Por 4 votos a 1, STF condena sete réus do Núcleo 4 da trama golpista.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (21) os sete réus do Núcleo 4 da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por 4 votos a 1, a maioria dos ministros do colegiado concordou com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e entendeu que os réus promoveram ações e desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades, em 2022.

A sessão continua para a definição das penas dos condenados.

Brasília (DF), 21/10/2025 - Ministro Luiz Fux durante sessão no STF de julgamento da Ação Penal 2694 -Núcleo 4 da trama golpista. Foto: Gustavo Moreno/STF

Com a decisão, estão condenados os seguintes réus:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal).

Eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O réu Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal, foi condenado somente por dois crimes: organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado de Direito.

Os acusados não serão presos automaticamente porque as defesas podem recorrer da condenação.

Votos

Os votos pela condenação foram proferidos pelos ministros Alexandre de Moraes, relator, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Luiz Fux foi o único a divergir. Para o ministro, os réus não podem ser acusados de golpe de Estado porque suas condutas não tinham “potencial de conquista de poder e de substituição do governo”.

Após mais um voto pela absolvição de investigados pela trama golpista, Fux pediu para sair da Primeira Turma. Se o pedido for aceito pelo presidente do STF, Edson Fachin, o ministro não participará dos julgamentos dos núcleos 2 e 3, que serão analisados nos próximos meses, e vai integrar a Segunda Turma da Corte.

Outros núcleos

Até o momento, o STF já condenou 15 réus pela trama golpista. Além dos sete condenados hoje, a Corte apenou mais oito acusados, que pertencem ao Núcleo 1, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O julgamento do Núcleo 3 está marcado para 11 de novembro. O grupo 2 será julgado a partir de 9 de dezembro.

O núcleo 5 é integrado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora dos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo.  Ainda não há previsão para o julgamento.

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL envolvidos em corrupção

Os indiciados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para tornar réus dois deputados federais e um suplente do PL pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

Os parlamentares Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e  Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE), são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares.

De acordo com a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os acusados solicitaram vantagem indevida de R$ 1,6 milhão para liberação de R$ 6,6 milhões em emendas para o município de São José de Ribamar (MA).

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte. Até o momento, o relator, ministro Cristiano Zanin, e os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia votaram para transformar os acusados em réus.

Segundo Zanin, há “indícios suficientes” para o recebimento da denúncia da Procuradoria. Além disso, o ministro ponderou que, nesta fase processual, cabe ao Supremo apenas analisar o preenchimento das acusações formais da acusação.

“Não se exige, para este juízo de admissibilidade, prova completa do crime e de sua autoria, bastando a fundada suspeita quanto aos imputados e a prova da materialidade dos fatos. O recebimento da denúncia, pois, não implica julgamento antecipado nem conduz à conclusão sobre culpabilidade”, escreveu Zanin.

O julgamento virtual está previsto para ser finalizado no dia 11 de março. Faltam os votos dos ministros Flávio Dino e Luiz Fux.

Defesas

A defesa do deputado Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se “mostram frágeis e desfundamentadas”.

Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denúncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação está baseada  em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco”.

A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denúncia é baseada em “hipóteses e conjecturas”.

Bolsonaro se envolveu direto na Operação Tabajara para grampear Xandão.

O plano de grampear ministro Alexandre de Mores, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelado pelo senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), e classificado pelo magistrado como “golpe Tabajara”, teria sido iniciado em setembro de 2022.

Além disso, teria, inclusive, a participação de Walter Delgatti Neto, o “hacker de Araraquara”, responsável por divulgar conversas de procuradores da Lava Jato, que deram origem à Vaza Jato, e ajudaram o presidente Lula (PT) a sair da prisão e ter seus direitos políticos restabelecidos.

De acordo com reportagem da coluna Maquiavel, na Veja, no dia 10 de agosto do ano passado, Delgatti se encontrou com a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). O objetivo dos aliados próximos a Jair Bolsonaro (PL)era cooptar o hacker para expor supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas e engrossar o discurso golpista contra o sistema eleitoral.

No início de setembro, Zambelli teria chamado Delgatti para outra conversa, que seria, nessa oportunidade, com o próprio Bolsonaro, por telefone. “Eu encontrei a outra (Zambelli) e ela levou um celular, abriu o celular novo, colocou um chip, aí ela cadastrou o chip e ele (Bolsonaro) telefonou no chip. Foi por chamada normal”, declarou Delgatti.

O ex-presidente, então, teria convidado o hacker a assumir a autoria da ação que visava grampear Alexandre de Moraes, conforme relatou o próprio Delgatti.

“Eles precisam de alguém para apresentar (os grampos) e depois eles garantiram que limpam a barra. Ele (Bolsonaro) falou: ‘A sua missão é assumir isso daqui. Só, porque depois o resto é com nós’. Eu falei: beleza. Aí ele falou: ‘E depois disso você tem o céu’”, disse.

Ainda de acordo com a Veja, na suposta conversa com o hacker, Bolsonaro teria dito que eles já tinham obtido mensagens internas trocadas entre Moraes e servidores da Justiça, nas quais o ministro abordava supostas vulnerabilidades das urnas e uma preferência por Lula. Esse ponto deveria ser explorado na imprensa para alegar a suspeição do ministro e tirá-lo do comando do processo eleitoral. O hacker aceitou a oferta e ficou no aguardo de novos contatos dos apoiadores de Bolsonaro.

Hacker teria oferecido dinheiro pela ajuda de funcionário da TIM

Delgatti, inclusive, segundo a Veja, chegou a procurar um funcionário da operadora de telefonia TIM. Ele teria oferecido dinheiro para que ele o ajudasse a grampear o ministro do STF. O funcionário teria de fornecer um chip com o mesmo número utilizado por Moraes, mas se recusou a participar do crime. A coluna Maquiavel diz, ainda, que a conversa telefônica entre o hacker e o funcionário da TIM foi gravada, sem o conhecimento de Delgatti.

Com a divulgação do plano por Marcos do Val, Delgatti teria comentado com pessoas próximas que esta seria a continuação da trama iniciada em setembro de 2022.

Texto de Lucas Vasquez, na Revista Forum.

Malucos, audaciosos: golpistas tentaram grampear o ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro alegará ser “preso político” se Alexandre de Moraes decidir prendê-lo.

Falta alguém em Nuremberg

Jair Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso o ministro Alexandre de Moraes expeça um mandado de prisão.

Da coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.

Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso Alexandre de Moraes determine sua prisão. O ex-presidente insiste não ter incorrido em nenhuma prática criminosa.

Bolsonaro afirmará, caso alvejado, sofrer perseguição por conta de suas posições quando presidente. Ainda não está claro se o discurso ficaria no campo da retórica ou se seria usado para pedir asilo político.

Também nos EUA, Anderson Torres retornou ao Brasil e se entregou após ter a prisão decretada por Moraes.

A tese de “prisão política” já foi usada pelo principal adversário de Bolsonaro, em circunstâncias diferentes. Há não muito tempo, Lula se dizia perseguido pela Lava Jato. As condenações, no caso do atual presidente, acabaram anuladas pelo STF.

Outro ponto citado por aliados de Bolsonaro para contestar eventual prisão seria a “inconstitucionalidade” do inquérito dos atos antidemocráticos. A alegação é que o fato de o STF ter agido de ofício, em vez de provocado, deslegitimaria a investigação.

Como a coluna informou, seguranças que atuam para Bolsonaro nos EUA lhe recomendaram não voltar ao Brasil nos próximos dias.

Essa postura é contrária à esperada pela classe política, que pleiteia o retorno do ex-presidente ao Brasil para liderar a oposição a Lula.

Dez partidos repudiam pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes.

De Felipe Branco Cruz, para a Veja.

Após dez ex-ministros da Justiça e da Defesa divulgarem um manifesto em repúdio ao pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora foi a vez de dez partidos políticos divulgarem também notas de repúdio à atitude do presidente.

Alexandre de Moraes: investigação sobre atos antidemocráticos© Fellipe Sampaio/SCO/STF Alexandre de Moraes: investigação sobre atos antidemocráticos

As notas reafirmam o compromisso com a manutenção da democracia e classificam o pedido do presidente, protocolado no Senado, como algo “claramente revestido de caráter político”. Os dez partidos reúnem 43 dos 81 senadores com mandatos vigentes, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Um dos textos é assinado pelo PDT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV, Rede e PT. A outra nota é assinada por MDB, DEM e PSDB. Em ambos os textos, os partidos destacam que os verdadeiros problemas do Brasil são a crise econômica, o desemprego, a inflação e, obviamente, a pandemia do Covid-19.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo PDT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV, Rede e PT:

Nota pública dos partidos políticos em solidariedade ao STF

22 de agosto de 2021

Os partidos abaixo assinados reafirmam seu compromisso com a garantia da ordem democrática, a defesa das instituições republicanas e o respeito às leis e à Constituição Federal de 1988, que tem o Supremo Tribunal Federal (STF) como guardião.

E se solidarizam com os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, alvos de uma campanha difamatória que chegou às raias da violência institucional com um inepto e infundado pedido de impeachment contra Moraes por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro.

São os ministros que lá estão os responsáveis por garantir os direitos e as liberdades fundamentais sem os quais nenhuma democracia representativa é possível. E eles devem ser protegidos em sua integridade física e moral.

Não é com ações como essas que Bolsonaro se fará respeitar. No Estado de Direito, cabe recurso de decisões judiciais das quais se discorda, como bem destacou o próprio STF em nota cujos termos subscrevemos. Esgotadas as possibilidades recursais, as únicas atitudes possíveis são acatar e respeitar. Qualquer tentativa de escalada autoritária encontrará pronta resposta desses partidos.

Não por outra razão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já deixou claro que não antevê “fundamentos técnicos, jurídicos e políticos” para impeachment de ministros do STF e alertou que não se renderá “a nenhum tipo de investida para desunir o Brasil”. Como registra Pacheco, os atores políticos devem concorrer para a pacificação nacional.

A República se sustenta em três Poderes independentes e harmônicos entre si. É preciso respeitar cada um deles em sua independência, sem intromissão, arroubos autoritários ou antidemocráticos. Há remédios constitucionais para todos os males da democracia.

O Brasil vive um momento de grave crise econômica e sanitária. Em meio à tragédia da Covid, que já conta o maior número de mortos da história recente, a população enfrenta o desemprego, a inflação galopante e a fome, sob risco de um apagão energético e crescente desconfiança dos agentes econômicos.

São esses os verdadeiros problemas que devem estar no foco de todos os homens públicos. E a eles só será possível responder dentro das regras democráticas, com diálogo institucional e convergência de propósitos. É o que a sociedade espera de nós.

Assinam esta nota,

Carlos Lupi – PDT

Carlos Siqueira – PSB

Roberto Freire – Cidadania

Luciana Santos – PCdoB

Luiz Penna – PV

Heloísa Helena e Wesley Diógenes – REDE Sustentabilidade

Gleisi Hoffmann – PT

Leia a íntegra da nota divulgada pelo DEM, PSDB e MDB:

A democracia é o único caminho a ser seguido

Mais uma vez, reafirmamos o nosso compromisso com a democracia, a independência e a harmonia entre os Poderes, e o nosso total respeito à Constituição Federal.

Diante dos últimos acontecimentos, manifestamos nossa solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de injustificado pedido de impeachment – claramente revestido de caráter político – por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro.

É lamentável que em momento de tão grave crise socioeconômica, o Brasil ainda tenha que lidar com a instabilidade política e com o fantasma do autoritarismo. O momento exige sensibilidade, compromisso e entendimento entre as lideranças políticas, as instituições e os Poderes.

A pandemia causada pelo coronavírus trouxe reflexões preocupantes para o dia a dia do país, onde as incertezas geradas pela atuação do governo federal contribuem para o aumento dos índices de desemprego, com a alta da inflação, e com o crescimento da fome.

Acreditamos que apenas o diálogo será capaz de guiar esse percurso em busca de soluções para as crises econômica, de saúde, e social que assolam o país. E para isso, é imprescindível que as instituições tenham capacidade de exercer suas funções com total liberdade e isenção.

Essa é a garantia que o país precisa para seguir fortalecendo sua democracia e os anseios da nação.

ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB) e Bruno Araújo (PSDB).

Fake News: ministros do STF e TSE se reúnem para avaliar provas da campanha de Bolsonaro.

Os disparos em massa, nas redes sociais, criou uma grande rede de inverdades nas eleições de 2018, o que acabou resultando em distorção de resultados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá se reunir com o corregedor eleitoral Luís Felipe Salomão para discutir o inquérito das fake news. Nesta semana, o relator da investigação no STF deverá apresentar as evidências levantadas, que podem ou não ser usadas no procedimento instaurado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre irregularidades nas eleições presidenciais de 2018.

De acordo com informações da Veja, a Corte Eleitoral se prepara para julgar as ações que acusam a chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão de usar disparo em massa de mensagens com ataque a adversários e notícias falsas. A prática pode configurar caixa dois eleitoral.

O ministro Salomão é responsável por conduzir as investigações, agendar a data do julgamento e acolher ou rejeitar provas. Segundo a Veja, o parâmetro usado na Corte é de 10% do montante declarado à Justiça Eleitoral. Isso quer dizer que o mandato de Bolsonaro pode ser comprometido se for comprovado que o custo dos disparos ilegais de mensagens tiver sido de R$ 240 mil, 10% dos R$ 2,4 milhões declarados de arrecadação final.

Se for comprovado o uso dos disparos e a anuência de Bolsonaro, o presidente pode ser cassado e declarado inelegível por oito anos. Se ficar comprovado que ele não tinha conhecimento, mas que a iniciativa interferiu no resultado da eleição, então o presidente seria apenas cassado.

Ministro do STF cita caso da advogada gaúcha que pediu o estupro das filhas dos juristas

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou a favor da continuidade e legalidade do inquérito das fake news nesta quarta, dia 17.

Na argumentação, deu exemplos de ameaças feitas por bolsonaristas.

“Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF”.

“Em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é bandidagem, criminalidade”, afirmou o Ministro.

Moraes estava citando a advogada Cláudia Teixeira Gomes, do Rio Grande do Sul, cidadã de bem, seguidora de Jair Bolsonaro.

“Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, instituições e honra alheia”.

O julgamento analisa uma ação do partido Rede Sustentabilidade, que contestou a abertura do inquérito.

A própria Rede mudou de ideia depois e pediu pela continuidade do caso.

Essa canalhice foi publicada por ela logo depois que o Supremo enterrou a prisão na segunda instância por seis votos a cinco em 2019.

O presidente da OAB no Rio Grande do Sul, Ricardo Breier, encaminhou, na oportunidade, um ofício ao Tribunal de Ética e Disciplina da entidade para cobrar ‘providências imediatas’ sobre a manifestação de Cláudia.

“Incitar, publicamente, a violência é atentar contra as boas práticas de conduta que regem o Estado Democrático de Direito, ainda mais vindo de uma advogada que presta juramento no qual está decretado o seu papel em defesa da constituição”, apontou.

Ministro do STF quebra sigilo bancário de 10 parlamentares bolsonaristas

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de pelo menos 10 deputados bolsonaristas – Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Otoni de Paula (PSC-RJ), Daniel Silveira (PSL-RJ), Carolina de Toni (PSL-SC), Alê Silva (PSL-MG), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR) e um senador, Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

A determinação faz parte do conjunto de medidas adotadas para identificar financiadores de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. Um inquérito aberto no STF investiga a organização dessas manifestações.

Todos os 11 parlamentares compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, sendo que nove pertencem ao PSL, ex-partido do presidente.

Na lista, está o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi alvo de mandado de busca e apreensão e também intimado a depor na superintendência da PF, em Brasília.

Busca e apreensão

Pela manhã, a Polícia Federal realizou busca e apreensão no gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.

A Polícia Federal começou a cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, entre as quais empresários, blogueiros, youtubers e o deputado, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina. Os investigadores fizeram o chamado “espelhamento” das informações dos computadores do escritório.

Com informações da CNN Brasil, G1 e Bahia.ba

Agora à tarde a PF prendeu mais 4 seguidores dos 300 BR. Agora são sete presos, incluindo a musa de Bolsonaro, a famosa Sara Geromini. 

Novo ministro assume no STF em momento tenso

Charge de Jota A

O ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes assume vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal amanhã, quarta-feira, 22. O Senado aprovou seu nome para o cargo há um mês.

O novo ministro, ex-ministro da Justiça de Temer, ingressa na Corte em momento tenso. Na última semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 83 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

Diversos nomes que aparecem na lista de Janot devem comparecer à cerimônia de posse de Moraes, incluindo os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Ministro da Suprema Corte é aprovado em reunião a bordo de um barco. Aí tem!

alex

Segundo o jornal Estadão, o indicado ao STF por Michel Temer, Alexandre de Moraes, sofreu uma “sabatina informal”, por oito senadores, em um barco do senador Wilder Morais. A matéria não diz se os senadores aprovaram o ingresso do ex-ministro da Justiça no STF.  Apenas que foi questionada a sua participação, como advogado, de empresas ligadas ao PCC – Primeiro Comando da Capital, a maior organização criminosa do País.

A chalana “Champagne”, fundeada no Lago Paranoá, pertence ao senador Wilder Morais, presidente do  (PP-GO). Ele é um dos mais ricos empresários de Goiás e assumiu a vaga de Demóstenes Torres. É investigado por várias irregularidades. Ele  foi suplente de Demóstenes por influência de seu sócio na época, o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Entre os presentes estava o Senador Zezé Perrella, o dono daquele helicóptero que foi encontrado com meia tonelada de substância “análoga” à cocaína.

No entanto, o simples fato do Ministro ser submetido à sabatina em reunião privada, significa que muito não poderia ser dito em público, na comissão do Senado que vai aprovar o seu ingresso na Corte.

Mais grave ainda: Alexandre de Moraes deve ser o revisor dos processos referentes à Operação Lava-Jato no STF. Imagem da Folha.

A República está sucumbido pela desmoralização de suas próprias instituições.