O “Rei de Todas as Milícias” comemora hoje 250 mil mortes.

Agora, além das seringas, do oxigênio, das vacinas, estão em falta velas pretas para lamentar as 250 mil mortes.

O Soberano absolutista, herdeiro de Leopoldo II da Bélgica, aquele que matou e amputou as mãos de milhões de negros no Congo, deve estar comemorando com um bolo gigantesco com 250 mil velas.

Para o deputado Alexandre Padilha, só a interdição do genocida pode restaurar um pouco da esperança dos brasileiros.

Nas últimas 24 horas, morreram 1.428 brasileiros. Com os novos óbitos oficialmente notificados ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o Brasil já acumula cerca de 250 mil mortos por Covid-19.

Enquanto isso, a Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB) criou um “canal de denúncias” para que internautas denunciem postagem supostamente ofensiva contra o Déspota nas redes sociais e promete uma enxurrada de ações judiciais. Trata-se de estratégia tipicamente fascista, que visa a intimidar a oposição.

Em publicação feita no Instagram nessa terça-feira (23), a organização afirmou que processará todos os autores das mensagens. A OACB foi fundada em João Pessoa (PB), em dezembro de 2019. A imagem sobre o “disque denúncia” foi postada pelo deputado federal de extrema-direita Filipe Barros (PSL-PR) no Facebook.

Segundo o Congresso em Foco, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou nesta quarta-feira (24) que encaminhará à Corregedoria do Conselho Federal da entidade um pedido de investigação sobre “possível cometimento de infração disciplinar, além de tentativa de uso indevido do nome da Ordem”.

Na Bahia, onde ainda resta um pouco de bom senso, municípios da Região Metropolitana de Salvador iniciam às 17 horas de amanhã, sexta-feira, até as 5h da madrugada de segunda-feira, um lockdown completo, abrangendo todas as atividades não essenciais. 

250.000 mil vítimas da arrogância, do erro primário, da falta de um mínimo de previsão.

As mortes, a dor e o retrato mais emblemático do genocida.

Um governo errático, caótico,  arrogante, que diz que vai distribuir a vacina no dia “D” e na hora “H” e não se responsabiliza nem pela compra de prosaicas seringas. Um General no comando da Saúde? Por que não um médico no comando da Defesa? 

Hospitais lotados, cidades endurecendo medidas de restrição, médicos exaustos e famílias chorando as mortes de parentes e amigos. Essa poderia ser uma notícia do primeiro semestre de 2020, quando a pandemia do coronavírus se espalhou por todo o mundo, incluindo o Brasil. A situação, no entanto, é a mesma no país, em 2021, às vésperas da crise sanitária completar 1 ano.

Nesta quarta-feira (24), o Brasil superou a triste marca dos 250 mil mortos em decorrência da Covid-19. Segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa, foram registradas 1.390 novas mortes nas últimas 24 horas, o que totaliza, desde o início da crise sanitária, 250.036 óbitos.

A marca foi atingida na véspera do aniversário de 1 ano do primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil, que ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2020.

No início do ano passado, Bolsonaro já dizia que a Covid-19 é uma “gripezinha” e, em abril, chegou a afirmar que a doença do coronavírus mataria menos pessoas que a gripe H1N1, que vitimou 796 brasileiros.

Incentivando apoiadores a não usarem máscara e pregando “tratamento precoce” com cloroquina, substância que não tem eficácia comprovada contra a Covid, Bolsonaro fez do país um verdadeiro “laboratório a céu aberto onde se pode observar a dinâmica natural do coronavírus sem qualquer medida eficaz de contenção”, conforme descreveu o cientista Miguel Nicolelis.

Atualmente, o país, conforme mostram os números, está em estágio de descontrole da pandemia, com contágios e mortes superando os piores momentos da crise sanitária.

Quer fazer uma boa aposta? Aposte que em 25 de fevereiro de 2022 estaremos com mais de 500 mil mortes.