processo seletivo do Curso de Técnicas em Restauração de Áreas Degradadas podem encaminhar os seus currículos e a ficha de inscrição até o dia 24 de outubro para o Instituto Lina Galvani, pelo telefone (77) 9971 3190 ou pelo e-mail mariangela@linagalvani.org.br, ou para a Araticum Assessoria de Comunicação, pelo telefone (77) 9978 0913 ou pelo e-mail hebert@araticum.jor.br
Norte-americanos preservacionistas?
Moratória da soja será renovada na próxima semana.
A Moratória da Soja, iniciativa de produtores, empresas e organizações não governamentais (ONGs) para boicotar a soja produzida em terras de novos desmatamentos ilegais na Amazônia, será renovada na próxima quinta-feira (13), em Brasília. O compromisso foi assinado pela primeira vez em 2006 e tem sido repactuado anualmente.
Fazem parte do acordo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), representando compradores e exportadores, e ONGs ambientalistas como o Greenpeace, a Conservação Internacional e o WWF.
Desde dezembro de 2010, o Banco do Brasil, maior financiador rural do país, também integra a iniciativa e deixou de oferecer crédito a produtores de soja que plantem em áreas desmatadas ilegalmente desde julho de 2006.
Câmara Federal quer proibir pulverização aérea com 2,4-D.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta terça-feira novas regras para a aplicação de agrotóxicos por aeronaves. De acordo com a proposta (PL 740/03) do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), os agrotóxicos só poderão ser aplicados por via aérea se o desvio do produto para áreas próximas não causar perda ou dano a plantações, a animais terrestres ou aquáticos, a áreas de proteção ambiental ou de preservação permanente, e à saúde da população.
O projeto também proíbe a aplicação aérea de agrotóxicos que tenham em sua composição química o ácido 2,4-D(diclorofenoxiacético). Segundo Dr. Rosinha, há indícios de que o produto seja cancerígeno. Esse foi o ponto mais debatido na comissão, uma vez que o produto é usado em grandes áreas de plantio, principalmente em soja. “Em nosso estado, a aplicação do 2,4-D garante o plantio econômico de soja, e muitos agricultores seriam prejudicados com a proibição, porque a pulverização por avião é muito mais barata que por trator. Com a tecnologia atual, há controle total”, contra-argumentou o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS).
Oficina para o meio ambiente busca sensibilização de educadores.
A Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Instituto Supereco desenvolvem nos dias dias 27 e 28 de setembro a oficina de sensibilização Investigando a Biodiversidade, voltada a educadores da região do Oeste Baiano.
A iniciativa faz parte do Programa Produzir e Conservar, uma parceria da CI-Brasil e da Monsanto, e tem o apoio do Instituto Lina Galvani e da Secretaria de Educação de Luís Eduardo Magalhães. A oficina visa transmitir o potencial pedagógico do tema biodiversidade e sociodiversidade para a aprendizagem no sistema de ensino, reforçando o papel da educação ambiental no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que garantam a conservação do patrimônio natural.
Ao todo, serão capacitados 60 educadores do município de Luis Eduardo Magalhães e membros do Parque Fioravanti Galvani, onde a oficina acontece.
“O esforço é parte do trabalho da CI-Brasil de implantação do corredor, que depende da recuperação de áreas degradadas, mas essencialmente do compromisso da população com a conservação, daí a importância de investir em sua formação”, coloca Fernando Ribeiro, coordenador de socioeconomia da CI-Brasil. O conteúdo da oficina é baseado no livro “Investigando a biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil”, lançado em 2010 pela Conservação Internacional, WWF-Brasil e Instituto Supereco. O material traduz as complexas relações do mundo natural para informações simples e relacionadas ao nosso cotidiano. “O conteúdo e a metodologia de educação ambiental da oficina permitem que cada um descubra mais sobre seu endereço ecológico e os serviços ambientais que ele oferece, comprometendo-se com a conservação ambiental, a começar pela sala de aula”, afirma Andrée Vieira, coordenadora geral do Instituto Supereco. Veja mais no blog do Investigando a Biodiversidade investigandoabiodiversidade.blogspot.com
A oficina conta com dinâmicas intercaladas à transmissão de conteúdo, que abordam temas como: os processos fundamentais da educação ambiental, a relação entre água e floresta, o Cerrado como hotspot, os serviços ambientais da biodiversidade e casos de sucesso no corredor Jalapão-Oeste Baiano. Essa iniciativa faz parte do programa Produzir e Conservar, que a Conservação Internacional em parceria com a Monsanto desenvolve desde 2008, atuando na conservação do corredor de biodiversidade Jalapão-Oeste da Bahia, no Cerrado. O programa também conta com ações de conservação no corredor do Nordeste, na Mata Atlântica, e com a implementação por parte da Monsanto de uma política interna de sustentabilidade. Continue Lendo “Oficina para o meio ambiente busca sensibilização de educadores.”
Volt, o híbrido da GM, mostra que o futuro chegou.
Os veículos híbridos e elétricos já são uma realidade, sobretudo em países desenvolvidos, e serão ainda mais comuns no mundo todo em um futuro breve. Recentemente, tive a chance de experimentar, pela primeira vez, um veículo com essas tecnologias avançadas.
A oportunidade veio com a VoltXpedition, iniciativa da General Motors do Brasil para discutir novas formas de mobilidade sustentável nas principais universidades do País. E a “estrela” do projeto é justamente o Volt, modelo elétrico/híbrido da Chevrolet.
A colocação dos termos elétrico e híbrido divididos pela barra tem razão de ser. A GM convencionou chamar o Volt de “carro elétrico de autonomia estendida”. Porém, como há um motor a combustão que participa da propulsão, conceitualmente ele é um híbrido.
A verdade é que o Volt “transita” entre as duas tecnologias. Caso o usuário rode pouco, cerca de 60 quilômetros por dia, o funcionamento do Volt será 100% elétrico, através da energia fornecida por suas baterias de íon-lítio, que precisam de oito horas para serem carregadas em uma tomada de 110V e de apenas três horas em 220V. No primeiro caso, mais ou menos o tempo que um veículo fica na garagem à noite até o dia seguinte; no segundo, com sobras.
Depois de esgotada a energia das baterias, entra em ação o motor a combustão do Volt. Com um detalhe: ele não traciona diretamente as rodas e, sim, alimenta o propulsor elétrico, como um gerador. Desse modo, ganha-se uma autonomia bem maior – acima de 500 quilômetros – e fica-se livre da necessidade de recarregar as baterias, o que hoje ainda é fundamental, já que não há uma rede de distribuição de energia pronta para “abastecer” os elétricos em qualquer lugar e com rapidez.
Bem, vamos para o que interessa, que são as impressões ao dirigir o Volt. Em modo elétrico, de cara chamam a atenção o silêncio interno e o torque instantâneo, duas características típicas da propulsão elétrica.
Não demora acostumar com isso e, então, começa a ficar evidente que o Volt se comporta como um carro normal – mas um excelente carro normal. Quem pensa que dirigir um veículo elétrico possa ser desinteressante está enganado: o Volt oferece uma ótima dirigibilidade, com suspensão macia, direção leve e comportamento dinâmico ágil.
Para ficar ainda melhor, o modelo da Chevrolet é muito bonito. No exterior, o estilo é esportivo e arrojado, com destaque para os faróis e lanternas afilados. Já o layout interno é futurista, em especial o console central “flutuante”, ressaltado pela cor branca perolizada.
Além disso, duas telas de LCD promovem um show à parte na cabine. Uma delas está no painel do Volt e exibe, entre outras informações, o modo de propulsão e um gráfico que orienta o motorista a utilizar o carro da forma mais eficiente energeticamente. A outra tela fica no topo de console central e permite acompanhar a gestão de energia do Volt ou operar o ar-condicionado e rádio.
No Brasil, já é possível adquirir dois veículos híbridos, o Ford Fusion Hybrid e o Mercedes-Benz S400 Hybrid. O Chevrolet Volt é descartado pela própria General Motors, já que importado custaria muito caro e sua produção local não se justifica pelo alto custo e demanda incipiente. Uma pena. Por Vinicius Ferlauto, do Jornal do Comércio – Porto Alegre.
Parque da Galvani amplia horário de visitas monitoradas.
Em comemoração ao seu quinto aniversário, o Parque Fioravante Galvani, ampliou as visitas monitoradas e passou a receber a comunidade também aos sábados. O propósito é permitir que mais moradores de Luís Eduardo Magalhães e região conheçam o trabalho socioambiental que é desenvolvido.
Criado pelo Instituto Lina Galvani, o Parque é o primeiro centro de conservação e educação ambiental do cerrado baiano, localizado a cerca de 15 minutos do centro de Luís Eduardo Magalhães (BA). Inaugurado em 2006, foi constituído com a finalidade de colaborar com o desenvolvimento socioambiental e conservação do cerrado, por meio de ações educativas e continuadas.
Por se tratar de um local que abriga animais silvestres alguns cuidados são necessários para receber os visitantes. Assim, as vagas são limitadas e os grupos recebidos por monitores especialmente treinados no Núcleo de Educação Ambiental (NEA).
Para facilitar o acesso dos moradores ao local, a Galvani disponibiliza um ônibus, que percorre os bairros da cidade todos os sábados, a partir das 13h. Ao final da visita esse ônibus fará também o percurso de retorno. As visitas são gratuitas e devem ser agendadas previamente pelo telefone (77) 3628-9806.
Holanda quer comprar soja certificada no Brasil
A Holanda quer comprar, no próximo ano, meio milhão de toneladas de soja certificada (social e ambiental) no Brasil. Essa meta deve dobrar para 2013 e atingir 1,8 milhão de toneladas em 2015. A informação é de Harry van der Vliet, oficial de soja da Brasil Solidaridad Network.
Maiores informações podem ser obtidas no site www.responsiblesoy.org ou com o próprio Harry, nos telefones 11-3801-2652 e 11-6463-9225.
Bahia entra de vez na produção de geradores eólicos.
A General Eletric vai apostar no potencial do mercado de energia eólica e anunciar, até o próximo mês de outubro, o projeto de uma fábrica na Bahia.
O comunicado foi feito ao governador Jaques Wagner, nesta quinta-feira (1º), pelo diretor de Energias Renováveis da GE, Jean Claude Robert, no estande do Governo da Bahia na Brazil Windpower 2011, no Rio de Janeiro.
O evento é o mais importante no desenvolvimento de negócios e projetos de produção de energia eólica no Brasil e América Latina.
O potencial de produção de eletricidade eólica da Bahia e de 50 Gw, mais que a metade da soma de todas as fontes de energia instaladas no Brasil atualmente.
APP 100% Legal é lançada para recuperar margens de rios e lagos.

Prefeitura Municipal, Instituto Lina Galvani, a ONG Conservação Internacional e a Monsanto reuniram, ontem, na sede do Sindicato Rural de Luís Eduardo, mais de duas centenas de pessoas, entre ambientalistas, dirigentes do agronegócio e imprensa, para o lançamento da campanha “LEM APP 100% Legal”. A ação pretende recuperar com árvores nativas mais de 2.000 hectares de áreas de preservação permanente, aquelas que estão situadas às margens dos rios, lagos e lagoas, bem como em terrenos com mais de 30% de declividade.
O grande avanço do agronegócio nos anos 90 comprometeu parte das APPs e agora os próprios produtores se conscientizaram da necessidade de recuperar essas áreas degradadas. A iniciativa conta ainda com o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), do Sindicato dos Produtores Rurais de LEM e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
“É preciso definir onde é mais importante preservar, de modo que cada ente envolvido assuma sua parcela de responsabilidade”, afirmou o Prefeito Humberto Santa Cruz.

A secretária de Meio Ambiente Fernanda Aguiar também ressaltou que é mais fácil fazer a gestão ambiental rural do que a urbana. “LEM atingirá 100% da campanha, porque este é um desafio que será enfrentado de forma conjunta”, reforçou.
Elogiando a visão moderna do Governo Municipal de LEM, o secretário de Meio Ambiente do Estado da Bahia, Eugênio Spengler, relembrou a importância de se ter o compromisso com a gestão ambiental. “É possível assegurar o desenvolvimento econômico, garantindo também a qualidade do meio ambiente, neste sentido o planejamento é fundamental para se buscar limites e chegar ao equilíbrio”, explicou.
Também participaram o diretor do Programa Cerrado Pantanal da Conservação Internacional, Valmir Ortega, o gerente de Sustentabilidade da Monsanto, Guilherme Carvalho, a coordenadora do Parque Fioravanti Galvani, Mariângela Pinho, o vice-presidente da AIBA – Sérgio Pitt e o vice-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Marcelino Kuhnen.

Na primeira etapa, será feito o diagnóstico e o monitoramento das APPs para identificar quais as áreas encontram-se degradadas no município. A partir do diagnóstico inicial, será fornecido apoio aos produtores que, voluntariamente, queiram aderir à campanha e assumir a responsabilidade de recuperar suas áreas degradadas.
De acordo com o secretário Eugênio Spengler, a campanha é positiva e pode se tornar referência. “Serão garantidas políticas de conservação voltadas para quantidade e qualidade dos recursos hídricos, a iniciativa aponta para um processo de mobilização e educação de dos produtores rurais, que serão chamados a manter conservadas as Áreas de Preservação Permanente (APP) existentes e também pode servir como um modelo a ser replicado para todos os municípios baianos”, disse.
Instituições e empresas se unem para recuperar áreas de preservação permanente.
Foto do blog Araribá.
A Prefeitura de Luis Eduardo Magalhães, o Instituto Lina Galvani e a Conservação Internacional, em parceria com a Monsanto, assinam no dia 29 de agosto, em evento que acontece a partir das 19h, no Centro de Treinamento do Sindicato dos Produtores Rurais de LEM, um pacto em prol da restauração de áreas de vegetação nativa. Intitulada “LEM APP 100% LEGAL”, a Campanha tem a meta neste primeiro ano de apoiar produtores rurais para que seja feita a restauração de dois mil hectares de vegetação às margens de rios e nascentes, caracterizadas pela legislação brasileira como Áreas de Preservação Permanente (APPs).
A campanha também conta com o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
Além da assinatura do termo de compromisso entre as instituições parceiras, serão apresentadas durante o evento outras atividades que integram a campanha, como a produção e o plantio de mudas em parceria com os produtores rurais do município, a formação de uma rede de coletores de sementes e uma iniciativa de educação ambiental, o Festival das Sementes.
Neste primeiro ano, o festival vai contar com a participação de duas escolas da rede pública de ensino.
Durante o lançamento da campanha serão cadastrados os produtores rurais que de forma voluntária queiram apoio para recuperar suas áreas degradadas de APPs.
O evento terá a participação do secretário de Meio Ambiente do Estado da Bahia, Eugênio Spengler, e do prefeito de Luis Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz. Também estará presente a secretária de Meio Ambiente de Luís Eduardo Magalhães, Fernanda Aguiar, o diretor do Programa Cerrado Pantanal da Conservação Internacional, Valmir Ortega, a gerente de Sustentabilidade da Monsanto, Gabriela Burian, e a coordenadora do Parque Fioravanti Galvani, Mariângela Pinho.
Luís Eduardo entrega diplomas aos brigadistas do fogo.
Um total de 23 brigadistas, entre eles guardas municipais, servidores públicos e pequenos e grandes produtores rurais receberam certificados de participação no curso para formação para Brigadistas. A cerimônia de entrega ocorreu durante o lançamento da Campanha Bahia Sem Fogo, nesta quinta-feira, 18, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de LEM.
Segundo explica a secretária de Meio Ambiente Fernanda Aguiar, a formação da Brigada Voluntária, representa uma união de esforços. “A iniciativa servirá de modelo para que outras brigadas voluntárias possam surgir em todo o Oeste Baiano. Esse é um importante passo para que se avance no combate, prevenção e no controle dos focos de incêndios”, pontuou.
Também na ocasião, o secretário Eugênio Spengler destacou entre outros pontos a importância do trabalho das brigadas voluntárias, as parcerias entre os governos federal, estadual e municipais, sociedade civil organizada e os produtores rurais. A campanha é do Governo da Bahia, com ação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). O evento contou com a participação de representantes do Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Bahia – formado por representantes de nove secretarias estaduais além de instituições municipais e federais.
Código Florestal deve ser votado no Senado até final do mês.
O relator do projeto de lei que atualiza o Código Florestal Brasileiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Luiz Henrique (PMDB-SC), disse ontem, (10) à Agência Brasil que pretende apresentar seu parecer até o dia 24 e, se não houver pedido de vista, votá-lo até dia 31.
Luiz Henrique, que também foi indicado para relatar a matéria nas comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia, disse que tem conversado “frequentemente” com o senador Jorge Viana (PT-AC), relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente, para organizar um calendário semelhante de apreciação e votação da proposta nas comissões. Uma vez aprovado o mérito do projeto na CCJ, Luiz Henrique garantiu que apresentará um só relatório nas outras duas comissões.
Já Jorge Viana disse à Agência Brasil que pretende convidar o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que relatou o Código Florestal na Câmara, para detalhar seu relatório aos senadores. “Vou seguir o que feito pelo Aldo, por isso acho importante que ele, como autor do relatório aprovado pelos deputados, participe da discussão no Senado”, argumentou o senador petista.
Guarda Municipal recebe equipamentos para brigadas de combate ao fogo.
A Guarda Municipal recebeu hoje os equipamentos com que formará a brigada de combate ao fogo. Uniformes, capacetes, cantis, bombas costais, abafadores e ferramentas para construção de aceiros vão equipar os guardas que já tem qualificação proporcionada por curso especial ministrado no ano passado. Eder Fior, secretário de Segurança, acredita que os equipamentos chegaram na hora certa, tendo em vista o fato que o período de seca mais forte inicia no mes de agosto e vai até a chegada das primeiras chuvas. Há menos de um mês a briga recebeu o caminhão pipa que vai ajudar no controle do fogo.
Operação “Corcel Negro” tem balanço parcial.
A Operação Corcel Negro já tem um balanço parcial: são 39 detidos, 84,2 milhões de multas e até apreensão de ferro-gusa, em duas siderúrgicas de Minas Gerais, obtido com o uso de carvão de origem ilegal.
A investigação, iniciada há um ano, foi executada pelo Ministério Público da Bahia e de Minas Gerais, em parceria com as Polícias Civil e Rodoviária Federal, além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Ao menos 257 empresas foram inspecionadas e houve a detecção de 36 siderúrgicas que utilizaram material ilegal.
Segundo o Ibama, houve a devastação de 19 mil hectares de floresta nos dois biomas (190 km²) – cerrado e caatinga . A mata nativa derrubada estava no norte de Minas Gerais e no oeste da Bahia. A madeira era utilizada na produção de carvão, vendido a siderúrgicas para ser transformado em ferro-gusa, material empregado na fabricação do aço. Esta semana a operação deve continuar com a destruição de carvoarias ilegais.
Dois detidos na Operação Corcel Negro transportados hoje pela manhã.
Na manhã deste sábado (23) dois presos da operação Corcel Negro foram levados de Barreiras para Montes Claros, em Minas Gerais, no helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na sexta-feira (22), 23 pessoas foram presas no esquema que já lucrou cerca de R$ 70 milhões, de acordo com informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Além do MP-BA, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Ibama e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), com o apoio das Polícias Civil e Militar, estão envolvidos na ação, que objetiva combater a produção e o transporte irregulares de carvão vegetal e de madeira, além do uso de notas fiscais e Documentos de Origem Florestal (DOF) falsos.
No total são 21 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão nos municípios de Salvador, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Coribe, Juazeiro, Côcos, Riacho de Santana e Ibotirama.
Até o momento já foram cumpridos 15 mandados de prisão, além de uma pessoa presa em flagrante no interior. Entre os presos está uma empresária suspeita de intermediar o esquema ilegal. Também estão detidos sete atuais e ex-servidores da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), entre eles três ex-superintendentes. Do G1 com imagem de vídeo da TV Oeste.
Operação Corcel Negro começou nos primeiros dias de 2010.
Em abril de 2010 o jornal o Globo já noticiava que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou 33 empresas, entre siderúrgicas e transportadoras de carvão no país. A ação faz parte da Operação Corcel Negro, realizada entre os dias 22 e 31 de março, que tinha o objetivo de fiscalizar o transporte, a produção e o consumo de carvão.
Com o embargo, as empresas ficam impedidas de funcionar até decisão judicial. Entre as causas mais comuns para a punição está a falta de autorização para funcionar. No total, foram realizados 260 autos de infração em 14 estados, resultando em R$ 275 milhões em multas. O Pará foi o campeão de irregularidades com um total de R$ 266,9 milhões em multas e 250 fornos destruídos, seguido por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Maranhão e Piauí.
Segundo o coordenador da Operação Corcel Negro, Roberto Cabral Borges, o cerrado e a caatinga estão sendo destruídos para a produção de carvão.
– Algumas siderurgias reclamaram que tiveram que reduzir a produção em função da fiscalização. Se isto aconteceu é porque houve ilegalidade. A siderurgia nacional tem que funcionar, mas não com a destruição do cerrado e da caatinga – destacou.

















