Ford anuncia equipe especializada para acelerar o desenvolvimento global de veículos elétricos

Ford Fusion Hybrid, o começo da ação.

 A Ford Motor Company anunciou a criação de uma equipe especializada visando a acelerar o desenvolvimento global da nova geração de veículos elétricos da marca. Chamado pela empresa de “Time Edison”, nome que remete a Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, que teve como funcionário Henry Ford, esse grupo multifuncional inclui integrantes de várias áreas da empresa e estará concentrado nos modelos puramente elétricos. Edison e Ford pensaram em alguns dos primeiros conceitos de veículos elétricos há mais de um século. “À medida que avançamos para os carros inteligentes em um mundo conectado, uma boa parte da estratégia para o futuro será a eletrificação de nossos produtos. A tendência global indica esse caminho, que está alinhado com as metas da nossa empresa”, afirmou Jim Hackett, CEO e presidente mundial da Ford Motor Company.

No início de 2017, a Ford apresentou planos para investir US$ 4,5 bilhões até 2020 em veículos elétricos. O “Time Edison” é um passo importante para fazer esse planejamento avançar, sob a liderança de Ted Cannis e com a direção de Sherif Marakby, vice-presidente de Veículos Elétricos e Autônomos da Ford. Os executivos Darren Palmer e Mark Kaufmann vão comandar, respectivamente, o desenvolvimento dos carros e a estratégia de marketing.

Foco no ser humano

Além de criar e implementar rapidamente novos veículos puramente elétricos, o time tem como missão desenvolver serviços e experiências focadas no cliente. O objetivo é entender as expectativas dos consumidores e a segmentação de mercado e reduzir custos por meio de uma estratégia assertiva, novos modelos de negócios e parcerias.

Segundo Jim Hackett, “o desafio dessa equipe é pensar grande e avançar rápido para entregar veículos e experiências com foco no ser humano. A nossa estratégia é aproveitar os atributos dos nossos produtos e o conhecimento que temos de nossos clientes para desenvolver automóveis que agradem e ajudem a melhorar as vidas das pessoas. Isso abrange toda a gama de veículos elétricos – híbridos, híbridos plug-in e os puramente elétricos.”

Para a Ford, enquanto os híbridos se tornam mais comuns, a empresa acredita que os modelos puramente elétricos terão maior impacto na indústria automobilística e no mundo, o que abrirá as portas para novas formas de pensar, desde o design e produção até serviços para os clientes e softwares. Com custos operacionais mais baixos e vantagens convincentes, os carros elétricos se encaixam perfeitamente no estilo de vida de muitas pessoas. A autonomia da bateria e as velocidades de carregamento progrediram e continuarão a melhorar. “É fundamental aproveitar esse momento para expandir o portfólio da marca”, ressaltou o CEO da Ford.

Ganância e risco: Brasil toma desvio ao optar pelo petróleo

Os GM EV1, destruídos por ordem da montadora.
Os GM EV1, destruídos por ordem da montadora.
A  destruição do carro elétrico de autonomia regional virou filme em 2006
A destruição do carro elétrico de autonomia regional virou filme em 2006

Está escrito no evangelho de São Marcos, a frase definitiva sobre a ganância:

“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

A sentença serve como uma luva para o futuro da energia no Brasil. As ações de alto risco na prospecção de petróleo no pré-sal e de gás de xisto no continente são prova de que a gestão pública brasileira está errando, sob inspiração e pressão das sete irmãs, o conglomerado dos negócios do petróleo em todo o mundo. São essas sete irmãs que fazem as guerras no oriente médio, que contaminam as terras e as águas dos Estados Unidos, especialmente no Alasca; que dominam com mão de ferro as cotações internacionais e que não deixam a indústria automobilística ir em frente na produção de carros alternativos, elétricos, híbridos, a hidrogênio e ar comprimido.

O EV1 da GM foi disponibilizado, a partir de 1996 e até 1999, através de contrato de arrendamento inicialmente para os moradores das cidades de Los Angeles, Califórnia, e Phoenix e Tucson, Arizona. Os arrendatários do EV1 foram oficialmente participantes de uma “avaliação de engenharia do mundo real” e estudo de mercado para a viabilidade da produção e comercialização de um veículo para transporte regional elétrico. Os carros não estavam disponíveis para compra. Dentro de um ano do lançamento do EV1, programas de leasing também foram lançadas em San Francisco e Sacramento, Califórnia, junto com um programa limitado, no estado da Geórgia. Embora a reação do cliente para o EV1 foi positivo , a GM concluiu que os carros elétricos teriam ocupado um nicho rentável do mercado automóvel e acabou destruindo todos os seus carros elétricos , independentemente do protesto dos clientes.

O desenvolvimento tecnológico acelerado da energia elétrica obtida através da força dos ventos e da luz solar, além de outros combustíveis alternativos, como o etanol de diversas origens, não justifica mais que os carros elétricos não sejam produzidos em massa.

No Brasil, um dos maiores potenciais do mundo em energia eólica e solar, não se justifica que carros elétricos populares sejam produzidos em massa. Principalmente para atender a crescente poluição das metrópoles do sudeste.