
Categoria: Carlos Alberto Reis Sampaio
Em Luís Eduardo, Advogado é condenado a pagar multa, solidariamente, por litigância de má-fé.
A mulher alegava que a negativação de seu nome no serviço de proteção ao crédito seria indevida, já que o débito seria inexistente e fruto de falha na prestação do serviço. Mas o juiz Claudemir da Silva Pereira considerou que a ré demonstrou a legitimidade do crédito por meio de farta documentação.
O magistrado lembrou que o advogado da causa já havia ajuizado outras ações artificiais na mesma vara, todas negando dívidas e pedindo indenização — atualmente existem 63 processos do advogado tramitando nos juizados baianos. Segundo o juiz, a peça da vez era genérica, padronizada, idêntica aos outros processos em curso e não contemplava minimamente as especificidades do caso.
De acordo com ele, a exordial não especificava o caráter compensatório da indenização, não demonstrava a extensão do dano e não abordava a capacidade econômica das partes nem a extensão da culpa da ré.
“Não se preocupou o causídico, ou a própria consumidora, em diligenciar sobre a existência, ou não, da dívida junto à empresa responsável pelas restrições creditícias envolvendo o nome do seu cliente, datas, valores, produtos etc.”, ressaltou.
O advogado sequer teria substituído os dados da petição, já que se referia à comarca como se pertencesse ao estado de Goiás, e afirmava que a sua cliente residiria em Santo Antônio do Descoberto (GO). Para o juiz, seria “inusual” o fato de o advogado contratar clientes em locais muito distantes de seus escritórios.
“Sendo o mesmo advogado e, sem escritório nesta comarca, insistindo nestas diversas lides, que demonstram sim a prática da advocacia predatória, com lide artificial e temerária, patente a má-fé, acredito que não é justo, desta forma, somente penalizar a parte, a consumidora, a demandante, que não sabe bem o que pode acontecer de uma aventura jurídica”, concluiu o juiz. A multa determinada foi de 9% do valor atualizado da causa.
Vai ter golpe?
Artigo de Eliane Brum* para El País.
“O que você acha? Vai ter golpe ou não?”. Esta é a pergunta recorrente, do sul ao norte do Brasil. Diferentes grupos têm marcado reuniões privadas pela Internet para debater o assunto. Encontros virtuais com a família, a versão pandêmica do famoso almoço de domingo, desde a eleição de 2014 mais perigoso do que um vidro inteiro de pimenta malagueta, foi tomado pelo tema. Eu mesma ouço essa pergunta várias vezes por dia. Há pessoas respondendo a convites internacionais com um texto padrão: “Atualmente, a média de mortes por covid-19 no Brasil é de mais de 1000 por dia, a variante Delta está se espalhando pelo país, a vacinação é lenta e Jair Bolsonaro pode dar um golpe a qualquer momento. Assim, torna-se difícil confirmar minha presença com tanta antecedência. O mais prudente seria confirmar o mais perto possível da data….”. Quando se torna corriqueiro falar sobre a possibilidade de um golpe de Estado e planejar os dias já incluindo essa “variável” é porque o golpe já está acontecendo —ou, em grande medida, já aconteceu. O golpe já está.
Já sabemos como morrem as democracias, é assunto exaustivamente esmiuçado nos últimos anos. Mas precisamos compreender melhor como nascem os golpes. A morte de uma e o nascimento do outro são parte da mesma gestação. Os golpes não acontecem mais como no século 20, ou não acontecem apenas como no século 20. Tenho trabalhado com o conceito de crise da palavra para analisar as duas primeiras décadas do século 21 no Brasil. Me parece claro que o estupro da linguagem é parte fundamental do método. Não apenas um capítulo do manual, mas uma estratégia que o atravessa inteiro.
Escrevo há mais de um ano que o golpe de Bolsonaro está em curso. O golpe de fundo começou antes de Bolsonaro assumir o poder no Brasil e se realiza e aprofunda a cada dia de Governo. Se o caso brasileiro é o mais explícito, a formulação atual dos golpes de Estado pode ser percebida em diferentes partes do globo, de Donald Trump, nos Estados Unidos, a Viktor Orbán, na Hungria. É importante perceber isso porque, se não o fizermos, não teremos como barrá-los.
No caso dos Estados Unidos, é verdade que, no último momento, as instituições, muito mais sólidas do que em qualquer outro país das Américas, mostraram-se capazes de impedir a tentativa de golpe de Trump. Mas também é verdade que, mesmo com Joe Biden no poder, o trumpismo cumpriu o objetivo de produzir um impacto profundo sobre a estrutura do país, impacto que segue ativo. Conseguiu, principalmente, produzir uma imagem, corrompendo a linguagem da democracia americana para sempre ao realizar o impensável, na cena da invasão do Capitólio. A porta agora está aberta.
No Brasil, o esgarçamento da linguagem é muito anterior à eleição de 2018, aquela que formalmente colocou a extrema direita no poder. É possível localizar pelo menos três momentos decisivos para o impeachment de Dilma Rousseff (PT), apontado por grande parte da esquerda como um golpe “branco” ou “não clássico”. Quando a presidenta é chamada de “vaca” e de “puta” em estádios de futebol, na Copa de 2014; quando, em 2015, um adesivo com sua imagem de pernas abertas se populariza nos tanques de combustível dos carros, de forma que a mangueira a penetre, simulando um estupro; e, finalmente, em 2016, durante a sessão que aprova a abertura do impeachment, em que Jair Bolsonaro, então deputado, dedica seu voto ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, “o pavor de Dilma Rousseff”.
Ao evocar a tortura da presidenta durante a ditadura civil-militar (1964-1985), Bolsonaro a tortura mais uma vez, cometendo o crime (artigo 187 do Código Penal) de apologia à tortura, e conecta explicitamente os dois momentos históricos, o da ditadura e o do impeachment, expondo a ruptura democrática que os une. “Puta” e “vaca” na boca da massa espumando ódio (e também de algumas jornalistas), estuprada na traseira dos carros da classe média, torturada mais uma vez pelo elogio à sua tortura feito por Bolsonaro em pleno parlamento. Depois disso, qual seria a dificuldade de arrancar Rousseff do poder? Se tudo isso já tinha sido aceito como “normal”, qual seria o empecilho para aceitar o impeachment?
É isso que chamo de estupro, corrosão ou esgarçamento da linguagem. A preparação do golpe é primeiro um investimento nas subjetividades. Pela capacidade de viralização dos discursos nas redes sociais, assim como pela velocidade na produção e reprodução de imagens na Internet, a sociedade vai “aceitando” o inaceitável. Em seguida, passa a assimilá-lo —e finalmente a normalizá-lo e até mesmo a reproduzi-lo. Aquilo que até então era considerado regra básica de civilidade, fundamental para permitir a convivência, é convertido em “politicamente correto” —e o politicamente correto passa a ser maliciosamente tratado como “censura” ou “cerceamento da liberdade”. Quando o golpe formalmente se efetiva, o inaceitável já está aceito e internalizado.
O mesmo fenômeno permitiu a Bolsonaro executar seu plano de disseminação do coronavírus, espalhando mentiras para atacar primeiro as máscaras e o isolamento físico, depois as vacinas, resultando (até agora) em mais de 550.000 mortos. Afirmando publicamente, como figura pública máxima, o inconcebível, Bolsonaro tornou corriqueiro milhares de pessoas desaparecem da vida da família e do país a cada dia. Hoje, a média atual de mil mortes por dia, depois de já ter ultrapassado 4.000, é motivo de comemoração. Pelo mesmo esgarçamento da linguagem, Bolsonaro tornou possível a volta dos militares ao poder em um país ainda traumatizado pelos torturadores nas ruas, assim como a rearticulação da direita que sustentou a ditadura militar no passado. Ao romper os limites primeiro no discurso, ele abre espaço e prepara o terreno para o ato.
É também pela corrosão da linguagem que, aperfeiçoando o roteiro de Trump, Bolsonaro se prepara para 2022, atacando o sistema eleitoral para contestar a eleição em que poderá ser derrotado. Quando a eleição chegar, a repetição do discurso de fraude já terá corrompido a realidade. Nessa operação sobre a subjetividade coletiva, a fraude acontece antes, fazendo com que o que efetivamente acontecerá na eleição, o voto, não importe. É assim que o direito constitucional de eleger o presidente do país vai sendo roubado de mais de 200 milhões de brasileiros sem nenhum tanque na rua. A narrativa da fraude se infiltra e se realiza nas mentes antes de qualquer ato, descolando-se dos fatos. O que importa é a crença na fraude. Que ela não se comprove porque não aconteceu não faz a menor diferença. “Acreditar se tornou um verbo muito mais importante do que “provar” —e essa distorção é apresentada como virtude. O principal papel de figuras como Bolsonaro e outros, e antes deles Trump, é pronunciar o impronunciável, abrindo um caminho subjetivo para a concretização do assalto ao sistema democrático.
A corrosão da linguagem culmina com a corrosão da própria verdade. Este é o ataque final ao “comum”. Já vimos outros bens comuns essenciais para a vida da nossa e de outras espécies —como ar puro e água potável, por exemplo— serem privatizados, mercantilizados e reembalados para a minoria que pode pagar por eles. A estabilidade do clima, outro bem comum, foi destruída. Os novos velhos golpistas fizeram —e seguem fazendo— o mesmo com o conceito compartilhado de verdade. Assim como acontece com os teóricos da conspiração nos Estados Unidos e em suas versões brasileiras, a autoverdade —ou o poder auto-ortorgado de escolher a verdade que mais convém ao indivíduo ou ao grupo— se torna mais “real” do que os fatos. De certo modo, é um retorno a um tipo de teocracia. No caso, a “verdade” é corrompida e controlada pelos sacerdotes deste novo tipo de seita.
Obviamente, a verdade se afirma e acaba por se impor no plano da realidade, como a emergência climática acabou de demonstrar, colocando países como a Alemanha debaixo d’água e deixando o Canadá mais quente do que o deserto do Saara. Mas, enquanto isso, charlatões como Bolsonaro e outros provocam uma destruição acelerada do comum que, em grande parte, é irreversível, comprometendo não só o futuro das novas gerações, mas também o presente.
Bolsonaro é protagonista, sim, mas é também instrumento. Conhecido como uma metralhadora giratória de asneiras violentas e violências boçais durante seus sete mandatos no parlamento, seu “dom” foi instrumentalizado. A destruição do tecido social por uma operação na linguagem aposta nas chamadas “guerras culturais”. É na desumanização dos negros, das mulheres, dos LGBTQIA+ que começa o ataque. É na chamada “pauta dos costumes” que a violência vai sendo formulada como se fosse seu oposto. Quando Bolsonaro afirma preferir um filho morto em acidente de trânsito a um filho gay, por exemplo, ele coloca a abominação na homossexualidade, encobrindo a abominação que é sua afirmação. O inaceitável é ser gay —e não defender a morte de gays. O inaceitável é o aborto de um embrião —e não a morte de uma mulher com história e afetos por complicações em procedimentos sem cuidado. E assim por diante. A cada afirmação de extrema violência, Bolsonaro foi destruindo o conceito de inviolabilidade da vida e normalizando a destruição dos corpos. A principal função de figuras como Bolsonaro é tornar tudo possível —primeiro na linguagem, em seguida no ato.
Neste momento, Bolsonaro já cumpriu sua missão maior, o que pode eventualmente torná-lo descartável. Ele claramente vai se tornando um incômodo para os grupos que agora mais uma vez se rearticulam e que, com ele, conquistaram avanços inimagináveis até então, como os próprios militares, os representantes e lobistas do agronegócio, os evangélicos de mercado e o campo da direita. Assim como Fabrício Queiroz se tornou descartável e um incômodo para a quadrilha familiar dos Bolsonaro, ele mesmo se torna perigoso para os articuladores do projeto maior, que o reconhecem como uma peça importante do jogo, mas jamais como o dono do tabuleiro. Muito vai depender da capacidade de Bolsonaro se adequar, uma capacidade que nele parece inexistente. Suspeito que é esta parte de seu próprio fenômeno que Bolsonaro não compreende. Ao miliciarizar o Governo central, acreditou que estava no comando absoluto.
As democracias morrem por muitas razões, na minha opinião a mais importante delas é o fato de serem seletivas, em diferentes graus: só funcionam para determinada parcela da sociedade, deixando outras de fora. As democracias morreriam então pela corrosão provocada pela sua própria ausência. Ou morreriam pelo tanto de arbitrariedade com que são capazes de conviver. No Brasil, o nível de exceção que a minoria dominante da sociedade é capaz de tolerar é uma enormidade. Desde que as arbitrariedades sejam contra os pretos e contra os indígenas, contra as mulheres e contra os LGBTQIA+ está tudo “dentro da normalidade”. A possibilidade de as forças de segurança do Estado derrubarem portas, invadirem casas e executarem suspeitos e não suspeitos nas periferias e favelas urbanas durante todo o período democrático é, sem dúvida, o exemplo mais evidente do caso brasileiro.
As ditaduras nascem em diferentes tempos e espaços. Assim como as parcelas da sociedade beneficiadas pela democracia convenceram-se durante décadas de que viviam numa democracia, mesmo sabendo que grande parte da população era submetida a uma rotina diária de arbitrariedades, estas mesmas parcelas têm hoje dificuldade para enxergar que a ditadura já está consolidada em várias partes do Brasil, onde pessoas precisam abandonar suas casas para não morrer e as forças de segurança e o judiciário estão a serviço dos violadores. Hoje, nas áreas “nobres” das capitais e cidades, os ataques autoritários usam o judiciário e a Polícia Federal para se realizar, como nas recentes ofensivas a colunistas da imprensa tradicional, a mais recente delas contra Conrado Hübner Mendes, colunista da Folha de S. Paulo e professor da prestigiosa faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Há outras partes do Brasil em que os ataques são a fogo e bala, como na floresta amazônica, onde casas de indígenas como Maria Leusa Munduruku são queimadas e lideranças camponesas como Erasmo Alves Theofilo têm a cabeça a prêmio. Na floresta e nas periferias urbanas, corpos humanos tombam sem provocar alarde e as execuções pelas forças policiais explodem.
A percepção de golpe se alastra quando os que não costumam ser atacados passam a ser atacados, no Brasil a minoria branca e mais rica. É uma percepção legítima, porque é ela que mostra que o tecido social se rasgou em partes consideradas até então intocadas e intocáveis. A quebra destes limites sinaliza que outras forças se moveram, ameaçando o precário equilíbrio mesmo dos mais privilegiados. Em 2017, ao testemunhar a execução de um morador de rua pela polícia no bairro nobre de Pinheiros, a classe média se mobilizou para denunciar e protestar, celebrando uma missa na simbólica Catedral da Sé. Era ainda o Brasil de Michel Temer (MDB), mas a ditadura foi largamente lembrada. Ali, o “limite” estabelecido pela lei não escrita de que o Estado pode executar pessoas, mas apenas em bairros de periferia, havia sido rompido. A quebra demandava reação, pelas melhores razões e também para impedir que a violência policial rompesse outro limite e o próximo a tombar fosse alguém que habitasse não as ruas, mas os apartamentos e casas com um dos metros quadrados mais caros da cidade.
Ao se infiltrar no imaginário coletivo, o debate do “será que vai ter golpe” cumpre ainda outra função estratégica: a de interditar e ocupar o espaço do debate urgente do impeachment de Bolsonaro. Sobre isso, há um flagrante assalto à linguagem, ao normalizar o fato de Arthur Lira (Progressistas), o corrupto presidente da Câmara de Deputados, ter seu traseiro esparramado sobre mais de 120 pedidos de impeachment ou sobre o superpedido de impeachment. Pela repetição, a crítica legítima a Lira vai se esvaziando e passa a se assimilar que assim é: a mobilização da sociedade pela democracia, traduzida em pedidos de impeachment mais do que legítimos, é pervertida e usada como instrumento de chantagem do Centrão para tomar os cofres públicos. Sempre que aceitamos o abuso de poder e de função como inevitável, acostumando-nos às arbitrariedades, o golpe avança.
Hoje, com Bolsonaro, vários limites foram ultrapassados. Limites que, mesmo para um país de marcos civilizatórios tão elásticos como o Brasil, até bem pouco tempo atrás seria impensável tê-los rompido. Quando o assunto principal é se haverá golpe ou não, tema abordado com a mesma naturalidade do aumento do preço do feijão, o último jogo do Corinthians ou a mais recente série da Netflix, o que resta de democracia? O golpe já pedalou a linguagem, infiltrou-se no cotidiano e está ativo. O golpe já foi dado. A dúvida é só até onde ele será capaz de chegar.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora de sete livros, entre eles Brasil, Construtor de Ruínas: um olhar sobre o país, de Lula a Bolsonaro (Arquipélago).
Malditos Comunistas! EUA impõem restrições aos que não são vacinados.
Autoridades americanas decidiram concentrar esforços para vencer a hesitação de milhares de pessoas em relação à vacina. Acelerar a imunização da primeira e segunda dose é prioridade nos Estados Unidos em face da proliferação da variante Delta do coronavírus. Hoje, cerca de 83% dos novos casos são provocados pela cepa. O problema é que analistas consideram que o governo americano já teria atingido o máximo de pessoas dispostas a se vacinar (por volta dos 65%), restando a tarefa de convencer o restante.
© Darren McGee- Office of Governor Andrew M. Cuomo)/Divulgação Vacinação em Buffalo, no estado americano de Nova York
Tem sido uma tarefa complicada. Aos relutantes já foram oferecidas de bolsas universitárias a cervejas. Mas como o oferecimento de recompensa não funcionou, as autoridades tomaram outro caminho: o da restrição. No fim da semana, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que estuda obrigar a apresentação de atestado de vacinação para entrar em locais fechados, como bares e restaurantes, e também estimulou empresários a exigirem que seus funcionários se imunizem. O apelo foi feito especialmente aos hospitais públicos e privados para que estabeleçam rotinas de testagem semanais ou demandem dos profissionais que se vacinem. No dia anterior, a Liga Nacional de Futebol Americano comunicou aos 32 times integrantes que os atletas que se recusarem a ser vacinados colocam em risco seus times, que poderão perder os jogos caso o jogador teste positivo e infecte outras pessoas.
Trata-se de um momento crítico para os Estados Unidos. Depois do sucesso da primeira fase de vacinação, a campanha parece ter chegado a um ponto sem saída. E o temor é o de que a parcela da população que não quer se vacinar seja justamente o terreno fácil de disseminação para a variante Delta. “Estamos vendo surgir uma pandemia de não vacinados”, disse Rochelle Walensky, diretora do Centro de Prevenção de Doenças (CDC).
Simultaneamente às medidas, muitos pesquisadores estão trabalhando para entender melhor o que está por trás da hesitação associada à vacina. Já se sabe que um dos motivos é o fato de os imunizantes em uso não terem obtido a aprovação final do FDA, a agência americana responsável pela liberação de medicamentos nos Estados Unidos. Por questão de urgência sanitária, as vacinas receberam somente liberação para utilização apenas emergencial. Por essa razão, muitas autoridades têm apelado à agência que dê seu parecer final sobre os imunizantes. O presidente americano, Joe Biden, foi um dos que se manifestou, dizendo esperar que as aprovações sejam dadas o mais rapidamente possível.
Sobre um informe da Veja.
Enquanto isso, aqui na “Grande Venezuela do Sul”, o Presidento nega que tenha se vacinado, decreta segredo de 100 anos sobre o seu cartão de vacinas e toda semana inventa uma nova história sobre a compra de vacinas:
“Ai, que eu não sabia da compra superfaturada da Covaxin; ai, que a Coronavac não presta; ai que a Pfizer não quis vender para o Brasil; ai, que eu não recebi nenhum dos 81 emails da Pfizer. E por aí vai.”
Haia te espera, Presidento. Vais curtir muito a brisa marinha da Holanda.
Depois das manifestações de ontem, o Presidento chegou a uma conclusão:
Madame Almerinda revela seu passado romântico com Sigi Vilares. Vixe, Maria!
Madame Almerinda me chama no zap e logo me manda um emoji de coração, para pagar um biscoito. Claro. Ela sabe que, depois que começou a sair na primeira página de O Expresso, se tornou uma lenda viva. E bateu de pronto:
– Quer dizer que o Sigi é candidato a deputado estadual, meu caro periodista?
-É Madame, é bom que a política se renove, que o eleitor tenha outros nomes para escolher.
– Sigisvaldo já passeou de sandálias havaianas na varanda do meu coração.
– Verdade?
– Sim, vinha aqui pra casa, com a desculpa de uma consulta, mas enquanto eu caminhava de lá pra cá, para servir um cafezinho ou desligar uma TV enjoada, ficava cuidando da minha bunda. Era magrinho, solteiro, mas até que dava um lanchinho bom. Muitas vezes ele substituiu a altura o bombeiro, que naquela época era meu companheiro. O homem da mangueira andava meio arredio e o Sigi encarava a zaga e adentrava a grande área com galhardia.
-Mesmo, Madame. Me conta mais.
– De repente, ficou famoso, casou, e me largou de mão. Quando fiz campanha pra Oziel, em 2012, aí foi que desapareceu de vez. Perdi o boy por causa da política. Em 2018, até fiz campanha pro Bolsonaro, pra ver se ele voltava, mas não deu certo.
-Não sabia dessa, não, Madame. Mas vou compartilhar essa história com a dúzia e meia de leitores de O Expresso.
-Não faça isso. Vai me comprometer! Até já deixei de ser bozopata, depois que ele fez aquela conta de -4 + 5 = 9.
-Virou esquerdinha, Madame?
-Deus me livre. Agora vou votar naquele rapaz lindo que é Governador do RGS. Pense e imagine aquele gato me visitando aqui no aLEM!
-Não esquenta, não, Madame, que ele gosta da mesma fruta que a Senhora consome.
-É mesmo, Gaúcho?
-É mesmo. Estes dias ele, o Governador, abriu o jogo e saiu do armário com um pataço. Melhor a Senhora prometer o voto para o Sigi, que talvez ele queira recordar os velhos tempos.
-Ora, ora, Periodista, que desperdício!
O índice de descaramento do País está batendo no teto.
No País em que fígado, ovo, tripa bovina, pé de galinha e osso de boi virou pièce de résistance do cardápio do trabalhador brasileiro, não tem como segurar a moralidade do fundão partidário de R$5,7 bilhões.
Pior: tem gente que jura que Bolsonaro não veta para não ofender os “mimadinhos da Estrela”, que já levaram muitos mais que isso nas emendas parlamentares e no orçamento paralelo.
O problema do País não é a dívida pública de R$6 trilhões, não são os R$170 bilhões de déficit orçamentário.
O problema no País continua sendo vergonha na cara. O que mais aumenta no País, muito além dos 50% de inflação anual, é o índice de descaramento.
O cara depois da crise do “quero fazer cocô, não posso” voltou ainda mais amargo. Detonando vacina, ofendendo senadores, falando em fraude em eleições, ofendendo ministros do STF. Ele quer aparecer de qualquer maneira. Recomenda-se cromar as orelhas e colocar uma melancia no pescoço.
Oliver Stone desmonta a versão oficial do assassinato de JFK com novos documentos antes sigilosos.

Em 2017, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resolveu tirar o sigilo sobre 2.800 relatórios secretos, com mais de três milhões de documentos, sobre o assassinato do presidente John Kennedy em 1963. O diretor Oliver Stone, 74 anos, autor do documentário JFK: a pergunta que não quer calar, apresentou em Cannes mais 2 horas de documentário, após acesso a esses relatórios secretos, sob o título JFK revisited: through the looking glass (“JFK revisitado: através do espelho”), que acabam apontando a CIA e o FBI, se não como culpados, pelo menos como manipuladores de todas as provas.
Diz Oliver Stone:
“É mais importante sabermos por que Kennedy foi assassinado do que por quem. E foi por seu desejo de paz. Hoje, por que queremos inimigos? Por que mantemos uma política hostil contra Rússia, China, Irã ou Cuba? Precisamos de relações estáveis com esses países, porque a ameaça principal que sofremos atualmente é o aquecimento global. E é um problema mundial que exige soluções mundiais. Os países, as pessoas, estão acima de presidentes ou ditadores”.
Veja a matéria completa em El País, um dos mais importantes jornais europeus.
20 anos começam nesta noite. Bolsonaro achou o golpe que tanto procurava.

A nota assinada pelo Ministério da Defesa e pelos comandantes das Forças Armadas do Brasil é o preâmbulo de um golpe de Estado tão acalentado por Jair Messias Bolsonaro.
Atiçado pela crescente impopularidade e pelas notícias de grossa corrupção no Governo, em especial no Ministério da Saúde e no Ministério da Fazenda, Bolsonaro sabe que não tem fôlego para disputar as próximas eleições. Pelas pesquisas, na polarização do segundo turno, perde para todos os candidatos, inclusive para Dória e Ciro, os de menor expressão.
Resta então aos militares e às forças auxiliares, as PMs dos Estados, um golpe de força para manter o atual Presidente no poder ou qualquer outro candidato, desde que fardado.
Para os mais antigos, que já viveram 1964, está fácil vislumbrar o caminho: legislativos ameaçados, Justiça enfraquecida, meios de comunicação censurados e controle seletivo das mídias sociais, a par de prisões arbitrárias e nulidade das garantias individuais.
Se com todo o controle da imprensa e das mídias sociais, já tivemos um magote de militares envolvidos em manobras arriscadas no Ministério da Saúde, essas ousadias agora deixarão de ter sua relevância, pois todos estarão calados.
Ao mesmo tempo em que retomam uma posição franca de confronto, os militares erram ao manter o Presidente, julgado e sentenciado com a aposentadoria pelo Superior Tribunal Militar como incapaz para exercer o oficialato e comandar tropas.
Neste momento, começa a ser inteligível a visita do Diretor da Central Intelligence Agency a vários membros do Governo há pouco mais de uma semana. Teria ele vindo ao Brasil para, em conversas ao pé do ouvido, garantir apoio ao fechamento do regime?
Aos norte-americanos interessa refrear os interesses chineses e garantir os recursos naturais do País, como ação estratégica para o enfrentamento à China na escalada pelo domínio da economia e do poder militar em todo o Mundo.
Não se iludam: o golpe de 2016 foi dado sob o patrocínio dos EUA, no momento em que o Brasil se alinhava com os BRICs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na tentativa de unir 50% dos mercados de consumo da Terra em um acordo independente do dólar. Seria o grito de independência ao acordo de Bretton-Woods quando os vencedores da II Guerra Mundial quebraram o padrão ouro e estabeleceram o padrão dólar.
Continuamos dependentes dos EUA. Inclusive da comunicação, dado o fato que a internet brasileira circula primeiro pelos Estados Unidos para depois ser distribuída ao resto do Planeta.
Uma longe e tenebrosa noite institucional pode estar começando novamente. E esperamos que ela dure apenas 20 anos, como durou aquela iniciada em março de 1964.
Confira os lotes de vacinas vencidas aplicadas em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
A Folha de São Paulo publica hoje um longo relatório de lotes de vacinas vencidas aplicadas. Clique no link para ver a matéria completa e conferir os lotes vencidos de cada cidade.
Dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (2) mostram que 1.532 municípios aplicaram 26 mil doses da vacina AstraZeneca fora do prazo de validade. As cidades mais afetadas foram Maringá (3.536 pessoas), Belém (2.673) e São Paulo (996).
Barreiras aplicou 24 lotes vencidos e está entre os 161 municípios com mais vacinas vencidas aplicadas.
Luís Eduardo Magalhães está em 2.344º lugar, com apenas um lote de vacinas vencidas, o de número 4120Z005.
O referido lote estava alocado no ESF Moacir Marchezan, mas não é informado se foi retirado para as campanhas de drive thru. Este código deve estar anotado em sua Caderneta de Vacinação.
Para saber se você recebeu a dose vencida, confira se o lote da dose da AstraZeneca que aparece em sua carteira de vacinação é um dos listados abaixo:
Lote: 4120Z001 – vencida em 29 de março
Lote: 4120Z004 – vencida em 13 de abril
Lote: 4120Z005 – vencida em 14 de abril
Lote: CTMAV501 – vencida em 30 de abril
Lote: CTMAV505 – vencida em 31 de maio
Lote: CTMAV506 – vencida em 31 de maio
Lote: CTMAV520 – vencida em 31 de maio
Lote: 4120Z025 – vencida em 4 de junho
Para verificar se a vacina proporcionou anti-corpos para a Covid-19, o paciente deve realizar exames 20 dias após a primeira dose. Entre eles:
Sorológico IGG-IGM, com resposta imediata;
Titulação do IGG-IGM, com resultado com 10 dias;
Anti-corpos Neutralizante. Resultado em 10 dias.


Com vacinação em massa, Botucatu reduz casos de Covid em 71%.
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O município de Botucatu, no interior paulista, registrou queda de 71,3% nos casos de covid-19 em seus moradores seis semanas após iniciar a vacinação em massa na população. Os dados são de um estudo realizado com o apoio do Ministério da Saúde sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil.

O início do programa de vacinação em massa ocorreu na cidade no dia 16 de maio, quando 65 mil moradores foram vacinados em um único dia. Até o momento, cerca de 77 mil moradores receberam, pelo programa, a primeira dose da vacina, cuja segunda dose é aplicada após 90 dias. Botucatu tem cerca de 150 mil habitantes, dos quais 106 mil são maiores de 18 anos.
Além da queda no número de casos, as internações decorrentes da doença também apresentaram queda na cidade: 46% a menos. “As vacinas são doses de esperança para a população brasileira. A diminuição dos casos com a primeira dose já mostra bons resultados do estudo em Botucatu, que serve de base para o resto do país”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O estudo também investiga a eficácia da vacina contra as variantes da cepa original do novo coronavírus. No entanto, os resultados completos sobre o estudo ainda não foram divulgados.
Da Agência Brasil, editado.
Projetando a experiência paulista para o Brasil, se tivéssemos feito a vacinação em massa em dezembro e janeiro, talvez tivéssemos economizado também 71% dos casos. Melhor ainda: se tivéssemos vacinado em massa, talvez 71% de 300 mil mortes, ou 213.000 mortes não tivessem acontecido.
Mas não. Não deu certo. Eles estavam querendo ganhar ao menos um dólar por vacina e assim chacinaram o povo como ovelhas em um matadouro. Repita aí Senhor General Pezadello: “Por mim eu só fornecia um saco preto”.
Pagarão por isso. Aqui na terra ou um pouco mais tarde, frente à Justiça dos Invisíveis.
Safra 20/21: Produtividade e qualidade do algodão crescem na Bahia
Colheita completa primeiro mês e estimativa é de 317,3 arrobas por hectare: primeiras amostras atestam “qualidade premium” do produto
O Centro de Análise de Fibras da Abapa (Luís Eduardo Magalhães) divulgou o resultado das primeiras amostras do algodão da Bahia colhido nesta safra e a classificação por HVI atesta “qualidade premium” do produto.
A colheita começou no estado dia 28 de maio e as expectativas são muito boas, já que durante todo o ciclo da planta foi percebido um clima favorável, marcado por chuvas regulares. O resultado disso, somado à tecnologia aplicada nos cultivos, é uma produtividade estimada em 2% superior à auferida na safra passada.
Cerca de um mês depois de iniciada a colheita, os números apontam para uma produtividade de 317,3 arrobas por hectare de algodão em capulho ou 1.951,4 quilos por hectare de algodão em pluma.
A produção total está estimada em 520.363 toneladas de algodão em capulho, para uma área plantada de 266.662 hectares. Atualmente, cerca de 97% da produção total de algodão da Bahia sai da região Oeste.
“Em pouco mais de 20 anos, o Brasil deixou de ser o segundo maior importador de pluma do mundo para se tornar o segundo maior exportador.
Perdemos em volume de oferta para o mercado externo apenas para os Estados Unidos, mas isso é algo que deve mudar dentro de alguns anos”, comenta Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), apresentados no início do mês de junho, indicam que a produção da pluma, na Bahia, deve ser 13% menor neste ciclo, com retração de área plantada em 15%. A maior rentabilidade relativa de outros commodities da região, como soja e milho, é a principal razão para o recuo.
“Uma redução de área e produção, quando olhada sem uma análise conjuntural, pode parecer algo ruim. Mas, no caso do algodão brasileiro, e, em especial da Bahia, isso reflete a sustentabilidade e a maturidade da nossa matriz produtiva, que é variada e balanceada em função do mercado. Além disso, a Bahia faz apenas uma safra, o que torna a decisão de plantio ainda mais acurada”, defende Luiz Carlos Bergamaschi, que prevê que os bons números da safra que vem sendo colhida impactem positivamente nas pretensões de plantio dos agricultores baianos para o ano que vem, e estima em 5% o aumento da área destinada ao algodão para 2021/2022 no estado.
“A qualidade do algodão da Bahia já é reconhecida em todo o mundo. Nossa produção é cada vez mais sustentável, em um desenho que procura o equilíbrio entre os aspectos econômico, ambiental e social. Isso se soma ao emprenho do agricultor e também de pesquisadores que incorporam tecnologia ao cotidiano do trabalho do campo. É todo um ciclo eficaz que, com o apoio do governo do Estado, vem mostrando resultados”, diz João Carlos Oliveira, secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia.
O Governo do Estado e a SEAGRI colaboram, dentre outras frentes, com a criação e manutenção de estradas vicinais para o escoamento das produções e circulação dos trabalhadores e das populações. Faz isso direcionando máquinas pesadas (motoniveladoras, pás carregadeiras, rolos compactadores, escavadeiras hidráulicas etc.) para os consórcios públicos rodoviários e maquinas menores (como tratores de 75cv, grades roçadeiras, reboques etc) para associações comunitárias e prefeituras. Isso além de todo o apoio técnico e estratégico proporcionado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura.
“O governo da Bahia também contribui com a lei Nº 7.932, de 19 de setembro de 2001, que institui o Programa de Incentivo à Cultura de Algodão – Proalba. O programa concede crédito presumido de até 50% (cinquenta por cento) do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, incidente sobre o valor de comercialização do algodão”, conclui o secretário João Carlos Oliveira.
Pega fogo o quengaral: ex-esposa de Pazuello quer ir até a CPI.

A ex-esposa do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello enviou um e-mail para representantes da CPI da Covid pedindo para depor. A informação foi divulgada neste domingo (27/6), pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
No texto Andréa Barbosa, como foi identificada, aborda os pontos em que poderia falar sobre as situações que envolveram o ex-marido. A CPI ainda avaliará se aceita o pedido, o que deverá ser feito em uma conversa entre ela e o senador Omar Aziz.
Não devemos esperar muito desse depoimento. As pressões que Andréa Barbosa já está recebendo passam até por ameaças à filha de 13 anos. Particularmente tenho mais expectativas em relação a uma eventual delação premiada da primeira-dama Michelle, que dada às circunstâncias deverá se dar no curso do processo de julgamento do atual Presidente.
Omar Aziz diz que Governo vai desmoronar com depoimentos na CPI.

Presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse a interlocutores estar convicto de que a comissão de inquérito chegou enfim a um foco de corrupção do governo federal no enfrentamento à pandemia.
A interlocutores, Aziz disse que o Presidente vai perder o principal discurso, o da probidade no trato da coisa pública.
O parlamentar reuniu-se com auxiliares na terça-feira (21) e, diante de relatos preliminares do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e do servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda, que revelou ao Ministério Público “pressões” para acelerar a importação da vacina indiana Covaxin. Diante dos fatos Aziz foi enfático: o Governo vai ruir.
“O Governo não se aguenta. Sexta-feira ele cai. O Governo vai desmoronar, disse o Presidente da CPI da Covid, segundo relatos obtidos pela revista Veja.
Quantos Fiat Elba seria possível comprar com o sobre preço da vacina Covaxin.
A Fiat Elba, comprada com recursos do caixa 2 de Paulo César Farias, derrubou Fernando Collor. Um Renault Duster 0 Km, carro com alguma semelhança, está custando R$90 mil.
Será que com o sobre preço da aquisição da Covaxin, R$1,6 bilhão, daria para comprar 17 mil carros Duster e ainda sobraria um troco para o emplacamento? Será motivo para derrubar o autor da façanha?
Deixe de ser mal agradecido. Bozoró comprou a vacina mais cara porque ela é a melhor.

Tem umas pessoas que não entendem. O negócio com a vacina Covaxin significa um reforço de caixa. Primeiro, para a campanha do próximo ano. Se houver.
Segundo para os advogados de defesa, no Brasil e em Haia.
Depois, para o exílio dourado. Já pensou quanto leite condensado é necessário para deixar contente uma família com 5 filhos, noras, genro e netos, mais a presença aveludada do Hélio Negão?
Osmar Terra foi o arquiteto do genocídio.
Artigo de Marcos Strecker, no portal da revista Isto é
A CPI precisa decidir se continuará a dar palco para negacionistas. O depoimento do deputado Osmar Terra (MDB) à CPI, nesta terça-feira, 22, é aviltante não apenas pelo cinismo com que tentou se livrar da responsabilidade pela política que levou à morte de meio milhão de brasileiros.
Causou repulsa assistir novamente à verdadeira campanha que ele fez desde o início contra as medidas capazes de deter a doença.
Desde o começo, ele disse que o distanciamento social não tinha nenhum efeito, afirmou que apenas a “imunidade de rebanho” (uma tese estapafúrdia e desvirtuada) iria acabar com a pandemia e desqualificou a importância da vacinação. Sacou novamente dados enganosos para voltar espalhar desinformação sobre a evolução da doença. Repetiu, mais uma vez, uma ação deliberada para confundir a população e minar a credibilidade dos dados científicos.
A fala irresponsável do deputado gaúcho lembra o Brasil de 100 anos atrás, o da Revolta da Vacina.
É essa a regressão no debate público que os asseclas do presidente procuram atingir, agora turbinados pelas redes sociais, que reproduzem com algoritmos sofisticados as falas mais radicais, capazes de provocar reação entre os incautos.
À imprensa, também atacada violentamente pelo Presidente, coube a penosa tarefa de tentar esclarecer os fatos e apontar a verdade em meio ao mar de mentiras que são propagadas diariamente – inclusive por bárbaros que usam seus diplomas como escudo, como é o caso de Terra.
O trágico é que o deputado conseguiu calibrar o discurso negacionista para um presidente que tem uma agenda ditatorial e populista.
Terra não apenas influenciou Bolsonaro, ele deu o conteúdo para a ação criminosa na pandemia. Foi o arquiteto do negacionismo.
No fim, a CPI tem o papel histórico de preparar a base legal para a criminalização desses personagens sombrios.
Para a população, o discurso sereno mas vigoroso de defesa das medidas sanitárias baseadas na ciência deve prevalecer em todas as instâncias, sem permitir defesas ladinas contra as urgentes medidas coletivas.
Essas falas são apenas uma empulhação que se destina a eternizar um governo autoritário à custa de mortas em série.
Estadão acusa o atual regime de imitar o populismo do PT.

Estadão, o jornal da Avenida Paulista, publica hoje, em Notas & Informações, um artigo sob o título “O Futuro Fica para Depois”. Depois de criticar o populismo dos governos do PT, o Estadão acusa Jair Bolsonaro de tentar imitar os petistas em ano pré-eleitoral:
“Ontem como hoje, mesmo em momentos de recuperação econômica, o governo deixou de investir em educação, em saúde e em infraestrutura. Quando o PT estava no poder, festejava-se a abertura indiscriminada de universidades e o financiamento de faculdades caça-níqueis, enquanto o ensino básico, essencial na formação dos cidadãos, era relegado a plano secundário. Hoje, Bolsonaro transformou o Ministério da Educação em cidadela de sua cruzada ideológica em favor do atraso, além de cortar sistematicamente os recursos de pesquisa e ensino.
Gerações serão condenadas à pobreza e à mediocridade em razão dessas escolhas. Nenhuma economia se sustenta, no longo prazo, sem estudantes bem formados, sem cidadãos com acesso à saúde de qualidade, sem uma legislação tributária racional, sem respeito ao meio ambiente, sem um Estado que faz bom uso do dinheiro público e, principalmente, sem reverência aos valores democráticos.
Na perspectiva do País, não há nenhuma razão para otimismo, já que o atual presidente pleiteia a reeleição para continuar a fazer exatamente o que fez até agora: hipotecar o futuro dos brasileiros para usufruto imediato de sua família e agregados. Reformas estruturais nem pensar.”
Manifestantes vão às ruas nas grandes cidades em oposição ao Governo

Segundo os organizadores, 438 cidades do Brasil e do mundo tem eventos programados. Entre os locais, contam-se 51 cidades no exterior: 9 nos EUA, 8 Alemanha, 4 Argentina, 1 Áustria, 1 Bélgica, 4 Canadá, 1 Dinamarca, 3 Espanha, 1 Holanda, 3 Irlanda, 2 Itália, 6 Portugal, 3 Reino Unido, 1 República Tcheca, 1 Suécia, 2 Suíça e 1 Venezuela.

Milhares de manifestantes se reúnem na manhã deste sábado (19) em diferentes cidades do país em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os maiores atos, estão os de Brasília, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para as 16h, na avenida Paulista.
As manifestações ocorrem no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortos pela Covid e menos de um mês após os atos de 29 de maio, que atraíram milhares de pessoas. Os protestos nacionais são pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.
As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.
A expectativa deles era de um volume maior de participantes desta vez. A quantidade de organizações que endossam a realização dos protestos e o número de cidades com atividades programadas cresceram em relação ao final de maio.
Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protesto contra a privatização da Eletrobras, que deve ser aprovada na Câmara no início da próxima semana.
Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras.
Ao contrário dos atos em favor do governo, os manifestantes não foram autorizados a descer para a praça dos Três Poderes e se concentram no gramado em frente ao Congresso Nacional.
O evento no DF colocou no mesmo carro de som parlamentares de diversos partidos de esquerda.
Discursam com palavras duras contra o presidente, especialmente condenando a condução no enfrentamento da pandemia e o autoritarismo do governo, parlamentares como os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Uczai (PT-SC) e o deputado distrital Leandro Grass (Rede).
No Rio, o poeta maior e aniversariante, Chico Buarque de Holanda, 77 anos, foi às ruas.
Também há diversas bandeiras de partidos, como PT, PSOL e PC do B, além de inúmeras camisetas com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na capital de Pernambuco, o ato também uniu representantes de partidos à esquerda que disputam espaço na corrida eleitoral de 2022, como PT e PDT. O estado e a cidade são governados pelo PSB, que também teve representantes no ato.
No protesto anterior, realizado no dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atacou violentamente as pessoas que protestavam pacificamente contra o governo federal.
Diante do desgaste político, o governo estadual escalou agentes de conciliação para evitar qualquer tipo de animosidade entre polícia e manifestantes.
Outras cidades
Até sexta-feira (18), estavam confirmados atos em mais de 400 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 41 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.
No mês passado, segundo a coordenação, houve no total movimentações em 210 cidades no Brasil —algumas, assim como agora, tiveram mais de uma atividade. No exterior, o número também foi menor: 14 cidades. No total, foram 227 atos.
A recomendação é que os manifestantes usem máscara (preferencialmente do tipo PFF2), se possível levem máscaras para doação, carreguem álcool em gel e mantenham o distanciamento social. Nos protestos de maio, as orientações foram seguidas, mas houve registros de aglomerações.
No sábado passado (12), Bolsonaro participou na capital paulista de um passeio de moto com apoiadores, depois de eventos semelhantes em Brasília e no Rio.
O presidente e auxiliares foram multados pelo governo João Doria (PSDB) por não usarem máscara contra a Covid-19 no evento. Motociclistas simpatizantes do governo também deixaram de usar a proteção facial —item que os protestos da oposição dizem diferenciá-los em relação aos dos bolsonaristas.
A Campanha “Fora, Bolsonaro” é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.
Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha. O PT, que apoiou com mais afinco na véspera o ato anterior, desta vez decidiu entrar para valer na mobilização.
O ex-presidente Lula anunciou que avalia comparecer, mas a tendência é que ele não vá. O envolvimento dele no assunto tinha sido discreto em maio e assim continuou até meados desta semana, quando se pronunciou em suas redes sociais sobre a possibilidade de ir.
PSOL, PC do B, PCB, UP, PCO e PSTU, que já estavam participando ativamente da articulação, continuam envolvidas. Além disso, outros partidos anunciaram apoio à iniciativa.
O Cidadania, que se apresenta como um partido de centro, comunicou nesta semana sua adesão às manifestações, em nota assinada pelo presidente nacional, Roberto Freire. Ele também afirmou que irá comparecer.
Siglas como PSB, PDT e Rede Sustentabilidade adotaram, institucionalmente, posição mais cautelosa —dizendo que não estimulam a formação de aglomerações—, mas sem proibir a presença de seus quadros. Com isso, núcleos e seções regionais desses três partidos decidiram se juntar às manifestações.
Partidos de oposição a Bolsonaro mais à direita ignoraram o tema ou simplesmente deixaram a decisão a critério de cada filiado ou corrente interna.
Bolsonaro minimizou o impacto das marchas contra ele em maio e lançou mão de uma estratégia para tachar a iniciativa como evento de campanha de Lula. O adversário, que não esteve presente, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022.
Fora do ambiente partidário, a mobilização somou a adesão das dez principais centrais sindicais, que ficaram reticentes da outra vez, muito pela pressão de categorias profissionais que demonstraram preocupação com a incoerência de se juntar às multidões e defender o distanciamento social.
Na semana passada, o apoio às manifestações foi deliberado em um fórum das centrais, que inclui CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entre outras.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que em maio preferiu manter discrição na fase de preparação dos atos, desta vez incentiva a participação de seus integrantes.
O movimento Acredito, que prega renovação política e está posicionado mais ao centro, também se integrou à organização dos protestos. Já MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua), que levaram a direita às ruas contra governos do PT e hoje se opõem a Bolsonaro, mantiveram distância.
Ativistas envolvidos na convocação deste sábado dizem que a chegada de novas forças e a esperada adesão de mais manifestantes se devem à crescente insatisfação com o governo Bolsonaro, mas também ao clima pacífico e organizado e às precauções sanitárias do protesto anterior.
As principais bandeiras são o impeachment de Bolsonaro, a vacinação ampla contra a Covid e o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600. As pautas foram definidas por centenas de organizações, que têm buscado unidade de discurso e se blindado contra atritos que comprometam a coesão.
Entre os objetivos, está ainda expressar apoio à CPI da Covid, vista como caminho que pode levar à responsabilização do presidente pelo agravamento da pandemia e servir de impulso para a Câmara dos Deputados abrir o processo de deposição dele, possibilidade tratada hoje com ceticismo.
Promover atos de rua em um cenário de descontrole da Covid foi um dilema que provocou debate em setores da esquerda nos últimos meses, mas a divergência de opiniões foi superada com as convocações para o dia 29 que atraíram milhares de pessoas em cidades do Brasil e de outros países.
O racha foi contornado diante do diagnóstico, feito por líderes do chamado campo progressista, de que solucionar as crises sanitária, econômica, institucional e política é inviável com Bolsonaro no poder.
O Canadá já vacinou muitos de seus jovens acima de 12 anos
Enquanto isso, aqui nos Estados Unidos do Sul, faltam vacinas e sobram cepas de Coronavírus estranhas. O número de casos e as mortes estão aumentando. E como a maior autoridade sanitária do País é um louco ensandecido, seguimos nosso rumo macabro para 1 milhão de mortes.
Aqueles que não morrerem de Covid, morrerão de fome, apesar da recomendação do sinistro Paulo Guedes de que os ricos devem dar os restos dos seus pratos para os pobres.
Sem vacinas, sem comida, sem emprego, sem assistência social o brasileiro marcha no rumo da tragédia sem precedentes.
Como citou hoje Mario Lago Filho: “Quando ministros de estado sugerem dar aos pobres resto de comida ou alimento com prazo de validade vencido, lembro de Hanna Arendt, que disse:
Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.
Polícia Federal não encontra Carlos Wizard. Ele se auto-exilou nos EUA para evitar CPI.
Eles sempre acabam se achando ao longo da vida.
O empresário bolsonarista está nos EUA e terá seu passaporte apreendido assim que retornar. Mais um auto-exilado entre os bolsonaristas. Depois do Weinfraude, o analfabeto que assumiu o Ministério de Educação, e de Allan dos Santos, o terrorista da internet, Wizard ficará gozando as vantagens de ensinar Inglês aos norte-americanos.
Da Revista Fórum, editado por Urbs Magna e O Expresso.
Nesta quinta-feira (17), data em que estava marcado o depoimento do bolsonarista Carlos Wizard à CPI do Genocídio, equipes da Polícia Federal tentaram cumprir uma ordem judicial de condução coercitiva e foram até a casa do empresário, em Campinas (SP), para levá-lo obrigado à comissão. A condução coercitiva havia sido autorizada pela juíza federal Márcia Souza e Silva de Oliveira, da 1ª Vara Federal de Campinas, a pedido da CPI.
O relatório da PF, divulgado nesta sexta-feira (18), aponta que Wizard não foi localizado. Os policiais tocaram o interfone de seu prédio e ninguém atendeu e, quando já estavam deixando o local, um funcionário da casa do empresário teria afirmado que que não o vê “há bastante tempo”.
Não à toa. Já era de conhecimento público que, em março, Wizard foi para os Estados Unidos e permanece lá até agora. Para evitar depor à CPI, ele chegou a alegar, através dos advogados, que não está com seu passaporte em mãos.
A CPI do Genocídio já pediu à Justiça que o passaporte de Wizard seja apreendido assim que ele retornar ao Brasil.
Lembrete
Citado por outros depoentes da CPI e apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” que abasteceu Jair Bolsonaro com orientações anticientíficas, Wizard, além de ter sido convocado, teve seus sigilos quebrados a pedido da comissão. O empresário, no entanto, não respondeu às notificações.
Na última segunda-feira (14), o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diante do silêncio de Wizard, resolveu entrar em uma live do empresário para lembrá-lo da convocação para prestar depoimento ao colegiado.
“Olá, Sr. Carlos Wizard. Vim lembrar vc do seu compromisso na próxima quinta (17), na CPI da Covid. P/ facilitar: a CPI está sendo realizada no Senado, no Anexo II, ala Sen. Alexandre Costa, Plenário 3”, escreveu Randolfe no espaço de comentários da transmissão ao vivo que contou com a participação de Wizard.
“Temos um louco na Presidência”, diz relator da CPI, Renan Calheiros
Para o senador, o presidente é um risco de morte para os brasileiros.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou nesta sexta-feira (18), que a Comissão discute a possibilidade legal de investigar Jair Bolsonaro pelos crimes cometidos no enfrentamento à pandemia acrescentando que o presidente representa um risco de morte: “Tem um louco na presidência que todo dia atenta contra a vida dos brasileiros”, disparou.
“Isso é uma análise que estamos fazendo, refletindo e meditando, ouvindo as instituições. Se a Comissão Parlamentar de Inquérito puder diretamente investigar o presidente da República, queria, de antemão, avisar que nós vamos investigar sim”.
“Mesmo não podendo convocar e não podendo investigar, a CPI vai ter que responsabilizar, sim. Diante de provas, não há como não responsabilizar”.
Portal dos Jornalistas Livres confirma 408 eventos para amanhã.
Uma última atualização do portal Jornalistas Livres, indica que agora já são 408 atos confirmados pelo Fora Bolsonaro a ser realizado no dia de amanhã:
“Continuamos ocupando às ruas e as redes sociais na luta por Vacina no Braço, Comida no Prato e pelo Impeachment do Bolsonaro e de seu governo Genocida. Se o 29M foi bonito, este será mais ainda! Importante que todas e todos sigam as medidas de proteção possíveis, para caminhar lado a lado em defesa da vida, por vacina para todos e por impeachment já”
O líder da Oposição a Bolsonaro, Lula da Silva, ainda não confirmou sua presença nas ruas.
Operador da Faroeste preso revela que não temia envolvimento.
Conteúdo de Cláudia Cardozo, no Bahia Notícias.
Preso esta semana, acusado de ser um dos operadores do esquema criminoso investigado na Operação Faroeste, Luiz Carlos São Mateus não acreditava que seria envolvido nas investigações da Polícia Federal (PF). Segundo o próprio revelou em uma ligação captada a partir de um acordo de colaboração premiada, ele era um homem “protegido demais”.
A delação em curso foi feita por um profissional da advocacia, com quem Luiz Carlos falou por algumas vezes para combinar o pagamento de duas cartas de crédito em sacas de soja (saiba mais aqui). Nos encontros, colaborador e operador negociaram um pagamento antecipado estimando cada saca em R$ 100, aproximando a dívida para R$ 1,5 milhão. Durante a conversa, Luiz São Mateus revela que os valores seriam destinados para o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, também preso pela Faroeste. O valor seria para pagar dívidas do juiz, incluindo o aluguel da casa em que residia.
Na primeira conversa captada, no dia 8 de junho deste ano, o delator pergunta então se o homem está com as cartas de crédito, e se elas não foram foram encontradas pela polícia na busca e apreensão na época da prisão do juiz. Luiz então responde: “Não, não. Graças a Deus que nem falaram no meu nome. Também não tinha porque”.
A pessoa responsável pela delação então se mostra preocupada com a transferência de valores tão altos, já que o volume das operações poderia chamar a atenção. Nesse momento, São Mateus diz que está com a vida tranquila e que não quer problema.
“Eu graças a Deus sou um homem protegido demais, que no meio desse rolo todo eu nem…”. A pessoa reforça, dizendo que empresas são mais fiscalizadas em relação a movimentações, e ele minimiza: “Mas isso não tem nada não. Eu não tô envolvido em nada não”.
Em outro momento, o operador repete que não quer problema, e garante que é “precavido”. “É tanto que você viu, nessa merda toda aí, eu, graças a Deus, fiquei livre em tudo. […] Eu sei como fazer. Pode ficar tranquila nisso aí. Se tem uma coisa que eu quero é dormir em paz. Nem quero lhe arrumar problema com isso aí”.
A tranquilidade, porém, não era tão forte no dia seguinte, em outra conversa interceptada pela PF, Luiz Carlos diz que uma das empresas que receberiam o valor pelas sacas seria uma imobiliária da cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, que já movimentava normalmente valores mais altos. O delator se mostra receoso com a forma com que o pagamento seria feito para o operador, porque as cartas de crédito tinham estado com outro investigado da Faroeste. É quando ele alerta: “Fala baixo, você não sabe se tem (inaudível).” A pessoa então fala que ele mantém o celular próximo e ele rebate, dizendo: “Eu não. O meu eu troco de quinze em quinze dias”
Aceitando o castigo
No diálogo, Luiz chega a chega a dizer que o juiz Sérgio Humberto está “bem, na medida do possível” na prisão, e que está “aceitando o castigo”. Em outra conversa, porém, ele completa:
“Espiritualmente aquele cara é forte demais, né? Mas tá um bagaço. Não tem como tá (sic) bem. Não tem como…”. O delator comenta que acreditava que o juiz seria liberado, quando Luiz revela que “a promessa era de sair, parece que a coisa piorou”. A liberdade não veio, segundo o operador, mesmo que o advogado do magistrado fosse “muito bem relacionado”. “O problema é que não tem como liberar. Que não é só o problema do Sérgio. Já teria liberado ele. São os outros, né?”, sugere, em relação a outras pessoas presas na operação.
Para Luiz, a situação só se resolveria de uma forma: “Tomara que chegue lá em cima mesmo. Se chegar a eles, aos grandes, aí eles acabam com isso”.
O Sal da Semana. Poucas e boas daqui e d’acolá.
Negacionistas na maior empresa.
O Sobrenatural de Almeida ataca, agora na Petrobras. Segundo os sindicatos dos engenheiros e petroleiros, o Departamento Médico da empresa vem receitando o “Kit Covid” para os funcionários. Com um general no comando e a influência do “Cavaleiro da Porca Alice”, estão sacrificando os funcionários da maior empresa do País com remédio para maleita e para vermes. Valha-me Nossa Senhora da Bicicletinha!
WW aparece e ganha audiência secreta.
Wilson Witzel, mesmo com um habeas embaixo do braço, foi à CPI do Genocídio, confirmou a pressão sob o porteiro do condomínio “Morrendas da Barra”, onde residem vários milicianos de escol, um deles proprietário de 116 fuzis. O ex-juiz parcial de Curitiba, hoje auto-exilado Sérgio Moro participou do crime. O porteiro dizia que no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco o motorista dos atiradores pediu para ser anunciado na casa do então deputado federal Jair Messias. Witzel ganhou uma audiência secreta para falar sobre o assunto.
Deu ruim
Carlos Wizard, eminência parda da República e financiador de campanhas de extrema-direita, tentou obstar a quebra dos seus sigilos telemáticos e financeiros. A ministra Rosa Weber, do STF, não concordou com a sua petição.
Terraplanistas
A CPI do Genocídio já marcou os depoimentos de Osmar Terra e Filipe Martins. Imperdíveis.
O verdadeiro preço do “Grilo”.
Hoje um agricultor me esclareceu. O gigantesco grilo de terras da região da Coaceral tem valores mais altos do que venho divulgando. São 366.000 hectares de terra que por baixo valem 200 sacas de soja por hectare.
Sem contar as edificações e a parte mais cara, a correção de solo.
A R$150,00 a cotação da saca, no soja balcão, a conta sobe para 10,98 bilhões de reais, assim com B de batata como costuma dizer o Coroné Ciro. Os mentores e operadores enquadrados na Operação Faroeste chegaram a movimentar um pouco mais de R$1,2 bilhão.
Forte esquema investigativo.
Amanhã a Segurança Pública da Bahia, Polícia Federal e membros do Ministério Público, baiano e federal, baixam em peso em Barreiras e Região para investigar os últimos passos da Operação Faroeste. A Operação Faroeste entra em sua 2ª Onda depois da prisão de desembargadores, juízes e advogados.
Pelo que se diz, o crime de assassinato não permanecerá impune.
Posando com fuzil
Além de hastear as bandeiras, nos mastros eretos, e posar ao lado de extremistas com fuzis em riste, o que veio fazer em Luís Eduardo Magalhães o deputado federal Eduardo Bolsonaro, conhecido também como Dudu Bananinha. A base eleitoral do dito cujo está no mínimo a 1.700 kms de Luís Eduardo, em São Paulo.
MP da Eletrobras é inconstitucional e vai prejudicar a Bahia e o Nordeste.
O relatório aponta que os “jabutis” – como são chamados os trechos estranhos ao texto original – aprovados pelos deputados podem prejudicar o Nordeste, região com grande potencial para geração de energias renováveis, como eólica e solar.
As alterações impactam, principalmente, a Bahia, Estado que pelo qual o deputado Elmar Nascimento (DEM), relator da matéria na Câmara, foi eleito.

Elmar Nascimento, o traidor da Bahia na geração de energia limpa.
Do Estadão, com edição de O Expresso.
A Medida Provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobrás é inconstitucional, segundo avaliação da Consultoria Legislativa do Senado. O órgão é o responsável por fazer análises críticas e orientar os senadores a se posicionarem em relação a propostas e projetos de lei. A previsão é que a MP seja votada nesta quarta-feira, 16, pelo plenário, mas ainda não há acordo para aprovação. O texto precisa do aval do Congresso até o dia 22, ou perderá validade, o que impediria o governo de dar andamento aos planos de privatização.
Segundo a consultoria, “tanto a privatização da Eletrobrás quanto a prorrogação das concessões de geração são inconstitucionais”, uma vez que a Constituição exige a realização de licitação tanto de estatais quanto de usinas.
“Logo, em obediência ao princípio da legalidade, a Administração Pública não pode adotar casuisticamente o aumento de capital mediante subscrição pública de ações, um instrumento do Direito Societário, como se licitação pública fosse”, diz a nota, em relação ao modelo de privatização escolhido pelo governo.
Se receber autorização do Congresso, a Eletrobrás fará uma nova oferta de ações e o governo reduzirá sua participação, hoje em torno de 60%, para menos de 50%. Com isso, deixará o controle da empresa. Pela proposta, é vedada participação de qualquer acionista acima de 10% do capital da Eletrobrás.
A MP, segundo o parecer, não atende o pressuposto da urgência, cujos argumentos seriam “bastante questionáveis” e “por demais frágeis”. “Na verdade, o que se depreende da Exposição de Motivos Interministerial (EMI) nº 3, de 2021, é que o Governo pretende ‘atropelar’ a apreciação da matéria no Legislativo.”
A consultoria critica ainda que o trecho da MP que mantém as garantias concedidas pela União à Eletrobrás, subsidiárias e sociedades de economia mista. Segundo a nota, a proposta abre “um precedente perigoso, principalmente pelo risco fiscal que ele representa”. Os consultores citam a dívida líquida da estatal que ultrapassa R$ 20 bilhões.
Jabutis
O relatório aponta que os “jabutis” – como são chamados os trechos estranhos ao texto original – aprovados pelos deputados podem prejudicar o Nordeste, região com grande potencial para geração de energias renováveis, como eólica e solar. As alterações impactam, principalmente, a Bahia, Estado que pelo qual o deputado Elmar Nascimento (DEM), relator da matéria na Câmara, foi eleito.
O parecer traz a obrigação de o governo contratar 6 mil megawatts (MW) em termelétricas a gás em locais sem reservas e gasodutos para escoar o insumo, cria uma reserva de mercado para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos próximos leilões e renova automaticamente contratos das usinas integrantes do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), sem considerar que os valores das construções dos empreendimentos já foram amortizados e, por isso, deveriam ser retirados das tarifas.
A nota da consultoria aponta que as térmicas previstas no parecer vão operar na base, ou seja, vão gerar praticamente o tempo todo, mesmo quando houver outras fontes mais baratas à disposição para atender a demanda do País. Para garantir o equilíbrio do setor, usinas hidrelétricas, eólicas e solares fotovoltaicas deixarão de ser acionadas e, consequentemente, novos empreendimentos tampouco serão construídos. A contratação de térmicas também terá um impacto para o meio ambiente, pois aumentará a emissão de dióxido de carbono do setor elétrico em mais de 40% até 2030.
O maior impacto da medida recairá sobre a Bahia, que além de deter maior capacidade instalada de fontes eólica e solar e uma grande capacidade para expansão, sedia empresas que produzem equipamentos e prestam serviços para as usinas. Outros Estados do Nordeste também serão prejudicados, como o Rio Grande do Norte e o Piauí – que possui o maior parque solar da América Latina.
“Em resumo, a instalação de termelétricas a gás natural na base, além de deslocar a geração hidrelétrica e eólica existentes, poderá inviabilizar novos empreendimentos no Nordeste”, diz o documento.
Outro ponto criticado pela consultoria é a construção de gasodutos para abastecer as térmicas. A avaliação é de que não há lógica em construir infraestrutura para levar o gás para locais distantes e, depois, construir linhas de transmissão para enviar essa energia para o Sudeste – onde estão, de fato, as reservas e o maior mercado consumidor.
“As reservas de gás natural, que poderiam ser um bônus para o Brasil e contribuir para a redução do custo da energia, elétrica e térmica, estão sendo transformadas em ônus a ser suportado pela maioria dos brasileiros.”
“Não significa que termelétricas a gás natural operando na base do sistema elétrico brasileiro nunca serão necessárias ou competitivas. Essa decisão, contudo, deve ser criteriosa dos pontos de vista técnico e econômico, sem nunca perder de vista os pilares da segurança energética e da modicidade tarifária”, diz o relatório.
A troca de energia mais barata pelas termelétricas, mais caras, vai pesar nas contas dos consumidores atendidos por distribuidoras e dos que operam no mercado livre, como grandes indústrias. A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) estima que a obrigação aumentará o custo do setor em R$ 20 bilhões por ano.
PCHs
A contratação de PCHs também deverá ter maior impacto para os Estados do Nordeste, aponta a Consultoria Legislativa do Senado. Se por um lado a região tem grande quantidade de projetos habilitados de geração eólica e solar fotovoltaica, apenas a Bahia tem um projeto de pequena hidrelétrica cadastrado.
“Ainda assim, como a Bahia é o Estado que, com muita dianteira, tem mais projetos de geração eólica e solar habilitados, será, mais uma vez, o mais penalizado pelo projeto, em razão da reserva de mercado criada para PCHs”, concluiu a análise.
Neste caso, também serão os consumidores que pagarão a conta. Os cálculos da Abrace indicam que o prejuízo será de R$ 1 bilhão por ano para consumidores atendidos por distribuidoras, como os residenciais.
Já a prorrogação dos contratos do Proinfa foi avaliada como uma “transferência de renda” de R$ 3 bilhões por ano, sem nenhuma justificativa, do bolso das famílias para os proprietários desses empreendimentos.
O texto da Câmara determina que a energia dessas usinas deverá ser contratada ao preço do leilão A-6 de 2019, de R$ 285,00 por MWh. Para a Consultoria do Senado, a proposta não tem explicação, já que as usinas estão prontas há duas décadas e, portanto, já foram amortizadas. O entendimento é que a questão provavelmente terminará judicializada.
Os trechos foram criticados por associações e parlamentares nos últimos dias, mas ainda há definição sobre o que efetivamente será mantido pelo relator do texto no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO). Publicamente, o parlamentar já defendeu alguns dos pontos aprovados pelos deputados, como a contratação de térmicas a gás, e usa como justifica cálculos do governo que indicam que a conta de luz ficará mais barata.
Político em campanha é como burro que trabalha em usina.
O povo está se mexendo forte, em Luís Eduardo, Barreiras e no resto dessa grande pátria baiana com vistas às eleições de 2022. E tem gente já pensando e maquinando que 2024 passa por 2022.
E como dizem os nordestinos mais antigos, político em campanha é como burro carregado de cana: até a bunda é doce. Depois que sentam na cadeira ficam numa amargura dos diabos.
Madame Almerinda abre seus arquivos implacáveis. Cuidado, cenas fortes.
A pitonisa mais famosa de Luís Eduardo, Madame Almerinda, cafetina de espíritos e mulher de muitos delírios terrenos, resolveu abrir parte dos seus dôssies sobre personalidades da cidade, sem citar nomes, é claro, pois de boba nada tem. Ela me mandou um resumo das queixas dos seus consulentes, com um resumo do diagnóstico e de suas recomendações, os quais passo a relatar sem mais delongas:
“Casada em dúvida e o maridão perdido”
Querida Madame. Hoje cheguei em casa uma hora mais cedo e encontrei o meu marido vestindo aquele meu vestido vermelho de tafetá. Pior, Madame: ele usava uma peruca loira tipo “le garçonne” e saltos agulha que nem sei de onde ele tirou. Deve ser por isso que ele andou fazendo depilação a laser na semana passada. Me ajude, querida Madame!
Cara Consulente:
Primeira providência: desembarque dessa tralha. Para você, ele já passou de público-alvo para concorrente direto. Assuma sua relação com o cara da Van e apresente sua costureira para o seu agora ex-marido. Recomende a confecção rápida de uns vestidinhos habillée, que ele vai ficar uma graça.
“Marido constrangido”
Prezada Madame: minha mulher classificou, no aplicativo Lulu, o meu ‘aparato bélico’ como insatisfatório. O que faço, Madame?
Caro Consulente:
Seja duro (epa!) com ela. Faça com que ela veja que, numa metáfora muito usada, não é o seu sofá que é pequeno. Pelo contrário: que a sala de estar da moça é que tem dimensões exageradas.
“Rosinha desesperada”
Madame, me socorre! Nestas épocas de plantio, meu marido chega em casa, depois de uma semana na fazenda, no sábado de noite e parte de novo pra lavoura no domingo de manhã sem fazer nenhuma gracinha pra Rosinha. Será que ele tem outra, Madame?
Cara consulente:
Tem, sim, Rosinha desesperada. E eu até sei o nome. Chama-se Helicoverpa Armigera. Deixa o homem trabalhar em paz, Rosinha Tarada.
Marido Desconfiado:
Prezada Madame: minha mulher sai no meio da tarde toda fantasiada de atleta, com um legging justíssimo, mais justo que a justiça divina, e só volta lá pelas 10 horas da noite. O pior é que só este mês fui obrigado a pagar quase R$3 mil de personal trainer. Será que tem boi na linha, querida Madame?
Prezado Consulente:
Tem boi e tem boiada. E tem chifre também. Troca de mulher, Marido Desconfiado, ou troca de cidade, que essa cornice já deu na vista.
Madame Almerinda rides again! Meio deprimida, mas cheia de coceirinhas.
Muitos dos meus 16 eleitores – cabem todos numa kombi – me perguntam sobre Madame Almerinda. Fico sem resposta. Depois da campanha de Oziel à reeleição, onde a cafetina dos espíritos exerceu papel preponderante, nunca mais vi, nem falei.
Hoje resolvi telefonar. Atendeu, falando baixinho, quase sussurrando, com aquele seu tom roufenho de quem entregou a alma a Jesus e os pulmões à Souza Cruz.
-Meu prezado periodista. Que prazer em ouvi-lo. Há quanto tempo?
-Gostaria de saber como está passando, minha prezada. Preciso de uma consulta, quero trazer de volta um velho amor, uma loira de fechar o comércio, mas espero que volte, em três dias conforme o prometido, sem Covid e sem SIDA.
-Difícil, meu caro! Apesar da conexão super rápida da G7Net, minha bola de cristal está com problemas de imagem. Desde que Oziel perdeu com aquela diferença e o “Nosso Presidento” se afundou nas pesquisas, perdi minha conexão com o Além. A Lua entra em Câncer, se une a Vênus e recebe um ótimo aspecto de Júpiter em Peixes indicando um dia de boas novidades em seus amores, meu prezado newspaperman. É o que estou vendo aqui no seu horóscopo.
-Que bom ouvi-la. Mas quero deixar claro que a Senhora tem dedo podre pra política, viu? Primeiro apoia o genocida. Depois apoia o Oziel. Vixe! Pelo amor da Nossa Senhora da Bicicletinha do Pneu Murcho! A Senhora é um atraso de vida para qualquer político. Me diga: o que está achando da gestão do Juninho Marabá?
-Não conheço o Julinho. Será que você poderia me apresentar a ele. Estou precisando de uma ajuda pra reformar o terreiro aqui em casa. E de uma verbinha especial para adquirir um plantel de galo preto. Com essa crise vou ter que voltar aos tempos da encruzilhada.
-Rapaz! Não sei não. Juninho é duro com a tal de grana. E tem um tio, Divino Gustavin, que é um canguinha de marca e sinal. Desses mão fechada mesmo. Que atravessa o rio São Francisco, a nado, com um sonrisal na mão e o comprimido não ferve. E a vacina, já tomou, minha tia?
-Tomei. Aquela AstraZeneca. O Presidento diz que as pessoas viram Jacaré com ela. Mas fora umas carepas na bunda não me deu nada.
-Carepas?
-Isso, carepas cocentas.
-Não esquenta, Madame. Essas coceiras no setor de diversões públicas tem outro motivo. É a tal de abstinência da pandemia. Tenha uma boa noite, caríssima.
-Que Deus te abençoe, periodista!
Pátria amarga, Brasil!
A CPI da Covid ou do Genocídio continua colhendo provas óbvias contra o Regime. Na verdade, era só necessário levar à Mesa da Câmara a coleção de pronunciamentos do Presidento para provar que não houve interesse político em aprovar medidas de controle da pandemia.
Mas o Senador Randolphe afirmou hoje que foram 81 tentativas da Pfizer em entrar em negociação com o Ministério da Saúde e com o Governo da República, as últimas delas oferecendo a vacina pela metade do preço pelo qual vendeu aos Estados Unidos, US$10,00.
A par disso, a Fundação Oswaldo Cruz anunciou hoje que quase sem exceções, todos os estados do País estão muito próximos de uma terceira e grave onda de contaminações. Diante desse cenário, os pesquisadores da Fiocruz reforçam a necessidade da adoção de um conjunto de medidas de enfrentamento à pandemia, enquanto a maior parte da população não foi vacinada.
“É muito importante a utilização de medidas não-farmacológicas, que têm como objetivo reduzir a propagação do vírus e o contínuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos críticos e graves e contribui para o crescimento de óbitos”, destaca o boletim da Fiocruz.
Acima, a representação gráfica do Observatório Covid-19 da Fiocruz e a taxa de ocupação de leitos dedicados à Covid-19 em todos os estados. Como se pode ver, nesta última segunda-feira, com exceção de Pará, Amapá, Rondonia, Amazonas e Acre, todos os estados estavam em situação crítica na ocupação dos seus hospitais.
Combine essa situação de proliferação da doença, com a chegada das novas cepas, o desemprego, a desnutrição e a maior inflação mensal dos últimos 25 anos (principalmente de alimentos e serviços básicos) e teremos uma prova de quão amarga essa Pátria tem sido aos brasileiros.
Em Luís Eduardo, Saúde registra mais 132 casos positivos para Covid-19.
A Secretaria de Saúde de Luís Eduardo Magalhães identificou nesta segunda-feira, 7, mais 132 novos casos de Covid-19 no Município. Os casos ativos passaram então para 533, 16 a mais que neste domingo e 39 a mais que em 7-05-2021, portanto há 32 dias corridos.
No mesmo período, foram registrados 25 óbitos decorrentes da doença.
O número de internados está em 27, três a menos que ontem, e 6 a mais que há 32 dias.
135 pacientes esperam pelo resultado dos testes de contágio.
“Bolsonaro blefa”, diz general Santos Cruz. “Não há motivos para estado de sítio”, diz general Paulo Chagas.
Oficiais ouvidos pela Pública dizem que Bolsonaro perdeu apoio entre os militares após demissão de comando das Forças Armadas e está longe de poder falar em “meu Exército”
Por Vasconcelo Quadros
Rompido com o presidente Jair Bolsonaro desde que a gestão da pandemia se revelou um desastre, o general Paulo Chagas – ex-candidato ao governo do Distrito Federal em dobradinha com o então candidato Bolsonaro – avalia a crise militar com a lembrança de um episódio que explica a incursão do militarismo pela política nos últimos 60 anos. “A atitude de Bolsonaro lembra o Jânio Quadros”, disse Chagas à Agência Pública, se referindo ao ex-presidente que, em 1961, renunciou na expectativa de gerar comoção para voltar ao poder pelos braços do povo. A renúncia abriu caminho para o golpe, dois anos depois. “A história não se repetirá porque os sinais estão trocados”, acrescenta.
Resguardadas as proporções históricas, segundo oficiais da reserva ouvidos pela Agência Pública, o Bolsonaro que emerge da crise, gerada por ele mesmo ao tentar envolver o Exército na busca de apoio para decretar um estado de sítio que também visava o controle das PMs, perdeu o apoio do alto oficialato militar, se viu forçado a mergulhar no toma lá dá cá da política nos braços do Centrão e colocou-se ao alcance de um provável processo de impeachment no Congresso. Como Jânio, segundo Chagas, Bolsonaro errou o tiro e acertou o próprio pé.
“Ele blefa”, resumiu à Pública o general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria Geral de Governo, outro aliado de primeira hora que virou desafeto. “É zero a chance de os comandos militares se guiarem pela cabeça de outro ou de interesses fora da Constituição. Não tem furo nessa tela. As Forças Armadas são muito bem comandadas, tudo gente de primeira linha. Pode colocar lá quem quiser”, afirmou o general, descartando qualquer possibilidade de apoio militar às intenções golpistas.
Ânimos calmos depois da confusão, Santos Cruz garante que os novos comandantes militares manterão fidelidade à Constituição, rechaçando, como os anteriores, eventuais apelos do presidente para que respaldem medidas de exceção. O general acha que Bolsonaro deveria vir a público e explicar as mudanças que, segundo ele, podem ser normais em cargos políticos – como a demissão do ex-ministro Fernando Azevedo e Silva, da Defesa – mas fogem do padrão quando envolvem interferência nos comandos da tropa.
“Não tem explicação. Os comandos são operacionais e não políticos. Não tinha crise nenhuma. Acho que ele deveria explicar à população o que houve e porque demitiu o ministro. Não usou a comunicação do governo para falar e nem deu uma informação oficial. As pessoas ficam confusas, trabalhando com suposições”, disse o ex-ministro.
Nesta quinta-feira, em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente elogiou o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto como novo ministro da Defesa, negou que tenha politizado a pasta, mas foi lacônico e enigmático ao tratar da crise. “Só nós aqui sabemos o motivo, basicamente, disso tudo. Morre aqui. Não tenho que discutir nada”, afirmou o presidente.
Para Santos Cruz, a crise militar desviou o foco das questões centrais. “Há problemas sérios no país, como a pandemia, um desgaste na economia, que precisam de mais atenção do governo”, afirmou o ex-ministro. Santos Cruz acha que o ideal para um enfrentamento mais objetivo ao coronavírus seria que não houvesse mais solavancos políticos e que o presidente governasse até o final do mandato para o qual foi eleito.
Ele se diz preocupado com os riscos do fanatismo descambar para violência e com a ameaça de politização nos quartéis, mas não faz previsões sobre o destino de Bolsonaro.
“É um governo de difícil previsão. O certo é que terminasse o mandato. Se cometer erros o Congresso tem os mecanismos para avaliar se é o caso de impeachment”.
A crise foi deflagrada no meio de uma inusitada reforma ministerial, anunciada logo depois da saída de Ernesto Araújo do Itamaraty. Soube-se então que Bolsonaro havia pressionado o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva para demitir o comandante do Exército, Edson Pujol.
Os comandantes militares, Edson Pujol, do Exército, à frente, se demitiram. Na troca, Bolsonaro foi derrotado pelo Alto Comando do Exército, integrado por 16 generais, que impuseram o nome do general Paulo Sérgio no lugar de Pujol, justamente o militar que marcara, numa entrevista ao Correio Braziliense, a diferença entre a tropa e o presidente no tratamento da pandemia, defendendo o isolamento social e medidas como o uso de máscaras.
O Exército seguiu as recomendações da ciência e estacionou o contágio em 0,13%, enquanto na gestão Bolsonaro o país supera 2,5% da população contaminada.
Paulo Chagas: Bolsonaro quis usar 31 de Março para aprovar estado de sítio
O general Paulo Chagas é mais incisivo. Afirma que, de forma intempestiva e sem qualquer nexo na realidade do país, Bolsonaro quis se aproveitar do clima de 31 de Março para gerar comoção e conseguir a aprovação do estado de sítio, pressionando o Congresso. “Ele queria garantias que a lei não permite. Bolsonaro nem tem escopo para exercer esse poder todo conferido por medidas dessa natureza. É um destrambelhado. Ele quis inverter o processo, cooptando as Forças Armadas em busca de declarações de apoio. Mas elas não são consultadas, só executam e negaram. Não deram e não vão dar apoio. Não há nenhum sinal no horizonte que justifique estado de sítio, que está só na cabeça dele, que quer poder total. Uma medida dessa natureza daria a ele ares de ditador e ele poderia mesmo virar um ditador”, afirma Chagas.
Num momento em que o país vive a tragédia do descontrole da pandemia, com mortes beirando a quatro mil por dia, o general acha que a atitude do presidente desvia o foco, atrapalha o combate a pandemia – cuja gestão desastrada o levou a romper com Bolsonaro e a pedir desculpas por tê-lo apoiado – divide a sociedade e ainda gera desconfiança entre os próprios militares, que ocupam dez dos 22 ministérios de Bolsonaro e não deram até agora qualquer sinal de que podem deixar o governo.
“A sociedade se pergunta, afinal, quem tem o discurso correto? Ninguém se encontra”, diz Chagas. Ele avalia que, sem o apoio dos militares, Bolsonaro se tornou refém do Centrão e terá de abrir os cofres do governo para a corrupção, o que não aliviará os riscos ao mandato.
“Ele vendeu a alma e, se quiser terminar o mandato, terá de deixar o Centrão roubar à vontade. Se sair do Centrão, sofre o impeachment. Bolsonaro contribuiu para consolidar a posição dos que não o querem mais no governo. Todos querem que ele caia”, diz o general, que avalia que o presidente “sai bastante fragilizado dessa crise e está facilitando o processo de impeachment”.
Bolsonaro já é alvo de 76 pedidos de impedimento, o último deles apresentado pelos líderes da oposição no calor dos episódios desta semana, tendo como base principal a demissão dos comandantes das Forças Armadas. No dia 31 de março, grêmios estudantis de faculdades de direito de todo o país protocolaram mais de 40 pedidos de impeachment do presidente.
Brigadeiro Ferolla: demissão foi “uma violência desnecessária” e de resultados “desastrosos” para Bolsonaro
Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (STM), o brigadeiro Sergio Xavier Ferolla, da Aeronáutica, avalia que a atitude de Bolsonaro foi “uma violência desnecessária, inoportuna e de resultados desastrosos para o próprio presidente” que, com isso, se afasta da “hipócrita aleivosia” de se referir a força como “meu exército”.
Segundo ele, as Forças Armadas jamais aceitarão se desviar dos preceitos constitucionais “para satisfazer aventureiros nos bastidores da política e suas ideologias espúrias, maléficas à paz e ao sadio congraçamento da família brasileira”. O militar afirma que o presidente “tentou, sem sucesso, violar a legislação vigente e abalar os alicerces da hierarquia e da disciplina” militar, mas acabou “testemunhando suas limitações no âmbito do regime democrático”. Ferolla acha que o episódio reforçará o posicionamento das Forças Armadas, com o apoio do Congresso e Judiciário, na garantia de estabilidade democrática.
Além de buscar um “desesperado recurso” para neutralizar adversários e se manter no poder, na avaliação de Ferolla, Bolsonaro também tentou controlar as Polícias Militares, que são simpáticas a ele. “Buscou poderes especiais para comandar as polícias militares, envolvendo-as numa pretensa força nacional que, aliada aos ideólogos e radicais da extrema direita, sufocariam qualquer tipo de reação, inclusive das Forças Armadas”, disse, em referência a estímulos de bolsonaristas a motins nas PMs, como fez a deputado Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no caso do soldado que, num surto psicótico, disparou tiros de fuzil e acabou morto pelos próprios colegas em Salvador.
O ex-ministro acha que “se a crise nacional já havia levado o país para a beira do abismo, Bolsonaro deu um passo à frente”. E a firma que será necessário que Legislativo e Judiciário aumentem a vigilância sobre os atos do presidente. “Os disfarces caíram e a realidade tornou-se indiscutível para os indecisos e acomodados”, alerta.
Ferolla avalia que Bolsonaro tem agido como paranoico, enxergando inimigos inexistentes e, no caso do combate à Covid-19, adotado comportamento “insano e contestatório”, estimulando descrenças e dúvidas quanto a eficácia da vacina e medidas de prevenção entre cidadãos que são obrigados a se aglomerar em busca de emprego, alimento e saúde. “Eis o retrato, em preto e branco, da tragédia social brasileira, infelizmente”.
Coronel do Exército diz que Bolsonaro virou “espantalho” do qual oficiais militares querem se livrar.
Na reserva desde 2018, o coronel do Exército Marcelo Pimentel Jorge de Souza, de Recife, representa um segmento que vê uma crise militar artificializada pela articulação de oficiais de alta patente que agem como “partido militar”, responsáveis pela construção do “mito” Bolsonaro.
Ele diz que Bolsonaro agora virou um espantalho do qual querem se livrar para colocar no Palácio do Planalto o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.
Por essa tese, o vice cumpriria o resto do mandato com um plano de conciliação nacional, afastaria ministros “lunáticos” indicados por Bolsonaro e abriria caminho para construção de uma terceira via política para disputar as eleições de 2022.
“Acho que não haverá golpe. Eles querem que se pense que há risco de golpe e que só o Exército pode se livrar do Bolsonaro. Essa crise é mais um ato de uma peça de encenação”, diz o militar, que lamenta:
“Eu gostaria que o Bolsonaro terminasse o governo dele para que o povo compreendesse o valor do voto”.
Segundo ele, se o ato do presidente representou uma tentativa de uso político das Forças Armadas para aventuras golpistas, como sugere a nota emitida pelo do ex-ministro Azevedo e Silva ao ser demitido, ao afirmar que “nesse período preservei as Forças Armadas como instituição de Estado”, os militares que ocupam cargos no governo, incluindo Mourão, deveriam renunciar para demonstrar o divórcio com o desastrado governo de Bolsonaro, ao qual altos oficiais das forças se associaram.
Pimentel refuta ainda o argumento segundo o qual o grupo que foi trocado tentou impedir a politização dos quartéis, já que o ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, abriu as portas dos quartéis para o então candidato Bolsonaro e, no atual governo, houve permissão para que vários generais da ativa aceitassem convites para ocupar cargos políticos no governo, sem serem forçados a ir para a reserva.
Foi o caso do atual ministro da Defesa, Braga Netto, do chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e do ex-porta-voz Rego Barros, todos eles na ativa quando assumiram os cargos, o que gerou, segundo ele, uma inevitável associação entre governo e Exército nas críticas feitas a militares em cargos políticos.
“Não adianta falar agora sobre politização. A política está nos quartéis”,
Bahia ultrapassa 15 mil mortes pelo Coronavírus.
Com acréscimo de 90 mortes no boletim desta segunda-feira (29), a Bahia alcançou 15.050 mortes causadas pelo novo coronavírus durante toda a pandemia. No período, foram confirmados 795.505 infecções e 765.663 pacientes foram curados. Em 24 horas, foram diagnosticados mais 1.068 casos e 2.159 recuperados (+0,3%).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.117.694 casos descartados e 181.883 em investigação. No combate à doença, 45.324 profissionais da saúde testaram positivo para Covid-19.
Às 15h desta segunda-feira, a Central Estadual de Regulação contabilizava 198 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 . Outros 69 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema.
Desde 19 de janeiro, quando começou a campanha de imunização, 1.412.664 pessoas foram vacinadas contra o coronavírus na Bahia, dos quais 309.629 receberam também a segunda dose.
Sem dados do RS, Brasil bate recorde com quase 3 mil mortes e a tendência é piorar.
Do Urbs Magna
Foram registrados 2.841 óbitos e o total, desde o início da pandemia, passa de 280 mil vítimas – informações do Rio Grande do Sul não entraram na contagem nacional por problemas técnicos. No Estado, 321 pessoas esperam uma vaga em UTIs.
O Brasil atingiu novo recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas nesta terça-feira (16). Foram 2.842 desde a tarde do dia anterior.
Os números são do levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul —os dados do estado não entraram na contagem nacional por problemas técnicos.
O maior aumento registrado em um dia, até então, fora na última quarta-feira (14), quando 2.286 óbitos entraram na contagem.
Com a atualização, o país ultrapassa 280 mil vítimas da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, foram 281.626 desde o início da pandemia.
Também foram acrescentados mais 84.362 casos à contagem, totalizando 11.603.971.
A média móvel de mortes atingiu nova máxima, pelo 21º dia consecutivo. Nos últimos sete dias, ficou em 1.894.
Também foram acrescentados mais 74.595 casos à contagem, totalizando 11.594.204.
Os números podem ser ainda maiores, já que os dados do Rio Grande do Sul não foram atualizados. De acordo com o Conass, houve problemas técnicos no acesso.
Esta é a fase mais dura da pandemia no país, mas a Fiocruz alerta que a situação pode piorar. Pesquisadores da Fundação destacaram que os estados têm apresentado grandes atrasos nas notificações de casos e mortes por Covid-19 ao Ministério da Saúde.
No Alagoas, o intervalo entre a morte e a inclusão do dado no sistema pode chegar a 47 dias.
“Os dados de mortes não são atuais e a situação deve piorar nas próximas semanas. Alguns municípios ainda estão na virada de janeiro para fevereiro. Não pegaram ainda o período do Carnaval e seus efeitos de contágio. E também não incluem o momento atual, que tem a situação de colapso da rede de saúde de vários estados com lotação superior a 80% nas UTIs para Covid-19. Esses dados podem demorar, porque, quando o sistema de saúde entra em colapso, o sistema de notificação entra junto. Infelizmente, a expectativa é que o cenário ainda piore bastante”, analisou o pesquisador Diego Xavier.
Até as 2h20 desta terça, 23 dos 26 estados e o Distrito Federal tinham mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI.
Esses são os estados com mais de 80% de ocupação na rede pública:
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Rondônia – 100%
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Rio Grande do Sul – 99,7%
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Goiás – 97,7%
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Mato Grosso – 96,6%
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Santa Catarina – 96,1%
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Paraná – 96%
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Pernambuco – 96%
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Acre – 94,3%
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Tocantins – 93%
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Amapá – 90,3%
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Espírito Santo – 89,2%
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São Paulo – 89%
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Distrito Federal – 87,2%
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Mato Grosso do Sul – 87%
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Maranhão – 87%
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Bahia – 86%
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Paraíba – 85%
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Minas Gerais – 84,9%
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Sergipe – 84,1%
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Pará – 81,2%
Esses são os estados com mais de 80% de ocupação dos leitos públicos e privados:
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Ceará – 93,7%
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Rio Grande do Norte – 92,2%
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Piauí – 91,3%
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Alagoas – 84%
Gleisi rebate críticas de militares aposentados do Clube Militar.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu à nota do general Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, criticando a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que anula todas as condenações contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato.
A nota afirma que o julgamento do caso pelo STF é uma “artimanha” e questiona se os processos terminarão com “o meliante” vivo:
“Novos processos em outras varas são uma artimanha grotesca para que o meliante fique definitivamente impune”.
“Alguém acredita que algum desses processos chegará a transitar em julgado (depois de centenas de recursos) com o ‘paciente’ vivo? Lugar de ladrão é na cadeia… Mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados”, diz.
Em seu Twitter, Gleisi rebateu duramente: “Vocês não são tutores nem donos do país. Contenham-se”.
A Deputada tem razão: se as Forças são armadas, o são com o assentimento do povo e com recurso público, fruto de impostos, os quais todos pagamos. E não seria de bom tom ameaçar os brasileiros com as armas e o pessoal que financiam. As Forças Armadas são encarregadas de fazer a defesa nacional contra agentes externos, como aqueles que destruíram a indústria naval, a construção pesada e nossas principais empresas, jogando centenas de milhares de técnicos, operários e engenheiros no desemprego e afundando a nossa economia. Com isso, o Clube Militar parece não estar se preocupando.
Lula elegante e conciliador
No seu pronunciamento levado ao ar hoje às 11 horas, o ex-presidente Lula da Silva afirmou que não tem mágoas pela condenação e pelo tempo em que permaneceu preso na Lava-Jato após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin que anulou os processos da operação que condenaram o ex-presidente.
— Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. Sinceramente, eu não tenho porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando é infinitamente maior que qualquer crime que cometeram contra mim. É maior que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal — afirmou Lula.
Pesquisa prevê empate técnico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece na liderança das intenções de voto em pesquisa realizada pela parceria CNN/Instituto Real Time Big Data sobre as eleições presidenciais de 2022.
A pesquisa traz como possível cenário para a eleição presidencial uma disputa entre oito candidatos. Atrás de Bolsonaro e Lula, há um empate técnico no terceiro lugar entre quatro candidatos: Sergio Moro (10%), Ciro Gomes (9%), Luciano Huck (7%) e João Doria (4%). (…)
Considerando o cenário de um segundo turno entre os candidatos que lideram a pesquisa, Bolsonaro e Lula, a pesquisa estimulada registrou 43% das intenções de votos para o atual presidente, e 39% para o ex-presidente Lula.
Levando em conta a margem de erro de três pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados no segundo turno.
Então esses comunistas pensam que um Senador da República não pode comprar um barraco?

Sabe o Lulinha, gente, filho do ex-presidente Lula da Silva. Pois ele comprou a sede da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a ESALQ da USP e foi passear com a sua Ferrari folheada a ouro com os dividendos das suas ações majoritárias na Friboi.
Agora, me diga, por que o Senador Flávio Bolsonaro não poderia comprar uma mansão no Lago Norte? Dizem que ele conseguiu um preço bem em conta no prédio, R$6 milhões, porque as paredes estão cheias de rachaduras e rachadinhas. Não vão me dizer que isso é dinheiro mal havido pelo Fabrício José Carlos de Queiroz, pois ele está preso, gente mal informada.
Outra informação errada: o Luiz de Queiroz, comunista de carteirinha, não é nem parente do Fabrício Queiroz, cidadão de bem e companheiro de pesca do Soberano.

Rapidinhas daqui e d’acolá!
Dedé Power-Point e seu ingrato destino.
Deltan Dalagnol, mais conhecido na madrugada de Curitiba, como Dedé Power Point, foi às mídias sociais defender o lavajatismo. Levou uma saraivada de impropérios e desaforos, os quais chegaram a esquentar as orelhas da sua amada progenitora.
Segundo Dedé, a grande maioria dos brasileiros defendem o prosseguimento da falecida Lava-Jato. Se tivessem cumprido com as suas obrigações na montagem dos processos legais, talvez não estivessem agora sofrendo as mais ruidosas vaias.
Mais: se estivessem em um país sério, Deltan e seus colegas e o juiz “imparcial” de Curitiba já estariam amargando uma restrição de liberdade, aposentados a bem do serviço público.
Cara de Cavalo tem mais canais desativados
Allan dos Santos, aquele do Terça Livre, Quarta Preso, uma espécie de jornalista a soldo do Governo e do Gabinete do Ódio, pago com o dinheiro do contribuinte, há poucos dias teve o seu canal no YouTube desativado. Por divulgação de fake news. Estúpido e teimoso abriu mais dois canais “clandestinos” para divulgar suas ideias. Hoje o YouTube encerrou sua carreira. Deu-se muito mal.
Deputado João Roma é nomeado para o Min. da Cidadania.
A notícia não é nova, mas a nomeação saiu hoje. JOÃO INÁCIO RIBEIRO ROMA NETO é deputado pelo Republicanos e mantém boas relações com o prefeito de Luís Eduardo, Ondumar Júnior, e com o presidente local do PP, Jader Borges.
Explicando a Cloroquina.
O Tribunal de Contas da União concedeu 15 dias para o Exército e Governo explicarem a distribuição da Cloroquina.
O Exército também começou a ser investigado pela PGR pela manutenção de leitos de hospital sem uso em Manaus, enquanto se fazia uma operação caríssima para deslocar doentes agonizantes para outros estados. Mais de 30 pessoas morreram após os traslados e espalharam por todo o País as variantes Manaus do Coronavírus.
Consertando uma ponta, quebrando outra.
O Presidente da República enviou ao Congresso projeto-de-lei que prevê a cobrança do ICMS, pelos estados, na distribuidora com um valor fixo e não mais pelas pautas definidas pelas Secretarias de Fazenda. Bolsonaro pretende diminuir o valor do imposto embutido na ponta do consumo, mas se diminuir a principal arrecadação dos estados vai protagonizar uma quebradeira geral.
Numa economia de guerra como se está propondo, a Petrobras precisa ganhar sobre os preços internos do petróleo e não pelos preços internacionais, a não ser em caso de importação. Agora a Petrobras está beneficiando apenas os acionistas e a concorrência das distribuidoras estrangeiras.
Lorenzetti voltou
Onyx Lorenzon, também conhecido nas mídias sociais como Ônus Lorenzetti, voltou à Secretaria Geral do Governo. Demos vivas.
A Secretaria–geral da Presidência da República é possivelmente a que tem as funções menos explícitas, pois é responsável por auxiliar o presidente na ‘articulação com a sociedade civil’, o que, na prática, abrange assuntos muito variados. Mas não deixa de ser uma chefia de gabinete com status de Ministério.
Pibinho negativo
Uma prévia do PIB registra tombo de -4,05% em 2020, diz Banco Central. Precisa ser muito otimista para acreditar que a economia só encolheu 4%.
A melhor frase da semana.
No Twitter, um internauta publicou uma legenda de Bolsonaro com a camiseta do Palmeiras, com a seguinte frase: “Temos que entender que quem dá sorte são as ferraduras, não o burro”. Matou a charada.
A última mensagem entre os chefões do Primeiro Comando de Curitiba (PCC)
































