Categoria: Carlos Alberto Reis Sampaio
Valorização de terras do Oeste proporciona grandes demandas na Justiça pela posse de áreas agrícolas.

Há pouco menos de quatro décadas, as terras do Oeste baiano valiam muito pouco. O preço de um maço de cigarro por uma hectare. Com a chegada de sulistas, que fizeram o milagre de produzir em terras de baixa fertilidade, péssima textura de solo (algumas com menos de 10% de argila). A seleção de novos cultivares de soja, a fartura de recursos para a correção dos solos e a topografia privilegiada favoreceram o desenvolvimento de um polo de produção agrícola que hoje ultrapassa os 5 milhões de toneladas de grãos e fibras e tem potencial para duplicar esse resultado em poucos anos.
Há menos de um ano o problema das terras da Coaceral, no extenso município de Formosa do Rio Preto, surgiu na imprensa, com o aparato policial, o Superior Tribunal de Justiça e o Conselho Nacional de Justiça desvendando uma grande quadrilha de grilagem de terras, no âmbito da Operação Faroeste, e levando à prisão advogados, juízes e desembargadores, em fato inédito.
Esta semana surgiu mais um novo caso, uma razoável parcela de terras, onde produtores rurais tradicionais estão envolvidos numa querela de terras em Formosa que certamente exigirá muito das autoridades judiciais.
O empresário, produtor agrícola e recém eleito vereador de Luís Eduardo Magalhães, Fábio Lauck, foi acusado, em matéria da imprensa local, de tomar pela força uma propriedade de na região conflitada de Formosa.
Fábio e Friedrich Norbert Kliewer, proprietários da área em questão, tem uma versão completamente antípoda dessa: segundo ele, em 15 de julho do corrente ano sua propriedade foi invadida, com o estabelecimento de uma base dos invasores, que iniciaram serviço de desmate e aração com objetivo de implantar uma lavoura. Fábio afirma que, dentro de seu direito constitucional, contratou uma empresa de segurança, com registro federal, para assegurar a posse da propriedade, depois de comunicar às autoridades policiais o esbulho possessório da área.
Ao comunicar o fato às autoridades policiais, o Empresário afirma, através de seus advogados, que o senhor Hermano Prais Alves Pinto, residente na cidade de Wanderley, é mesmo personagem que, por meio de um bando armado, invadiu um imóvel rural situado nas divisas dos municípios de Wanderley e Cristópolis, sob intensa proteção de uma autoridade policial e o mesmo, encorajado pela impunidade, também, é um dos 3 responsáveis pelo esbulho dos imóveis especificados.
Os empresários, Fábio e Friedrich, comunicaram o fato diretamente à 11ª Coordenação de Polícia do Interior, com o objetivo de instruir a competente ação na Justiça.
Os carros brasileiros ainda são carroças. E custam caro, muito caro, e tem muitos impostos.

Collor tinha razão. Só que a sua meteórica permanência na Presidência da República deixou para trás as mesmas montadoras, fabricando as mesmas carroças inseguras, caras, dispendiosas e que pagam até mais do que 50% de impostos ao Governo.
São como drogas: custam caro, são misturados e inseguros para o consumo e o governo ainda cobra pedágio dos traficantes.
Veja e leia o texto do internauta Pedro Costa, no site Quora, onde são contadas as sacanagens grossas das montadoras no Brasil e, por via de consequência, na Argentina. Clique aqui.
Cesta básica do brasileiro surfa a onda dos preços altos durante a pandemia.
Não bastasse as altas do arroz, das carnes, dos derivados de milho, dos ovos, agora é o feijão que encontra forte avanço nas cotações.
As safras de inverno no Centro Oeste, irrigadas, não foram significativas e em Cristalina e Unaí, grandes municípios produtores, o carioca já é encontrado por R$275,00.
Especialistas avaliam, no entanto, que o feijão pode chegar a R$300,00 ainda em outubro, R$5,00 por quilo antes do beneficiamento, o que significa bem mais de R$8,00 na gondola do supermercado.
A alta já é maior que 45% em relação aos preços de setembro de 2019.
A previsão é de que os preços se mantenham durante a estação das águas, quando o plantio (fungos e bactérias) e a colheita são mais arriscados para o produtor.
Em 1981-1982, quando o feijão encontrou seu recordes em preços históricos – até 300 dólares a saca, a cultura foi responsável pela introdução de uma forte agricultura irrigada. Se o produtor tivesse uma semente de boa qualidade na tulha, podia plantar com um custeio de menos de 2 sacas por hectare. E os equipamentos de irrigação mais caros não custavam mais que 1.200 dólares por hectare.
Agora não adianta pressa, sr. Prefeito!
Depois de três anos e meio de profunda lassidão, começaram, em Luís Eduardo Magalhães, as obras gerais de maquiagem da infraestrutura urbana. Tem que mostrar muito movimento, pois as eleições estão aí.
No entanto, essa pressa pode resultar em acidentes, como o que aconteceu agora de manhã no Canal do Rio dos Cachorros.
Recomenda-se cautela e caldo de galinha a todos os envolvidos.
Área plantada com trigo na Bahia pode alcançar 20 mil hectares nos próximos anos.

A tropicalização do trigo, que antes era produzido apenas na região Sul, é um exemplo claro da importância da pesquisa e da inovação na agropecuária
Com potencial de expansão da área plantada para pelo menos 20 mil hectares nos próximos anos com o uso de tecnologias de manejo e de variedades atuais, a triticultura no Oeste da Bahia pode contribuir na busca pela autossuficiência do Brasil no cereal.
Das cerca de 12,5 milhões de toneladas consumidas internamente, apenas 6,81 milhões de toneladas deverão ser produzidas no país em 2020, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O Oeste baiano faz parte do Matopiba, grande fronteira agrícola nacional da atualidade que integra o Cerrado do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia, sendo responsável por grande parte da produção nacional de grãos como soja e milho, e de fibras como o algodão.
Na região, o trigo é plantado em sistema irrigado, em rotação com a soja, o milho ou o algodão sob pivô, cultivos voltados à produção de sementes ou plumas, respectivamente. Nesses sistemas, o trigo atua quebrando ciclos de pragas e doenças, além de reduzir a infestação de plantas daninhas e de deixar, após a colheita, uma palhada de boa qualidade. Já o trigo em sistema de sequeiro, apesar de ser pontualmente testado por alguns produtores, praticamente não é cultivado devido ao maior risco representado pelos solos arenosos da região, que têm menor capacidade de retenção de água.
Estimativas da Conab apontam que a área plantada com trigo na Bahia neste ano – quase a totalidade na região Oeste – ainda é pequena, de cerca de 3 mil hectares, mas pesquisadores acreditam que possa alcançar rapidamente 20 mil hectares nos próximos anos.
A produção estimada para 2020 é de cerca de 17 mil toneladas, o equivalente a uma produtividade média de 5,66 ton/ha (ou 94,4 sc/ha), bem superior à média nacional de 2,9 ton/ha (ou 48,3 sc/ha) projetada para o ano. “Mas há produtores que chegam a produzir 7 ton/ha (116,6 sc/ha) seguindo as recomendações de manejo e plantando variedades mais modernas”, aponta o pesquisador Julio Albrecht, da Embrapa Cerrados (DF).
Ele lembra que a Embrapa atua com o trigo na região desde meados da década de 1980, com o plantio de ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) em áreas de produtores. Exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os ensaios de VCU são realizados para comprovar, em condições de cultivo, o valor agronômico de linhagens candidatas a cultivares, segundo normas elaboradas pelo próprio Ministério.
A Embrapa tem atualmente conduzido e avaliado experimentos com novas variedades e linhagens de trigo na região. As variedades também são avaliadas pelos produtores em campos experimentais e lavouras comerciais, observando as recomendações de manejo prescritas pela pesquisa científica. “Na medida em que fomos lançando novas variedades, a área cultivada foi aumentando, sobretudo de 2005 para cá”, diz Albrecht.
As condições climáticas e geográficas favoráveis ao cultivo do trigo irrigado no Oeste baiano são semelhantes às do Brasil Central (Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais), local onde foram selecionadas as cultivares da Embrapa para o Bioma Cerrado. Temperaturas elevadas durante o dia e amenas à noite, dias com alta luminosidade e altitudes que variam de 600 a 1.000 metros são fatores que influenciam positivamente na produtividade e na qualidade industrial dos grãos, considerada uma das melhores do mundo.
As recomendações de plantio, de manejo e de controle de pragas e doenças da cultura para a região se assemelham às preconizadas para o Brasil Central, sendo também a brusone a doença mais recorrente. “Com os mesmos cuidados preventivos e recomendações, os produtores têm conseguido escapar da doença ou minimizar os seus efeitos”, afirma o pesquisador da Embrapa Cerrados.
Segundo Cleber Soares, diretor de Inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a tropicalização do trigo, por meio do processo de inovação, é um exemplo claro da importância da pesquisa e da inovação na agropecuária.
“O trigo, que é uma cultura originalmente de clima temperado, que há décadas passadas era produzido quase exclusivamente na região Sul do Brasil, hoje graças à inovação agropecuária brasileira é possível cultivar no cerrado brasileiro, inclusive no Nordeste e em parte da região da caatinga. Isso mostra, a exemplo de outras culturas como a soja, que com inovação é possível expandir a produção agropecuária e, sobretudo, ofertar mais alimento na mesa do consumidor e do cidadão brasileiro”, diz o diretor, lembrando a recente colheita de trigo no estado do Ceará.
Para Soares, a expansão do cultivo poderá tornar o Brasil um grande produtor mundial de trigo. “A nossa perspectiva é de que, com o avanço do trigo tropical na região do Cerrado e no Nordeste Brasileiro, esperamos em um horizonte de tempo de curto prazo, quem sabe até em dois anos deixarmos de importar trigo e, por que não, pensarmos até em exportar trigo para o mundo”, afirma o diretor do Mapa.
Celso Moretti, presidente da Embrapa, diz que, depois de “tropicalizar” diversos tipos de plantas e animais nas últimas décadas, o Brasil agora trabalha para a “tropicalização” do trigo. “Estamos trazendo trigo para os trópicos. No entorno do DF, já temos trigo de alta qualidade. E tivemos a satisfação da primeira colheita no Ceará”.
Opção para o produtor
Osvino Fábio Ricardi, proprietário da Fazenda Savana, em Riachão das Neves (BA), acredita no aumento da área plantada de trigo no Oeste da Bahia nos próximos anos. “A tendência é de aumento porque a área com agricultura irrigada está aumentando e o trigo é uma opção para a rotação de culturas. Não é a cultura mais rentável, mas é rápida e tranquila”, afirma, destacando a qualidade do grão colhido na região, que tem peso do hectolitro (PH)* variando de 82 a 85, o que indica boa qualidade.

Em 2020, foram plantados 1.625 hectares de trigo na propriedade. “Este ano, a realidade climática foi mais favorável”, observa. A expectativa do produtor é colher 6 ton/ha (ou 100 sc/ha) na atual safra, superando as 5,8 ton/ha (ou 96,66 sc/ha) obtidas em 2019.
Para o próximo ano, ele espera plantar entre 800 e 1.200 hectares, conforme o planejamento de rotação de culturas estabelecido pela fazenda. “Muitos produtores tiveram sucesso este ano e há o interesse em continuar plantando”, comenta, lembrando que, como o ciclo da cultura na região varia de 90 a 110 dias, o rendimento médio fica em torno de 1 sc/ha/dia.
Consultor em trigo na fazenda, o engenheiro agrônomo Pedro Matana Jr. conta que o primeiro plantio do cereal na propriedade ocorreu na safra de 2010, em uma área de algodão com soja e milho em rotação sob pivô de irrigação. Ele explica que a opção por plantar trigo na área, que apresentava boa fertilidade, se deveu à presença de nematoides. “Avaliamos táticas de controle químico e biológico e decidimos colocar uma planta nova. Hoje, sabemos que o trigo tem baixo fator de reprodução de nematoides, de acordo com avaliações”, diz.
Ele lembra que a elevada produtividade média obtida naquele ano, de 7,5 ton/ha (ou 125 sc/ha), estimulou vizinhos a plantarem o trigo nas safras seguintes. “Nós mesmos não continuamos plantando porque o preço do algodão ficou mais atrativo, mas ficamos com a boa lembrança do trigo”.
Tanto que, em 2015, a fazenda voltou a plantar o cereal, realizando, inclusive, um dia de campo para demonstrar a viabilidade na região. Segundo Matana, diversos produtores passaram a cultivá-lo, mesmo que em áreas pequenas e não em todos anos. “O maior estímulo não é o financeiro. Geralmente, são grandes produtores com algum problema agronômico, já que o trigo, no mínimo, aumenta a diversidade de plantas na área. E outros ainda não ocultivam porque ainda não há moinhos em operação na região”, explica.
O consultor, que também visita trigais em outras propriedades da região, observa que nem todos os produtores foram bem sucedidos com a cultura, por terem tomado decisões de manejo de forma reativa, sem planejamento. Por isso, ele atenta para a necessidade de compreensão das especificidades de manejo da cultura para o Cerrado baiano. “Muitos produtores conhecem o trigo do Sul, mas ainda não entenderam que aqui tanto a estratégia de manejo como as ameaças são diferentes. Você trabalha com outra adubação, outra população de plantas, regulador de crescimento etc.”, explica.
Ao longo dos últimos 10 anos, o consultor tem observado que, se por um lado há uma sazonalidade de produtividade na região, por outro há a segurança de se produzir um trigo de qualidade pão ou melhorador. “Podemos colher, na média, o mesmo que no Sul do País, mas tudo de grãos melhoradores”.
Matana ressalta a quebra do paradigma de que o trigo seria uma cultura exclusiva de clima frio, citando a primeira colheita de trigo no Ceará este ano, em experimentos conduzidos pela Embrapa. A produtividade média foi de 3,6 ton/ha (ou 60 sc/ha), considerada surpreendente pelos pesquisadores. Nesse sentido, ele aposta no potencial de expansão da cultura no Nordeste, como a região central da Bahia e o Piauí. “É uma fronteira que está aberta e tem que ser explorada”.
Cultivar mais plantada
A cultivar de trigo BRS 264 da Embrapa é a mais plantada pelos produtores da região, que também têm testado a cultivar BRS 394. Enquanto alguns produtores avaliam esses e outros materiais em parcelas piloto, outros já realizam plantios em escala comercial. “A BRS 264 se sobressai pela precocidade, pela qualidade e pela produtividade, com lavouras comerciais produzindo 6 ton/ha (ou 100 sc/ha). Além disso, é a mais demandada pelos próprios moinhos”, diz Albrecht.
A Fazenda Savana utiliza cultivares de diferentes empresas, incluindo a BRS 264, que este ano ocupa 250 hectares da área com trigo. “Ela tem um ciclo mais precoce e é produtiva, sendo um trigo melhorador”, diz Ricardi. “A grande maioria dos triticultores planta a cultivar porque ela está sob medida para a região e atende à demanda dos moinhos quanto à qualidade de farinha exigida pelo consumidor. Aqui, ela consegue produzir um grão melhorador e branqueador (de farinha)”, completa Matana.
O consultor diz que a cultivar apresenta, no campo, um elevado potencial produtivo – média de 6 ton/ha (ou 100 sc/ha), tendo sido colhidas 7,62 ton/ha (ou 127 sc/ha) em uma área de 80 hectares em 2010 na Fazenda Savana –, além de estabilidade entre as safras e ampla adaptação em solos arenosos (como é o caso da região) bem manejados. Já o ponto fraco, que é a suscetibilidade à brusone, deve ser mitigado com estratégias de manejo.
Gargalo
O principal limitante à produção do trigo no Oeste baiano é a comercialização, já que os moinhos mais próximos de Luís Eduardo Magalhães, um dos municípios produtores do cereal na região, estão no Distrito Federal, a 550 km, e em Salvador, a 960 km, o que encarece o frete. Por isso, os grãos são comercializados para moinhos do DF, de Anápolis e Goiânia (GO) e de Estados do Nordeste. “Neste ano, houve moinhos de Maceió (AL) que buscaram trigo no Oeste da Bahia”, lembra o pesquisador Jorge Chagas, da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS).
Mas a situação pode melhorar em breve. Um moinho está em construção em Luís Eduardo Magalhães e há empresas moageiras do Paraná, de São Paulo e de Salvador (BA) interessadas em atuar na região, uma vez que o preço do trigo importado tem aumentado em consequência a alta do dólar – atualmente, o trigo FOB (sigla para free on board ou “livre a bordo”) tem sido cotado a R$ 1.100/ton, em média.
Osvino Fábio Ricardi acredita que o estabelecimento do moinho pode estimular a cadeia do trigo na região.
“E como há uma previsão da redução da área plantada de algodão em pivô no ano que vem, abre-se espaço para culturas como milho, feijão e para o próprio trigo”, acrescenta Pedro Matana Jr.
Para o diretor de Abastecimento e Comercialização do Mapa, Sílvio Farnese, a localização dos grandes moinhos de trigo nos portos faz com que a logística de transporte seja mais onerosa que as importações, que entram no país de navio.
“Sem dúvida equacionando esses entraves, não só Oeste da Bahia, como os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal têm um grande potencial de produção. Porém, como existem poucas unidades de moinhos, há dificuldade de comercialização pelo produtor, sobretudo se a produção se elevar muito. Uma alternativa é a produção em contrato com os moinhos da região”, diz Farnese.
*Peso do hectolitro é a massa de 100 litros de trigo, expressa em Kg. É medida tradicional de comercialização em vários países e expressa indiretamente atributos de qualidade dos grãos, em especial os relacionados à moagem. Na determinação do peso do hectolitro, estão associadas várias características do grão, como a forma, a texturado tegumento, o tamanho, o peso, bem como as características extrínsecas ao material, como a presença de palha, de terra e de outras matérias estranhas.
Trump acaba de se enrolar com o fisco norte-americano. Lá, sonegar dá cadeia.

As manchetes do jornal New York Times são expressivas: Donald Trump abateu 70 mil dólares por idas ao salão de beleza às custas do fisco. Em 11 de 18 anos o atual Presidente dos Estados Unidos não pagou impostos e em 2016, ano da eleição, contribuiu com apenas 750 dólares.
Trump está enrolado com o fisco e isso é mortal nos Estados Unidos. Ao contrário do Brasil, onde sonegadores fazem REFIS e prorrogam suas dívidas, lá, sonegar dá cadeia.
Trump deveria ter aprendido com os brasileiros, principalmente com seus seguidores bolsonaristas, que compram imóveis em dinheiro vivo e escapam, pela tangente, por enquanto, da Receita Federal.
Cães farejadores brasileiros vão identificar pobres de direita
Cães treinados para detectar o coronavírus começaram a farejar passageiros no aeroporto de Helsinque-Vanda, na Finlândia, nesta semana, em um projeto-piloto que conta também com a realização de exames mais convencionais.
No entanto, a ciência brasileira, sempre na frente, já treinou cães para detectar um problema maior: os pobres de direita, aqueles que acreditam que Jajá Maçaroca ainda vai salvar o País. Como se sabe, os pobres de direita se acham ricos, mas são assintomáticos.
Os cachorros treinados vão identificar pelos sinais de arrogância, soberba e burrice exalados no suor da pequena burguesia, que acreditando no Capitão aposentado, apertaram 17, duas vezes, nas últimas eleições.
Falta pouco para o STF determinar a criação da República da Grande Venezuela

Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, ministro do STF, nomeado por seu primo, Fernando Collor de Mello, em 13 de junho de 1990, está transformando a Suprema Corte num puxadinho do Palácio do Planalto.
Com a saída de Celso de Mello, antecipada para o dia 13 de outubro, nem precisamos ter expectativas funestas em relação ao STF. O Ministro terrivelmente evangélico” não será pior do que já está acontecendo.
Mesmo vilipendiado pelas milícias de Sara Winter e Allan dos Santos, o cara de cavalo, e pelas “visitas” não agendadas do voluntarioso Presidente da República, o STF continua a abaixar-se perante o Executivo, como já o fez o Superior Tribunal de Justiça.
Esperamos que seja apenas uma onda passageira. Se as cortes superiores cederem mais um milímetro teremos nos tornado a Grande Venezuela, tão decantada em prosa e verso.
Sobrinho de Pablo Escobar acha R$ 100 milhões escondidos em parede de apartamento.

Uma história macabra: Sobrinho de Escobar tinha visões de fantasmas entrando no esconderijo.
Nicolás Escobar, sobrinho do lendário chefe do tráfico Pablo Escobar, acaba de descobrir mais um dos segredos do tio, 27 anos depois de sua morte. Segundo a BBC, Nicolás encontrou uma abertura secreta na parede do apartamento onde mora, que já pertenceu a Pablo, e um saco de dinheiro lá dentro.
As notas encontradas por ele somam US$ 18 milhões, o equivalente a mais de R$ 100 milhões. Nicolás, que está há cinco anos no apartamento em Medellín (Colômbia) onde o seu tio já morou, disse que uma “visão” fez ele encontrar o esconderijo.
“Toda vez que eu me sentava na sala de jantar e olhava na direção da garagem, eu via uma aparição entrando lá e depois sumindo”, disse ele. “O cheiro dentro do esconderijo era horrível. Cem vezes pior do que um corpo em decomposição”, contou ele à TV local.
Além do dinheiro, Nicolás encontrou uma máquina de escrever, telefones por satélites, uma caneta folheada em ouro, uma câmera fotográfica e um filme cujas fotos ainda não foram reveladas. O sobrinho ainda falou sobre suas lembranças de Pablo, dizendo que uma vez foi sequestrado e torturado por inimigos que estavam procurando o esconderijo do chefe do tráfico.
“Eles me mantiveram em cativeiro por sete horas. Dois dos meus funcionários foram atacados com uma motosserra”, relatou.
Justiça Eleitoral condena Oziel e seguidores por propaganda antecipada




A Justiça Eleitoral de Luís Eduardo Magalhães, sentenciou no dia 22/09/2020, o Prefeito Oziel Oliveira junto com outros três nomes, por propaganda antecipada no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), sobre pena de multa diária de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por dia de inobservância.
“Assim sendo, ante a todo o exposto, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE e EXTINGO, com resolução de mérito, a presente reclamação eleitoral, ao passo em que, pelo caráter repreensivo e educativo da mesma, condeno cada um dos representados ao pagamento de multa pela prática de propaganda eleitoral antecipada, prevista no art. 36, §3 da Lei no 9.504/97, em seu mínimo legal (cinco mil reais), bem como, determino aos representados a imediata retirada das propagandas eleitorais veiculadas em seus perfis, cujo URL encontram-se elencados na exordial, até o dia 26 de setembro do corrente ano (início do período eleitoral), sob pena de multa diária que, desde já, fixo no montante de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por dia de inobservância.”
Na publicação de um vídeo, o prefeito aparece mostrando obras do governo federal, usando como divulgação eleitoral, o que é proibido por lei fora do prazo de período eleitoral, art. 36-A da Lei no 9.504/97.
Junto com o prefeito, foram sentenciados outras três pessoas, sendo a esposa do vereador Vitor do Ferro Velho, Joyce Duarte, prestador de serviço e candidato a vereador Higo Carvalho (PSD) junto com seu irmão, funcionário público Eder Pereira de Carvalho.
Veja aqui a íntegra da sentença.
Dinheiro de brasileiros no Exterior ultrapassa R$2,9 trilhões.

Os ativos de empresas e pessoas físicas brasileiras no exterior chegaram a US$ 529,221 bilhões em 2019, informou hoje (25) o Banco Central (BC). Essa foi a primeira vez que esse volume de bens supera US$ 500 bi.
Esses ativos são investimentos em ações, títulos, imóveis, moedas e depósitos ou em empresas no exterior, por exemplo.
Na comparação com 2018, quando os ativos chegaram a US$ 493,176 bilhões, houve crescimento de 7,3%. Os dados são das declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE).
“É muito comum brasileiros, a partir de um determinado nível de renda, manterem atividades empresariais no exterior ou fazer uma poupança em outras moedas, no caso de pessoas físicas, porque faz parte de sua aposentadoria ou têm planos de se transferir para o exterior”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Para ele, os dados mostram que “continua o movimento de aumento dos investimentos brasileiros no exterior. Esse movimento não é necessariamente linear, mas é constante. Se o olhar a pesquisa como todo, mostra a tendência de aumento de investimentos, o que parece consistente com a tendência das empresas brasileiras aumentarem sua participação no exterior”, ressaltou Rocha.
Entende agora como é tão difícil passar um projeto sobre taxação de dividendos e sobre a movimentação de grandes fortunas. Até a reedição de um imposto sobre transações financeiras tem rejeição do Congresso, que taxaria, por exemplo, várias vezes os R$89 mil, sem origem, depositado na conta da primeira dama Michelle Bolsonaro?
Existem pelo menos quatro projetos de lei em tramitação no Senado Federal que visam a taxação de grandes fortunas. Dois deles foram apresentados após o início da pandemia do coronavírus. Se os Argentinos podem tributar grandes fortunas de ricos para ajudar nessa crise, por que não nós?
O rombo nas contas públicas, esperado para 2020, supera os R$ 500 bilhões.
A máscara ao menos abafa um pouco as bobagens que sempre disse.

Chega uma idade em que a gente não consegue fazer as coisas certas por motivo de Parkison e as esquece de fazer por motivo de Alzheimer. Esse senhor de idade provecta está com os dois problemas, mas faz cagadas desde tenra idade.
O nome do jogo é tráfico de influência. Dá muito dinheiro, mas pode acabar mal.

Informação exclusiva da Revista Crusoé:
Jair Bolsonaro pediu ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, para que o advogado Frederick Wassef, que recebeu milhões da JBS, fosse recebido na PGR para tratar da renegociação do acordo de delação da companhia.
Mais: Bolsonaro telefonou pessoalmente para o procurador que recebeu o advogado.
Michel Temer recebeu Joesley Batista, da JBS, pela garagem do Palácio Jaburu. Prevaricou. E balançou, quase caiu. Bolsonaro agora dá sequência ao jogo.
Sexo por R$ 20 no DF. Após rifa pelo WhatsApp, sorteado ganha 1 hora de programa.
Em um deles, a garota de programa de cabelo longo e escuros dispara anúncios onde o preço de cada rifa custa R$ 20. O ganhador terá direito a uma hora de sexo, em um hotel na região de Ceilândia. Para entrar no grupo exclusivo dos participantes, os homens interessados no “prêmio” precisam efetuar o pagamento via depósito bancário.
Do Metrópoles
O acordão do Impeachment, com STF, com tudo, continua vivo.

A direita radical dos comandos milicianos de bolsonaristas até simularam um bombardeio do Supremo, com fogos de artifício; o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeria, em reunião ministerial, “prender os filhos-das-putas; o Dudu Bananinha diria que era fácil fechar a Suprema Corte, bastando um cabo e um soldado; o Presidente da República reuniu empresários e promoveu uma ida ao STF, a pé, numa “visita” não protocolar.
Mas todos estavam errados. O STF tem Fachin, tem Gilmar Mendes, e tem a famosa frase do diálogo entre o ex-senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o empresário Sergio Machado, da Transpetro, dizendo que o melhor era o Impeachment, tirar Dilma e colocar Michel Temer, de comum acordo com o STF e os picaretas do Centrão e dos tucanos no Congresso.
Na realidade, a soltura promovida por Gilmar Mendes, agora à noite, de Fabrício Queiroz e sua mulher, é o fato que ilustra a continuidade do Golpe de 2016, quatro anos depois.
O STF vai arrendondar a situação de Sérgio Moro, de Deltan Dallagnol e do próprio Jair Bolsonaro e de seu filhote mais sapeca, Flávio Bolsonaro.
Será que está muito difícil obter a nacionalidade uruguaia ou argentina?
Nazifascistas do LEM expõem sua homofobia em protesto nas ruas.

Moradores de Luís Eduardo Magalhães reagiram com vergonha, outros com indignação, na manhã de hoje, devido ao aparecimento, no cruzamento das avenidas JK com Salvador, de faixas com inspiração nazifascista, condenando a fabricante de produtos de perfumaria Natura. As faixas se referem à propaganda do Dia dos Pais, com o transsexual Thamy.
Loucura, fanatismo, beatice, intolerância. Que outras palavras podem definir tal tipo de atitude. Não se manifestam com o mesmo nível de indignação quando se fala em 100.000 mortes por Covid-19.
Não se manifestam quando se vê tanta misoginia, racismo e homofobia. Mas se preocupam com as preferências sexuais de uma mulher que resolveu assumir sua identidade masculina e formou uma verdadeira família.
Pobre povinho, que joga suas frustrações sexuais e de ascensão social em público, na esperança de evoluir da sua miséria humana.
A verdade é sempre simples e cristalina.
Atila Iamarino é biólogo e pesquisador brasileiro, formado em microbiologia e doutor em virologia, notório por seu trabalho de divulgação científica no canal do YouTube denominado Nerdologia, que possui mais de 2 milhões de inscritos.
Pois é: com tanta gente boa no País, elegemos um alucinado que teima em manter, como ministro da Saúde, um general intendente. Quem sabe numa guerra próxima tenhamos um doutor em virologia no comando nas tropas de assalto.
Barreiras deverá ultrapassar hoje os 1.000 casos de contaminação por Covid-19.

Além das três mortes registradas nas últimas 24 horas em Barreiras, a situação epidemiológica do Município mostra toda a sua gravidade com o número elevado de casos positivos, 70, num único dia. Agora, o Município contabiliza 939 casos positivos, com 490 recuperados e 421 em monitoramento e 13 internados (casos ativos).
Se uma grande parte dos 290 casos que aguardam resultado no dia de hoje, Barreiras pode passar facilmente da marca de 1.000 casos. Devido ao baixo número de testagens e conforme dados da Pesquisa UFPel-Ibope Inteligência, esse número poderá ser multiplicado até por 7, significando que até 7 mil pessoas possam estar contaminadas, em diversos estágios da doença.
Esses números certamente devem tirar o sono das autoridades sanitárias do Município, que determinaram o toque de recolher, mas ainda não concluíram pelo aumento das restrições de convívio social durante o dia.
Nem os 10 leitos de UTIs abertos no Hospital Central (ontem apenas 4 funcionavam) e os 10 leitos prometidos pelo Governo do Estado para funcionar a partir desta quinta-feira, no Hospital do Oeste, tranquilizam frente ao grande número de contaminados.
Tanto para acolher os seus pacientes, como aos pacientes da Região, o complexo hospitalar de Barreiras necessita de aumento da testagem – para identificar contaminações nos primeiros estágios – bem como de medicamentos, de mais leitos de UTIs e, principalmente, de pessoal especializado e equipamentos de proteção – EPIs – para esse pessoal.
De fato, a curva de contaminação encontra-se em forte ascensão vertical e poucos imaginam quando poderá atingir o platô de estabilização e, mais tarde, a curva descendente da infecção.
Em 26 de junho, há 26 dias, Barreiras tinha menos de 300 contaminados. Hoje deve ultrapassar 1.000 casos de contaminação e uma considerável sobrecarga aos equipamentos hospitalares e pessoal médico disponível. Como estava previsto, a liberalidade no isolamento social custou caro à Cidade.
Depois de ser chamado de limitado por Mourão, Bolsonaro entra no radar do tribunal de Haia.
Enquanto a tragédia se abate sobre o povo brasileiro, Guedes aproveita para passar a boiada dos bancos.
75.550 vítimas colocam o Tribunal Penal Internacional perto de Bolsonaro! A comunidade jurídica internacional está demonstrando, assim como todos os que analisam o Brasil, que estamos vivendo um morticínio sem precedentes. Não adianta os militares da ativa e os da inatividade no governo reclamarem. Bolsonaro está no radar de Haia.
Quem poderá ir com ele até os bancos dos réus? Paulo Guedes está certo que a condenação cabe somente aos “otários”. “Deixem eles se F…” é o que disse a Damares em uma reunião ministerial
Isso se aplica ao Presidente da República do Brasil. Quem mandou ser trouxa? Bolsonaro é carga tóxica internacional.
Felipe Neto dá entrevista ao NYT e confirma aquilo que os americanos perceberam: Trump se afasta de Bolsonaro para não prejudicar ainda mais a sua campanha eleitoral.
Enquanto isso, o assalto vai se dando de modo silencioso com Guedes tentando introduzir tudo o que é desumano nas relações sociais: menos direitos trabalhistas, menos aposentadoria, menos Brasil.
O modelo fracassado no Chile é o que quer introduzir no Brasil. Nada mais grave contra os direitos de nosso povo. Como chegamos a esse quadro? Temos muito a pensar… e reagir!
Diz o bem informado blogueiro Esmael:
O ministro da Economia quer beneficiar os empresários com uma reforma tributária, implantar a capitalização previdenciária e vender os ativos (patrimônio público), tais como o pré-sal, para pagar juros e amortizações da dívida pública.
“Se eu puder vender estatais, acelerar privatizações, pegar recursos do petróleo e poder derrubar a dívida [federal], é o que eu tenho que fazer”, confessou o “Posto Ipiranga”, durante um evento online realizado pela XP Investimentos –braço do banco Itaú.
Os trabalhadores e a produção foram escolhidos como os inimigos do governo. Guedes e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preferem a especulação e as negociatas. Não falam de desenvolvimento e pleno emprego.
Se a “boiada” inteira de Guedes e Bolsonaro passar pelo Congresso –e deverá passar pelas servis casas, Câmara e Senado—os bancos poderão levantar nessa pandemia de coronavírus até R$ 4 trilhões.
A título de comparação, o Orçamento da União de 2020 é de apenas R$ 3,6 trilhões.
Definitivamente, Paulo Guedes não pode ir embora impune. Tem contas para acertar aqui.
O pato do golpe de 2016 está corongoso. Oh! que dózinha!
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que esteve com Jair Bolsonaro em Brasília no dia 3 de junho, está contaminado com Covid-19, segundo a entidade.
Ele realizou um novo exame para detectar a doença nesta terça-feira (14), após ter passado por testes molecular e rápido que tinham dado resultado negativo.
A Fiesp afirma que na segunda-feira (13) à noite, Skaf se sentiu indisposto, teve febre e foi orientado a refazer os exames. Por indicação o médica, ele permanece internado no Hospital Sírio Libanês e apresenta pneumonia leve.
The Telegraph: “O homem que quebrou o Brasil”

O jornalão (tamanho standard) inglês The Telegraph, que já circulou com 1,4 milhão de exemplares, mas que na moderna era da internet tem tiragem em torno de 500 mil exemplares, desanca o Presidente do Brasil, classificando-o como “homem que que quebrou o País”.
The Daily Telegraph é o jornal amplamente considerado como um dos principais “jornais de referência” da Inglaterra e tem sido descrito pela BBC como sendo “jornal do establishment“.
Se vergonha no Exterior pagasse divisas ao Brasil, teríamos hoje o melhor equilíbrio fiscal e o maior volume de reservas cambiais do Mundo.
Uma ponte na Vila 4 do Assentamento que já conheceu 3 prefeitos e permanece caída.

Esta ponte da foto fica sobre o Rio de Ondas e dá acesso aos moradores da Vila 4 no assentamento do mesmo nome, no território de Barreiras. Alguns moradores informam que está nesse estado desde o Governo de Jusmari.
Durante uma entrevista coletiva com o prefeito Antonio Henrique, em setembro de 2016, o questionei sobre o estado da ponte e sobre a assistência aos moradores da Vila 4.
Tonhão saiu do Governo e ponte ficou na situação lamentável em que estava. Hoje, novamente, um leitor nos cobrou sobre a construção da ponte. Sacrificados, os moradores fazem uma volta de 50 km para chegar a suas casas ou se arriscam, a pé, a passar a ponte.
Agora o prefeito Zito Barbosa, depois de 42 meses de governo, precisa mandar seus especialistas para fazer um projeto de reconstrução da ponte e tomar previdências rápidas.

Pandemia completa 6 meses e situação do Brasil e EUA preocupa
Mundo ultrapassa marca dos 10 milhões de casos do novo coronavírus. E Brasil e EUA são as incógnitas a serem resolvidas. Justamente às duas nações que estão sob governos com fortes nuances de extrema direita.
Do Jornal GGN, editado.
A pandemia de coronavírus completa seis meses de registros na próxima semana, e não mostra sinais de perder forças. Pelo contrário: a situação do Brasil ocupa grande parte dos debates nos bastidores da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Em artigo publicado no portal UOL, o jornalista Jamil Chade diz que os especialistas da entidade consideram o país como uma “ameaça global” no combate ao coronavírus, ao lado dos Estados Unidos.
Desde a contagem dos primeiros casos, o Brasil aparece na segunda colocação em termos de mortes e casos, mas uma fotografia mais precisa da situação pode ser vista em dados mais recentes: números da UE indicam que, apenas nos últimos 30 dias, o Brasil liderou tanto o registro de novos casos (863 mil) como de mortes (30,6 mil).
Mas não são apenas esses números que preocupam: o Brasil não tem um plano sobre como sair da crise, aliado à fatiga da população sobre a quarentena, os limites do pacote de ajuda econômica e a falta de testes suficientes mostram um país cada vez mais frágil para lidar com a questão.
Um sinal da reação global às medidas do Brasil é a exclusão do país na lista de nações autorizadas a voltar a voar para a Europa a partir de 1º de julho, e existe grande resistência entre os diplomatas quanto a uma eventual inclusão no futuro imediato.
Nos bastidores, a ordem na OMS é de não responder às criticas e provocações do presidente Jair Bolsonaro – além do entendimento de que uma crise política maior não ajudaria a salvar vidas, a organização considera que muitas das críticas e ameaças são apenas discursos para atender a base eleitoral.
EUA, Coca-cola e PSDB: os interesses por trás do novo marco legal que privatiza a água.

Artigo de José Alvaro de Lima Cardoso
O problema da falta de água, que é diagnosticado em várias partes do mundo, afeta sempre a sociedade de forma diferenciada. Como todo direito básico existente, quem enfrenta dificuldades no acesso a água são sempre os mais pobres, o que ocorre tanto nos países imperialistas centrais, quanto nos subdesenvolvidos.
Os EUA e a Europa também enfrentam grandes problemas de falta de água, a maioria dos rios dos EUA e do Velho Continente estão contaminados. No caso dos EUA, o próprio desenvolvimento recente da indústria extrativa de gás de xisto contribui para a contaminação dos lençóis de água.
Esse importante debate ganhou um novo capítulo no Brasil, com a aprovação, nesta quarta-feira (11/12) do projeto de lei do saneamento básico (PL 4162/19, do Poder Executivo), que trata da Política Federal de Saneamento Básico e cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico. Dentre outros tópicos, a lei prevê a abertura da concessão do serviço de água e esgoto para empresas privadas. É que estão chamando de novo marco legal do Saneamento. O projeto, dentre outros, define o prazo de um ano para empresas estatais de água e esgoto anteciparem a renovação de contratos com municípios.
Nesse período as estatais de água e esgoto poderão renovar os chamados “contratos de programa”, acertados sem licitação com os municípios. Segundo o relator do projeto, o objetivo dessa última medida é possibilitar que as empresas tenham uma valorização dos ativos e possam ser privatizadas por um valor mais alto.
Os destaques tentados pela oposição, que visavam aliviar um pouco o projeto, foram todos rejeitados. Os defensores do projeto têm perspectivas de sancioná-lo rapidamente, talvez ainda em dezembro.
O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), autor do projeto, qualificou de “corporativistas”, ao longo da tramitação no Parlamento, os parlamentares que se posicionaram contra o texto.
Classificado recentemente, por um outro parlamentar, como o “senador Coca-Cola”, Jereissati é, direta e financeiramente, interessado na privatização dos serviços de água e saneamento no Brasil. Seu patrimônio é estimado em R$ 400 milhões (informações de 2014). É um dos sócios do Grupo Jereissati, que comanda a Calila Participações, única acionista brasileira da Solar. Esta última empresa é uma das 20 maiores fabricantes de Coca-Cola do mundo e emprega 12 mil trabalhadores, em 13 fábricas e 36 centros de distribuição.
Na prática o novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, autoriza a privatização dos serviços de saneamento no país (não nos enganemos: esse é o objetivo principal). O item mais polêmico do projeto é a vedação aos chamados “contratos de programa”, que são firmados entre estados e municípios para prestação dos serviços de saneamento. Os referidos contratos atualmente não exigem licitação, já que o contratado não é uma empresa privada. É evidente que, se não houver os contratos de programa, a maioria dos municípios terá que contratar serviços privados, pois não dispõem de estruturas nos municípios para desenvolver atividades de saneamento. É muito evidente que o projeto visa conduzir os municípios a contratarem empresas privadas.
Esta lei poderá quebrar as estatais de saneamento, o que abriria as portas para a privatização da água. Água é a matéria-prima mais cara para a produção de bebidas em geral. Para cada litro de bebida produzido, por exemplo, a Ambev declara usar 2,94 litros de água. Não existe nenhuma transparência nas informações divulgadas, mas ao que se sabe, as empresas de alimentos e bebidas contam com uma condição privilegiada no fornecimento de água e esgoto. Obtendo, por exemplo, descontos. No entanto, foram essas mesmas empresas que estiveram à frente da tentativa de aprovar o novo marco regulatório, possivelmente porque avaliam que, com o setor privatizado, pagarão ainda menos pelos serviços.
Tudo indica que os golpes desferidos na América Latina, com a coordenação geral dos EUA, têm também como favor motivador, os mananciais de água na Região. Em 2016, logo após o golpe no Brasil, o governo dos Estados Unidos iniciou negociação com o governo Macri sobre a instalação de bases militares na Argentina, uma em Ushuaia (Terra do Fogo) e outra localizada na Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai). Um dos objetivos na instalação destas bases, tudo indica, foi o Aquífero Guarani, maior reserva subterrânea de água doce do mundo. O Aquífero, localizado na parte sul da América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) coloca a região como detentora de 47% das reservas superficiais e subterrâneas de água do mundo. Os EUA sabem que não há nação que consiga manter-se dominante sem água potável em abundância, por isso seu interesse em intensificar o domínio político e militar na região, além do acesso à água existente em abundância no Canadá, garantida por acordos como o do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte, entre EUA, Canadá e México).
No começo de 2018, o “insuspeito” Michel Temer encontrou-se com o presidente da Nestlé, Paul Bucke, para uma conversa reversada. Não é preciso ser muito sagaz para concluir que o tema da conversa foi um pouco além de amenidades. Alguns meses depois, o governo Temer enviou ao Congresso uma Medida Provisória 844, que forçava os municípios a conceder os serviços, medida que não foi aprovada. No último dia de mandato, Temer editou a MP 868, que tratava basicamente do mesmo assunto. Em março deste ano, Tasso Jereissati foi nomeado relator. Quando a MP 868 perdeu validade no começo de março, o senador Tasso encaminhou o Projeto de Lei 3261, de 2019, que basicamente retomou o que constava da medida provisória. A proposta foi aprovada em comissão e plenário em tempo recorde, e rapidamente chegou à Câmara (o que demonstra a existência de forças muito poderosas por detrás do projeto).
A pressão para privatização da água é muito forte, conta com organizações financiadas pelos grandes grupos interessados, especialmente do setor de alimentos e bebidas e com cobertura do Banco Mundial. Os defensores da ́privatização têm um discurso sinuoso, como se não quisessem de fato, aquilo com o que sonham noite e dia. Sabe-se que a Coca-Cola disputa água no mundo todo e certamente não o faz por razões humanitárias. Uma unidade da empresa é acusada de ter secado as nascentes em Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte. A fábrica, segundo as organizações de defesa do meio ambiente, secou nascentes dos rios Paraopeba e das Velhas – responsáveis por quase toda o abastecimento de água de Belo Horizonte. A Coca-Cola, claro, nega que a unidade esteja provocando falta de água na região e afirma que possui todas as licenças para funcionamento.
Em todo o mundo, diversos casos envolvem a Coca-Cola com privatização e controle sobre águas. Há relatos de que no México, regiões inteiras ficam sob “estresse hídrico” por causa de fábricas da empresa, que inclusive contam com água subsidiada. Existem cidades no México em que os bairros mais pobres dispõem de água corrente apenas em alguns momentos, em determinados dias da semana, obrigando a população comprar água extra. O resultado é que, em determinados lugares, os moradores tomam Coca-Cola, ao invés de água, por ser aquela mais fácil de conseguir, além do preço ser praticamente o mesmo. Há moradores destes locais que consomem 2 litros de refrigerante por dia, com consequências inevitáveis para a saúde pública.
Sobre o projeto de privatização das fontes de água no Brasil quase não se ouve posições contrárias. Estas são devidamente abafadas pelo monopólio da mídia. Exceto nos sites especializados e independentes. É que na área atuam interesses muito poderosos, com grande influência no Congresso Nacional, nos governos, nas associações de classes, empresariado, universidades. Os encontros realizados para discutir o assunto são patrocinados por gigantes como Ambev, Coca-Cola, Nestlé, que têm interesses completamente antagônicos aos da maioria da sociedade. Essas empresas investem uma parcela de seus lucros com propaganda, vinculando suas imagens a temas como sustentabilidade ambiental e iniciativas sociais, de acesso à água, e outras imposturas. Apesar de tudo isso ser jogo de cena para salvar suas peles e exuberantes lucros, enganam muitos incautos.
Os bolivianos se levantaram há 12 anos e não permitiram a privatização da água. No Brasil, Senadores votam em massa na entrega dos recursos ao setor privado – estrangeiro certamente – inclusive os dois baianos do PSD, Otto Alencar e Coronel. A Bahia depende de sua água, do grande lençol freático do aquífero Urucuia e da grande bacia do São Francisco para sustentar a pequena, a média e a grande agricultura.

Apesar de extremamente importante, não é muito conhecido no Brasil o episódio intitulado “A guerra da água da Bolívia”, ou “Guerra da água de Cochabamba”. Os grandes grupos de mídia que dominam a informação, a maioria ligados aos interesses do imperialismo, por razões óbvias, escondem o acontecimento. Entre janeiro e abril de 2000, ocorreu uma grande revolta popular em Cochabamba, a terceira maior cidade do país, contra a privatização do sistema municipal de gestão da água, depois que as tarifas cobradas pela empresa Aguas del Tunari (por “coincidência”, pertencente ao grupo norte-americano Bechtel) dobraram de preço. É fácil imaginar o que isso pode significar, em termos de qualidade de vida, para uma população extremamente pobre.
Em 8 de abril de 2000, Hugo Banzer, general e político de extrema direita que tinha assumido o governo da Bolívia através de um golpe de Estado, declarou estado de sítio. A repressão correu solta e a maioria dos líderes do movimento foram presos. Mas a população não recuou e continuou se manifestando vigorosamente, apesar da grande repressão. Em 20 de abril de 2000, com o governo percebendo que o povo não iria ceder, o general desistiu da privatização e anulou o contrato vendilhão de concessão de serviço público, firmado com a Bechtel. A intenção do governo era celebrar um contrato que iria vigorar por quarenta anos. Graças à mobilização da população, a Lei 2.029, que previa a privatização das águas do país, foi revogada.
Sanciona logo, Jair Messias Bolsonaro. Talvez a Coca-Cola lhe consiga um exílio confortável, na matriz, ao final da sua vida. Para os brasileiros que você vem traindo diariamente, água agora vai ser um artigo de luxo.
TSE se prepara para julgar outras 5 ações eleitorais contra a chapa Bolsonaro/Mourão.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) ajuizada pela coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros) defendia que o presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, teriam sido beneficiados pela irregular instalação de outdoors em pelo menos 33 municípios de 13 estados brasileiros no período pré-eleitoral. Além de ilegal, a medida, segundo a coligação, teria comprometido o equilíbrio do pleito.
Em investigações realizadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), foram identificados 179 outdoors instalados por dezenas de contratantes em 25 estados. No entanto, o relator da ação, o ministro Og Fernandes, considerou que não houve “comprovação inequívoca da gravidade das condutas imputadas como ilegais”, parecer acompanhado pelos demais ministros.
Para Fernandes e os demais magistrados da corte, não foi caracterizado abuso de poder econômico porque não foram apresentadas evidências de ação orquestrada, de ligação entre a chapa e as instalações ou mesmo de interferência no equilíbrio da eleição. Por unanimidade, decidiu-se pela improcedência e pelo arquivamento da ação.
Atualmente, há outras cinco AIJEs envolvendo a chapa Bolsonaro-Mourão em tramitação no TSE, sendo quatro relativas à contratação do serviço de disparos em massa de mensagens no WhatsApp e outra, em fase de recurso, sobre o uso indevido dos meios de comunicação no período de campanha.
Alvo móvel
Segundo Rosângela Bittar, no Estadão, há fatos e indícios demais que justificam o afastamento do presidente Jair Bolsonaro. O consenso na política, porém, é de que o cenário ainda exige cautela. A caça foi avistada, está acuada, mas ainda não pode ser alcançada.
Ninguém mais discute, porém, se o presidente resistirá até o fim do mandato. A dúvida é sobre como vai sair, se pela impugnação da chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou pela deposição via Congresso, o impeachment. Para os dois desfechos ainda não existem as condições necessárias, em provas, perdas de apoio, enfraquecimento político.
As duas rotas mais prováveis para atingir o Presidente se chamam trilha Queiroz e trilha Wassef. Se não morrerem antes, como Bebianno, ou isolados como foi Adélio, o homem da fakeada. O mais provável é que suas bocas sejam enchidas de dinheiro, como rapidamente foi a do guru Olavo de Carvalho.
Como disse hoje pela manhã o jornalista Reinaldo Azevedo, o dinheiro sempre aparece. Os contratos e aditivos das empresas de Cristina Boner, em nome da empresa dela ou da filha, importam em R$281 milhões. Paulo Emílio Catta Preta, o atual advogado de Bolsonaro e filhos, é íntimo de Cristina, de Fred Wassef e, veja só, de Fabrício Queiroz.
Polícia Civil e PM do DF estouram QG da seita 300, de apoio a Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu mais uma avaria em seu braço extremista, neste domingo (21), com uma operação policial no Distrito Federal para desmantelar o QG Rural ligado ao grupo “300 do Brasil”, da ativista Sara Winter. Os integrantes da seita fariam hoje mais uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, proibida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
“URGENTE: PMDF e Polícia Civil invadiram na manhã deste domingo o QG Rural de apoio ao Presidente Bolsonaro. Cerca de 40 homens fortemente armados, vários carros e um helicóptero foi utilizado na ação a mando do governador do DF Ibaneis Rocha. O objetivo é enfraquecer o manifesto”, escreveu na manhã de hoje o jornalista Oswaldo Eustáquio, retuitado pelo perfil de Sara Winter na rede social.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), cumpriu na manhã deste domingo mandado de busca e apreensão em um dos pontos de apoio do grupo QG Rural, extremistas ligados ao grupo “300 do Brasil”. Os investigadores apuram a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaças e porte de armas cometidos grupo.
O alvo é uma chácara na região de Arniqueiras, na região de Águas Claras, com duas casas, onde também havia barracas instaladas. O imóvel conta com câmeras de segurança que cobrem toda a sua extensão. No momento da operação, duas pessoas estavam no local.
Em meio à ação, foram apreendidos fogos de artifício, vários manuscritos com planejamento de ações e discursos, cartazes, aparelhos de telefone celular, um facão, um cofre (que ainda será aberto), e outros materiais destinados a manifestações.
Nas redes sociais, o extremista Renan Sena, integrante dos 300, divulgou um vídeo narrando a ação da polícia. Afirmou que o local foi “invadido” e que se trata de mais uma ação da “ditadura comunista”.
“Esses bandidos estão perseguindo quem luta pela nação para nos livrar dessa bandalheira da corrupção. A casa que dá apoio aos patriotas que lutam pela nação foi invadida. Hoje são eles, amanhã será vocês”, diz Sena.
Participaram da operação 30 policiais da Cecor, Divisão de Operações Especiais e da Divisão de Operações Aéreas.
Com informações do site Metrópoles, de Brasília, editado por Blog do Esmael e O Expresso.
Nota de Bolsonaro e Mourão pode ter tido efeito contrário entre oficiais das três forças armadas.
O jornal Folha de São Paulo analisa, em matéria de Igor Gielow, publicada no sábado, que as reações de altos oficiais das três forças armadas pode não ser exatamente aquilo que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esperava.
Existe uma reação silente e discreta, não só à figura do Presidente, como do Ministro da Defesa, que assinaram uma nota ameaçadora sobre “ordens absurdas”, “intervenção das forças armadas” e fechamento de instituições dos outros dois poderes da Nação, Legislativo e Judiciário.
Enquanto isso, 45 pedidos de impeachment do Presidente dormem em berço esplêndido nas gavetas do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Mais.
A nota em que o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro Fernando Azevedo (Defesa) dizem que as Forças Armadas não cumprirão “ordens absurdas” foi reprovada por setores da cúpula militar e pelo seu alvo, os ministros do Supremo Tribunal Federal.
O texto foi elaborado na noite de sexta (12), após o ministro Luiz Fux conceder uma decisão provisória delimitando a interpretação do artigo 142 da Constituição, que regula o emprego dos militares.
Na liminar, Fux respondia a um questionamento do PDT acerca da interpretação corrente no bolsonarismo de que o artigo permitiria às Forças Armadas intervir caso um Poder tentasse tolher o outro.
A visão vem sendo ventilada pelo presidente, pelo vice e outros membros do governo. A nota de sexta dizia também que as Forças não tolerariam “julgamentos políticos”, uma referência nem tão velada à ação de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão que corre no Tribunal Superior Eleitoral.
A reportagem conversou com oficiais-generais da ativa dos três ramos armados. Enquanto muitos consideram que o Judiciário tem exagerado em suas decisões, e todos ressaltem que os signatários da nota são seus superiores hierárquicos, o tom foi reprovado.
Para um almirante, a nota coloca as Forças Armadas como um poder moderador acima da lei. Ele disse que é óbvio que os militares têm de responder a decisões e que, se não concordarem, sempre caberá recurso dentro da Constituição.
Em grupos de WhatsApp de oficiais, a crítica mais comum era a de que as Forças foram colocadas como uma extensão do bolsonarismo militante, que tem no confronto com Poderes uma de suas características.
Já havia grande irritação pela entrevista que o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) havia concedido à revista Veja, no qual ele falou em tom ameaçador contra a oposição ao mesmo tempo em que se apresentava como representante das Forças.
Ramos, já no centro de insatisfações quando foi cogitado por Bolsonaro para substituir o comandante Edson Pujol, ao mesmo tempo cedeu a pressões e decidiu passar à reserva -irá deixar o interino da Saúde, Eduardo Pazuello, como último general da ativa com cargo de primeiro escalão.
A nota coroou uma semana de ruídos entre a ativa e o governo Bolsonaro. A tentativa de maquiagem de dados da Covid-19 na Saúde, a frustrada portaria para dar direito ao uso de aviões ao Exército e a revelação de negócio entre a Força e uma empresa americana de armas favorecida pelo filho presidencial Eduardo Bolsonaro não foram bem digeridos.
Ante todo esse clima, com efeito, Mourão concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na manhã deste sábado (13) e tentou modular a nota, dizendo que não há indisciplina possível entre os fardados da ativa.
Há relatos divergentes acerca de uma consulta do Planalto aos comandantes de Forças sobre o tom da nota. A reportagem questionou o general Azevedo sobre isso, mas ainda não obteve resposta.
Já entre ministros do Supremo, o tom variou de desânimo a irritação.
O desapontamento veio do fato de que o Planalto havia dado sinais de uma tentativa de normalização na relação com a corte, que está em processo de votação que deverá manter vivo o inquérito das fake news -que atinge o coração do bolsonarismo.
A principal sinalização foi dada acerca do ministro Abraham Weintraub (Educação), que na reunião ministerial de 22 de abril disse que queria ver os integrantes do Supremo, a quem chamou de vagabundos, na cadeia.
Nas últimas semanas, emissários fizeram chegar a ministros da corte que o Planalto estaria disposto a rifar Weintraub como punição pela fala. Em vez disso, o ministro envolveu-se em nova polêmica, com a rejeitada medida provisória que previa nomeação de reitores de universidades federais nesta semana.
A esse empoderamento somou-se a nota de sexta. A liminar de Fux havia sido alvo de contestações interna por parte de alguns ministros, que viram nela um certo truísmo ao reafirmar o que já está na Constituição e pela vacuidade do objeto: é uma decisão retórica, na prática.
Mas há simbolismos inescapáveis, e aí entra a contrariedade geral. Fux será o próximo presidente da corte, a tomar posse em setembro, e em momentos de crise entre Poderes os 11 integrantes do Supremo costumam agir em bloco.
Assim, o ataque direto a Fux se tornou, por extensão, mais uma afronta à corte por parte de Bolsonaro, que já participa de modo contumaz de atos pedindo o fechamento do órgão máximo do Judiciário e do Congresso.
A assinatura conjunta com Mourão foi vista como um recibo de ambos pelo fato de serem objeto da ação no TSE. Já a presença de Azevedo reforçou um sentimento que vem se consolidando na classe política: Bolsonaro tem usado as Forças Armadas como escudo por extrema fragilidade.
Assim, a banalização das ameaças, que assustam muitos devido ao passado intervencionista das Forças, tem sido vista pelo decrescente valor de face. Preocupa mais o Supremo a eventual perda de controle nas ruas, estimulada por Bolsonaro.
Chocou especialmente a sugestão do presidente para que hospitais sejam invadidos para provar a hipótese de que governadores estão inflando politicamente números da Covid-19.
Situações de violência implicam o uso das polícias militares, consideradas muito próximas do espírito bolsonarista. O motim da PM do Ceará no começo do ano, apoiado veladamente pelo governo, é um exemplo sempre lembrado.
Seja como for, no Distrito Federal a polícia acabou com o acampamento do 300 do Brasil neste sábado sem incidentes. O grupo pró-Bolsonaro prega violência e fechamento de Poderes, e não houve a temida adesão de policiais a ele.
As consultas que começaram na noite de sexta prosseguem neste sábado no mundo político, dado que Bolsonaro conseguiu elevar ainda mais o patamar de suas provocações institucionais, mas por ora o clima é mais de observação de cenário do que de reações exacerbadas.
Momento político grave cria novos personagens oportunistas

O jornalista Kennedy Alencar atacou figurinhas carimbadas da política, as quais participaram do Golpe de 2016 e conduziram o bárbaro Jair Bolsonaro ao poder, apoiando-o ou se isentando da luta política e do esclarecimento do povo do que estava prestes a acontecer.
Em podcast no site da CBN, Kennedy Alencar traça, também, paralelo entre atitudes controversas dos presidentes do Brasil e dos EUA. Trump, por exemplo, pretende retomar comícios, mas quer que apoiadores assinem termo de responsabilidade para o caso de contraírem coronavírus.
Já Bolsonaro sugere que apoiadores invadam hospitais para filmar leitos. Para Kennedy, fala demonstra ‘ignorância fundamental’ do presidente brasileiro. Evolução da pandemia e manifestações contra o racismo também estão entre os destaques.
Já a ex-presidente Dilma Rousseff desancou os tucanos, em sua escalada para blindar Bolsonaro:
“O anúncio da adesão dos tucanos, feito ontem pelo presidente nacional do partido, é chocante porque contraria o consenso nacional, trai a luta pela democracia e insulta a memória de mais 40 mil vítimas fatais de uma doença que Bolsonaro despreza e decidiu não combater.”
“Só não se pode dizer que o PSDB está traindo a si mesmo. Sempre que descem do muro, os tucanos descem para o lado errado. O partido deu início ao movimento que levou ao golpe de 2016 e liderou a sabotagem movida contra mim no Congresso. Participou do governo golpista e, hoje, se acumplicia com um governo fascista. O faz em nome do que chama de “paciência democrática”. Mas em 2016, diante de um governo recém-eleito e que jamais pôde ser acusado de autoritário, não soube se resignar à vontade manifesta dos eleitores.”
Quando até o Democratas, partido sempre à direita dos grandes movimentos políticos nacionais se afasta determinado de Bolsonaro, causa espécie que um partido como o PSDB, sempre ligado à centro-esquerda, venha fortalecer o Presidente na ameaça iminente de um impeachment.
O DEM tem origem no Partido da Frente Liberal (PFL), no PSD e na ARENA, apoiadores da Ditadura de 64. Hoje tem uma atitude mais democrata que o PSDB, originado nos autênticos do MDB e tradicionalmente um partido de Oposição.
Pandemia já causou 40 mil mortes, diz consórcio de jornalismo
Mais de 40 mil pessoas morreram no Brasil após serem contaminadas com a Covid-19, desde março.
Segundo dados compilados pelo consórcio entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL, o país registrou 40.276 mortes, em balanço divulgado às 13h desta quinta-feira (11). O levantamento é feito com a coleta de dados das Secretarias de Saúde dos estados.
O Brasil chegou à marca menos de três meses após o primeiro óbito por um infectado de Covid-19, no dia 17 de março, em São Paulo. Com mais de 10 mil mortes, o estado do Sudeste concentra um quarto dos óbitos de contaminados com o novo coronavírus.
O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos de Covid-19, atrás dos EUA, segundo o agregador de dados da Universidade Johns Hopkins. Em relação ao total de mortes, ocupa a terceira posição. Se for mantido o ritmo diário de crescimento de óbitos, pode ultrapassar em breve o Reino Unido, segundo da lista, que registrava mais de 41 mil até esta quarta-feira (10).
A iniciativa do consórcio de veículos de compilar e divulgar os dados sobre Covid-19 é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro, que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou informações conflitantes.
Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar nesta terça o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta (5).
A pasta também voltou a divulgar os totais em seu balanço diário. Segundo boletim desta terça, foram contabilizados 1.272 novos óbitos e 32.091 casos nas últimas 24 horas, totalizando 38.406 mortes e 739.503 pessoas infectadas.
Números de Alagoas e Santa Catarina, que não haviam sido informados na segunda (8), foram reincluídos na contagem.
Da Folha Press e BNews.
40 mil mortes e o que se vê são autoridades, em todos os níveis federativos, se eximindo de culpa e justificando sua ação.
Covid-19: Brasil já é o primeirão em números de mortes diárias. Viva o Brasil!
Enquanto governadores de quase todo o Brasil flexibilizam as regras de isolamento, o País registrou nos últimos sete dias a maior média de óbitos provocados pelo novo coronavírus em todo o mundo.
Com isso, deixa para trás Estados Unidos e Reino Unido, países que tiveram os maiores números absolutos de mortes até agora.
Ontem, o Brasil chegou a 775.184 casos e 39.797 mortes por covid-19, revela o levantamento feito por um consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL e o Estado de S. Paulo fazem parte. Os números têm como base os boletins de secretarias estaduais de saúde.
Na última semana o Brasil registrou 7.197 mortes pela covid-19, média de 1.028 por dia, segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os EUA, que encabeçam a lista de óbitos pela pandemia, registram no mesmo período 5.762 mortes, média de 823 por dia. Já o Reino Unido, que ocupa o segundo lugar na lista de óbitos, contabilizou nos últimos sete dias 1.552 mortes, média de 221 por dia.
Massacre também entre indígenas
Na última terça-feira (9), o governo federal divulgou que 2.086 indígenas estão contaminados por coronavírus e 82 morreram. Os dados foram anunciados por Robson Santos, Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, que agradeceu a providência divina, ao dizer que os números poderiam ser piores.
O levantamento da Apib mostra que 2.886 indígenas foram contaminados entre abril e junho. Ao todo, 256 morreram, sendo 89 óbitos somente nos oito primeiros dias de junho. A divergência entre os dados, está no método.
O governo federal decidiu não contabilizar os indígenas não aldeados, ou seja, que estão em áreas demarcadas e nas zonas rurais, excluindo os que vivem em áreas urbanas e em territórios que estão em conflito.
Morre no Hospital do Oeste a sétima vítima do Corona vírus.
A Secretaria da saúde de Santa Rita de Cassia confirmou a morte da paciente que estava internada na UTI do Hospital do Oeste desde o dia 27 de maio.
A mulher de mais de 80 anos faleceu nesse sábado (6 ) por volta do meio-dia, quando o quadro se agravou devido a doença.
Na UTI especializada do HO, que tem capacidade atualmente para 5 pessoas, continua uma paciente da cidade de Jaborandi.
Está é a sétima pessoa da Região Oeste a morrer depois de contaminada por COVID-19. Já tivemos mortes em Santa Maria da Vitória, Cristópolis, Barra, Buritirama, Mansidão, Luís Eduardo Magalhães e Santa Rita de Cássia.
Universidade Johns Hopkins retira Brasil do mapa global de informações sobre coronavírus. A vergonha não para.

A decisão foi tomada após o governo Bolsonaro decidir maquiar as estatísticas para esconder o número real de mortes.
O País está a ponto de se tornar um pária internacional, assim como aqueles leprosos da antiguidade, que eram exilados para as cavernas. Já sofre restrições de negócios na Comunidade Europeia e agora a Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal dos EUA resolveu vetar novos acordos de negócios.
Não demora o agronegócio brasileiro sentir as porteiras dos mercados estrangeiros fechadas. E aí, o orgulho de ser responsável por mais de 20% do PIB e 50% da exportação vai ser uma leve lembrança.
Os números de casos e mortes do Brasil exibidos no levantamento global da Universidade Johns Hopkins, referência sobre Covid-19, foram retirados do ranking neste sábado. Em nota, a Universidade afirma que a exclusão se deve à suspensão da divulgação dos históricos pelo Ministério da Saúde.
O governo Jair Bolsonaro busca tornar invisíveis os mortos pela Covid-19 no país, disseram neste sábado secretários de Saúde dos Estados ao rebaterem declarações dadas pelo empresário Carlos Wizard, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, de que os dados das secretarias são “fantasiosos”.
Wizard disse, de acordo com reportagem do jornal O Globo, que o ministério fará uma recontagem das mortes por Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, pois alguns gestores locais teriam inflado os números para obter uma fatia maior do orçamento de combate à pandemia. Ele não apresentou quaisquer evidências da alegação que fez.
Em nota, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) afirmou que a declaração de Wizard revela “profunda ignorância sobre o tema”.
“A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará”, diz a nota, que ainda afirma que Wizard “insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias”.
Desde a última quarta-feira, o Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, passou a divulgar os dados sobre a pandemia de Covid-19 no país às 22h —o dado saía entre 16h e 17h durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta e às 19h sob comando de Nelson Teich.
Os dados divulgados na sexta trouxeram apenas o número de novos casos e novas mortes causadas pela doença, sem informar os totais, como era feito até então. Além disso, o site do ministério da Saúde onde eram divulgadas várias informações relativas à pandemia (covid.saude.gov.br) foi retirado do ar na noite de sexta-feira e neste sábado mostra apenas a mensagem “Portal em manutenção”.

Indagado na sexta-feira sobre o atraso na divulgação dos dados, Bolsonaro —que já minimizou a Covid-19 chamando-a de “gripezinha” — afirmou: “Acabou matéria do Jornal Nacional”, numa referência ao telejornal da TV Globo transmitido pouco depois do horário em que os dados da doença costumavam ser informados pelo ministério.
Apesar da tática de publicação dos números fora do horário do telejornal, na sexta-feira o Jornal Nacional interrompeu transmissão da novela da emissora para transmitir os números da doença.
Até sexta-feira, o Brasil tinha 645.771 casos confirmados de Covid-19, com 35.026 mortos, segundo cálculos com base nos números informados anteriormente pelo ministério.
O Presidente, que busca o confronto, a guerra civil e um golpe de estado, precisa providenciar logo. Suas políticas interna e externa estão se tornando insustentáveis, não só aos olhos dos brasileiros, mas do mundo todo.
Os camisas negras de Bolsonaro

Mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens foram submetidos ao assassinato e à tortura de forma programada pelos nazistas com o objetivo de exterminar judeus e outras minorias. Nos primórdios da Itália fascista, os camisas negras – milícias paramilitares de Mussolini – espancavam grevistas, intelectuais, integrantes das ligas camponesas, homossexuais, judeus. Quando a ditadura fascista se estabeleceu, dez anos antes da nazista, Mussolini impôs seu partido como único, instaurou a censura e criou um tribunal para julgar crimes de segurança nacional; sua polícia secreta torturou e matou milhares de pessoas. Em 1938, Mussolini deportou 7 mil judeus para os campos de concentração nazista. Sua aliança com Hitler na 2ª Guerra matou mais de 400 mil italianos.
Perdoem-me relembrar fatos tão conhecidos, ao alcance de qualquer estudante, mas parece necessário falar do óbvio quando ser antifascista se tornou sinônimo de terrorista para Jair Bolsonaro. Os direitos universais à vida, à liberdade, à democracia, à integridade física, à livre expressão, conceitos antifascistas por definição, pareciam consenso entre nós, mas isso se rompeu com a eleição de Bolsonaro. O desprezo por esses valores agora se explicita em manifestações, abraçadas pelo presidente, que vão de faixas pelo AI-5 – o nosso ato fascista – ao cortejo funesto das tochas e seus símbolos totalitários, aqueles que aprendemos com a história a repudiar. Jornalistas espancados pelos atuais “camisas negras” estão entre as cenas dessa trajetória.
A patética lista que circulou depois que o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) pediu que seus seguidores no Twitter denunciassem antifascistas mostra que o risco é mais do que simbólico. Depois do selo para proteger racistas criado pela Fundação Palmares, e das barbaridades ditas pelo seu presidente em um momento em que o mundo se manifesta contra o racismo, e que lhe valeram uma investigação da PGR, essa talvez seja a maior inversão de valores promovida pelos bolsonaristas até aqui.
A ameaça contida na fala presidencial e na iniciativa do deputado, que supera a lista macartista pois não persegue apenas os comunistas, tem o objetivo óbvio de assustar os manifestantes contra o governo e de açular as milícias contra supostos militantes antifas, dos quais foram divulgados nome, foto, endereço e local de trabalho. É a junção dos “camisas negras” com a Polícia Militar, que já se mostrou favorável aos bolsonaristas contra os manifestantes pela democracia no domingo passado em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que vem praticando o genocídio contra negros impunemente no país desde sua criação, na ditadura militar, muitas vezes com a cumplicidade da Justiça, igualmente racista.
Como disse Mirtes Renata, a mãe de Miguel, o menino negro de 5 anos que foi abandonado no elevador pela patroa branca de sua mãe, mulher de um prefeito, liberada depois de pagar fiança de R$ 20 mil reais, “se fosse eu, a essa hora já estava lá no Bom Pastor [Colônia penal feminina em Pernambuco] apanhando das presas por ter sido irresponsável com uma criança”. Irresponsável. Note a generosidade de Mirtes com quem facilitou a queda de seu filho do 9º andar.
Neste próximo domingo, os antifas vão pras ruas. Espero não ouvir à noite, na TV, que a culpa da violência, que está prestes a acontecer novamente, é dos que resistem como podem ao autoritarismo violento. Quem quer armar seus militantes, e politizar forças de segurança pública, está no Palácio do Planalto. É ele quem precisa desembarcar. De preferência de uma forma mais pacífica do que planejam os fascistas para mantê-lo no poder.
Hoje na História: o Dia D da II Guerra Mundial.
O dia 6 de junho de 1944 entrou para a História como o Dia D. Foi quando soldados dos Aliados desembarcaram nas praias da Normandia para a grande ofensiva contra as tropas nazistas. Durante anos, a decisão por uma grande ofensiva através do Canal da Mancha foi motivo de fortes controvérsias entre os Aliados.
Mais de três milhões de soldados americanos, britânicos e canadenses concentraram-se no sul da Inglaterra para atacar os alemães na costa norte da França. Além disso, dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques anfíbios e outros veículos especiais de guerra foram preparados para a missão.
Ao final do primeiro dia da invasão, mais de 150 mil soldados e centenas de tanques haviam alcançado o continente europeu. Graças à supremacia aérea dos aliados, foi possível romper a temível “barreira naval” de Hitler e estabelecer as primeiras cabeceiras de pontes. As perdas humanas – 12 mil mortos e feridos – foram menores do que o esperado, visto que o comando militar alemão fora surpreendido pelo ataque.
Um pouco mais de 70 dias depois, em 25 de agosto, os aliados entraram em Paris, libertando a capital francesa do jugo nazista.
Com informações da Deutsche Welle e Wikipedia.
MPF diz que Produtor do Oeste está envolvido com a primeira sentença comprada na Operação Faroeste.
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma nova denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra investigados na Operação Faroeste.
Na nova denúncia, o MPF ataca a primeira decisão supostamente vendida em 2013 pela desembargadora Maria da Graça Osório Leal para favorecer o esquema perpetrado pelo falso cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino.
Na petição, o MPF pede condenação por crime continuado de compra e venda de sentenças de Maria da Graça Osório, Karla Janayna Leal, Adailton Maturino e do produtor oestino Dirceu Di Domenico. As penas podem variar de dois a 12 anos de prisão, com pagamento de multa.
A procuradora da República, Lindôra Araújo, autora da denúncia, lembra que o borracheiro José Valter Dias e a esposa, Ildenir Gonçalves Dias, firmaram acordos com diversas partes para regularizar as terras no oeste baiano, dentre eles um com uma indústria de algodão que tratava de uma área de 43 mil hectares.
Após a homologação do acordo, o casal pediu ao cartório de Formosa do Rio Preto o desmembramento da Matrícula 1037 e a abertura de dezoito matrículas no local.
Quando o delegatário de Formosa do Rio Preto recebeu o requerimento para desmembrar as matrículas, recorreu à Justiça local para sanar a dúvida. Tais fatos aconteceram no final do ano de 2012. Em janeiro de 2013, foi proferida uma sentença não autorizando o desmembramento das matrículas, pois não estava previsto no acordo. Em abril de 2013, o casal apresentou uma interpelação para mudar a decisão. No mês de maio, a apelação foi distribuída para desembargadora Lisbete Teixeira.
Mas em julho, o casal pediu a distribuição para a desembargadora Maria da Graça Osório, sob o argumento que o caso estava conectado a outro processo de objetos em comum. Em agosto do mesmo ano, José Valter e Ildenir pediram antecipação dos efeitos da tutela para determinar que o cartório abrisse as novas matrículas.
A denúncia sustenta que, entre julho e novembro de 2013, a desembargadora Maria da Graça, de “modo consciente e voluntário”, com ajuda da sobrinha Karla Janayna, “solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagem indevida” para proferir a decisão, que alcançou o valor total de R$ 1,4 milhão. O pagamento da propina era feito por Adailton e pela esposa, Geciane Maturino.
O produtor agrícola Dirceu Di Domenico teria adquirido uma parcela de terras dentro da Fazenda São José, que estava registrada sob a matrícula 1037. O interesse de Dirceu era sair da condição de arrendatário para proprietário das terras que já explorava economicamente.
Maria da Graça movimentou R$13,3 milhões, desde 2013, em 57 contas bancárias diferentes. Em 7/11/2019, a então 2ª Vice-Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia foi homenageada, pela Câmara Municipal, com o título de cidadã Soteropolitana. Ela é natural de Livramento de Nossa Senhora.
Informe do Bahia Notícias, editado por O Expresso.
Covid Brasil: 1.005 mortes e 30,8 mil novos casos em 24 horas.
A estratégia do Governo de só divulgar o boletim depois do horário do Jornal Nacional, da Globo, obrigou a emissora a fazer uma edição extra, informando os dados. O que pensa um Governo como esse que pretende tornar a transmissão de informações sobre a maior crise sanitária do País em algo secreto. Na tarde desta sexta, o Ministério cancelou a coletiva de imprensa que estava agendada. E o portal do Ministério foi tirado do ar.
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (5) seu mais recente balanço de casos confirmados e mortes por complicações da Covid-19. Os principais dados são:
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35.026 mortes, eram 34.021 na quinta-feira (4)
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Foram 1.005 registros de morte incluídos em 24 horas
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645.771 casos confirmados, eram 614.941 na quinta
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Foram incluídos 30.830 casos em 24 horas
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Nas últimas 24h, 11.977 pacientes foram recuperados
Balanço por estados
O Ministério da Saúde divulgou também a distribuição dos casos e mortes por complicações do coronavírus Sars-Cov-2 por estado brasileiro. Veja abaixo a distribuição dos casos e mortes por estado apenas nas últimas 24 horas:

Segundo o site worldometers, temos 288.652 casos recuperados e 322.307 casos ativos, em processo de tratamento ou internados.
Trump cita Brasil como mau exemplo no atendimento à Pandemia.

Da Reuters, desde Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou nesta sexta-feira o Brasil como exemplo de país com dificuldades para lidar com a pandemia de coronavírus, ao defender a estratégia adotada por seu governo contra a doença e dizer que agora os EUA devem mudar o foco para se concentrar em proteger grupos de risco e permitir uma maior reabertura da economia.
Trump disse que o Brasil está seguindo o mesmo caminho da Suécia, país que não impôs quarentenas e decidiu se basear principalmente em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo a maioria das escolas, restaurantes e empresas abertas. Como resultado, a Suécia tem um número muito maior de casos de Covid-19 do que seus vizinhos nórdicos.
“Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido 1 milhão, 1 milhão e meio, talvez até 2 milhões ou mais de vidas”, disse Trump na Casa Branca, acrescentando que agora é hora de acelerar a reabertura.
Os Estados Unidos são o país do mundo com o maior número de casos do novo coronavírus, com 1,9 milhão de infecções e mais de 108 mil mortos.
O Brasil é o segundo do mundo em número de casos, com quase 615 mil infecções confirmadas pelo Ministério da Saúde e 34.021 mortes, mas tem neste momento a maior taxa de aceleração da doença no mundo, uma vez que quase diariamente registra mais casos e mortes do que os EUA.
Apesar disso, diversos governos municipais e estaduais têm anunciado planos para afrouxar as medidas de distanciamento social no Brasil diante da pressão econômica provocada pela paralisação das atividades, o que levou especialistas alertarem para o risco de um agravamento da situação.
Existe uma linda música de Haroldo Lobo, grande compositor, pai de Edu Lobo, que relembra passagens como essa. Chama-se “Chuvas de Verão”.
“Podemos ser amigos simplesmente
Coisas do amor nunca mais
Amores do passado no presente
Repetem velhos temas tão banais”
Isso é que aconteceu: Bozonaro entregou a Base de Alcântara, o pré-sal, abraçou a Cloroquina de Trump, votou com os EUA na ONU e agora está até nomeando indicados de Steve Bannon, o marqueteiro de Trump, para o Ministério das Relações Exteriores. Trata-se de um amor vulcânico, desse tipo chuvas de verão, agora não correspondido.
Em compensação, se é que existe uma, se exerce o verdadeiro patriotismo no Ministério da Saúde, unidade militar onde foram alojados, dizem, cerca de 40 militares. Às 7 da manhã, todo dia, toque de clarim, hasteamento da bandeira, ordem unida, leitura do boletim do dia e troca da guarda.
Brasil registra novo recorde de mortes, quase uma por minuto.
As secretarias estaduais de Saúde confirmam no país 607.777 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 33.781 mortes.
Indicadores estrangeiros apontam para 615 mil casos e 34.039 mortes.
Além de passar a marca de 600 mil infectados, o Brasil ultrapassou o número de óbitos da Itália por Covid-19. Nesta quinta, a Itália aparece com 33.689 mortos no balanço global da universidade Johns Hopkins.
Somos agora o terceiro país com mais vítimas pela doença, atrás apenas de EUA e Reino Unido.
O balanço do Ministério da Saúde na quarta-feira (3) registrou 1.349 novos óbitos, número recorde de vítimas anotadas em um dia, totalizando 32.548 mortos e 584.016 casos. Mas nem pra isso o MS serve mais. Os dados não são confiáveis, pois já foi detectado que o Governo está retardando o registro de dados para não alarmar a população.


























