Jornalistas querem piso salarial nacional.

Além da luta pela retomada do diploma para o exercício da profissão, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prepara uma campanha pela instituição de um piso nacional e contrato coletivo de trabalho para a categoria. “Esta proposta se aproxima da reivindicação histórica de um piso de seis salários mínimos”, explica o novo presidente da entidade, Celso Schröder, em matéria publicada no site da entidade. A ideia é apresentar projeto de lei neste sentido ao Congresso Nacional. A proposta é de instituição de um piso nacional de R$ 2.500,00 e que seja reajustado anualmente pelo INPC.
Pesquisas da Fenaj apontam que o piso dos jornalistas alagoanos (R$ 2.114,84) é o maior do país, seguido pelos dos jornalistas do Paraná (R$ 2.049,11) e de São Paulo (R$ 2.075,78).  Os menores pisos da categoria são os do Rio Grande do Norte (R$ 850,00) e Sergipe (R$ 954,80).
“As empresas impuseram em todo país regras que precarizam os contratos de trabalho e o arrocho sobre a massa de salários do setor, achatando e nivelando por baixo os pisos dos jornalistas em todo Brasil”, registra a tese aprovada por unanimidade no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas sobre o tema. O documento defende que “é urgente a tomada de iniciativas que tenham como objetivo a valorização e a proteção dos jornalistas brasileiros”. As informações e o texto são do portal Coletiva, do Rio Grande do Sul, que congrega os profissionais de comunicação da Região Sul.

Aos coleguinhas: acompanhem mais notícias no Coletiva e negociem com o seu patrão o pagamento do piso, principalmente aqueles que se colocam na condição de jornalista responsável. Valorize seu diploma.

Para órgão público, jornalista só com o diploma.

O candidato classificado em primeiro lugar no concurso para jornalista da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não poderá tomar posse no cargo. Apesar de aprovado, o concorrente não possui diploma de graduação em jornalismo, exigido no edital do concurso público. A decisão de primeiro grau foi mantida, na última semana, pelo juiz federal Hermes Siedler da Conceição Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre.

O candidato havia ingressado com mandado de segurança contra a universidade na 4ª Vara Federal de Curitiba. Ele usou como argumento a decisão do Supremo Tribunal Federal que, desde junho de 2009, derrubou a exigência do diploma para jornalistas, mas seu pedido foi negado.

Ao analisar o caso, Conceição Júnior também indeferiu a liminar solicitada. O magistrado explicou que a exigência de diploma do curso superior de Jornalismo é pertinente. Segundo ele, o concurso público foi regido por edital, em que tal regra foi prevista como requisito de investidura em cargo público. O texto é do site Coletiva.net.

A decisão iluminada do STF e em particular do eminente e douto jurisconsulto Gilmar Mendes é a causa de tal absurdo. Na semana passada, o Sindicato de Jornalistas de Porto Alegre foi obrigado, por força de decisão jurídica, a aceitar a inscrição de dois temerários, que queriam, a toda força, portar uma carteirinha de jornalista. Enquanto não for criada a Ordem dos Jornalistas do Brasil que crie, como a OAB, um exame de admissão profissional após a graduação, a confusão continua. Pertinente mesmo seria evitar o exercício irregular da profissão em todos os níveis.

32 anos depois, um cadáver sai do armário

Luiz Cláudio Cunha e J.B. Scalco. Não conseguimos identificar o autor desta foto, mas Assis Hoffmann e Ricardo Chaves eram free-lancers da Abril, em Porto Alegre, nesta época.

Capa do Livro de Luiz Cláudio Cunha

Ontem, o jornalista Luiz Cláudio Cunha, a ex-guerrilheira uruguaia Lilian Celiberti e um policial que participou da Operação Condor, encontraram-se em Porto Alegre, numa audiência preliminar de processo que o policial promove contra o jornalista, pela publicação do livro “Operação Condor: o sequestro dos uruguaios”. O fato narrado do livro ocorreu em 1978, quando Luiz Cláudio, então repórter de Veja, descobriu, junto com os fotógrafos Ricardo Chaves, Olívio Lamas e João Batista Scalco (já falecido) o “aparelho” onde os policiais mantinham, em cárcere privado e sob tortura, os uruguaios Universindo Diaz e Lilian Celiberti

A história toda está contada, por Luiz Cláudio, em artigo do Observatório da Imprensa e no portal Coletiva.Net também tem uma série de notícias. Os gaúchos mais antigos lembram-se ainda da ampla repercussão do episódio na imprensa do Rio Grande do Sul e do País. Cadáveres no armário são desconfortáveis para todos os habitantes da casa.