
Em ofício, CNA e ruralistas atacam liberação de agrotóxico que mata lavouras



Do projetosojabrasil.com.br
A decisão foi tomada após a Justiça Federal de Mato Grosso ter aberto a possibilidade de outras entidades participarem do processo
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) vai ingressar na ação judicial proposta pela Aprosoja-MT que questiona a validade da patente da soja Intacta RR2 da Monsanto. A decisão foi aprovada em assembleia realizada na última semana, após a Justiça Federal de Mato Grosso ter aberto a possibilidade de ingresso na ação por entidades interessadas na matéria. Em despacho liminar, o juiz do caso também determinou que a Monsanto passe a depositar em juízo os royalties pagos por associados da Aprosoja-MT.
“Nós, produtores, não somos contra a pesquisa e a inovação. A Aprosoja-GO defende que os royalties têm que ser pagos para remunerar o desenvolvimento de tecnologias”, ressalta o presidente da entidade, Adriano Barzotto. “Mas, nesse caso, temos estudos mostrando falhas no registro da Intacta e por isso estamos questionando a patente na Justiça para assegurar os direitos dos nossos associados”, explica.

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O questionamento judicial sobre a concessão da patente da Intacta começou no final de 2017, quando especialistas consultados pela Aprosoja-MT se posicionaram pela nulidade da patente devido ao não cumprimento de requisitos da Lei de Propriedade Industrial. Eles afirmaram que a Intacta é uma sobreposição de outras patentes, o que é vedado pela legislação.
Luís Eduardo Magalhães/BA irá receber o 6º Circuito Aprosoja na sua etapa nacional. O evento será às 19h, no Buffet 4 Estações, com entrada gratuita para os participantes. Realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) em parceria com a Associação dos Produtores de Soja da Bahia, os palestrantes convidados trazem informações para ajudar os produtores na tomada de decisão para a safra 2011/2012.
O estado da Bahia foi escolhido para receber o Circuito por compor o grupo dos cinco maiores produtores de soja do país. Em Luís Eduardo, o especialista confirmado é o engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Agrosecurity, Fernando Pimentel. Ele irá debater temas relacionados ao agronegócio brasileiro e, em especial, o cenário local e global do mercado de soja. Além dele, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, apresenta a agenda estratégica da Aprosoja Brasil para 2011.
O Circuito Aprosoja reúne anualmente líderes políticos, empresariais, sociais, ambientais, culturais, acadêmicos e governamentais de todo o país para dialogar, assumir compromissos, divulgar práticas e soluções visando o desenvolvimento sustentável local e global. Para Glauber Silveira da Silva, o objetivo é ajudar o produtor a se informar proporcionando assim melhores condições para escolhas sobre a próxima safra.
Desde o lançamento em Cuiabá/MT, no mês de abril, mais de três mil pessoas assistiram as palestras técnicas. Este ano, pela primeira vez o Circuito visita outros estados do país, se consagrando como o maior evento da sojicultura brasileira. Durante a etapa nacional esteve em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. “Esperamos encerrar o cronograma com mais de quatro mil produtores atendidos pelo Circuito”, diz o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira.
Glauber Silveira, presidente da APROSOJA, escreve um artigo instigante, reproduzindo a metáfora do filé-a-cavalo, para descrever o envolvimento de ambientalistas com o problema do Código Florestal. Segundo Glauber, citando um professor, o cavalo está envolvido no filé-a-cavalo, mas o boi e a galinha estão comprometidos.
“Nesta quinta feira os ambientalistas estão fazendo uma manifestação contra a modernização do Código Florestal. Nos darão outra grande metáfora para explicar a diferença entre envolvimento e comprometimento. As ONGs se aproveitaram de uma manifestação já programada pelo MST. O MST, sem credibilidade, sem bandeira e sem militância, resolveu juntar meia dúzia de gatos pingados contra os “agrotóxicos”. As ONGs manobraram o MST a mudar o foco da passeata dos “agrotóxicos” para o “Código Florestal”. O MST aceitou, contra os “ruralistas” vale qualquer coisa, até atirar no pé nos assentados.”
Os representantes da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja/RS) receberam o resultado de perícia pedida pela justiça em relação à suposta cobrança irregular de royalties pela empresa Monsanto. O trabalho de análise de amostras do grão transgênico da safra passada se iniciou em outubro de 2010.
Segundo o laudo, a comercialização e produção destas sementes e a venda posterior é tratada pela lei de cultivares. E pela legislação, o produtor pode plantar e reservar parte da produção para replantio sem precisar pagar novamente.
O advogado da Aprosoja comemorou o resultado da perícia. Néri Perin afirma que a empresa estaria cobrando os royalties em três momentos, quando deveria cobrar apenas uma vez.
– Ela está cobrando, num primeiro momento, das instituições de pesquisa. Ela cobrou, num segundo momento, dos produtores de semente, na venda de sementes que a empresa recebe também. E está cobrando, por ocasião da comercialização dos grãos dos agricultores quando vão vender a produção destas sementes – explica.
As partes do processo deverão ser intimadas a partir de agora para que se manifestem sobre o resultado da pesquisa.
Em nota, a Monsanto informa que desconhece suposto laudo elaborado nesta ação. A empresa afirma ainda que eventual perícia que contenha qualquer imprecisão técnica poderá ensejar impugnação e recursos, pelo que o seu conteúdo não é definitivo, até que exista sobre ele uma decisão transitada em julgado.
Glauber Silveira, presidente da APROSOJA, diz, através do twitter, que “o clima em Brasília está muito tenso, pois os acordos partidários não estão acontecendo como o PT esperava – o PMDB está muito fortalecido.” Glauber adiantou ainda que tem esperanças que o novo Código Florestal seja votado ainda este ano. Para os agricultores seria uma tragédia repetida negociar com as novas bancadas um problema tão sensível às manobras políticas.